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Cultura Documentos
...................... ..............................................
..............................................
............................................
...........................
........ 5
5
1.CONSUMIDORES (CONSUMIDOS)..............................................................................................13
3.CULPA E RESPONSABILIDADE..................................................................................................37
3.2OS INJUSTIFICÁVEIS.............................................................................................................46
4.3LOCUPLETE/O NOS TODOS...................................................................................................76
4.4ESCNDALOS.......................................................................
...............................................................................................................
..............................................57
......57
DORMIR NO PONTO............................................
..................... ..............................................
..............................................
.............................
........ 103
103
BIBLIOGRAFIA...........................................
.................... ..............................................
..............................................
.................................
................
........ 112
112
5
PREFÁCIO
O
deposit*rio +ue tiver a chance de ficar impunemente
por sua l3ica de ferro pietista tenham ru.do 5ão# apenas diminuiu a
6 palavra
palavra de ordem
ordem vi3ente
vi3ente 1 7levar vanta3e
vanta3em
m em tudo#
tudo# certo89
certo89
O pro,
pro,le
lema
ma 1 +ue
+ue esta
esta e2ce
e2ceçã
ção
o torn
tornou
ou-s
-se
e re3r
re3ra
a /a da
dis
disponh
ponho
o a e2am
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inar
ar a+u
a+ui ?eno
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para som
somar @ le3i
le3ião
ão dos
dos
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iza
a e e2er
e2erci
cita
ta noss
nossa
a su,j
su,jet
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e 6ten
6tende
dend
ndo
o @ form
forma
a
espec.
espec.fic
fica
a da or3ani
or3anizaç
zação
ão +ue este
este induz
induz proponh
proponho
o denomin
denomin*-
*-lo
lo
discurso do cínico
A
Bei2o
Bei2o para
para outr
outro
o lu3ar
lu3ar uma
uma discu
discuss
ssão
ão porm
pormen
enor
oriz
izad
ada
a do
se3u
se3uin
inte
te pres
pressu
supo
post
stoD
oD não há rel
relação social que não este
steja
se diz ?as o +ue se diz não se restrin3e aos atos de fala# ainda +ue
semp
sempre
re este
esteja
ja asso
associ
ciad
ado
o @ lin3u
lin3ua3
a3em
em rat
rata-
a-se
se da orde
ordem
m +ue
+ue
conju
conjunt
nto
o de proc
proced
edim
imen
ento
toss de delim
delimititaç
ação
ão e cont
contro
role
le## em,o
em,ora
ra
tam,
tam,1m
1m se poss
possa
a fala
falarr de cont
contro
role
le do discurso#
discurso# e2ercido desde
7
comprometido pelo simples fato de t0-lo ouvido# seja +ual for a sua
reação ou mesmo fin3indo nada ter escutado 6inda +ue não haja
em si determina a su,jetividade8
?ediante o instrumento da lin3ua3em instaura-se um certo nmero de
relaçes JrelationsK est*veis# no interior das +uais pode inscrever-se#
claro# al3o mais a,ran3ente# +ue vai mais lon3e +ue as enunciaçes
efetivas 5enhuma necessidade destas ltimas para +ue nossa conduta#
A
Huanto ao cinismo $at1 melhor definição# confio o termo @ sua
+ue nos toca viver Possi,ilidade +ue reflete menos uma mudança na
M <acan# %&'
9
armadilha l3ica de cuja forma# descrita com fineza pelo cinema e a
com o inconsciente tal +ue ele s e2iste para os outros# o +ue faz
( Cf &atch '' $ Ardil '' ) Qospeh eller# para o livroS ?i"e 5ichols# para o filme
10
dessas hoje em dia seriam os primeiros# sem +ue isso lhes impeça
dos outros dois udo se passa como se nenhum dos tr0s fosse
L Tize"# %&&U
11
alternativas sociais
não ser* afetada por nenhuma cr.tica ideol3ica Pois en+uanto esta
mantendo-se inclume
A
O +ue a kulturcritik não leva em consideração# mas @
N !loterdij"# %&&(
12
Wolden,er3# %&&(
13
1. consumidores (consumidos)
di3estão
desejo tal 1 coisa rara# e não acontece sem indução# j* +ue se move
