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Curso a Distância, Trabalho Social em Programas e Projetos de Habitação de Interesse Social

Brasília: Ministério das Cidades Primeira impressão: setembro de 2010. Ministério das Cidades.
Secretaria Nacional de Habitação
http://www.capacidades.gov.br/media/doc/biblioteca/SNH004.pdf

(MC, 2010, p. 49) A experiência de execução de projetos integrados (intervenções físicas e


sociais concomitantes), adquirida com a contratação e desenvolvimento do Programa Habitar
BrasilBID, a partir de 1999 reforçou a necessidade do desenvolvimento desse trabalho,
demonstrou a eficácia de projetos integrados em comparação ao modelo de trabalho anterior,
onde essa integração não era exigida, e levou o Ministério das Cidades a incluir o trabalho
social na Política Nacional de Habitação e estender essa exigência para os Programas de
Saneamento Ambiental Integrado, a partir do advento do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) em 2007. O Habitar Brasil-BID (HBB) foi a base para os programas e
projetos federais propostos a partir de 1999. Ele baseava-se na seguinte estrutura: – Projetos
integrados por ações físicas e sociais, que incluíam o controle da questão ambiental e a
regularização fundiária; – Conteúdo mínimo exigido para o trabalho social voltado para os
eixos de mobilização e organização da comunidade, educação sanitária e ambiental, geração
de trabalho e renda; – Trabalho Social exigido na fase antes das obras, na fase de obras e na
fase do pósobras; – Objetivos claros; – Transparência a respeito dos assuntos do projeto
integrado; – Equipes multidisciplinares;

(MC, 2010, p. 50) – Definição de recursos de repasse por família, corrigíveis pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA); – Monitoramento do projeto; – Exigência da
avaliação do projeto, após um período de doze meses de sua conclusão, que indicaria os
primeiros resultados obtidos com o projeto, através de uma Matriz de Indicadores
consensuada entre todos os atores que participaram do Programa e que envolveu todas as
dimensões do projeto integrado. A partir de 2003, a exigência do trabalho social estende-se a
todos os programas em que o Ministério das Cidades concedesse recursos a fundo perdido e
naqueles obtidos através de empréstimos a Estados e Municípios. A partir de então, a
orientação para o trabalho social vem sendo desenvolvida em diversos organismos públicos,
nos mais diferentes programas de habitação, onde se destacam: o respeito às conquistas
importantes dos movimentos sociais de moradia, como o direito das famílias em
permanecerem na área ocupada, minimizando ao máximo o número de famílias a serem
removidas, a necessária infraestrutura urbana e a participação durante a execução do
empreendimento.

Brasil. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação Curso de capacitação :


trabalho social em programas de habitação de interesse social / Ministério das Cidades,
Secretaria Nacional de Habitação . – 2. ed. Brasília: MCidades/SNH ; [Florianópolis] :
NUTE/UFSC, 2014.
http://autogestao.unmp.org.br/wp-content/uploads/2014/11/CA-07_CURSO-DE-TRABALHO-
SOCIAL-MINISTERIO-DAS-CIDADES-2014.pdf

(MC, 2014, p. 21) [...] Portaria nº 21 (BRASIL, 2014), pois regula e subsidia nossa reflexão sobre
o trabalho social. Dessa forma, é necessária a leitura dela passo a passo com o que aqui
trazemos.
(MC, 2014, p. 22-23) Princípios básicos da Política Nacional de Habitação/2004 Đ Moradia
digna como direito e vetor de inclusão social garantindo padrão mínimo de habitabilidade,
infraestrutura, saneamento ambiental, mobilidade, transporte coletivo, equipamentos,
serviços urbanos e sociais. Đ Habitação é uma política de Estado! O poder público é agente
na regulação urbana e do mercado imobiliário, na provisão da moradia e na regularização de
assentamentos precários, devendo ser, ainda, uma política pactuada com a sociedade e que
extrapole um só governo. Đ Gestão democrática com participação dos diferentes segmentos
da sociedade, possibilitando controle social e transparência nas decisões e nos procedimentos.
Đ Articulação das ações de habitação à política urbana e integrada às demais políticas sociais
e ambientais.

