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Aula 5 Provas Projetivas
Aula 5 Provas Projetivas
âmbito clínico
Aula 5
Abril/2023
Provas Projetivas
Provas Projetivas- Referencial teórico
* 06/05/1856 + 23/09/1939
Obs: O termo projeção foi utilizado pela primeira vez em psicologia por Freud em
1894 (Início na Psicanálise Freudiana).
Roteiro para aplicação das Provas Projetivas
✓ ESCOLAR
✓ FAMILIAR
A percepção consciente e inconsciente do sujeito em relação a si mesmo e as pessoas significativas do seu ambiente.
• Coisas que o sujeito não seria capaz de expressar em palavras, mesmo que conscientes.
• A realização de desejos.
• A sexualidade.
• O stress situacional.
As provas projetivas permitem avaliar o desenvolvimento geral da criança.
Vínculo Familiar
1. A planta da minha casa
2. Família Educativa
3. Os quarto momentos do dia
PROVAS PROJETIVAS
Seleção das técnicas projetivas por idade:
Quatro anos
• O desenho em episódios
Seis a sete anos
• Par Educativo
• Os quatro momentos do dia
• Família Educativa
• O dia do meu aniversário
• Minhas férias
• Fazendo aquilo o que mais gosta]
Sete a oito anos
• Par Educativo
• Os quatro momentos do dia
• Família Educativa
• O dia do meu aniversário
• Minhas férias
• Fazendo aquilo o que mais gosta
• Eu com meus companheiros
PROVAS PROJETIVAS
Seleção das técnicas projetivas por idade:
Consigna: “ Gostaria que você desenhasse duas pessoa:, uma que ensina e uma que aprende.”
Após o desenho:
Se você fosse dar um título para o seu desenho, como ele se chamaria? Poderia escrevê-lo?
Gostaria que escrevesse algo sobre seu desenho.(Caso a criança não queira escrever, não devemos força-la, pois
estas provas envolvem uma situação ligada ao emocional, e ela pode não querer escrever para entrar em conflito,
sendo assim pedimos para ela contar).
Observações para análise das técnicas projetivas
✓ A interpretação de cada prova projetiva deve ser feita em função do sujeito em particular e do total de
informações já obtidas.
✓ Não é necessário aplicar todas as provas, mas devemos ficar atentos para aplicar aquelas que se
considerem necessárias em função do que se observou.
✓ É preciso considerar a posição e tamanho dos desenhos com um critério de estrutura clínica, vale dizer
levando em conta todos os aspectos que interferem – lateralidade, sistema de escrita, esquerda –direita ,
de cima para baixo, traços, cores, grande/pequeno, relato, presença de personagens e etc.
✓ Quanto à posição do desenho em relação ao papel podem ser consideradas 9 posições como indicadores
de certos traços que caracterizam outros tantos vínculos de aprendizagem.
Sequência
* Esta análise pode nos indicar a quantidade de energia e o controle do sujeito sobre a projeção.
* A sequência esquemática da figura humana (cabeça, pescoço, tronco, braços e pernas, dedos e pés colocados por último)
denota organização de pensamento; os que denotam excessiva impulsividade, excitabilidade, trabalham confusamente.
Tamanho
* Este aspecto nos oferece pistas sobre à autoestima do sujeito ou uma imagem idealizada de si mesmo.
* A relação entre o tamanho do desenho e o espaço disponível na folha de papel pode estabelecer também um paralelo com
a relação dinâmica entre o sujeito e o seu ambiente, ou entre o sujeito e as figuras parentais.
* O tamanho sugere a forma pela qual o sujeito esta reagindo à pressão ambiental.
Tamanho normal: Inteligência, com capacidade de abstração espacial e de equilíbrio emocional.
Tamanho grande: é dada uma importância significativamente destacada, que pode ser positiva ou negativa.
Pressão no Desenhar: oferece indicações sobre o nível de energia do sujeito
Segundo Leal e Nogueira (2011)
Uso da Borracha
ü Uso normal: autocrítica.
ü Ausência total, quando a borracha se acha
presente: falta de crítica.
ü Uso exagerado da borracha:
incerteza, indecisão e insatisfação consigo
mesmo.
• Áreas superiores: pode indicar a área referente ao pensamento , ao intelecto, também podendo representar o ideal.
• Lado esquerdo: de quem olha e na área superior, poderemos acreditar que projetam algo referente a situação de
recordação.