+ue nos faz tra,alhar não est* ainda ou não por completo na cultura
Passemos ao lu2o
era um meio para su,ir na vida Por +ue# então# não conse3uia comer
comovido pela sua confiança em mim e intu. +uanto lhe custava dizer
tais coisas a al3u1m com +uem não tivera uma verdadeira conversa
17
nos ltimos +uinze anos 5ão me recordo mais o +ue lhe respondi
lem,rei dele a3ora +ue devo escrever so,re a e+uação +ue# dizem#
Estava a esposa com tal e tamanha fome# +ue não p;de evitar-se o
terminasse levando pouco mais +ue uma cesta ,*sica# para se livrar
medida e2ata em +ue nos realiza como falo Ima3ino +ue meu ami3o
não podia acreditar +ue ele# fadado @ eterna privação $7pão de po,re
cai com a mar3arina para ,ai2o9)# tinha sido capaz de comprar todas
6
sociedade edificada so,re a renncia ao prazer 1 uma
+ue da demanda/ passa pelo Alter $Por isso# o,serva 6na Costa # %L
concretistas %N
loiras D
%
3ar3alhadaD puro deleite Em suma# rir de uma piada 1 ter 3anho uma
da d1cada de U# ?ar2 foi o escolhido# mas cumpre dizer +ue não se
em jo3o uma falsa identidade de valores# inscrita como falo *# com
M( Os interessados lerão com proveito os arti3os de 6s"ofar1 e de 5aveau inclusos no volume
>ozaB 2 Wolden,er3# %&&,) e 7O se3redo da forma-mercadoriaD por +ue ?ar2 inventou o sintoma89
in Cizek %&&%
ML ?ar2# %&'N
MN Huinet 6nt;nio# %&&
25
deve ser )i ) decidiu dar para ele lo3o no shaat E o s*,io# depois
M <acan# %&M
M iid
M' 7Radiophonie9 in Dcilicet 'EF ParisD !euil# %&(
27
c.rculo infernal
+ue não aca,a mais# para 3erar vontade e incentivar as vendas ?as#
apenas ao indiv.duo
M& Isso me levou em outro lu3ar $Wolden,er3# %&&%) a afirmar +ue uma psican*lise devia promover
a interrupção deste 3ozo do sacrif.cio $do 3ozo)
29
potente
tam,1m o corpo das muçulmanas como meio para atin3ir suas almasD
@ lei islXmica
AAA
não es+uecer $ele não es+uecia) +ue na+uela 1poca Pa,lo j* era
(M Em +u.mica a su,limação 1 a passa3em do estado slido ao 3asoso sem passar pelo l.+uido
(( Bai2 Pierre# icasso criador # Porto 6le3reD <P?# %&'&
32
o,ras
+ue o ouro não dei2a o 3ozo fora do jo3o# como pretende uma certa
A
ma vez ouvi al3u1m dizer numa confer0ncia $acho +ue foi
revelava seu cinismo Faz sentido# por+ue +uando se sa,e $mas não
passar o prprio 3ozo pelo crivo do 7Outro9 e dos ideais +ue este
A
6o mesmo tempo +ue recomendava ne3*-la aos canalhas # (L
a lenda /mais adiante veremos +ue talvez não seja ,em o caso)
fez <acan pensa# em todo caso# +ue viram ,urros $eis o motivo
( (
histria não dei2a lu3ar a dvidasD o preço a pa3ar por virar as costas
de si
an*lise# identificar-se não com o desejo +ue o intima# com sua causa#
ce3os
oposto E nada 3arante +ue não ser* dado 5ão 1 necess*rio estar
( culpa e responsa,ilidade
O desejo# isso a +ue se chama desejo# ,asta para
fazer com +ue a vida não tenha sentido +uando se
produz um covarde
<acan# %&U
,astaria para lançar uma dvida s1ria so,re sua reputada iner0ncia $1
Como foi o caso para a O5# a intuição nos induz a pensar +ue
A
?ontai3ne tinha a intenção de pu,licar o Hiscurso da servidão
servos +ue lhe dão tudo +uanto pede# como num movimento
para ensinar o povo a lutar contra os tiranos +uer ele +ueira# +uer
a ocuparD o de dema3o3o9 LN
LL idem
LN iid
41
volunt*ria
L iid
L Etienne Be <a Go1tie# %&'M# p %M
42
a3ente89 L'
e seu servo mediante uma relação invis.vel +ue se ata com a l.n3ua
fazer $Becidi não mais servir e sereis livresb)# <a Go1tie vem
nome de m# isto 1# o amo Esta seria pois a prton pseudos dos
de um9 NU
NU i,id p %LN
N% <acan # %&'(# p %NL ?inha 0nfase
44
comu
comunit
nit*r
*rio
io conc
concre
reto
to de eman
emanci
cipaç
pação
ão## ou ainda
ainda de refor
reforma
ma ou
pessoal9 +ue 7est* ,em lon3e de encontrar em al3um ponto +ue seja
li,erdade de cada um# ainda +ue do ponto de vista dos fatos o +ue se
NM Deminário F#
F# op cit
N( I,id
NL ,dem p
,dem p %NN
45
A
* um v.nculo ine3*vel entre a servidão volunt*ria# +ue dei2ara
su,m
su,mis
issã
são
o ma vez
vez vind
vinda
a do inte
interl
rloc
ocut
utor
or nos
nos inte
interp
rpel
elar
ar## não
não
Este
Este impe
imperat
rativo
ivo pode
pode vir dos
dos l.der
l.deres
es da comu
comunid
nidad
ade#
e# mas
mas
a +ue ro3a a pra3a $talvez a mais importanteD sem ela# não haveria
NN iid.
