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Na vida de uma mulher, o perfume tem especial importância. Já os povos mais antigos usavam
as ervas aromáticas, os extractos de plantas e os óleos. Com fogueiras que espalhavam fumo
odoroso, atraíam-se os homens e os animais. Muito antiga é de resto a relação entre perfume e
magia.
Nos primeiros estádios da civilização, o perfume estava ao serviço das práticas mágico-
religiosas. Os homens serviam-se dos perfumes para atingir o êxtase. Os perfumes eram usados
sempre para esconjurar toda a espécie de males. Pensava-se que somente o mau odor era
susceptível de atrair as forças demoníacas.
E segundo antigas crenças o perfume servia também para cativar a simpatia da pessoa amada.
O perfume e o amor estão, por natureza, em íntima relação. De resto, muitos povos beijam,
ainda hoje, com o nariz. Os babilónios e os assírios faziam largo uso de substâncias aromáticas,
para os mais variados fins.
Na terra das pirâmides, os homens cobriam os catres com panos perfumados e, aos deuses,
eram oferecidos constantemente perfumes. Com unguentos, perfumes e fumigações, protegiam-
se vivos e mortos , fortaleciam-se os sãos e tratavam-se os doentes. Também entre os antigos
gregos se dizia que "Deus é perfume". As receitas, para a preparação de substâncias odoríferas,
eram gravadas em tábuas de mármore e expostas nos templos de Afrodite.
Não houve época em que não fossem apreciados os perfumes e em que não se descobrissem
novas essências. Em 1533, Catarina de Médicis, quando do seu casamento com Henrique de
Orléans, levou para França o seu perfumista pessoal, conquistando desse modo homens e
mulheres do "país da galantaria" para os perfumes da Arábia. Até nos conventos se continuava a
aperfeiçoar a arte da destilação dos perfumes. O descobridor da famosa água-de-colónia não foi
nem um químico, nem um farmacêutico, mas um monge franciscano italiano.