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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO OCIDEMNTE

(ISEO)NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ITABUNA/BA (NPGI)


- Lato Sensu Psicopedagogia Transdisciplinar: Clínica,
Institucional e Hospitalar

Relatório do Estágio Supervisionado


Psicopedagogia Clínica

Itabuna (BA), 2018.


INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO OCIDEMNTE
(ISEO)NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ITABUNA/BA (NPGI)
- Lato Sensu Psicopedagogia Transdisciplinar: Clínica,
Institucional e Hospitalar

Dados de Identificação dos Estagiários e da Instituição


FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO

CURSO: Psicopedagogia Transdisciplinar

TURMA: 11 Pp TURNO: INTEGRAL

DISCIPLINA: Estágio Supervisionado Psicopedagogia Clínica

PROFESSORA: Genigleide Santos da Hora

CARGA HORÁRIA: 40h. PERÍODO: 25/10/2018 a 23/11/2018

IDENTIFICAÇÃO DAS ESTAGIÁRIAS:


NOME ENDEREÇO ELETRÔNICO (E-MAIL):
1. Camila Ferreira Santos ● milapedagogia@outlook.com
2. Cleuma Batista Cruz ● cleumaprof@hotmail.com
3. Jamile Santos ● dienmily_mily@hotmail.com
4. Maria Aparecida L. da Hora Santos/ ● cida.pedagogafeliz@gmail.com
5. Maria José de Souza/ ● professoranem_mjs@hotmail.com
6. Mariana Nunes R. Coelho/ ● marianaxande2005@gmail.com
7. Marluce Sá N. Mendonça/ ● marlucemend@outlook.com
8. Roseane Silva dos Anjos Santos/ ● rose_organista@hotmail.com
9. Selma Lúcia Souza Costa Calazans ● selucosta@hotmail.com

TÍTULO DO TRABALHO:
ESTÁGIO SUPERVISIONADO PSICOPEDAGIA CLÍNICA

LOCAL DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO:


Estabelecimento: Núcleo Cuidar - Associação de Pais e Portadores
das Síndromes Neurológicas

Endereço: Trav. Juarez Távora, n. 294, São Caetano, Itabuna – BA.


Telefone: (73) 3211-5814

PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO:


25/10/2017 a 23/11/2017
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO OCIDEMNTE
(ISEO)NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ITABUNA/BA (NPGI)
- Lato Sensu Psicopedagogia Transdisciplinar: Clínica,
Institucional e Hospitalar

Relatório do Estágio de Psicopedagogia Clínica


A psicopedagogia denota uma aproximação de conhecimentos da
psicologia e da pedagogia, entretanto, ela consegue ser muito mais que uma
junção de palavras. Trata-se de uma ciência que estuda o processo de
aprendizagem humana, tendo como objeto o ser humano em processo de
construção do conhecimento e suas dificuldades. Deste modo, trabalha as
possibilidades de prevenção e terapêutica.
Na prática, o psicopedagogo atua terapeuticamente para identificar,
analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento. O
psicopedagogo clínico é o facilitador da aprendizagem prazerosa, pois, ensina o
estudante a como aprender. Trata-se de profissionais qualificados para atender
crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando no seu
diagnóstico, no tratamento do problema já instalado e na sua prevenção.
Normalmente, inicia suas práticas de diagnóstico clínico, que dará suporte para
identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Assim, utilizam
instrumentos de análise como: Anamnese, Provas Operatórias e Provas
Projetivas.
A partir de algumas das etapas de diagnóstico para encaminhamento,
nossa proposta de estágio foi encontrar algumas respostas para o seguinte
questionamento: Como vencer a dificuldade de aprendizagem acentuada, como
também, o desinteresse pelas atividades propostas? Assim, procuramos o Núcleo
Cuidar, a fim de encontrar um aluno que pudesse ser atendido por nosso grupo de
estagiárias. No dia 25/10/2017, fizemos a primeira visita a instituição: houve a
apresentação de nosso grupo de estagiárias, realizamos um momento de
interação com o grupo de crianças como música e brincadeiras.

NO DIA 30/10/2017, FOI INICIADA A 1ª. SESSÃO DIAGNÓSTICA:

1) E.O.C.A. Ao primeiro contato o aluno se mostrou um pouco resistente não


participando da atividade de socialização e respondendo apenas o que era
perguntado e com “rispidez”. Ao se apresentar o mesmo respondeu: Meu nome é
JP. Por quê? Ao ser solicitado foi para o atendimento sem apresentar resistência e
respondeu aos questionamentos sem hesitar. Ao iniciar a EOCA, pedimos que o
garoto escrevesse de forma livre o que sabia de acordo e como era ensinado em
sua escola, porém, ele fez um desenho da sua mão, dando maior atenção a uma
pulseira que havia acabado de comprar e relatou de forma espontânea a compra
da pulseira e a escolha da cor. Em uma segunda folha ele relatou o que havia
aprendido na escola, primeiramente, fez uma conta de multiplicar, desenhou sua
professora, um colega e, por fim, ele mesmo. Pedimos que escrevesse apenas o
primeiro nome e relatou que não consegue escrever outras palavras; usou a
borracha com frequência. Da sua classe desenhou apenas dois colegas
considerando seus melhores amigos. Do que foi aprendido só relatou as contas de
multiplicação.
2) Prova Piagetiana (conservação de líquido). Reconheceu que havia uma
diferença no nível da água e ajudou a dosar a medida. Observamos que houve
variações nas respostas; reconheceu que tinha a mesma quantidade; relatou que
mudou a quantidade, quando mudou o copo; depois disse que a quantidade era a
mesma, o que mudava era o copo. Como resposta final disse que a quantidade de
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água muda ao colocar em copos diferentes. No decorrer das atividades o aluno


P.R.D.B reagiu bem as atividades solicitadas, foi estabelecido um vínculo ente o
orientador e orientando tornando a atividade agradável sem resistência.
3) Prova Lúdica (dominó). Foi apresentado o jogo e se questionou se ele sabia o
nome e como era jogado, o paciente não sabia responder dizendo inicialmente
que era um dado e por meio de intervenção descobriu o nome do jogo.
Observamos que ele reconhece cores e quantidade. Utilizou regras de outro jogo
(baralho: usando as peças que estavam fora do jogo como cava). Fez as
distribuições das peças, dando 07 para cada jogador. Fez relação número e
quantidade, e reconhece os números no meio que está inserido. Relatou que o
vencedor do jogo era aquele que possuísse maior pontuação ou seja o número 10,
reconhecendo que 10 era maior que 4 e aceitou de forma consciente a vitória do
seu oponente sem apresentar uma grande frustração.

NO DIA 01/11/2017, FOI INICIADA A 2ª. SESSÃO DIAGNÓSTICA:

1) Projetiva (vínculo escolar). Desenhou a escola na hora do recreio, os alunos


brincando de esconde-esconde. Ele se incluiu ao desenho se representando na
figura do diretor, segundo ele é quem determina funções e das ordens. Se incluiu
no desenho duas vezes uma na figura do diretor e outra como aluno brincando no
pátio com os colegas com bonecos. Escreve o seu nome usando duas grafias
(caixa alta e cursiva), escreve em uma mesma palavra letras maiúsculas e
minúsculas. Consegue escrever apenas os dois primeiros nomes.
2) Provas Piagetiana (conservação de comprimento). Conservação de
comprimento. Foi colocado sobre a mesa dois cordões em linha reta de tamanhos
diferentes (menor/maior), e foi perguntado se uma formiga estivesse passando por
esse caminho por qual chegaria primeiro? Conservou no primeiro momento
quando os cordões estavam em linha reta, respondendo que chegaria primeiro
pelo caminho menor. Mais quando houve variação (a linha maior foi colocada em
forma de ondas) disse que a formiga chegaria primeiro pelo caminho de ondas.
3) Atividade pedagógica (caça-palavras). O aluno recebeu uma tabela com
letras e figuras. Foi solicitado que ele identificasse as figuras e depois procurasse
no caça-palavras o nome da figura. A primeira figura foi bola, ao se dirigir ao caça-
palavras o mesmo marcou uma sequência de letras onde apenas algumas letras
pertenciam a palavra BOLA. O mesmo aconteceu com as demais palavras
(bicicleta, bota e casa) ele marcou uma sequência de letras onde apenas a
primeira e a última pertencia a palavra. Foi solicitado que o aluno P.R fizesse a
leitura da palavra BOLO. Ele falava uma palavra aleatória que iniciava com a letra
B, não realizando nem a leitura silábica – BO-LA. A única palavra que o mesmo
conseguiu ler foi CASA. Identifica algumas letras do alfabeto, troca o nome de
algumas letras como L/R. Consegue escrever e reconhecer as vogais.
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NO DIA 06/11/2017, FOI INICIADA A 3ª. SESSÃO DIAGNÓSTICA:

1) Projetiva (vínculo familiar). Na realização da prova projetiva o aluno P.R


desenhou a sua casa, com vários detalhes e divisões de cômodos. Dentro da casa
desenhou sua mãe na cozinha e seu pai na sala. Ao lado de fora desenhou seus
irmãos e ele, desenhou seu irmão com o balãozinho na cabeça, ao relatar sobre o
desenho contou que brincava com seus irmãos e seu irmão mais velho dizia que
Papai Noel existia. Dentro da casa ilustrou uma árvore de natal, que não tem em
sua casa real, isso ilustra o desejo de ter uma árvore em sua casa.
2)Atividade Pedagógica (Bingo de Letras). O Bingo de letras é uma atividade
lúdica, utilizada no processo de alfabetização, pois trabalha a leitura, bem como, a
identificação do grafema, associando-o ao seu respectivo fonema. Ao iniciar a
atividade, o aluno foi questionado se conhecia o jogo “Bingo”. Respondendo que
sim, logo demonstrou interesse pelo brinde proposto: um saquinho de doces.
Empolgado, escolheu uma das cartelas que estava sobre a mesa e solicitou o
inicio da atividade. Além das cartelas, havia um potinho com letras móveis para
serem sorteadas, que não chamou a atenção do paciente. Como estratégia
avaliativa, a imagem das letras sorteadas não foram apresentadas ao paciente, o
qual demonstrou que só conhecia as letras do seu próprio nome e as vogais. Fato
este, que o deixou tenso e frustrado. Ele realmente não identificava as letras(
grafemas) por meio do som( fonemas) ou pelo nome das mesmas. Partindo dessa
constatação, as letras cantadas no bingo, foram aparentadas juntamente com um
alfabeto. Após a visualização, o paciente conseguiu completar a sua cartela e
concluir a atividade. Desse modo, levantamos a hipótese de que o paciente, ainda
não desenvolveu a consciência fonética, por não associar o fonema ao grafema.
Essa característica evidencia a dificuldade de aprendizagem, relacionada à leitura
e escrita do aluno.
3) Prova Lúdica (pega vareta). O objetivo dessa prova foi observar o
desempenho cognitivo e psicomotor do aluno. Nesse sentido, o raciocínio lógico,
atenção, concentração e a coordenação motora fina foram avaliados durante o
jogo. Ao apresentar o jogo pega varetas, o paciente ficou bem animado com o
jogo, por conhecê-lo e já ter brincado muitas vezes. No entanto, ele só atribuía
valor a vareta preta (dez pontos). As demais varetas para ele tinham o mesmo
valor (um ponto). Diante disso, foi realizada a leitura das regras e da tabela de
pontuação de cada vareta. No desenrolar do jogo, o paciente priorizou apenas a
vareta preta que achava ser uma espécie de coringa, por ser única e manteve a
convicção de que a quantidade de varetas influenciava positivamente no
resultado. Desse modo, ele não se atentou para o valor de cada cor da vareta,
mantendo uma postura imatura e indiferente quanto as regras do jogo. No fim da
partida, o paciente foi orientado a separar as varetas por cores e fazer a contagem
dos pontos. Ele seguiu o comando, mas não conseguiu somar os pontos conforme
a tabela de pontuação. Somou a quantidade de varetas coloridas e acrescentou
dez pontos da vareta preta, necessitando de auxilio para compreender o resultado
final da pontuação de cada jogador. Portanto, a prova lúdica contribuiu para
confirmar, que o paciente apresenta dificuldade na aprendizagem, em atividades
de lógico-matemática, bem como, na elaboração do raciocínio lógico. Além disso,
o paciente demonstrou pouco domínio na concentração e nas habilidades
psicomotoras (coordenação motora fina e viso motor).
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NO DIA 08/11/2017, FOI INICIADA A 4ª. SESSÃO DIAGNÓSTICA:

1) Prova Piagetiana (inclusão de classe-flores). Nesta atividade foram


apresentados um conjunto de rosas e um conjunto de margaridas (o número de
margaridas é maior), foi questionado se haviam mais rosas que margaridas, ele
respondeu corretamente segundo a observação. No segundo momento, foi
questionado se haviam mais flores que margarida, já nesta observação ele
respondeu que havia mais margaridas, não considerando que quando se trata de
flores margaridas e rosas pertencem ao mesmo conjunto.
2) Prova Pedagógica (formação de palavras com alfabeto móvel). Foi
apresentada ao aluno uma folha com palavras, imagens e um alfabeto móvel para
recortar anexo. Solicitou-se que o aluno P.R montasse as palavras (GATO- PERU-
RATO) recortando as letras do alfabeto em anexo e colando-as. Durante a
atividade o aluno mostrou facilidade em reconhecer as vogais da palavra
nomeando-as corretamente, pareou as consoantes nas palavras, mas teve
dificuldade em nomeá-las. Ao ser solicitada a leitura das palavras formadas, P.R
demonstrou muita dificuldade e não conseguiu fazer a leitura silábica das
palavras.
3) Prova Lúdica (jogo de Uno). O uno por ser um jogo de cartas coloridas,
despertou o interesse do paciente. Ao apresentar as cartas, suas funções e as
regras do jogo, PRDB ficou muito animado e aceitou o desafio de jogar com mais
duas estagiárias. Vale ressaltar, que o objetivo dessa prova foi observar as
habilidades cognitivas: atenção, concentração, percepção, memorização e o
raciocínio lógico do paciente. Antes de iniciar o jogo, algumas cartas foram
demonstradas. O paciente foi questionado sobre a função de cada uma. No
entanto, ele só conseguiu lembrar-se da carta do bloqueio. Durante o jogo, o
paciente se confundia o tempo todo. Ele se apegou a informação das cores e
esqueceu os símbolos. Mesmo sendo orientado por diversas vezes. O jogo
finalizou com muitas risadas e o paciente cheio de cartas nas mãos. Portanto,
como a aplicação dessa prova, foi possível perceber, que o paciente, demonstrou
ansiedade e inquietação, como também, falta de planejamento nas suas ações,
pois, jogou aleatoriamente; Dificuldade na memória visual e auditiva, na percepção
alternada, como também no raciocínio lógico, pois o mesmo não buscou
estratégias para selecionar e utilizar as cartas, de modo que interferissem no
resultado do jogo.

NO DIA 09/11/2017, FOI INICIADA A 5ª. SESSÃO DIAGNÓSTICA:

1) Prova Projetiva (vínculo com ele mesmo). Ao pedir ao paciente para


desenhar a atividade que ele mais gostasse de fazer, ele demonstrou total
tranquilidade. Ele desenhou e disse que sua atividade desenhada era assistir
televisão que era Dragão “Baw”. E que gostava do desenho porque tinha batalha e
luta. No desenho existiam dois personagens, sendo que um deles era ele. O titulo
que deu ao desenho foi “batalha do poder”. Escreve sete letras de forma e diz que
é o título. Mostra-se no nível silábico.
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2) Atividade Pedagógica (número e numeral). Foi feito uma análise com o


pacientes para que ele se familiarizasse com o material antes da realização da
prova, o mesmo identificou os números e os numerais, logo após foi dada uma
explicação sobre o conteúdo, seguido de uma atividade para que ele fizesse o
recorte dos números e colassem ao lado dos numerais. O aluno fez com muita
agilidade, pois tinha conhecimento do q estava fazendo. Não teve dificuldade no
domínio do recorte com a tesoura e na colagem. Estava concentrado e com muita
atenção, estabeleceu critérios nas respostas às quais foram feitas a ele. Como por
exemplo: mostrei uma imagem e ele identificou mostrando o numeral 10. Após a
atividade realizada observou-se que o paciente não teve dificuldades.