N idem
N 7?as a l.n3ua# como desempenho de toda lin3ua3em# não 1 nem reacion*ria# nem pro3ressistaS
ela 1 simplesmenteD fascistaS pois o fascismo não 1 impedir de dizer# 1 o,ri3ar a dizer9 Roland
Garthes# Aula
Garthes# Aula## !ão PauloD Cultri2# p %L rad <eYla Perrone-?ois1s
46
sua
sua voz
voz proi,
proi,in
indo
do o in3re
in3ress
sso
o Huem
Huem fize
fizess
sse
e ouvi
ouvido
doss mouc
moucos
os e
mecanis
mecanismo
mo de 3ravaçã
3ravação
o acoplad
acoplado
o @ maçane
maçaneta
ta 5ada
5ada impedi
impedia
a a
se acreditar no mestre
(M O! I5Q!IFICÁ>EI!
natur
natural
al por puro
puro prec
precon
once
ceitito#
o# a pulsã
pulsão
o 1 uma
uma konstante kraft +ue
e2i3e 7uma alteração do corpo sentida como satisfação9 Eis a meta N&
zona er3ena
ma
ma vez
vez toma
tomada
da nas
nas rede
redess das
das norm
normas
as## entr
entram
amos
os nos
nos
parad
parado2
o2os
os do super
supereu
eu## +ue
+ue en3or
en3orda
da com
com a sati
satisf
sfaç
ação
ão puls
pulsion
ional
al
renunciada $trieversicht )
) !atisfazer-se da a,stin0ncia Evocaremos
1 menos pelos motivos altru.stas +ue costuma invocar +ue pela sua
tratam
punição
me parece e2cessivo
necessariamente
( Checchinato# %&&
51
O pro,lema 1tico não nos concerne por estarmos vivos# mas por
por atravessar o rio pela ,eirada# fora poupado Per3untar pela 3raça
3overnados pelo princ.pio de razão suficiente# +ue diz nada ser por
?enos o sujeito# +ue 1 contin3ente $uma vez +ue ele est* l*#
atri,ui-se uma m*2ima peda33ica +ue rezaD 7ser*s o +ue devas ser#
mas não apenas ele# est* convicto de não ser nada por nunca ter
so,retudo tendo sido uma criança ,em planejada pelos pais) Estar
a+ui por+ue sim# por nada em especial# 1 nisso +ue consiste a falha
ltimo *li,i para não ter +ue responder pela es+uisitice e encontrar
Cinismo 1 a arte de ver as coisas como são em vez de como deveriam ser
Oscar [ilde# Deastian 9elmoth $%&UL)
:
certo +ue a fi3ura de Bi3enes com seu ,*culo# trou2a e tnica
era esta oração e +uão f*cil era refut*-la# e as vezes +ue de fato fora
e2emplar do filsofo
+ue funciona
A
Kunikos +uer dizer 7como um cão9 $em in3l0s se diriaD do)like)
lin3ua3em e princ.pios
im,ecil miser*velZ9 $B< DL&) Com esta resposta ele transforma num
foi forçado a e2patriar-se 6ssumir o acaso como sua sina lhe permite
C.nica
cujo nico motivo era chamar a atenção para sua pessoa e esmolar
li,erdade
( !aYre# citando B< DL 7Estes atos podem ter sido o e2i,icionismo de um e3otista ou as
tentativas de chamar a atenção e lhe dar uma oportunidade de pedir contri,uiçes9
L E 1D o filme +asy Oider de Bennis opper# atesta so,re este sonho# caro @ contra-cultura !er
livre# como um mendi3o# das correntes da sociedade 5a primeira cena# depois de vender dro3a
para poder viajar# e antes de por o p1 na estrada# os ami3os jo3am seus rel3ios fora
60
!aYre# +ue não 3ostava nem um pouco do Cão# escreveD 7Isto parece
per3unta insistente so,re por +ue fazia o +ue fazia# fosse 7por+ue
dvida ?as era apenas isso8 Bi3enes parece ter conse3uido fazer
fez escola# não foi pelas suas id1ias mas pelo afinco com +ue violava
comportamento
ritos numa sociedade como a 3re3a# or3anizada pelo mito e pelo rito#
62
sustenta +ue Bi3enes foi forçado a e2ilar-se por+ue seu pai# iceias#
