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ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SANTO AGOSTINHO

MORTE HUMANA

Trabalho realizado como


requisito avaliativo da
Disciplina Ensino
Religioso, ministrada pelo
Prof. Rodrigo Guiomar, do
9º ano, sala 32.

Breves - Pará
2023
O que é a morte?:
Morte (do termo latino mors), óbito (do termo latino obitu),
falecimento (falecer+mento), passamento (passar+mento), ou ainda
desencarne (deixar a carne), são sinônimos usados para se referir
ao processo irreversível de cessamento das atividades biológicas
necessárias à caracterização e manutenção da vida em um sistema
orgânico. Os processos que seguem-se à morte (post mortem)
geralmente são os que levam à decomposição dos sistemas.
É um processo universal e inevitável que eventualmente
ocorre com todos os
organismos vivos. O termo
"morte" é geralmente aplicado a
organismos inteiros; o processo
semelhante observado em
componentes individuais de um
organismo vivo, como células
ou tecidos, é a necrose. Algo
que não é considerado um
organismo vivo, como um vírus,
pode ser fisicamente destruído,
1Uma flor, uma caveira e uma ampulheta
representam a vida, a morte e o tempo, nesta pintura mas não se diz que ele
de Philippe de Champaigne
"morreu". A morte faz-se notória
e ganha destaque especial ao ocorrer em seres humanos. Não há
nenhuma evidência científica de que a consciência continue após a
morte, no entanto existem várias crenças em diversas culturas e
tempos históricos que acreditam em vida após a morte. No início do
século XXI, mais de 150 mil humanos morrem a cada dia.
Muitas culturas e religiões têm a ideia de uma vida após a
morte e também têm a ideia de julgamento de suas boas e más
ações (céu, inferno, carma). Existem diversas concepções sobre o
destino da consciência após a morte, como as crenças na
ressurreição (religiões abraâmicas), na reencarnação (religiões
orientais, espiritismo, candomblé, etc.) ou mesmo o oblívio eterno
("esquecimento eterno"), conceito esse comum na neuropsicologia
e atrelado à ideia de fim permanente da consciência após a morte.
As cerimônias de luto e práticas funerárias são variadas.
Os restos mortais de uma pessoa, comumente chamados de
cadáver ou corpo, são geralmente enterrados ou cremados. A forma
de disposição mortuária pode, contudo, variar significativamente de
cultura para cultura. Entre os fenômenos que induzem à morte, os
mais comuns são: envelhecimento biológico (senescência),
predação, desnutrição, doenças, suicídio, assassinato, acidentes e
acontecimentos que causam traumatismo físico irrecuperável.
Morte\Antropologia:
O conceito de morte é a chave para a compreensão
humana do fenômeno. Existem muitas abordagens científicas e
várias interpretações do conceito. Além disso, o advento da terapia
de suporte à vida e os vários critérios para definir a morte, tanto do
ponto de vista médico quanto jurídico, dificultaram a criação de uma
única definição unificadora.
Um dos desafios para definir a morte é distingui-la da vida.
Como um ponto no tempo, a morte parece referir-se ao momento
em que a vida termina. Determinar quando a morte ocorre é difícil,
já que a interrupção das funções vitais muitas vezes não é
simultânea entre os diferentes sistemas orgânicos. Essa
determinação, portanto, requer o traçado de limites conceituais
precisos entre a vida e a morte. Isso é difícil, devido ao pouco
consenso sobre como definir a vida.
É possível definir a vida em termos de consciência.
Quando a consciência cessa, pode-se dizer que um organismo vivo
morreu. Uma das falhas dessa abordagem é que muitos
organismos estão vivos, mas provavelmente não estão conscientes
(por exemplo, organismos unicelulares). Outro problema é o
conceito de "consciência", que tem muitas definições diferentes
dadas por cientistas, psicólogos e filósofos modernos. Além disso,
muitas tradições religiosas, incluindo as tradições abraâmicas e
dármicas, afirmam que a morte não significa (ou pode não)
acarretar o fim da consciência. Em certas culturas, a morte é mais
um processo do que um único evento. Implica uma lenta mudança
de um estado espiritual para outro.
Outras definições para morte enfocam o caráter de
cessação de algo. Mais especificamente, a morte ocorre quando
uma entidade viva experimenta o fim irreversível de todo o
funcionamento. No que se refere à vida humana, a morte é um
processo irreversível em que alguém perde sua existência enquanto
pessoa.
Morte\Existencial:
Perceber que um dia vamos morrer pode nos parecer