NO DIA 13/11/2017, FOI INICIADA A 6ª. SESSÃO DIAGNÓSTICA:

1) Prova Piagetiana (conservação de peso). Sendo apresentado o material a


criança ela afirma conhecê-lo e tem noção de peso! Aplicando a primeira atividade
com duas bolinhas (de massa de modelar) ela confirma que tem o mesmo peso!
No segundo momento ela oscila na resposta afirmando na transformação da bola
em salsicha dizendo que a mesma é mais pesada; no terceiro momento,
transformando a salsinha em pizza, ela afirma ser a pizza mais pesada. Portanto,
houve dúvida na transformação do material e suas respostas foram: ora
conservava, ora não conservava. OBS. quando não há uma conservação e a
criança fica oscilando nas respostas, essa criança está no período pré-operatório
segundo a teoria de Piaget.
2) Prova Pedagógica (Ábaco). O ábaco apresentado ao aluno foi um dos mais
comuns encontrados nas escolas. Ao apresentar ao aluno foi perguntado se ele já
havia visto antes e qual a utilidade daquele material. Ele disse que já tinha visto e
que achava que era para estudar matemática. Perguntamos se ele havia usado
alguma vez e ele disse que tinha visto na escola com a professora. Explicado
como deveria ser usado, foi proposto que ele utilizasse para identificar a
classificação de um numeral e ele mostrou qual numeral era unidade, dezena e
milhar. Numa proposição mais complexa ele não conseguiu realizar sem ajuda.
3) Prova Lúdica (Corrida das Letras) – Trata-se de um jogo de tabuleiro,
composto por três pinos coloridos, um dado e vinte e seis cartelas, com as letras
do alfabeto impressas. Nesse jogo, os participantes deverão jogar o dado e
avançar na trilha do tabuleiro que é a sequência do alfabeto. Vence quem chegar
primeiro na letra Z. Nesse sentido, o jogo foi apresentado para o paciente, com o
objetivo de confirmar a hipótese de que o mesmo não identificava as consoantes,
conhecendo, apenas, as letras do seu primeiro nome e as vogais. Após a
explicação das regras, o paciente escolheu o pino e a trilha para seguir. Preferiu a
trilha mais larga que aparenta ser a mais curta. Ao jogar o dado ele iniciou a trilha
com seis pontos, contou as casas e parou corretamente, na letra F. Nesse
momento, o paciente foi questionado: “Qual o nome da letra onde você parou”?
Como não soube informar, o comando foi: “Pegue a letra igual a que você parou”.
Ele procurou e encontrou a letra correspondente, demonstrando frustração e
desconforto. Em alguns momentos, ele chutava o nome da letra aleatoriamente,
mas, sem êxito. Com exceção das vogais e das letras do seu primeiro nome, o
paciente apenas pegava a cartela correspondente a letra, mas, não nomeava a
mesma. Portanto, com esse jogo foi possível perceber, que o paciente consegue
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contar e associar número a quantidade. Apresenta dificuldade em reconhecer as


consoantes e nomeá-las. Ainda não atribui valor sonoro á letra, apenas
memorizou o nome das vogais e das consoantes que formam o seu primeiro
nome.

NO DIA 16/11/2017, FOI INICIADA A 7ª. SESSÃO DIAGNÓSTICA:

1) Projetiva (vínculo escolar - ele e os colegas). O aluno P.R.D.B desenhou a


sua escola na hora do recreio, os colegas brincando de esconde-esconde. Ele se
incluiu no desenho duas vezes primeiro na figura do diretor da escola, sendo
quem observa os alunos e quem delega as funções na escola, no segundo
momento se desenha brincando em uma roda de amigos com bonecos. Ao final se
pede que escreva o seu nome no desenho, o mesmo ainda escreve misturando as
grafias caixa alta/ cursiva e letras maiúsculas e minúsculas, conseguindo grafar
apenas os dois primeiros nomes.
2) Piagetiana (seriação). No primeiro momento, nos deslocamos até a sala onde
a criança fora atendida. De início foi explicado a ele, como funcionava a prova. O
material utilizado, foi uma série de 11 palitos de variados tamanha e o objetivo foi
observar se o paciente P.R.D.B tinha noção de altura e tamanho, se sabia
conserva os palitos do menor para o maior ou vise versa. No critério de aplicação:
o paciente P.R.D.B, foi estimulado com uma história, onde foi pedido que ele
fizesse uma escala com os palitos do maior para o menor, dando lhe um tempo
estipulado, em seguida foi embaralhado os palitos para que ele conseguisse
resolver. De início se mostrou calmo, porém no passar do tempo se mostrou
ansioso e impaciente por não conseguir pôr na ordem em que foi dada a ele; foi
pedido para que ele parasse a prova e pedido para que relaxasse que juntos
íamos fazer de forma diferente, então, mas uma fez foi embaralhado os palitos e
pedido para que ele organizasse os mesmos do menor para o maior sem um
tempo estipulado; mesmo assim ele demonstrou sentimento de ansiedade e
impaciência ao longo da prova. A todo o tempo o paciente ele foi estimulado e
pedimos para que tentasse mais uma vez, porém ele ficou mais impaciente e
nervoso por não conseguir resolver a sequência estipulada. O que observamos é
que ele não conseguiu conservar, ele não entende a ordem dos palitos, ele monta
por ordem vertical e não seguindo os diferentes tamanhos dos palitos.
3) Prova Lúdica (jogo de damas). O jogo de Damas foi utilizado, como uma
atividade lúdica, para observar as habilidades cognitivas como atenção,
concentração, percepção e o raciocínio lógico do paciente. Por ser um jogo
conhecido pelo garoto, foi revisado a proposta do jogo e as regras. Depois de
escolher a cor das peças e iniciar o jogo, o paciente, muito contente, afirmou que
faria uma dama com facilidade. No decorrer do jogo, ele foi advertido algumas
vezes, por descumprimento das regras, tendo que recolocar as peças nos lugares
indicados. Além disso, ele não se antecipava para tentar bloquear o adversário,
perdendo suas peças gradativamente. Concluindo o jogo, o paciente conseguiu
fazer a dama tão desejada, mas apenas a movimentava de um lado para protegê-
la. Portanto, nessa prova foi possível perceber, que o paciente, conseguiu se
concentrar no jogo e atingir seu objetivo de fazer uma dama. No entanto, ele não
conseguiu vencer o jogo e perdeu todas as suas peças, deixando o jogo sem
movimento. Diante disso, é possível afirmar, que o paciente apresenta dificuldade
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na atenção, percepção e raciocínio lógico, por não observar os movimentos do


adversário, tentar impedir a perda das peças e compreender que o objetivo do
jogo era eliminar as peças do adversário, com ou sem a dama.