ef.3ie desfi3urada# datando do ano de (NU a (LU ac 5ão est* claro '
se foi ele ou seu pai e para +ue eles teriam feito isso ma versão
' R Gracht Granham# 7Befacin3 the CurrencYD Bio3enesb Rhetoric and the invention of CYnicism9
in *he &ynics# op cit p &U n(U
63
p*tria do C.nico 1 uma p*tria 7moral9# a+uela +ue funda com seus
atos# por+ue se al3u1m pode viver como C.nico# a erra inteira 1 seu
lar
moderno
64
o fracasso do Iluminismo
A
6t1 o s1culo dezenove o alemão dei2a cair em desuso a
moderna
como verdade universal Por isso ?ar2 podia dizer# com Cristo# 7não
'M Cf Gracht-Granham R# 7he modern reception of CYnicism9 in *he &ynics# op cit p ((
'( !loterdij" %&'&
'L Em % &apital D Die !issen das nicht1 aer sie tun es# 7não sa,em# mas estão a fazer9
67
na livre escolha oculta +ue o oper*rio não pode dei2ar de optar sem
mas achamos ,oas razes para continuar mantendo esta ltima 5ão
,vio +ue teria sido intil fazer a cr.tica ideol3ica do lema escrito @s
sa,er +ue esse alto princ.pio# 7o tra,alho li,era9# não se aplicava aos
melhor
e2primir seu desprezo por outros9# lemos so,re Bi3enes $B< DML)
pelo seu tio# um famoso msico franc0s da 1poca# não aceita não ser
A
?arcus ei2eira cita uma not.cia so,re uma escola de classe
''
vanta3em so,re outro O +ue nos leva a concluir +ue +uem acredita
nesse momento esteja sendo passado para tr*s sem o sa,er !em
'& Como tampouco h* corrupto sem corruptor# fato +ue passa so, sil0ncio em todas as denncias
por corrupção a +ue nos temos $mal) acostumado ultimamente
72
&U Como vimos $supra# (%)# sem falar em ?a+uiavel# tam,1m Etienne <a Goetie sa,ia isso# e
desde o s1culo dezesseis
73
est* ciente de +ue o Outro não e2iste# a não ser como mira3em do
neurtico
sentinela +ue deu um falso alarme para rir do susto dos camponeses#
e +ue foi o ltimo a correr para dentro dos muros da cidade# como
outro O mentiroso não pode dei2ar de sa,er +ue mente# certo# mas
aca,amos de demonstrar
A
&M Berrida# %&&
75
esperar# 3erou uma le3ião de imitadores# +ue durou mais de mil anos
+ue entram em seu aparato 5em por serem a3entes deste discurso#
livres +ue suas v.timas# os ot*rios $cujo lu3ar# como vimos# estão
relatava a emp*fia com +ue sua filha o chamou de fracassado por ter
função p,lica para seus interesses privados# mostra +ue ela entende
filha est* or3anizada pelo discurso +ue denomino 7do c.nico9 Resta
A
6 data de infle2ão do cinismo moderno seria %&%L# efeito da
elites`D
lucro +ue interessaD o desvio dos fundos e2istentes por mãos h*,eis
financi*-lo
olhos)
predação 6s tais elites não t0m nome# podem ser todos e nin3u1m
reaver o +ue meu irmão tirou de mim# e cuja posse direito nenhum me
economia de mercado
80
c.nico
A
Be +ue lado estão nossas lealdades8 !omos a3entes do
estado e das instituiçes8 63entes da ilustração8 Ou# +uem
sa,e# do capital monopolista8 Ou a3entes do prprio interesse
vital +ue# secretamente# cooperamos com o estado# as
& 0olha de Dão aulo# %N%U&L
& Dupra p N
81
PensilvXnia# est* ali por ter vendido @ 4WG tudo o +ue sa,ia en+uanto
pol.ticas nesses casos >eja o caso dos Rosen,er3 6 meu ver eram
Provavelmente não9
&' Reporta3em de 6ldrich 6mes para *ime# nov %U# %&&N E reporta3em p >incent Qauvet do 5e
Jouvel %servateur # reproduzida em MU(&N na 0olha de Dão aulo.
