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ARTE EGÍPCIA

A ARTE PARA A ETERNIDADE


...os mestres gregos frequentaram a escola dos
egípcios — e todos nós somos discípulos dos
gregos. Assim, a arte do Egito reveste-se de
tremenda importância para nós. (GOMBRICH, p.55)
EGITO
• Os antigos egípcios eram muito religiosos e
acreditavam na imortalidade da alma.
• A arte egípcia reflete essas crenças.
• A arte divide-se em:
– Arquitetura;
– Escultura; Artes maiores
– Pintura;
– Joalheria, mobiliário, etc.- Artes menores
A Arquitetura
• Características:
– Monumentalidade (grandes dimensões);
– Durabilidade (feitas em pedra).

• Tipologia (principais tipos de construções feitas pelos


Egípcios):
– Templos;
– Palácios;
– Túmulos:
• Pirâmides de faces lisas de base quadrangular;
• Hipogeus (túmulos escavados na rocha);
• Pirâmides de mastabas (pirâmides de degraus de base
quadrangular).
Templo de Abu Simbel
Templo de Abu Simbel à noite
AS PIRÂMIDES DO EGITO
O faraó era considerado um ser divino.

As pirâmides de Gizé. Quéops, Quéfren e Mikerinos


2613-2563 (Eg)
As pirâmides de Gizé, Antigo Império, foram construídas
por Quéops, seu filho Quéfren e seu neto Miquerinos.

Ao redor das pirâmides dos


reis e das rainhas há fileiras
de mastábas.
E receberam o título de
“Patrimônio cultural da
Humanidade” da Unesco.

Séc. XXVII – XXVI aC.


Quéops, a maior e mais antiga, com 146
metros de altura e ocupa uma superfície de
54.300 mts quadrados;

Quéfren com 145 m de altura;

Miquerinos 65,5 m de altura;


Esfinge de 20 mts de altura e 74 m de
comprimento representando o faraó Quéfren
(séc. XXVII a.C.)
O local é guardado pelo deus-Sol
na forma de Esfinge.

A esfinge, com 20 metros de altura


por 74 de comprimento, representa
a imagem do faraó Quéfren.
A pirâmide de Quéops revela o domínio na técnica
de construção pois não existe nenhuma espécie
de argamassa entre os blocos de pedra que
formam as paredes.

Foram construídas por


escravos e mão de obra
agrícola no período da
não semeadura.
Entrada para o
hipogeu de
Tutankámon

Hipogeu: túmulo escavado na rocha.


Pirâmide de Mastabas

Pirâmide de mastabas: pirâmide de


degraus, de base quadrangular.
A Escultura
• Características:
– Estátuas colossais (de muito grandes dimensões);
– Umas são inseparáveis da arquitetura, outras têm o seu
próprio espaço;
– Aspecto hierático (estático, rígido);
– Baixos relevos (sobretudo com escrita hieroglífica) nas
superfícies de pedra;
– Estatuetas em pedra, terracota, ouro;
– Sarcófagos.

• Temas:
– Deuses (com corpo humano e cabeça de animal ou corpo
de um animal e cabeça de outro animal);
– Pessoas.
Exemplos de escultura inseparável da
arquitetura

Faraó Ramsés II na fachada do templo de


Abu Simbel
Exemplos de esculturas com lugar próprio,
desligadas da arquitetura

Corredor das esfinges, Templo


de Luxor

Estátua de faraó

Estátuas colossais de
guardiães do templo
A grande esfinge do Vale de Gizé
Estátuas em
terracota e em
bronze

Bested, estátua em bronze

Artesãos a fazer cerveja:


estatuetas em terracota

Escriba sentado

Mulher fazendo pão Procissão de oferendas


Baixo relevo na
parede de um
túmulo
representando
Tutankámon e sua
esposa
Ankhenpaamon
A Pintura
• Características:
– Pintura mural, geralmente acompanhada por escrita
hieroglífica;
– Muitas vezes também feita em papiros;
– De acordo com a Lei da frontalidade: corpo e olho visível de
frente; membros inferiores e cabeça de perfil.
• Temas:
– Feitos dos faraós e batalhas;
– Cultos religiosos e mitos;
– Vida cotidiana dos Egípcios.
Lei da Frontalidade
• APARÊNCIA: Corpos
contorcidos
• CABEÇA: de perfil
• OLHO: um de frente e outro
oculto
• PARTE SUPERIOR: de frente
• PARTE INFERIOR: em
movimento e de lado
• PÉS: os dois lado esquerdo,
vistos da parte interna e com
contorno do dedão para cima