NO DIA 20/11/2017, FOI INICIADA A 8ª. SESSÃO DIAGNÓSTICA:

1) Atividade Pedagógica (tirinhas). Foi apresentada uma tirinha da turma da


Mônica com imagens e pequeno diálogo, dividida em partes e solicitado que o
aluno P.R as ordenasse. O aluno observou as imagens e tentou montar, assim
que as ordenou foi solicitado que ele lesse o texto, ele demostrou dificuldade em
ler, e então apresentou resistência para finalizar a atividade.
2) Prova Lúdica (quebra-cabeça). Nessa prova, o paciente manuseou três
quebra-cabeças. Em cada jogo, havia dez peças com formatos e tamanhos
diferentes, que formavam três imagens, seguindo uma sequência lógica. No
primeiro jogo, o paciente teria que montar a sequência do nascimento do sapo até
a fase adulta. Sem dificuldade, ele começou a procurar as peças, as observou,
comparou os tamanhos e as imagens, encaixando-as por tentativa e acerto. Logo
em seguida, montou a sequência corretamente. Do mesmo modo, ele conseguiu
montar, corretamente, a sequência do quebra-cabeça da flor e da borboleta,
demonstrando satisfação e familiaridade com esse tipo de jogo. Com o resultado
dessa prova, foi possível observar, que o paciente consegue manter a atenção e
concentração, em atividades de curta duração e com poucos elementos.
Apresenta uma boa percepção visual para diferenciar, comparar, selecionar,
organizar, como também, sequenciar imagens. Demonstra conhecimento de
mundo e interesse por jogos de encaixar e montar.

NO DIA 22/11/2017, FOI INICIADA A 9ª. SESSÃO DIAGNÓSTICA:

1) Piagetiana (Intersecção de classes). O aluno chegou sonolento à sala e disse


q estava com sono pois acordara cedo. Conversamos um pouco sobre o quanto é
importante para quem tem atividades pela manhã, de dormir cedo e evitar assistir
TV até tarde, ao q o mesmo sorriu e disse q gostava de ficar assistindo à noite.
Fizemos um combinado e o mesmo demonstrou interesse pelo material
apresentado. Sobre a mesa estavam organizados 2 círculos: um azul e um
vermelho, fazendo uma intersecção e neles várias fichas formando 3 conjuntos.
Dentro dos círculos 5 fichas de círculos azuis, 5 círculos vermelhos e 5 quadrados
vermelhos. Foi perguntado sobre: O q ele estava vendo sobre a mesa? Ao q ele
respondeu q havia fichas azuis e vermelhas. Se havia mais fichas azuis ou
vermelhas? Se havia mais círculos ou quadrados? O q há dentro do círculo azul?
E do vermelho? Por que as fichas vermelhas estavam no centro dos conjuntos?
No início ouve uma insegurança, mas o aluno optou por contar as fichas,
indicando com p seu dedo e respondendo calmamente às perguntas realizadas.
Nesta atividade pode-se concluir q o mesmo conserva.
2) Atividade Pedagógica (ditado móvel). Pedagógica (ditado móvel); foi disposto
na mesa um alfabeto Móvel de E.V.A e então foi solicitado ao aluno P.R que
identificasse e separasse as letras conforme fossem ditadas. Ao longo da
atividade o aluno P.R demonstrou dificuldade em associar algumas letras ao seu
som trocando o L/R. P.R também mostrou dificuldade em reconhecer algumas
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consoantes tendo facilidade apenas no reconhecimento das vogais.


3) Prova Lúdica (o lego substituído pelo Tangran). Foi entregue a criança as
formas do Tangran e modelos de desenhos formados com as peças. Foi solicitado
que o mesmo escolhesse um desenho de sua preferência e tentasse reproduzi-lo.
A criança demostrou certa dificuldade para reprodução, não conseguindo fazer a
associação das peças que deveriam ser utilizadas e a posição adequada para
formação da figura. Com um grau de dificuldade relevante para faixa etária da
criança, após algum tempo conseguiu alcançar o objetivo proposto.

No dia 23/11/2017, foi iniciada a 10ª. Sessão Diagnóstica:

Anamnese e confecção do Informe. Neste dia o grupo sentou para realizar a


anamnese com a mãe aluno para depois confeccionar os informes. No final houve
uma confraternização com todos os alunos do espaço, com lanches e
lembrancinhas, bem como música para descontrair.

As estagiárias:

Camila Ferreira Santos Mariana Nunes R. Coelho


Estagiária em Psicopedagogia Clínica Estagiária em Psicopedagogia Clínica

Cleuma Batista Cruz Marluce Sá N. Mendonça


Estagiária em Psicopedagogia Clínica Estagiária em Psicopedagogia Clínica

Jamile Santos Roseane Silva dos Anjos Santos


Estagiária em Psicopedagogia Clínica Estagiária em Psicopedagogia Clínica

Maria Aparecida L. da Hora Santos Selma Lúcia Souza Costa Calazans


Estagiária em Psicopedagogia Clínica Estagiária em Psicopedagogia Clínica

Maria José de Souza


Estagiária em Psicopedagogia Clínica
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RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO


PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO

PROJETO DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA


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Relato do Estágio Supervisionado Psicopedagógico Clínico

COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO ITABUNA/BA


PSICOPEDAGOGIA TRANSDISCIPLINAR:
CLÍNICA, INSTITUCIONAL E HOSPITALAR

Disciplina: Psicopedagogia Clínica


Professora: Genigleide Santos da Hora

PROJETO DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA

TEMA: Interagindo eu aprendo.


PÚBLICO: Associação de Pais e Portadores das Síndromes
Neurológicas
PERÍODO: 25/10/17 à 23/11/17
TURNO: Diurno
CARGA HORÁRIA: 40 horas
EIXOS TEMÁTICOS: Identidade e Autonomia, Princípios e
Valores, Linguagem corporal e artística, Entretenimento e saúde
mental.

Estagiárias da Psicopedagogia Turma: 11 Pp

● Camila Ferreira Santos


● Cleuma Batista Cruz
● Jamile Santos
● Maria Aparecida L. da Hora Santos
● Maria José de Souza
● Mariana Nunes R. Coelho
● Marluce Sá N. Mendonça
● Roseane Silva dos Anjos Santos
● Selma Lúcia Souza Costa Calazans

Itabuna – Bahia – Brasil


Outubro/2017
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO OCIDEMNTE
(ISEO)NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ITABUNA/BA (NPGI)
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Institucional e Hospitalar

TEMA/OBJETO
Como vencer a dificuldade de aprendizagem acentuada, como também,
desinteresse pelas atividades propostas.
JUSTIFICATIVA
A aprendizagem, objeto de estudo de inúmeros pesquisadores de diversas
áreas do conhecimento, ainda hoje, desafia os profissionais da educação,
levando-os a uma busca incessante de métodos mais eficazes para o ensino. Em
contrapartida, as dificuldades de aprendizagem geram uma inquietação e
preocupação principalmente na família e na escola. Para compreender os motivos
pelos quais o aluno (a) não consegue aprender, é necessário um Diagnóstico
Psicopedagógico e não apenas uma avaliação pedagógica dos aspectos
relacionados à leitura, escrita e lógica matemática do mesmo.
Grandes teóricos como Vygotsky, afirmam que a dificuldade de
aprendizagem pode ser gerada desde fora do sujeito, na mediação (que inclui a
inadequação dos instrumentos ou signos utilizados) ou ainda, no interior do
próprio aprendiz, devido a algum problema biológico ou consequência psicológicas
das suas relações com o ambiente.
Nesse sentido, Sara Pain (1989), considera as dificuldades de
aprendizagem com “fraturas” no processo de aprendizagem que podem ser
examinadas em quatro níveis: o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo;
tanto para a aprendizagem bem-sucedida, quanto para as dificuldades que podem
ocorrer ao longo do processo.
Diante disso, a Psicopedagogia Clínica permite ao profissional investigar as
possíveis causas que interferem no processo de aprendizagem do aluno,
levantando hipóteses que podem ser confirmadas ou refutadas, como também,
descobrir as potencialidades e habilidades, deste aluno, que podem contribuir para
a sua aprendizagem. Conforme Weiss (1995), a Pp “busca a melhoria das
relações com a aprendizagem, assim como, a melhor qualidade na construção da
própria aprendizagem de alunos e educadores”.
Portanto, esse Estágio é de grande relevância para as alunas do Curso de
Psicopedagogia, pois, o contato direto com o aluno que enfrenta problemas na
aprendizagem, estabelece uma relação mais coesa e concreta entre os estudos
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teóricos e a prática que são de extrema importância para a Atuação


Psicopedagógica Clínica.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1- O Diagnóstico Psicopedagógico

