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Capacitacao em Servicos de

Vacinacao em Farmacias:
da implantacao a seguranca na
pratica de aplicacao
Modulo 5

Eventos Adversos
Pos-vacinacao

Beatriz Lott Módulo 5


Farmacêutica especialista em vacinas e injetáveis

Eventos Adversos
Pos-vacinacao
Eventos adversos relacionados à vacinação deve ser
imediatamente notificados, investigados e
esclarecidos para que não coloquem em risco não
apenas todo o programa de imunizações, mas também
a segurança epidemiológica de toda a população.

Eventos Adversos
Pós-Vacinação
(EAPV)

A grande maioria
dos EAPV é local
e/ou sistêmico de
baixa gravidade.
EAPV pode ser
desencadeada por
erro de imunização

Erros de
Imunização (EI)

Os EAPV e EI que
ocorrem na rede
privada devem ser
notificadas
no NOTIVISA.
Reações adversas brandas e autolimitadas
para a maioria das vacinas

 Endurecimento, ardor, inchaço, dor e eritemas.


 Formação de nódulos no local da administração da
vacina: relativamente frequente e podem persistir
durante semanas ou meses e não devem causar
preocupação.
 Abscessos locais, decorrentes da contaminação
bacteriana secundária por falha técnica de aplicação
vacinal.

Reações locais – condutas

 Utilização de compressas frias no local de


aplicação para alívio da dor e ou da
inflamação (nas primeiras 24 a 48 horas).
 Medicamentos analgésicos para alívio da dor.
 Abscessos devem ser avaliados clinicamente
para conduta apropriada (antibióticos,
drenagem cirúrgica).
 Não há contraindicação para administração
de doses subsequentes.

Orientações relativas a febre

 Não é recomendado o USO


PROFILÁTICO e rotineiro de
paracetamol para prevenir a ocorrência de
febre depois de uma vacina: a resposta
imune de algumas pode ser reduzida.
 Em caso de febre após a vacina,
recomenda-se: medidas não
farmacológicas associadas ou não a
ibuprofeno e paracetamol.
 Se em dose anterior houve febre elevada
ou história prévia de convulsão febril,
considerar a conveniência de uso de
antitérmico profilático.
Reações locais - notificação e investigação

Notificar e investigar os casos com abscessos, reações locais


muito intensas (edema e/ou vermelhidão extensos, limitação de
movimentos acentuada e duradoura) e também o aumento
exagerado da frequência de reações locais relacionadas
eventualmente a erros de técnica ou a lote vacinal (“surtos”).

Abscesso no local de administração

De etiologia infecciosa:
 presença de sinais localizados de inflamação, incluindo, pelo menos, um dos
seguintes: eritema, dor a um leve toque, ou calor ao toque no local da injeção;
 resolução/melhora temporalmente relacionada à terapêutica antimicrobiana.
Abscesso estéril:
 ausência ou discretos sinais de inflamação local, como eritema, dor a um leve
toque e calor ao toque ;
 nenhuma resolução/melhora relacionada temporalmente à terapêutica
antimicrobiana;
 são secundários à irritação local pelos componentes das vacinas.

Síncope (desmaio) pode ocorrer após qualquer vacinação,


especialmente em adolescentes e adultos jovens. Portanto, as
pessoas devem ser vacinadas sentadas e observadas com atenção
por, no mínimo, 15 minutos após a administração da vacina.
Reações anafiláticas são extremamente raras.
Geralmente é imediata, ocorrendo nas primeiras
duas horas, sendo mais frequente nos primeiros
30 minutos após a aplicação da vacina.

Tempo recomendado para monitorização


após vacinação

 Austrália: 15 minutos.
 Portugal: 30 minutos.
 Canadá: 15 minutos (30 minutos quando há
maior preocupação específica).
Manual PNI:
 30 minutos após vacina influenza em pacientes
com relato de urticária após ingestão de ovo.

Do Manual de EAPV do
PNI
24.5 Anafilaxia (reação de
hipersensibilidade tipo I)
Em virtude do risco de vida, uma
reação anafilática deve ser
prontamente tratada. O local de
atendimento deve dispor de material
adequado e uma equipe treinada para
a abordagem inicial, que deve ser
imediata, com avaliação do nível de
consciência e via aérea do paciente.
Na RDC 197, 2017

Art. 13 Os serviços de vacinação devem


garantir atendimento imediato às possíveis
intercorrências relacionadas à vacinação.
 Parágrafo único. O serviço de vacinação
deve garantir o encaminhamento ao
serviço de maior complexidade para a
continuidade da atenção, caso necessário.

Esclarecimentos da Anvisa sobre serviços de vacinação


Nota Técnica NOTA TÉCNICA GRECS-GGTES nº 01-2018

O atendimento imediato às possíveis intercorrências relacionadas à vacinação


pode ser:
 “in loco (procedimentos clínicos e estrutura como materiais, equipamentos,
profissionais capacitados) para realizar o primeiro atendimento; ou
 através de plano de contingência que contemple serviço de remoção e serviço
de saúde para cumprir este requisito.
O serviço deve conferir a respectiva capacitação a depender da estratégia
adotada”.

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