• No meio: imaginação
• Lado direito: sonhos, isto é, o que se deseja ou se imagina, o que se sonha ter.
• Área média é o espaço predominante dos desenhos que simbolizam a realidade e a naturalidade, quando na esquerda
e no meio da folha , podemos crer que estes desenhos simbolizam laços de origem; no meio, egocentrismo ; e no
direito, o que está projetado para o futuro.
Quanto à posição do desenho no papel, segundo Rabello (2019), cada local poderá
simbolizar uma forma de ver o mundo , de se colocar nele, seu jeito de ser:
• Área inferior indica atitude ou modo de ver o mundo por meio da materialidade ou ainda o que está no inconsciente; no
lado esquerdo, pode simbolizar o medo; no meio, insegurança; no direito, desejo.
• Os desenhos que são feitos ocupando o lado esquerdo da folha nos remetem a situações do passado, situações que a
criança considera importantes ou não.
• Os desenhos do meio , no momento atual, que vive o aqui e o agora de maneira tranquila, e os da direita podem
significar um desejo referente ao futuro, a criança busca sempre coisas novas que ainda desconhece.
Alguns detalhes dos desenhos “ Livro Nancy Rabello – O desenho
infantil – Editora Wak”
https://www.youtube.com/watch?v=SEymYjHQoGU
O QUE MAIS DEVEMOS OBSERVAR?
O tamanho total do desenho: se for pequeno demais ou grande demais poderá indicar vínculo inadequado em relação à
situação da cena e a sua importância.
O tamanho dos personagens: quem aparece exageradamente maior ou menor que os demais?
O sujeito que desenha está presente nas cenas ou não se desenha?
Quem não aparece no desenho? Por exemplo, no desenho da família, não desenha o pai ou a mãe, ou não se desenha?
O distanciamento dos personagens: estão separados por alguma barreira ou presos em quadrados?
Desenha pés ou mãos? Se não desenha, pode indicar dificuldade nos relacionamentos, criança sem objetivos, dificuldades
para buscar o conhecimento.
Desenha olhos, orelhas, boca? Se faltam olhos, orelhas, boca, pode estar relacionado a ouvir, falar, observar ou em prestar
atenção.
O desenho está condizente ao que foi pedido? O sujeito tem boa compreensão, ou não desenha o que foi solicitado? Este
fato pode indicar uma conduta evitativa relacionada à situação solicitada. Se recusa a desenhar? Se recusa a escrever?
Vínculo: escolar
Objetivo: investigar o vínculo que a criança estabelece com a aprendizagem por meio da
relação vincular do ser que ensina como que aprende.
Consigna: “ Desenhe duas pessoas, uma que ensina e outra que aprende.”
Detalhes do desenho:
Título do desenho:
Relato
Conteúdo do relato
Correspondência entre o relato e o desenho
Correspondência entre o relato e o título
Par Educativo
Sobre o desenho:
Aluno grande e professor pequeno – o vinculo é negativo, pois este não é valorizado.
Objetos grandes: indica uma divisória entre ensinante/aprendente ou aprendente/conteúdo, pode significar
também super valorização do objeto.
Grande distância dos personagens com o objeto: Indica que não há um compromisso com o conteúdo a ser
aprendido.
Distância adequada: O docente é visto como alguém que utiliza os conteúdos com instrumentos para ensinar
a aprender.
Local da cena:
Âmbito escolar: melhor vínculo com a aprendizagem sistemática, podendo ser positiva ou negativa.
Vínculo: escolar
Inclusão do docente
Não é comum , podendo indicar relação deficitária com os colegas, dependência ou grande afeto pelo docente.
Inclusão de personagens externos ( fora do grupo)
Indicador de falta de limites, falta de compreensão de noção de grupo de companheiros, não é muito comum.
Eu com meus companheiros
Inquérito:
1) Quem é você?
2) Como se chamam as demais pessoas? Qual a idade
deles?
3) Faça um comentário sobre seus companheiros.
4) O que estão pensando? Sentindo? Fazendo?
5) Qual título daria para este desenho?
VÍNCULO ESCOLAR
A planta da sala de aula
Autor: desconhecido
Vínculo: escolar
Objetivo: Conhecer a representação do campo
geográfico da sala de aula e as localizações, real e
desejada, na mesma.
Elementos
incluídos – vínculo positivo
Excluídos- sem vínculo
Ausência – vínculo negativo com o contexto físico da sala de aula.