O diagnóstico psicopedagógico busca esclarecer a queixa do sujeito, da


família ou da escola. Ele é uma investigação que segundo Weiss não se trata de
classificar o paciente em determinadas categorias noológicas, mas de
compreender a sua forma de aprender e os desvios que estão ocorrendo nesse
processo. Nessa ótica o diagnóstico psicopedagógico estará subordinado ao
método clinico. Esse diagnóstico clínico identifica causas do bloqueio no sujeito
com dificuldades de aprendizagem, que se apresentam de várias formas:
agressividade, baixo rendimento escolar, agitação, falta de concentração etc;
Esses comportamentos na maioria das vezes são por conta de situações
familiares conturbadas ou de uma escola sem estrutura metodológica.
Somente depois de clarificada a posição do desvio é possível traçar os
rumos a serem seguidos no diagnóstico. Alguns parâmetros são facilmente
identificados como: formação cultural, classe socioeconômica, idade
cronológica, exigência familiar, exigência escolar, relação entre conteúdo
escolar e o desenvolvimento de estrutura de pensamento, exigências
escolares durante a alfabetização e a psicogênese da leitura e da escrita e
o desenvolvimento biopsicológico considerado normal. Outros dependerão
do contexto em que está se dando o ensino-aprendizagem. (WEISS, p. 30-
31, 2007)
Daí pode-se perceber que o diagnóstico possui grande importância tanto
quanto o tratamento. Realizar o diagnóstico é semelhante a montagem de um
quebra cabeça, à medida que as peças são oferecidas (pela família, escola e
sujeito), a forma de montá-los só depende do psicopedagogo. Sendo
imprescindível observar vários âmbitos: familiar, cognitivo, pedagógico e social. É
necessário cuidado ao realizar o diagnóstico, observando o comportamento e as
mudanças que poderão surgir. Para Fernandez (1991) “o diagnóstico para o
terapeuta deve ter a mesma função que a rede para um equilibrista”. Pois ele dará
suporte ao psicopedagogo para o encaminhamento necessário. Para Weiss: É
fundamental iniciar o diagnóstico tendo claros dois grandes eixos de análise:
horizontal - a histórica visão do presente e vertical - histórica visão do passado,
visão da construção do sujeito (Weiss p. 31, 2007)
É relevante a segurança do psicopedagogo em suas posições em relação
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ao diagnóstico.

2- Provas de Diagnóstico Operatório


Para compreender as provas do diagnóstico operatório é imprescindível ter
conhecimento da teoria epistemológica genética de Jean Piaget, que servirá como
marco teórico referencial e também facilitará a adaptação do método clínico para
condução das provas.
A partir das provas clássicas de experimentação em psicologia genética é
possível perceber na criança os conhecimentos iniciais que são elementos de
estudo da epistemologia tais como: a noção de tempo, do espaço, da
conservação, da causalidade, de número, etc. Essas provas são denominadas de:
A. Provas de seriação com dez palitos graduados, prova de classificação
B. Prova de classificação
b.1 Prova de dicotomia ou mudança de critério
b.2 Prova de quantificação da inclusão de classe
b.3 Prova de intersecção de classes
C. Provas de conservação.
c.1 Prova de conservação de pequenos conjuntos discretos
c.2 Prova de conservação de quantidade de liquido
c.3 Prova de composição de quantidade de líquido
c.4 Prova de conservação da quantidade de matéria
c.5 Prova de conservação de peso
c.6 Prova de conservação de volume (duas modalidades)
c.7 Prova de conservação do comprimento
Mediante essas provas de diagnóstico operatório chegamos ao grau de
algumas das noções do desenvolvimento cognitivo. De acordo Weiss, “o uso de
testes e provas são indispensáveis em um diagnóstico psicopedagógico”. Sendo
um complemento usado com base nas hipóteses levantadas, o que torna
imprescindível um conhecimento profundo das provas para realizar uma avaliação
eficiente.
Por ser apenas um meio auxiliar, são fundamentais a observação acurada,
a escuta durante o processo de execução e a leitura psicopedagógica
possível de ser feita do produto realizado. Um levantamento apenas
psicométrico dos testes, de acordo com suas escalas, pode conduzir, a
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uma visão parcial, com possíveis distorções; é possível fazer sempre uma
avaliação qualitativa durante todo o processo de testagem. Os dados
obtidos precisam ser clinicamente úteis. É importante que se adote um
sistema comunicacional dinâmico entre o terapeuta, o paciente e a tarefa
que possibilite a discriminação do enquadramento e dos dados obtidos
enquanto uma realidade diferente de outras situações ou atividades
clínica. (WEISS, p. 103-104, 2007)
É necessário que o psicopedagogo domine as provas de investigações para
não comprometer os resultados da avaliação. Para Weiss (2007) “o uso de provas
e testes são indispensáveis em um diagnóstico psicopedagógico”, sendo um
complemento com base nas hipóteses levantadas.
3- A Anamnese
A anamnese é a entrevista com os pais ou os responsáveis do indivíduo
entrevistado com o objetivo de clarificar os dados observados no diagnóstico. Para
Weiss (2007), “ao analisar o conteúdo da anamnese, obtemos informações para
investigações de hipóteses sobre a causa do problema”. E isso exige do
profissional uma boa condução e registro.
A entrevista deve ser conduzida pelo psicopedagogo de forma que possa
deixá-los a vontade de forma que não se sintam como se estivessem
respondendo a um diagnóstico rígido e formal. O psicopedagogo poderá
até ter um questionário nas mãos para servir de roteiro que irá preencher a
medida que a família vai expondo, mas não deve fazê-lo em forma de
perguntas e respostas. Este roteiro é importante para não deixar pular
nenhuma etapa da vida do entrevistado. (SAMPAIO, p. 143).
Sendo assim é relevante iniciar a entrevista falando sobre a gravidez, o pré-
natal, a concepção. Para Sampaio “na anamnese, buscamos dados sobre o
desenvolvimento geral da criança”. O que facilitará um entendimento aproximado
de desenvolvimento para uma comparação. É relevante nessa anamnese a
história clínica (doenças) e escolar (aspectos positivos e negativos) a partir daí de
acordo Sampaio a “anamnese deverá ser confrontada com o diagnóstico para
elaborar a devolução e o encaminhamento”. Portanto, é de fundamental
importância que o profissional possua uma escuta e observação apurada.
Em alguns casos, não é suficiente uma sessão para anamnese, há
necessidade de continuar. O que leva a isso não é a quantidade de
informações, mas, sim, a qualidade como são faladas as coisas, a
dinâmica revelada na família, o modo de tratar o paciente. Esse
prolongamento, na prática, se caracteriza como uma intervenção. (WEISS,
p. 64, 2007)
Na anamnese o psicopedagogo pode ser levado a outros profissionais que
atenderam ou atendem o paciente. Sendo relevante a comparação com o que é dito
pelos outros profissionais e pelos pais. Para Weiss “a anamnese constitui um
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momento é de mobilização” e se prolonga por todo diagnóstico e fica mais


fortalecido na devolução.
4- Devolutiva
A devolutiva é um momento de informar os resultados obtidos no
diagnóstico, um momento de sugestões para os responsáveis por esse aprendente.
Essa devolutiva pode ser ao mesmo tempo escrita e oral. Nesse momento, é
esclarecido se o aprendente necessita ou não de atendimento psicopedagógico
e/ou de outras especialidades.
A entrevista de devolução não é um momento isolado do diagnóstico, mas
uma parte de um processo iniciado com o primeiro contato telefônico parte
de um continnum que se prolonga no tratamento. Pelas suas
características de ser a apresentação do resultado de uma investigação
ela é também geradora de muita ansiedade para o terapeuta, o paciente e
os pais. (WEISS, p. 138,2007)
Esse momento exige do profissional conhecimento e afeto, pois os pais
tendem a não aceitar o diagnóstico ou culpar-se pelo resultado obtido. Para Weiss
(2007), “a dificuldade da devolutiva está na grande mobilização emocional que cai
sobre os pais”. É percebido que essa dificuldade começa desde a anamnese e
esse momento quando bem conduzido pelo psicopedagogo poderá levar os pais a
trazer informações novas que esclarecerá alguns pontos que ficaram obscuros.
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OBJETIVOS:
Geral
● Investigar as possíveis causas da dificuldade de aprendizagem,
apresentada pelo aluno, por meio do Diagnóstico Psicopedagógico Clínico.

