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Química Geral – ECT2104

A Tabela Periódica pode ser usada para prever as


Carga nuclear efetiva propriedades dos elementos.
A Carga nuclear efetiva, Z*, influencia diretamente as propriedades dos elementos:

“Z* é a carga sentida por um elétron em um átomo


polieletrônico”.

Os elétrons interiores blindam os exteriores parcialmente


da carga positiva vinda do núcleo, assim, esses elétrons
mais externos sentem somente uma fração da carga
nuclear total.

Mg 1s2 2s2 2p6 3s2


Carga nuclear efetiva – como estimar?
Z*- carga nuclear efetiva
Z- carga nuclear (no atômico) – cada elétron externo está
Z* = Z - S parcialmente protegido pelos elétrons do cerne
S- constante de blindagem – representa a blindagem (proteção)
exercida pelos elétrons internos

Mg (Z=12) = (1s)2 (2s2p)8 (3s)2


1) Nível n (= 3) = 1e- x 0,35 = 0,35
2) Nível n-1 (=2) = 8e- x 0,85 = 6,80
3) Níveis anteriores a n-1 = 2e- x 1= 2,00
S3s = 0,35 + 6,80 + 2,00 = 9,15

Z* = Z – S
Z*3s = 12 – 9,15 = 2,85
Carga nuclear efetiva – Regra de Slater
Para elementos de um período:

Ocorre um aumento da carga nuclear efetiva, isso significa que,


geralmente, em um período o núcleo exerce uma força maior de
atração sobre o elétron mais externo.
Em um período o número atômico aumenta mais rapidamente do que
a constante de blindagem, pois os elétrons são adicionados a uma
mesma camada e esses elétrons são menos eficientes em blindarem
uns aos outros.

Para elementos do mesmo grupo:

Ocorre um ligeiro aumento da carga nuclear efetiva no começo e depois permanece praticamente a
mesma.
Em um grupo o número atômico e a constante de blindagem aumentam na mesma medida, fazendo
com que a carga nuclear efetiva não se altere, porém ao descer em um grupo aumenta-se o número
quântico principal e ao descer em grupo os elétrons mais externos passam a ficar cada vez mais longe
do núcleo.
Os átomos não têm uma dimensão muito bem definida,
Raio mas seus raios podem ser estimados.
Quando os átomos se organizam como sólidos
e moléculas, seus centros encontram-se em
distâncias definidas uns dos outros.

O Raio Atômico de um elemento é definido


como sendo a metade da distância entre os
núcleos de átomos vizinhos iguais.

De um modo geral:

No grupo (de cima para baixo) - n aumenta - a distância dos elétrons externos do núcleo
tornam–se maiores – O raio atômico aumenta

No período (da esquerda para a direita) - O raio atômico diminui com o aumento de Z*, pois
existe um aumento na atração entre o núcleo e os elétrons externos.
Raio atômico

Aumento do raio
atômico nos elementos
representativos
Raio covalente Em um composto molecular, calculamos a
distância entre os núcleos dos átomos unidos por
uma ligação para determinar o raio.

Os raios atômicos permitem estimar o comprimento de


ligação entre os elementos de diversos compostos.

Qual é a distância entre os átomos de


C e Cl numa molécula de CCl4?
Valor experimental é de 177 pm, ou
177 x 10-12 m.
Raio metálico Em uma rede metálica, o raio é determinado
tomando a metade da distância entre centros de
átomos vizinhos.
Raio dos gases nobres

No estado sólido, os gases nobres não estão ligados efetivamente por uma
ligação química covalente. Assim, a proximidade de átomos dos gases nobres
com seus vizinhos que estão em contato é expressa em termos do raio de van
der Waals do elemento.

Raio de van der Waals - é a separação internuclear quando as camadas


externas dos dois átomos estão em contato não-ligante.
Raio iônico O Raio iônico de um elemento é a sua parte da
distância entre íons vizinhos, ou seja, a distância
entre os centros de um cátion e um ânion em um
sólido iônico.

Na prática, foi definido que o raio do íon óxido, O2- era 140 pm e assim o raio dos
outros íons foram calculados.

A distância entre os centros dos íons Mg2+ e O2-


no MgO é 212pm .

Para determinar o raio iônico do Mg, usamos o


raio já conhecido do íon óxido:

Comprimento da ligação – raio O2- :

raio Mg2+= 212pm- 140pm = 72 pm


Raio iônico

Na [Ne]3s1 Na+ [Ne]


Átomos perdem elétrons para que o cátion
Ca [Ar]4s2 Ca2+ [Ar] fique com configuração eletrônica igual a de

Al [Ne]3s23p1 Al3+ [Ne] gás nobre.

H 1s1 H- 1s2 ou [He]


Átomos ganham elétrons para
F 1s22s22p5 F- 1s22s22p6 ou [Ne]
que o ânion fique com
O 1s22s22p4 O2- 1s22s22p6 ou [Ne]
configuração eletrônica igual a
de gás nobre. N 1s22s22p3 N3- 1s22s22p6 ou [Ne]
Raio iônico - cátions

-1e-
+
Li,152 pm Li+, 78pm
(3p, 3e-) (3p, 2e-)

CÁTIONS são menores do que seus


átomos precursores
A atração elétron - núcleo cresce e o
tamanho do átomo decresce
Raio iônico - ânions

+1e-
-
F, 71 pm F-, 133 pm
(9p, 9e-) (9p, 10e-)

ÂNIONS são maiores do que os seus


átomos precursores
A atração elétron- núcleo decresce e
o tamanho do ânion aumenta
Raio iônico
Comparação entre raios atômicos e iônicos
Raio iônico
Comparação entre raios atômicos e iônicos
Energia de ionização A energia de ionização é a energia necessária
para remover um elétron de um átomo na fase
gasosa.

Quanto maior a energia de ionização, mais difícil remover o elétron.

Mg(g)  Mg+(g) + e- 738 kJ/mol


1s22s22p63s1
Mg+(g)  Mg2+(g) + e- 1451 kJ/mol
1s22s22p6
Mg2+(g)  Mg3+(g) + e- 7733 kJ/mol
1s22s22p5
Energia de ionização

EI : 1a < 2a < 3a
Energia de ionização
Irregularidades

Esse
comportamento se
repete para os
outros elementos
do grupo
Energia de ionização
A afinidade eletrônica é a energia liberada
Afinidade eletrônica quando um átomo no seu estado fundamental
gasoso (isolado) recebe um elétron.

F (g) ) + e-  F-(g) -328 kJ/mol


1s22s22p6
Afinidade eletrônica

Irregularidades

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