82
a,ismo8 5ove anos depois# ainda não sei e2atamente por +u09
tratado de alta
+ue pensa Freire Costa# +ue a 1tica nada tem a ver com a pol.tica 6
espera-se dele +ue sai,a us*-la direito# isto 1# +ue minta ,em
espies 5ão fala de seu ato em nenhum momento# a não ser talvez
+uando confessa não ter a menor id1ia do motivo pelo +ual fez o +ue
+ue acompanha todo ato di3no desse nomeD o a3ente s vem a sa,er
funcion*rio da CI6
todavia# seu ato revela a verdade do discurso a +ue servia at1 entãoD
A
O mentiroso chama o mentiroso de mentiroso
!loterdij" $%&'()
+ue nossos v.nculos mais prezados são pura en3anação 5ão este
pai# +ue mandaS o filho# +ue o,edece 5ada temos a esperar do lado
cinismo em si
e2plica +ue suas diretrizes são para nosso ,em ?as tam,1m se trata
7vendida9
funcionarias não podiam dar o +ue não lhes pertencia# pois era
escreveZ9
cultural Em todo caso# não sendo de est1tica +ue a+ui se trata# o +ue
pelo seu censor# a sa,er# +ue o fato de terem sido ad+uiridos pelos
89
de arte
o,ras são maiores ou menores +ue seus efeitos colaterais $no caso
al3umas# recusa outras# mas não reconhece nenhuma delas pelo +ue
as charadas ocultas nas sinopses# por nunca ter lido &rime e &asti)o
rece,er* dicas neste sentido Por+ue não se supe +ue ele seja
,alizas so,re a maneira como a autora espera ser vista al +ual o
7car*ter9 do funcion*rio)#
%UU 5ão h* de ser desmerecedor para Patr.cia ?elo ou Qac <eirner afirmar +ue estes tra,alhos +ue
colocaram no mercado são produtos do discurso do c.nico rata-se apenas de reconhecer sua
ade+uação a um 30nero ori3inado por uma estrutura !ou alheio a outras o,ras destas artistas# e
nada me leva a supor +ue a pendente c.nica seja para elas forçada# irrevers.vel ou a nica
poss.vel
%U% 0olha de Dão aulo# caderno 7?aisZ9# %(%M&'
92
a+ui meu coment*rio est* centrado na entrevista em si# não nos fatos
nela e2postos
%UM Entrevista do tenente $%&'%) ?arcelo Pai2ão de 6rajo para Veja 6no (%# noL&# & de
dezem,ro de %&&'
93
afo3amento
JK : como um caldo# como se faz na piscina Era
eficiente ?as eu não 3ostava 6chava +ue o risco era
muito alto 6fo3amento não era a minha praia $ risos) 6
3eladeira# uma cXmara fria em +ue se coloca o preso# não
funcionava em Gelo orizonte Era muito caro O +ue tinha
era o trivial caseiro O menu mineiro
75ada pessoal9
$para diz0-lo com o clich0 +ue merece) Por isso# tam,1m# o cole3a
o +ue est* em pauta não 1 seu ato# mas o resultado de não sei +uais
LL E!Ck5B6<O!