(MC, 2014, p. 23) É com fundamento na nova política habitacional que se inscreve o nosso
debate sobre o Trabalho Social Integrado, constitutivo dessa política. De acordo com isso, as
diretrizes do trabalho social/2014 ratificam:
Đ projetos integrados por ações físicas e sociais, que incluem o controle da questão
ambiental e a regularização fundiária;
Đ conteúdo mínimo exigido para o trabalho social voltado para os eixos de mobilização,
organização e fortalecimento social; acompanhamento e gestão social da intervenção;
educação ambiental e patrimonial; desenvolvimento socioeconômico;
Đ trabalho social exigido na fase antes das obras, durante as obras e na fase do pós-obras
(consultar Portaria nº 21/2014).
Portanto, as intervenções públicas na área de habitação devem ser
acompanhadas por um trabalho social sistemático e que objetive a
promoção da inclusão social, do acesso à cidade e aos serviços
públicos, e que estimule a participação cidadã. Os processos e ações
implementados pela via do trabalho social dão ancoragem e direção
a programas de enfrentamento à desigualdade social e
sustentabilidade dos programas de Habitação de Interesse Social
(HIS). (PAZ; TABOADA, 2010, p. 71).

(MC, 2014, p. 23) O Ministério das Cidades expediu neste ano de 2014 uma portaria contendo
as instruções do trabalho social em seus programas e suas ações.

O Trabalho Social compreende um conjunto de estratégias, processos


e ações, realizado a partir de estudos diagnósticos integrados e
participativos do território, compreendendo as dimensões: social,
econômica, produtiva, ambiental e político-institucional da
população beneficiária, além das características da intervenção,
visando promover o exercício da participação e a inserção social
dessas famílias, em articulação com as demais políticas públicas,
contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida e para a
sustentabilidade dos bens, equipamentos e serviços implantados.
(BRASIL, 2014, p. 5).

(MC, 2014, p. 24-25) As diretrizes, 2014, introduzem novos conceitos e procedimentos dos
quais é necessário destacar 4 (quatro) deles.

Participação / Microárea e macroárea / Intervenções de saneamento e Habitação /


Destinatários do Trabalho Social
Intervenções de saneamento e Habitação

O trabalho social extende-se às intervenções de saneamento e habitação assim como a “todos


os demais programas geridos pelo MCIDADES que envolvam deslocamento involuntário de
famílias, situação em que o Trabalho Social deverá obrigatoriamente atendê-las, sendo
facultativa a expansão do atendimento às famílias da macroárea”. (BRASIL, 2014, p. 7).

V Seminário de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social, CAU/SC e CAU/BR –


Florianópolis

Mesa 3: Promover uma cultura profissional e social de ATHIS

Residência Profissional em Arquitetura Urbanismo e Engenharia UNIVERSIDADE FEDERAL DA


BAHIA FAUFBA - PPGAU- LabHabitar/Escola Politécnica-UFBA

Abordagem Teórico-Metodológica

• Teoria e prática em projetos participativos, apreensão coletiva

• Participação da comunidade nas definição de prioridades e projetos

• Dimensão interdisciplinar, saber técnico e popular, educação cidadã

• Métodos interativos, oficinas, jogos, arte, com foco na juventude local

• Tecnologias apropriadas para as realidades encontradas

• Projetos de melhoria habitacional, espaços públicos, mobilidade, paisagismo, infraestrutura


e inserção social de âmbito coletivo

• Ambiência, preservação ambiental, segurança e sustentabilidade

• Referências simbólicas, memória, cultura e inserção urbana

• Capacitação pós-graduação, teorias propositivas, extensão e inovação

• Moradia entendida para além da casa, pelo direto à cidade.

• Processo e produto como conhecimento coletivo e retorno da universidade à comunidade,


na conquista de cidades melhores e mais justas.

AS TRANSFORMAÇÕES DA FAVELA VIA ASSISTÊNCIA TÉCNICA: a experiência do Morro Vital


Brazil, Niterói/RJ

ALINE ROCHA – UFF; XVII Enanpur, Natal, 2019.