Específicos
● Detectar problemas, que possam interferir no aprendizado do aluno,
considerando as dificuldades apresentadas pelo mesmo.
● Identificar as potencialidades do aluno, bem como, a melhor forma para ele
aprender;
● Conversar com os pais a respeito das possíveis dificuldades do filho e
orientá-los sobre os encaminhamentos necessários.
PÚBLICO ALVO:
● Aluno do escolhido do Núcleo Cuidar.

LOCAL: Núcleo Cuidar - Associação de Pais e Portadores das


Síndromes Neurológicas
CARGA HORÁRIA:
● 40 h.
PERÍODO:
25/10/17 à 23/11/17

HORÁRIO:
● Diurno.
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METODOLOGIA

O Estágio Psicopedagógico Clínico, será realizado por um grupo de nove (09)


estagiárias que participarão de todas as atividades propostas. Tais como:

CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES

1ª ETAPA

✔ Análise da ✔ Visita ao Núcleo e ✔ Entrevista com ✔ Apresentação


queixa entrega de a do grupo ao
✔ Construção documentos administradora aluno e
do Plano referentes ao do Núcleo e funcionários do
de Ação Curso de Pp. com a mãe do Núcleo.
aluno.

2ª ETAPA

EOCA Provas Projetivas Provas Piagetianas Provas Lúdicas


✔ Atividade ✔ Atividades ✔ Atividades ✔ Atividades
s Pedagógicas de Pedagógicas de Pedagógicas
Pedagógi escrita matemática de artes
cas de
leitura
3ª ETAPA
✔ Análise dos ✔ Anamnese ✔ Festa de ✔ Construção do
resultados das (mãe do aluno) encerramento relatório;
provas e ✔ Entrega de ✔ Entrega de
atividades lembranças; documentos
aplicadas ✔ Agradecimentos do estágio;
✔ Conclusão do
estágio.

RECURSOS

Materiais

✔ Caixa Piagetiana;
✔ Jogos: dominó, dama, baralho, uno, quebra cabeça, memória, pega-
varetas, bingo de letras.
✔ Papel oficio, lápis, borracha, lápis de cor;
✔ Cola e tesoura;
✔ Alfabeto móvel;
✔ Ábaco;
✔ Notebook;
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Humanos
● Estagiárias do curso de Psicopedagogia;
● O aluno do Núcleo Cuidar

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio foi um grande momento de aprendizagem para o grupo, onde pudemos colocar
em prática os testes aprendidos no curso, bem como analisá-los perante os objetivos
propostos. Aplicar a EOCA, Provas Projetivas, Provas Piagetianas e as Provas Lúdicas,
bem como as Atividades Pedagógicas de Leitura, Escrita, Matemática e Artes, foram
bastante desafiadores. Entretanto, foi também gratificante perceber que o psicopedagogo
pode atuar na instituição e colaborar na aprendizagem da criança que se encontra com
dificuldades. Foram dias desejosos para realizar experiências novas e significativas.
Finalizamos as atividades com lanches e lembrancinhas, percebemos a satisfação das
crianças do Núcleo Cuidar ao se sentirem apreciadas naquele momento festivo quando
foge um pouco da rotina do dia a dia. Para o grupo naturalmente foi uma grande
oportunidade conhecer a prática psicopedagógico, tal como estudar, refletir e avaliar os
sujeitos de aprendizagem, a fim de que ele possa ter melhor aproveitamento escolar e
desempenho enquanto pessoa.

Camila Ferreira Santos Mariana Nunes R. Coelho


Estagiária em Psicopedagogia Clínica Estagiária em Psicopedagogia Clínica

Cleuma Batista Cruz Marluce Sá N. Mendonça


Estagiária em Psicopedagogia Clínica Estagiária em Psicopedagogia Clínica

Jamile Santos Roseane Silva dos Anjos Santos


Estagiária em Psicopedagogia Clínica Estagiária em Psicopedagogia Clínica

Maria Aparecida L. da Hora Santos Selma Lúcia Souza Costa Calazans


Estagiária em Psicopedagogia Clínica Estagiária em Psicopedagogia Clínica

Maria José de Souza


Estagiária em Psicopedagogia Clínica
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PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO

MATRIZ DIAGNÓSTICA PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA


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MATRIZ DE PENSAMENTO DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO


CLÍNICO
N° Atividades
Descrição das atividades Atitudes Hipóteses
Realizadas
1. Visita a Visita à Instituição para Acolhimento. Expectativa
instituição. Estágio, conhecimento dos diante do início
espaços e assinatura dos do projeto.
termos de aceite.
2. Entrevista Entrevista coletiva com a Aproximação. Integração e
coletiva com a família e queixa principal motivação.
família para estudo de caso.
3. Estudos das Leitura de textos sobre a Despertar para o Aplicabilidade
provas aplicação de provas conhecimento. do
Piagetianas e Piagetianas e projetivas. conhecimento.
projetiva.
4. Seleção das Seleção das provas para Despertar para o Estimulação
provas aplicação durante a prática conhecimento. cognitiva
do Estágio Clínico.
5. 1ª sessão Dinâmica de apresentação Participação e Despertar para
diagnóstica e realização da 1ª sessão interesse. o
diagnóstica: E.O.C.A; conhecimento
Provas Piagetiana proposto
(conservação de líquidos): e
Lúdica (dominó).
6. Estudo das Estudo de texto sobre a Despertar para o Aplicabilidade
provas lúdicas aplicação de provas lúdicas conhecimento. do
e pedagógicas. conhecimento.
7. 2ª Sessão Prova Projetiva (vínculo Participação do Despertar para
diagnóstica escolar); Piagetiana sujeito. o
(conservação de conhecimento
comprimento); e proposto
Pedagógica (caça-palavras)
8. 3ª Sessão Prova Projetiva (vínculo Participação do Despertar para
diagnóstica familiar); Pedagógica (Bingo sujeito. o
de Letras); e Lúdica ( pega conhecimento
varetas). proposto
9. Estudo das Estudo das hipóteses de Despertar para o Aplicabilidade
hipóteses de escrita segundo Emília conhecimento. do
escrita segundo Ferreiro, quanto ao nível de conhecimento.
Emília Ferreiro. escrita do sujeito.
10. 4ª sessão Prova Piagetiana (inclusão Participação do Despertar para
diagnóstica de classe – flores); sujeito. o
Pedagógica (formação de conhecimento
palavras com alfabeto proposto
móvel); e Lúdica (jogo de
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cartas – UNO)
11. 5ª sessão Prova Projetiva (vínculo Participação do Despertar para
diagnóstica: consigo mesmo); sujeito. o
Pedagógica ( número e conhecimento
numeral); Lúdica (jogo proposto
motor).
12. Estudo sobre Anamnese como aspecto Interesse do grupo Despertar para
Anamnese fundamental do diagnóstico. pelo processo. a história de
vida do sujeito.
13. 6ª sessão Prova Piagetiana Participação do Despertar para
diagnóstica: (conservação de peso); sujeito. o
Pedagógica (ábaco); Lúdica conhecimento
(jogo de cartas (baralho). proposto
14. 7ª sessão Prova Projetiva (vínculo Participação do Despertar para
diagnóstica: escolar – ele e os colegas); sujeito. o
Piagetiana (seriação); conhecimento
Lúdica (jogo de damas). proposto
15. 8ª sessão Prova Piagetiana (indução Participação do Despertar para
diagnóstica: vaquinha); Pedagógica sujeito. o
(tirinha), Lúdica (associação conhecimento
de ideias). proposto
16.
Análise das Provas
Projetivas e Piagetianas.
17. 9ª sessão Prova Piagetiana Participação do Despertar para
diagnóstica: (intersecção); Pedagógica sujeito. o
(ditado móvel); Lúdica conhecimento
(Lego). proposto
18.
Análise das Provas Lúdicas
e Pedagógicas.
19. 10ª sessão Anamnese com a mãe do
diagnóstica cliente.
20. Análise da Anamnese e Análise da
confecção do Informe Anamnese e
Psicopedagógico confecção do
Informe
Psicopedagógico
(Encaminhamento)
.
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RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO


PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO

Informe Diagnóstico Psicopedagógico Clínico


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INFORME PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO


A) IDENTIFICAÇÃO:
NOME: P. R. D. B.
SEXO: MASCULINO
IDADE: 10 ANOS
D. NASCIMENTO: 11 DE AGOSTO DE 2007
ESCOLARIDADE: 4º ANO
O encaminhamento Psicopedagógico surgiu da queixa de que o cliente em questão
apresenta limitações pelas atividades escolares, atraso na aquisição escrita e leitura,
apresenta ainda dificuldade no aspecto temporal e no raciocínio lógico matemático.
Sabendo ser a Psicopedagogia área emergente na atualidade, que tem como
componente principal de sua abordagem teórico-prática nas questões que envolvem a
aprendizagem. Faremos aqui a pesquisa das implicações possíveis para o quadro
apresentado pelo sujeito em questão. As dificuldades de aprendizagem tem sido tema
presente em muitas pesquisas, e ao identificá-las tomaremos como base os estudos
realizados para, depois de identificado o problema com o intuito de contribuir para a
compreensão e a melhoria do processo de ensino e aprendizagem, apresentar
sugestões de intervenção, desenvolvendo atividades que valorizem as potencialidades
do aluno e contribuam para a aquisição de novas habilidades que possibilitem acesso
ao conhecimento.
B) RECURSOS UTILIZADOS
⮚ E.O.C.A.:
1. O aprendente observou o material disponibilizado sobre a mesa e
perguntou se poderia usar todos;
2. Na consigna: “Gostaria que me mostrasse o que sabe fazer”, o aprendente
escolheu fazer um desenho de crianças brincando, as quais ele identificou
como um colega da escola e ele próprio;
3. Apresentou resistência para grafar seu nome completo, queixando-se de
cansaço. Fato que evidencia a resistência à escrita.
⮚ PROVA(S) PIAGETIANA(S):
1. Conservação de Líquido, de Comprimento – observou-se que o mesmo
não conservou, pois o tempo todo oscilava em suas respostas. Demostrou
pouca concentração.
2. Inclusão de Classe – já consegue fazer a inclusão de classes, porém, vale
ressaltar que na última pergunta o aprendente respondeu que havia mais rosas
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que flores. Com isso, pode-se concluir que está saindo do estágio pré-
operatório e quase completando sua passagem para o estágio operatório
concreto, onde possui características de inclusão de classe.
3. Seriação – nessa prova o aprendente denota estar em transição, pois
apesar de identificar com facilidade o menor e o maior, teve dificuldade em
estabelecer a série completa, ordenar os palitos do menor para o maior
⮚ TÉCNICA(S) PROJETIVA(S):
1. Vínculo Familiar – mostrou-se tranquilo e bem disposto para realizar a
atividade. Disse que gosta muito de desenhar e demonstra habilidade. Se
sente parte da família que foi toda representada com as figuras da mãe, do
pai e dos irmãos. Os pais foram representados no interior da casa,
enquanto ele e seus irmãos brincavam na porta.
2. Vínculo Escolar – demonstrou se sentir parte da escola, contudo as salas
foram representadas com as portas fechadas. O recreio é seu momento
preferido. Representou ele e o seu melhor amigo em várias brincadeiras.
⮚ ATIVIDADE(S) LÚDICA(S):
1. Dominó – demonstrou conhecer o jogo e disse que era campeão. Se
dispôs a ensinar o jogo às estagiárias, pois se considera muito bom.
Contudo não respeita as regras convencionais.
2. Pega-varetas – o jogo foi apresentado e as regras combinadas, entretanto
o aprendente não conseguiu realizar cálculos mentais para descobrir a
pontuação alcançada ao final do jogo. Reconhece as cores, tem
necessidade de ser relembrado das regras do jogo mais de uma vez e
demonstra insegurança ao escolher a jogada.

⮚ ATIVIDADES PEDAGÓGICAS:
1. Bingo de letras – Possui dificuldades quanto à competência linguística, não
reconhece todas as consoantes, apresentando leitura e escrita de nível
silábico. Se interessou pela atividade mas não teve autonomia
necessitando do acompanhamento profissional.
2. Ditado móvel -

⮚ ANAMNESE
● Realizada no 10º encontro, com a mãe do aprendente. Momento em que
respondeu apenas ao que lhe foi perguntado sem aprofundar nas
respostas, demonstrando certo acanhamento e cautela em tudo o que
dizia.
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C) INFORME:

Após a análise dos dados obtidos durante o processo de investigação foi possível
constatar que o comportamento apresentado até então, pelo aprendente, reflete
questões múltiplas resultantes da construção e constituição do sujeito e das
relações estabelecidas com os seres e com o mundo. Observando as áreas
específicas que compõem o ser em sua totalidade, foi identificado que:
No aspecto orgânico e corporal o analisado apresentou dificuldades quanto à
psicomotricidade, coordenação e organização das ideias, bem como no que tange
à lateralidade e relações espaciais.
Na área cognitiva detectou-se alterações importantes quanto à atenção, memória,
antecipação, classificação e percepção dificultando as globalizações visuais;
Dificuldades nas relações espaço-temporais, de causalidade, além limitações
quanto as operações de cálculo mental e conceito de número – que evidencia um
estágio de pensamento operacional-concreto inicial com predomínio no intuitivo;
Deficiências quanto à competência linguística, pois identifica as vogais, reconhece
algumas consoantes, mas não faz a relação entre grafema e fonema,
apresentando leitura e escrita no nível silábico além de sérias limitações na
interpretação de fatos e na associação de ideias.
No nível emocional foram percebidos sentimentos de desconfiança, desproteção,
medos generalizados e baixa autoestima, além de insegurança nas relações
familiares e sociais impedindo assim, vínculos importantes para o seu
desenvolvimento afetivo; a angústia, o medo e as tensões são direcionadas para
área corporal nos arroubos de impaciência, agressividade e recusa a participação
em sala. A construção de baixa autoestima como elemento marcante do meio em
que está inserido tem sido um ponto que limita este sujeito no aspecto social, pois,
o contexto em si assinala carências e dificuldades estruturais, ao passo que
diminui
as potencialidades. Essas dificuldades têm sido pontuadas e reforçadas pela
instituição escolar que ainda expressa seus rituais excluindo o diferente,
classificando-o como ‘menos apto’ e desconsiderando a singularidade do ser em
permanente construção. Daí é percebido o distanciamento e a inércia do sujeito
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nas ações operativas que são de suma importância para a autonomia e liberdade
de pensamento.
No aspecto pedagógico apresenta uma modalidade de aprendizagem marcada
pelo aparecimento de condutas dependentes. Ele não toma iniciativa, é queixoso e
precisa ser conduzido nas suas produções bem como necessita de aprovação
constante no trabalho que realiza. Esse comportamento representa ser o fruto dos
constantes fracassos no seu processo de conhecimento, sendo um tipo de
conduta que representa obstáculos quanto à construção dos vínculos com as
primeiras aprendizagens e a relação estabelecida com os educadores.
Em síntese, estes aspectos, ao serem analisados separadamente configura um
quadro com pistas que podem explicitar mais claramente as causas do
comportamento apresentado pelo analisado. Ao integrar os resultados obtidos
durante todo o processo de investigação à queixa inicial podemos entender o que
sinaliza o sintoma – um comportamento expresso pela agressividade,
desinteresse, indisciplina. Sendo assim, perceber o ser integral possibilita
entender o que ele traz em sua superfície, o que ele apresenta como
comportamento destoante e que surpreende a escola e a família.