9) Perguntas complementares,
Domínio familiar
Roteiro para aplicação das Provas Projetivas
VÍNCULO FAMILIAR
Visca, 2008
Domínio: familiar
Autor: desconhecido
Consigna: “Faça o desenho da sua casa, como se você estivesse vendo-a de cima”
Solicitar ao aprendente que coloque o nome de cada ambiente, indique de quem é cada quarto
e se ele gostaria de usar um outro quarto ou dividir com outra pessoas.
"Espaços físicos não são apenas espaços físicos, eles são carregados com conteúdo
emocional , muitas vezes dados pela dinâmica e regras de contexto familiar.”
(Visca, 1994)
Roteiro para aplicação das Provas Projetivas
A planta da minha casa
Indicadores do desenho
Organização dos espaços
Inclusão de objetos e adornos
Pessoas
Espaços fechados e abertos
Habitação central ou periférica
Indicadores mais significativos
Detalhes do desenho.
Localização da casa.
Lugar de estudo.
Ponto de vista
Interno Indica que o aprendente se sente
parte integrante família.
Externo Indica que o aprendente não se
sente parte integrante da família.
É um estrangeiro..
• Pequeno e ocupa um espaço reduzido da folha: Indica inibição para o uso do espaço e possível diminuição no uso do
potencial emocional. Indica um vínculo negativo com a aprendizagem.
• Grande e ocupa todo o espaço da folha: Indica vínculo positivo com a aprendizagem , salvo se houver descontrole
motor.
• O uso de mais de uma folha: revela dificuldade em antecipar, dificuldade de controlar os impulsos e vínculo negativo
com a aprendizagem sistemática. Pode indicar crianças que não possuem noção de espaço e limites.
VÍNCULO FAMILIAR
Os quatro momentos do dia
Domínio: familiar
Procedimento :
O psicopedagogo dobra a folha sulfite em quatro partes iguais e solicita ao entrevistado que faça o
mesmo com a outra.
Solicita-se que desenhe quatro momentos de seu dia, desde que acorda até a hora em que vai
dormir.
Pede-se que relate o que está acontecendo.
Os momentos escolhidos: podem indicar uma seleção automática resultado de uma vida monótona e
sem criatividade como também escolhas afetivas, positivas ( dinamismo, criatividade e uso enriquecedor)
ou negativas ( apatia, solidão, sente-se vazio, depósito de impulsos negativos manifestos ou latentes) .
Pessoas: representam modelos de identificação e aprendizagem familiar que pode ser: uniforme ou
diversificado(obsessivo, confusional, prático, teórico, compartilhado ou individual).
Campo geográfico das cenas: representa estilo de vínculo da família, flexibilidade (almoçar no quarto).
❖ Sequência temporal
Uso ordenado do espaço Predomínio da realidade,
capacidade de acomodação,
aprendizagem realista e
tolerância à frustração.
Autor: desconhecido
Consigna:
Nas minhas férias As atividades escolhidas durante o período 6/7 anos e mais
de férias escolares.
Fazendo o que mais gosta O tipo de atividade de que mais gosta. 6/7anos e mais
VÍNCULO CONSIGO MESMO
O desenho em episódios
Autor: desconhecido
Observar o vínculo de aprendizagem que o sujeito possui consigo mesmo e observar também
alguns indicadores gráficos vinculados ao tempo, ao espaço e à causalidade.
Consigna: “Desenhe uma história de um menino (de acordo com o sexo do aprendente) que
tem todo dia livre para ele(a). Desenhe o que ele(a) vai fazer desde a hora em que acorda
(mostrar a dobradura 1) até a hora que regressa para sua casa (mostrar a dobradura 6).”
O desenho em episódios
Indicadores:
Autor: Desconhecido
Desenho:
Tamanho total do desenho. Tamanho e posição dos personagens. Tamanho dos objetos diretamente
vinculados ao aniversário. Tamanho dos objetos não vinculados ao aniversário. Caráter completivo do
desenho.
Posição dos personagens: mostram a importância dos vínculos positivos e negativos.
Espaço Geográfico:
Própria casa , lugar Público , fora do contexto real de possibilidade.
Tamanho e posição dos personagens: revela o vínculo consigo mesmo e relações que estabelece.
Conteúdo do relato:
Idade do personagem que faz aniversário. Caracterização dos demais personagens.
Contradições entre o desenho e o relato.