Mauro Iasi (2013, p.41) afirma que “a cidade é a expressão das relações sociais de produção
capitalista, sua materialização política e espacial está na base de produção e reprodução do
capital” (p. 3).

o Programa de Assistência Técnica do Fundo Nacional para Habitação de Interesse Social


(FNHIS) incentiva o trabalho multidisciplinar e um processo participativo e inclusivo, em que a
família e a comunidade atendida sejam atuantes desde o desenvolvimento do projeto até a
execução da obra. Para tanto, são previstos recursos para trabalho social (p. 6).
Eficaz não só no sentido da adequação arquitetônica, mas principalmente na emancipação dos
seres humanos, ou seja, na conversão das relações individuais com o meio em uma dimensão
social, como força social organizada na construção democrática de outro tipo de sociedade.
Afinal, a família que necessita de melhorias em sua casa, porventura, não necessitaria também
de orientações sobre direitos; rede socioassistencial; trabalho e renda ou, ainda, estímulo às
reflexões sobre a melhor estratégia para execução da obra? (p. 7)

Assistência Técnica para Mobilização e Organização Comunitárias

Estudo socioeconômico

De acordo com ARMANI (2003) a maneira mais ajustada de se conhecer a realidade de uma
comunidade é questionar a ela mesma sobre sua situação e extrair dela opiniões sobre
possibilidades de transformação no sentido do alcance de direitos que impactem na melhoria
da qualidade de vida (p. 8)

[...] inicialmente, uma equipe multidisciplinar do Projeto formada por estudantes de ensino
médio moradores da comunidade ou de outras do entorno; arquitetos; engenheiro e
assistentes sociais, organizou um Grupo de Trabalho Comunitário, composto por instituições
locais – com destaque para a presença da equipe do Programa Médico de Família/Módulo
Vital Brazil – e lideranças comunitárias (p. 8).

contribuições como assistente social na fase inicial:

 identificação, articulação e sensibilização de atores locais para participação em


atividades do Grupo de Trabalho;
 elaboração de instrumentos de coletas de dados (também continha questões
relacionadas às patologias construtivas das unidades habitacionais e as condições do
domicílio, portanto, capazes de caracterizar quais seriam as mais vulneráveis sob este
aspecto), visando à caracterização do perfil populacional e da relação dos moradores
com o espaço construído;
 treinamento ministrado aos estudantes de ensino médio, responsáveis pelas
entrevistas às famílias moradoras do morro Vital Brazil, com objetivo da coleta de
dados;
 sistematização das informações geradas pelo Grupo de Trabalho e da análise dos
dados socioeconômicos coletados, tendo como resultado tanto a identificação das
famílias mais vulneráveis, quanto um relatório diagnóstico imbuído de visão crítica
sobre da situação problema (p. 8)

Triagem de beneficiários

[...] a equipe multidisciplinar precisou ponderar sobre os critérios técnicos seletivos.


Estabeleceu-se como fundamental a divulgação irrestrita destes critérios entre os moradores,
evitando conflitos de vizinhança e protegendo a equipe dos mais diversos tipos de assédio.

Os critérios técnicos eram compostos pela soma de duas condicionantes: físicas, referentes ao
domicílio, e sociais, referentes aos moradores da unidade. As físicas contemplavam artigos da
Lei 11.888, da instrução normativa nº 46/2009 e o conhecimento arquitetônico e urbanístico.
As sociais orientavam-se pelo conceito de grupos prioritários estabelecidos pelas políticas
públicas federais (p. 9).
[...] além da ponderação sobre as condicionantes sociais supracitadas, sugeri à equipe –
baseada no arcabouço teóricometodológico da profissão – que a comunidade também
deveria ser consultada. Isto é, que fosse realizado um processo participativo envolvendo
todos os moradores do morro, para a construção de critérios próprios, de modo a contemplar
valores e cultura locais, bem como estimular a prática democrática. Desta forma, surgiram os
critérios comunitários (p. 9).

Predominantemente, os critérios comunitários consonavam com os critérios técnicos, por


exemplo, quando a comunidade votou pela priorização dos moradores “idosos sem
cuidadores” e “mães solteiras”. Porém, também houve casos de contraposição. Um exemplo
interessante desta contraposição ocorreu durante a apresentação da condicionante
adensamento excessivo pela equipe do projeto [...]
“A importância de um processo participativo também pode ser dada pela
razão instrumental de que o ser humano é mais eficiente quando realiza
trabalhos em equipe. Também se justifica pelo componente afetivo, pois
possibilita que os indivíduos sintam-se mais estimulados, seguros, confiantes
ao trabalharem em equipe – base para a interação e confiança entre as
pessoas e autogestão.” (CORDIOLI, 2009, p.27)

[...] a combinação dos critérios técnicos e comunitários foi utilizada para conferir “peso” às
informações dadas pelos moradores no instrumento de pesquisa. Estas informações foram
transferidas para um software, que estabeleceu um ranking contendo as unidades prioritárias.
A partir desta triagem, iniciaram-se as Visitas Domiciliares.