desesperador, pois nos deparamos com o absurdo da vida, ou seja,
vivemos para morrer? Sim, a morte é uma circunstância da vida,
todos nascemos e logo sabemos que um dia vamos morrer. Como
o existencialismo se foca na existência concreta e finita, ao invés de
uma ideia de ser abstrato e eterno, a morte é entendida como o fim
da existência, de tudo o que fizemos dela e de tudo o que
planejamos um dia fazer, inclusive o que deixamos de fazer. Morrer
é colocar um fim em nossa existência, inclusive em todas as nossas
possibilidades de ser. Em nossa vida, vivemos diversas situações
que possuem um fim, trata-se do tema da finitude, ou seja, há
coisas que acabam, e nossa existência é também uma delas. Nos
aproximamos da experiência de morte em diversos momentos,
quando perdemos um parente próximo, um amigo, um colega, um
vizinho. Sentimos a finitude das relações quando uma pessoa
querida muda para um lugar distante, ou quando nós mesmos
mudamos e deixamos de lado algo que antes fazia parte de nossa
vida. Vivemos numa constante transformação, sempre estamos
mudando, e isso implica em perdas também, é como se algo em
nós morresse a cada mudança. Nossas velhas experiências vão se
enfraquecendo e são deixadas para trás. Toda mudança implica
necessariamente em renúncia, sempre deixamos algo para trás,
para darmos lugar à novas escolhas e experiências. Porém, com a
morte física é chegado o fim de todos as nossas experiências e de
tudo o que poderíamos desenvolver em vida. Refletir sobre a morte
é perceber a finitude das coisas, constatar que nem tudo é eterno,
que as coisas um dia chegarão a um fim. Enfrentar a perda de uma
pessoa querida, lidar com a impossibilidade de estar com ela e
conviver com ela, inclusive todos os modos de ser dela, seus
desejos e sonhos, tudo isso se vai com sua morte. Não é fácil nem
simples encarar tudo isso, e dependendo da proximidade e das
expectativas que desenvolvemos com relação à pessoa pode ser
muito doloroso e angustiante. Quando perdemos uma pessoa muito
próxima, sentir a perda dela é como se perdêssemos também parte
de nós, como se algo em nós também estivesse morrendo naquele
momento. Parece-nos difícil aceitar a perda como algo inerente à
vida, não queremos sentir essa sensação, não queremos perceber
que podemos perder tudo o que temos hoje. Se o que temos nos
faz sentir completos, perder algo pode nos fazer sentir incompletos
ou faltosos, e isso pode ser desesperador. Porém, não somos seres
completos e perder faz parte da vida, somos seres incompletos que
perdemos algo para dar lugar a outra coisa. Lidar com a perda é
necessário para nos transformar, pois todas as vezes que mudamos
deixamos algo de lado, o que já não faz mais parte de nossas
buscas e interesses atuais.
Morte\Espiritual:
Na sociedade, a natureza da morte e a consciência da
humanidade de sua própria mortalidade tem sido por milênios uma
preocupação das tradições religiosas do mundo e da investigação
filosófica. Isso inclui a crença na ressurreição ou na vida após a
morte (associada às religiões abraâmicas), reencarnação ou
renascimento (associada às religiões dármicas) ou que a
consciência deixa de existir permanentemente, conhecido como
esquecimento eterno (associado ao humanismo secular).
As cerimônias após a morte podem incluir várias práticas
de luto, práticas fúnebres e rituais de homenagem ao falecido. Os
restos mortais de uma pessoa, comumente conhecidos como
cadáveres ou corpos, são geralmente enterrados inteiros ou
cremados, embora entre as culturas do mundo haja uma variedade
de outros métodos de eliminação mortuária.
A morte é o centro de muitas tradições e organizações; os
costumes relativos à morte são uma característica de todas as
culturas ao redor do mundo. Muito disso gira em torno do cuidado
com os mortos, bem como da vida após a morte e da eliminação
dos corpos no início da morte.
A eliminação de cadáveres humanos, em geral, acaba em
enterro ou cremação. No entanto, esta não é uma prática unificada;
no Tibete, por exemplo, o corpo recebe um túmulo no céu e é
deixado no topo de uma montanha. A preparação adequada para a
morte e as técnicas e cerimônias para produzir a habilidade de
transferir as realizações espirituais de alguém para outro corpo
(reencarnação) são assuntos de estudo detalhado no Tibete. A
mumificação ou embalsamamento também é comum em algumas
culturas, para retardar a taxa de decomposição.
Fonte:
*https://www.ex-isto.com/2017/10/morte-sentido-
existencial.html
*https://pt.wikipedia.org/wiki/Morte

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