Retrato de Hesire numa porta de madeira em


seu túmulo, c. 2778-2723 a.C. (Cairo/Eg)
SIGNIFICADO DAS FORMAS

O homem era
representado
em tamanho
proporcional
à condição
social

Detalhe do Mural do túmulo de Khnumhotep, c. 1900 a.C. (Eg)


Ambos do mesmo tamanho sob a benção do deus-sol
Cenas de carinho entre o rei e filho, entre rei e esposa

Akhanaton e Nefertiti com seus filhos, c. 1345 Tutankhamon e sua esposa, c. 1330 a.C. (Eg)
a.C. (Eg)
Musica
A música no Egito chegou até nos
principalmente pelos belos afrescos
pintados em seus templos e palácios.
O grande numero de representação
de músico nesses afrescos nos leva a
pensar que a música teve uma
grande importância na sociedade
egípcia.
As primeiras manifestações musicais
no Egito acontecem dentre 6000 e
4000 a. C quando a música era usada
para acompanhar a dança, a qual era
a principal manifestação cultural do
Mulheres tocando flauta, alaúde e harpa.
Egito. Afresco encontrado em Tebas.
c.1442 a 1441 a.c.
No Egito o teatro servia principalmente para
expressar homenagem aos deuses, juntamente com
a dança.

Ao poderosos pedido aos deuses, expresso nas


imagens pintadas e esculpidas, adiciona-se a magia
da palavra: invocações a Rá, o deus do paraiso, ou a
Osíris, o senhor dos mortos, suplicando para aquele
que partia fosse recebido em sues reinos e que os
deuses o elevassem como seu semelhante.

.
Os textos inscritos nas pirâmides deram origem
a empolgantes especulações, pela forma
dialogada destas inscrições, apresentando um
caráter dramático, segundo o egiptologista
Gaston Maspero.

Parece certo que as recitações nas cerimônias


de coroação e jubileus eram expressas em
forma dramática.
A dança, a música e o teatro no Antigo
Egito – entre o século X a.C. ao ano 476 d.C.
- estavam presos às tradições do cerimonial
religioso e da corte, em que grandes
espetáculos populares contavam histórias
de deuses, como da ressurreição de Osíris,
deus da morte e da vegetação.
O Tribunal de Osíris
Quando morreres, teu coração será pesado

 
 
Osíris, casado com Ísis, gozava de prestígio.
  Isso despertou a inveja de
Seth, encarnação do espírito do mal,   que esquartejou o corpo de Osíris
em 14 partes e as espalhou. Ísis  encontrou e enterrou todos os
pedaços menos o falo e deu nova vida ao marido, que permaneceu no
mundo subterrâneo como governante. Seth foi combatido e derrotado
por Hórus, que ocupou o reino de seu pai e se tornou o antecessor dos
faraós, o que explica o título Hórus Vivo usado pelos reis egípcios.
Osíris, senhor dos mortos. Simbolizava o poder criativo da natureza:
renascer da vegetação até as cheias do Nilo.
Por volta de 2400 a.C. o deus desempenhava um duplo papel: além de
ligado aos ciclos da fertilidade, era também a personificação do rei morto.
Essa segunda função constituía a base religiosa do poder do monarca.

Representação de Osíris
Julgamento dos Mortos.
Todos os anos em Abidos eram realizados grandes
festivais religiosos, os sacerdotes organizavam a
peça e atuavam nela.
Apresentavam a trajetória de Osíris, o mais
humano dos deuses, que sofre traição e morte e
depois de terminado seu martírio, as lágrimas e
lamentos dos pranteadores são sua justificativa
diante dos deuses. Osíris ressuscita e se torna o
governador do reino dos mortos.
No mistério do deus que se tornou homem –
sobre a entrada da emoção humana no reino
do sobrenatual, ou a descida do deus às
regiões de sofrimento terreno – existe o
conflito dramático e, assim, a raiz do teatro.
No Antigo Egito a dança, a música, e as origens do teatro
permaneceram amarradas às tradições do cerimonial
religioso e da corte.

RITUAL? TEATRO?

O poder do drama jamais foi despertado, pois os egípcios


aceitavam as leis impostas pelo rei e sacerdotes como
mandamentos dos deuses, desconheciam o conflito entre
a vontade dos deuses e do homem, não tinham o impulso
para a rebelião.

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