Visitas Domiciliares para Assistência Técnica

distinguir os conceitos visita técnica e Visita Domiciliar no âmbito do projeto Arquiteto de


Família e para fins deste artigo. É considerada visita técnica a atividade promovida pelos
profissionais de AT (arquitetos e engenheiros), enquanto Visita Domiciliar é um instrumento
técnico-operativo do Serviço Social – embora não exclusivo – [...] para conhecer a realidade
concreta dos beneficiários [...] no enfrentamento das múltiplas expressões da “questão social”,
(p. 10).

[...] as visitas técnicas para elaboração dos programas e apresentação dos projetos de reforma
pressupunham a participação de uma assistente social, portanto, este artigo descreverá como
Visitas Domiciliares (VDs) as visitas realizadas por equipe multidisciplinar, por compreender
sua intencionalidade e sentido ideológico, para além do serviço de AT.

No que tange as atividades realizadas durante as VDs, merece destaque a dinâmica familiar
para construção do Mapa de Riscos, que eram propositadamente coloridos e autoadesivos. O
objetivo era atribuir ludicidade ao momento, favorecendo a aproximação dos membros da
família com a equipe do projeto, ao mesmo tempo em que se estimulava a criação de um
espaço de reflexão coletiva sobre o ambiente construído e sobre as prioridades de reforma sob
a ótima familiar.
“O Mapa de Riscos é um instrumento criado para desenvolver a percepção
dos moradores sobre as manifestações patológicas da construção,
situações de riscos à saúde e segurança pessoal, e sobre a qualidade do
ambiente interno das unidades habitacionais. Sua aplicação é realizada a
partir da interação entre os habitantes e técnicos, onde há um
esclarecimento do profissional ao morador sobre as manifestações
patológicas, e por sua vez, uma leitura do técnico com base na vivência da
pessoa que reside no ambiente avaliado. Dessa maneira, o Mapa de Riscos
pode ser entendido como um instrumento de Tecnologia Social. Indica por
meio de croquis a localização das anomalias e é aplicado em parceria com o
morador.” (SOLUÇÕES URBANAS, 2010)

Sobre minhas contribuições durante esta etapa, destaco a importância da postura


comprometida com a condição integral, e não parcial, de compreensão do ser humano. Para
tal, apropriei-me das VDs para atuar não só como agente facilitador da AT, mas também,
buscando o enfrentamento da questão social em sua complexidade. Esta busca pode ser
identificada por minha articulação permanente com as equipes do Programa Médico de
Família – Módulo Vital Brazil e a do Centro de Referência de Assistência Social, criando uma
rede de informação, proteção e promoção de direitos aos moradores da comunidade (p. 11)

Elaboração atividades comunitárias para aquisição de bens (estratégia para realização das obras)
Como os recursos obtidos pelo projeto Arquiteto de Família eram limitados à remuneração de
profissionais, o financiamento das obras para realização das melhorias propostas ficou a cargo dos
moradores. Assim, ao término da entrega dos projetos para os moradores, a questão que toda equipe se
colocava era: a AT se encerraria com a entrega do projeto de reforma? (p. 11)
Em termos quantitativos, pode-se afirmar que entre 2010 e 2011 apenas 6 famílias, das 100 atendidas,
conseguiram executar parcialmente as melhorias propostas. Acredito que a superação deste entrave
possa ter sido minha maior contribuição, especialmente, para os moradores.
Diante deste cenário, em 2012, apresentei à equipe e aos moradores a ideia de uma Feira de Trocas,
baseada em Economia Solidária, que deveria ser construída coletivamente, a começar por seu
Regulamento [...] (p. 12).
Assim, a Feira de Trocas Solidárias foi criada para que os beneficiários do projeto pudessem acessar,
com uso de moeda comunitária, materiais de construção necessários à execução das obras propostas.
Estes materiais de construção eram provenientes de doações institucionais (demarca de lojas) e de
pessoas físicas (excedente de obras particulares) [...] Por fim, sobre a periodicidade da Feira, esta
variava de acordo com a quantidade de doações de material de construção, podendo ser mensal ou
bimensal (p. 12).
De 2012 a 2015, ocorreram 33 edições da Feira de Trocas Solidárias, onde foram contempladas com
insumos para obras e receberam orientações técnicas aproximadamente 60 famílias.
Consequentemente, foi retirado do meio ambiente um total de 176.212 embalagens longa vida pós-
consumo (mais de 3,5 toneladas), além da utilização de um volume importante de mercadorias que
seriam destinadas ao lixo (p. 13).