Idade menor dos personagens: desejo de não crescer, relacionado com o não aprender.
O dia do meu aniversário
1) De que é o aniversário?
3) Conte-me o que está acontecendo neste dia. Quem são estas pessoas? Qual a idade delas?
5) O aniversariante ganhou presentes? Qual ele(a) mais gostou? Será que ele(a) gostaria de trocar
Conteúdo do relato
Idade do aniversariante no 1. Menor – desejo de não crescer ( não aprender)
desenho comparada com o 2. Maior – alto nível de aspiração que pode estar
aprendente ou não dentro de padrões normais.
Autor: desconhecido
2.Defasagem de adequação Vínculo negativo, rígido, pouca criatividade com predominância da assimilação.
Atividade representada Depósito dos desejos mais íntimos / Pode até ser futuras indicações de
profissões.
1. Desenha a mesma atividade de Significa que gosta do que faz. Possivelmente não sabe fazer outra coisa. Falta
quando não está em férias criatividade.
2. Desenha algo diferente de quando Indica criatividade e capacidade de aprender coisas novas.
não está em férias
3.Desenho de uma atividade ainda Capacidade de aprendizagem criativa modificação dos esquemas internos.
não concluída (consertando a bike,
pintando uma parede)
4. Desenho distante do que faz (uma Sugere uma sobrecarga . Sente-se sobrecarregado no
viagem) quando não esta de férias meio escolar.
VÍNCULO CONSIGO MESMO
Fazendo aquilo de que mais gosta
Autor: Desconhecido
3) Perguntas complementares.
Indicadores mais significativos
Esta sessão tem como objetivo a investigação dos vínculos estabelecidos com a escola, com
a família e consigo mesmo, avaliando os obstáculos afetivos existentes no processo de
aprendizagem escolar e familiar. As provas selecionadas foram de acordo com a faixa etária.
Com relação ao Vinculo Escolar: Par educativo, A planta da minha sala de aula. Com relação
ao Vinculo Familiar: Família educativa. Com relação ao Vinculo consigo mesmo: Minha
vocação, Fazendo aquilo que mais gosta. XXX. envolveu-se com a atividade verbalizando
pouco, somente quando solicitado. Reconhece como modelo de aprendente a sua irmã YXX
7 anos. A expectativa do pai parece ocupar um lugar de destaque e causa ansiedade no
aprendente. A escola aparece grande e limitadora. As relações familiares estão preservadas
e ocupam um grande destaque em sua vida, reconhecendo o lugar, a função, suas
qualidades e limitações que cada um apresenta. Neste momento, o vínculo e a projeção
com a figura paterna são fortes e presentes em suas produções. O vínculo com a
aprendizagem é extraescolar.
TESTE PSICOPEDAGÓGICO DE PROJEÇÃO
ANÁLISE PROJETIVA PSICOLÓGICA E PSICOPEDAGÓGICA
Um teste projetivo é um tipo de teste psicológico e psicopedagógico que se baseia na chamada hipótese projetiva. De
acordo com essa hipótese, a pessoa a ser testada, ao procurar organizar uma informação ambígua (ou seja, sem um
significado claro) projeta aspectos de sua própria personalidade. O intérprete psicopedagogo que aplica o teste teria assim
a possibilidade de trabalhar, por assim dizer “de trás para frente”, reconstruir os aspectos da personalidade que levaram às
respostas dadas.
A hipótese projetiva baseia-se no conceito freudiano de projeção: um mecanismo de defesa, através do qual o indivíduo
atribui de maneira inconsciente características negativas da própria personalidade as outras pessoas (projeção clássica).
Apesar de a projeção clássica carecer de confirmação empírica e ser assim alvo de controvérsias, há ainda um outro caso
de projeção que conta com uma relativa unanimidade entre os estudiosos: a projeção generalizada ou assimilativa. Esta é a
tendência de determinadas características da personalidade, necessidades de experiências de vida para influenciar o
indivíduo na interpretação de estímulos ambíguos. De acordo com os defensores do uso de testes projetivos, tais testes
possuem duas grandes vantagens em comparação aos testes estruturados: eles “enganam” os mecanismos de defesa do
indivíduo e permitem ao intérprete do teste ter acesso a conteúdo não acessíveis à consciência do indivíduo testado.
Vídeo Nadia diagnóstico
https://youtu.be/KYh2PpXxY6E
Agradecemos e desejamos bons estudos