assunto durante uma confer0ncia de florido t.tuloD 7Ele sa,e +ue $eu
pela culpa do acusado# +ue ele conhece de antemão# mas pela sua
+ue tem um pretendente apai2onado# +ue est* a par# por sua vez#
fato de haver uma confissão a fazerZ Em todo caso# para +ue al3o
%U'
se trata de confir
nfirm
mar uma inf
informaçã
ação mas de reconhecer6se
devassado pelo
pelo sa,e
sa,err do outr
outro#
o# ness
nesse
e mome
moment
nto
o vivi
vivido
do como
como
a,soluto
cole
cole3a
3a Entr
Entret
etant
anto#
o# em vez
vez de dize
dizerr 7não
7não es+u
es+uec
ece
e de dei2a
dei2arr o
di3amos
não
não da ment
mentir
ira#
a# mas
mas do fato
ato de ter
ter ment
mentid
ido
o/# 1 +ue
+ue ao ser
101
Outr
Outro
o $o panopticon
panopticon ima3inado por Gentham e +ue me fi2a desde
todas as partes# como Beus) Isso era o +ue este menino oferecia#
+ue o !enhor tudo sa,e e tudo v0# ainda 1 preciso +ue o pecador se
insem
insemin
inad
ado
o ou o char
charut
uto
o $dec
$decer
erto
to## cu,a
cu,ano
no e ile3a
ile3alSlS +ues
+uesitito
o não
esclar
esclareci
ecido
do pelos
pelos .nte3ros
.nte3ros senado
senadores
res)#
)# impudi
impudico
co ,rin+ue
,rin+uedo
do nas
Escandaloso foi ele ter vindo a p,lico para reconhecer +ue mentira
por ter faltado com o princ.pio# di3amos# de veracidade# mas por ser
dormir no ponto
m1todo para indicar onde est* o ,em# não 1 sinal de sua indiferença
uma pauta t1cnica# visto +ue a velhacaria não 1 uma estrutura cl.nica
como pessoas não saud*veis# +ue não valem nada na vida Os +ue
não valem nada não são indicados para a an*lise# nem este m1todo 1
A
Bei2ando os +ue não valem nada entre3ues @ sua sorte $Freud
Então# ser* +ue sua e2cel0ncia o deputado diz a mesma coisa +ue o
em +ue este detalhe não possa ser levantado O pol.tico co,re com o
por isso cair no cinismo m +ue sai# de certo modo# do c.rculo c.nico
tontice ou# como se diz# não 7dormir no ponto9# não implica contudo
numa provid0ncia +ue não se a,ala pelo fato de ser financiada pelos
contri,uintes
en+uanto cochilamos
acima
a car0ncia
faz9# por e2emplo# est* antes do lado do 7rou,a9 +ue do 7faz9 6pelo
110
servidão volunt*ria# +ue pode ser rastreada at1 a col;nia e nada deve
111
finca suas ra.zes onde +uer +ue tais condiçes estejam dadas
Gi,lio3rafia
6<<E5 GarrY %&& *ruth in philosophy # ?assD arvard niversitY Press
6<!!ER <ouis %&&( 7rois notes sur la theorie des discours9 in Ucrits sur la
sychanalyse# !toc" Imec# Paris
GORWE! Qor3e <uis %&'M 74af"a Y sus precursores9 in %ras &ompletas Gs6sD
Emec1
/ 7res versiones de Qudas9 Idem
CTER?64 ?arcel %&'N 76lienação e ato anal.tico9 in &he Vuoi ( rad E !ouza
!ão Paulo
113
BE <6 GO:IE Etienne %&'M Hiscurso da servidão voluntária ?arilena Chau. $trad e
or3) !ão PauloD Grasiliense
BIOWE5E! <6ERI! %&NU 5ives and opinions of famous philosophers# vol viS RB
ic"s $ed)# <ondon
BO[5I5W F Werald %&&M &ynics and &hristian ori)ins. Edin,ur3hD Clar"
E6W<EO5 errY %&& ,deolo)ia rad <C Gor3es !ão PauloD nesp
E?ERIC 5icolau $%() %&&( 9anual dos inquisidores. ?Q da !ilva $trad)
Gras.liaD Rosa dos empos
FREB !i3mund %& %ras &ompletas rad Qos1 EtcheverrY Gs6s 6morrortu
Editores $6E) %&U %ras &ompletas. rad <pez Gallesteros ?adridD Gi,lioteca
5ueva $G5) %&U, Dtandard +dition rad Qames !tracheY <ondonD o3arth-Press
$!E) %&N >esammelte Lerke. Fran"fort del menoD ! Fischer >erla3 $W[)
WO<BF6RG QeffreY C%&&%*he cynical society1 the culture of politics and the politics
of culture in american life# Chica3oD niversitY of Chica3o Press
OG!G6[? Eric %&& A era dos e#tremos1 o reve s"culo [[ !ão PauloD
Companhia das letras
I5B6R Quan Carlos%&&U rolemas del amor y del deseo del analista Guenos
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