D) ENCAMINHAMENTOS/INDICAÇÕES:
Após os dados colhidos, percebe-se que o analisado tem um comportamento,
pensamento e discurso amplamente organizados, um ótimo vocabulário,
dissociação e sentimento de tristeza. P.R.D.B. demonstra conflito interno, que
resulta na dificuldade de concentração como no relacionamento ensinante e
aprendente. Sua idade cronológica é coerente com sua idade mental. Percebe-se
um forte abalo emocional por parte do indivíduo observado. Em relação a si:
Insegurança, medo, autoestima baixo, desequilíbrio emocional, desajuste de
afetividade, conflito interno, insatisfação. Em relação à família: Insatisfação,
relação sem limites com os adultos da família; sentimento de inadequação no
contexto familiar. Em relação à Escola: Imaturidade cognitiva, medo do novo,
autoestima baixo. Em relação ao social: Ás vezes apresenta oscilação de humor.
Diante disto tudo, as hipóteses levantadas durante as sessões psicopedagógicas
com o aprendente pode ser classificada da seguinte forma:
O analisado encontra-se bloqueado por problemas emocionais, carregado de
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vínculos negativos que, consequentemente, estão interferindo negativamente na


sua atenção para aprendizagem, desautorizando-o de ser mais criativo e de
construir sua autoria de pensamento.
Recomenda-se:
- Intervenção Psicopedagógica com inclusão de jogos terapêuticos, técnicas
projetivas psicopedagógicas que viabilizem a ressignificação das primeiras
modalidades de aprendizagem;
- Vivências de movimento, percepção e autoestima que visem elevação e
autoconfiança, favorecendo no mesmo o crescimento de um sentimento de
capacidade e possibilidade de aprendizagem;
- Atividades contextualizadas de escrita e leitura com a utilização de variados
portadores de textos para que a construção das hipóteses linguísticas possam ser
elaboradas com segurança;
- Trabalho pedagógico que considere a singularidade do sujeito dentro do grupo e
valorize seu conhecimento de mundo, realizado a partir de um planejamento
flexível, com objetivos claros e estratégia metodológica criativa e desafiadora que
combine os diferentes estilos de aprendizagem: Sinestésico, Visual, Auditivo.

Assinatura da Equipe Pp

Camila Ferreira Santos Mariana Nunes R. Coelho


Estagiária em Psicopedagogia Clínica Estagiária em Psicopedagogia Clínica

Cleuma Batista Cruz Marluce Sá N. Mendonça


Estagiária em Psicopedagogia Clínica Estagiária em Psicopedagogia Clínica

Jamile Santos Roseane Silva dos Anjos Santos


Estagiária em Psicopedagogia Clínica Estagiária em Psicopedagogia Clínica

Maria Aparecida L. da Hora Santos Selma Lúcia Souza Costa Calazans


Estagiária em Psicopedagogia Clínica Estagiária em Psicopedagogia Clínica

Maria José de Souza


Estagria em Psicopedagogia Clínica
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO OCIDEMNTE
(ISEO)NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ITABUNA/BA (NPGI)
- Lato Sensu Psicopedagogia Transdisciplinar: Clínica,
Institucional e Hospitalar

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO


PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICA

ANEXOS/APÊNDICES
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO OCIDEMNTE
(ISEO)NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ITABUNA/BA (NPGI)
- Lato Sensu Psicopedagogia Transdisciplinar: Clínica,
Institucional e Hospitalar

REGISTRO DIÁRIO DE ESTÁGIO

Cur
PSICOPEDAGOGIA TRANSDISCIPLINAR: CLÍNICA, INSTITUCIONAL E HOSPITALAR
so:
Módulo: ESTÁGIO PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO Turma Pp11
Camila Ferreira, Cleuma Batista, Jamile Silva, Maria Aparecida da Hora, Maria José,
Estagiário(a):
Mariana Coelho, Marluce Sá, Roseane dos Anjos e Selma Costa
Supervisor(a): Claudia Alvarindo Brito
Instituição: Núcleo Cluidar
VISTO DO
Horário Horário
Nº Data Chegada Saída C.H.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS SUPERVISOR
LOCAL
Visita à Instituição para Estágio,
1. 25/10/17 08:00 10:00 2h conhecimento dos espaços e assinatura
dos termos de aceite.
Entrevista coletiva com a família e queixa
2. 25/10 /17 10:00 12:00 2h principal para estudo de caso.
Leitura de textos sobre a aplicação de
3. 26/10/17 08:00 10:00 2h provas Piagetianas e projetivas.
Seleção das provas para aplicação
4. 27/10/17 19:00 21:00 2h durante a prática do Estágio Clínico.
Dinâmica de apresentação e realização
da 1ª sessão diagnóstica: E.O.C.A;
5. 30/10/17 08:00 10:00 2h
Provas Piagetiana (conservação de
líquidos): e Lúdica (dominó).
Estudo de texto sobre a aplicação de
6. 30/10/17 10:00 12:00 2h provas lúdicas e pedagógicas.
2ª sessão diagnóstica: Prova Projetiva
(vínculo escolar); Piagetiana
7. 01/11/17 08:00 10:00 2h
(conservação de comprimento); e
Pedagógica (caça-palavras)
3ª sessão diagnóstica: Prova Projetiva
8. 06/11/17 08:00 10:00 2h (vinculo famíliar); Pedagógica (Bingo de
Letras); e Lúdica( pega varetas).
Estudo das hipótese de escrita segundo
9. 06 /11 /17 10:00 12:00 2h Emília Ferrero.
4ª sessão diagnostica: Prova Piagetiana
(inclusão de classe – flores); Pedagógica
10. 08 /11/17 08:00 10:00 02
(formação de palavras com alfabeto
móvel); e Lúdica (jogo de cartas – UNO)
5ª sessão diagnóstica: Prova Projetiva
11. 09/11/17 08:00 10:00 02 (vínculo consigo mesmo); Pedagógica (
número e numeral); Lúdica (jogo motor).

12. 09/11/17 10:00 12:00 02 Estudo sobre Anamnese

6ª sessão diagnóstica: Prova Piagetiana


13. 13/11/17 08:00 10:00 02 (conservação de peso); Pedagógica
(ábaco); Lúdica (jogo de cartas (baralho).
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7ª sessão diagnóstica: Prova Projetiva


(vínculo escolar – ele e os colegas);
14. 16/11/17 08:00 10:00 02
Piagetiana (seriação); Lúdica (jogo de
damas).
8ª sessão diagnóstica: Prova Piagetiana
15. 20/11/17 08:00 10:00 02 (indução vaquinha); Pedagógica (tirinha),
Lúdica (associação de idéias).
Análise das Provas Projetivas e
16. 20/11/17 10:00 12:00 02
Piagetianas.
9ª sessão diagnóstica: Prova Piagetiana
17. 22/11/17 08:00 10:00 02 (intersecção); Pedagógica (ditado
móvel); Lúdica (Lego).
Análise das Provas Lúdicas e
18. 22/11/17 10:00 12:00 02
Pedagógicas.
10ª sessão diagnóstica: Anamnese com
19. 23/11/17 08:00 10:00 02
a mãe do cliente.
Análise da Anamnese e confecção do
20. 23/11/17 10:00 12:00 02 Informe Psicope
dagógico (Encaminhamento).

Carga Horária Total 40h Confraternização de Encerramento

OBSERVAÇÕES DA(O) ESTAGIÁRIA(O)

PARECER DO ORIENTADOR –
APROVEITAMENTO DAS ATIVIDADES

Data
Assinatura da(o) Assinatura do Supervisor(a)
Estagiária(o)
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REGISTRO DE IMAGENS

VISITA AO NÚCLEO CUIDAR

APLICAÇÃO DA EOCA
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PROVAS PROJETIVAS
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PROVAS PIAGETIANAS
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PROVAS LÚDICAS
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ATIVIDADES PEDAGÓGICAS DE LINGUAGENS


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ANAMNESE

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