Considerações finais
[...] a abordagem técnica-operativa e o embasamento teórico-metodológico favorecem uma percepção
da integralidade dos moradores assistidos, de modo a estimular a emancipação destes sujeitos, o acesso
aos seus direitos e o engajamento político por meio do incentivo à participação popular (p. 13).

Plano Estratégico de Implementação da Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social


CAU/SC, 2018. Produto III, Plano de Implementação.

a emissão do Laudo de Análise Social Urbana e Ambiental, proposto para as ações de ATHIS, poderia ser
um documento de controle e fiscalização importante sobre este grupo de agentes [...] Um arranjo
interessante a ser proposto é para as ações de assistência técnica para a promoção da justiça e inclusão
social nas cidades (p. 45).

4.1. Princípios e Diretrizes do Plano de Implementação (p. 49)

Os princípios que regem o PEI-ATHIS são aqueles estabelecidos pela Constituição Federal, pela Política
Nacional de Habitação, pelo Estatuto da Cidade e pela Lei 11.888/2008:
 O direito universal à moradia digna, com qualidade e sustentabilidade e como vetor de inclusão social
das famílias de baixa renda;
 A gestão democrática, integrada e sustentável da política habitacional com participação, transparência
e permanência das ações;
 A promoção da função social da cidade e da propriedade para a ampliação do acesso à terra
urbanizada;  A compatibilidade e integração das políticas habitacional, urbana ambiental, de
mobilidade urbana e de inclusão social;

A cooperação entre agentes público e privado e a corresponsabilidade das três esferas governamentais
– Município, Estado e União, no atendimento ao quadro das necessidades habitacionais;
 Acesso à moradia digna e sustentável do ponto de vista urbano e ambiental e como estratégia de
promoção do desenvolvimento social e de fixação da população urbana e rural nos municípios.
 A universalização do acesso aos serviços de arquitetura e urbanismo.
Além dos princípios elencados, o PEI-ATHIS dialoga com os objetivos da Lei 11.888/2008 descritos
abaixo:
 Promover o acesso aos serviços técnicos de arquitetura, urbanismo e engenharia para as populações
de baixa renda de forma subsidiada;
 Contribuir para a permanência das famílias em seus territórios a partir da qualificação da sua moradia
dentro dos princípios de habitabilidade;
 Valorizar o projeto como ferramenta técnica necessária para a solução de problemas físico-territoriais
e como etapa independente e fundamental que antecede a execução da obra;

4.2 Os Objetivos Estratégicos do PEI-ATHIS (p. 50)


Objetivos Estratégicos
(A) Fomentar a ATHIS enquanto política pública;
(B) Apoiar profissionais liberais, escritórios que tem interesse em atuar com ATHIS;
(C) Fomentar a ATHIS como ferramenta para a promoção da justiça e inclusão social nas cidades
São desafios para a implementação da ATHIS: (p. 51)
 Promover a ATHIS como um serviço técnico necessário para mediar os conflitos territoriais
inerentes às cidades brasileiras;
 Reconhecer todas as atribuições do arquiteto urbanista como ações da ATHIS;
 Reconhecer que as populações de baixa renda demandam por uma assistência técnica, que é
complexa e envolve a leitura e a ação de outras disciplinas que não só a arquitetura urbanismo
e a engenharia;

(D) Promover uma cultura profissional e social de ATHIS


São desafios para a implementação da ATHIS:
 Promover uma articulação entre os agentes (poder público, iniciativa privada, ONGs,
universidades e entidades de arquitetura) para o atendimento da demanda prioritária de ATHIS
que são as famílias de baixa renda;
 Desconstruir a ATHIS como prática assistencialista;

Após o mapeamento, foram discutidas ações para sensibilização e conscientização sobre o risco destas
áreas, e criadas diretrizes para enfrentamento deste problema junto com os moradores e a prefeitura.
Reivindicações de mais equipamentos públicos para o armazenamento de lixo, conscientização do
horário para depósito do lixo pelos moradores, a importância da separação do lixo seco, para a
diminuição do volume de lixo úmido, entre outras ações, foram pensadas como medidas a serem
realizadas (p. 119)
[...] o arquiteto deve reconhecer o cidadão comum não como usuário passivo, mas como produtor da
cidade. Além disso, aspectos fundamentais como horizontalidade, autonomia, colaboração, crítica e
participação se tornam importantes conceitos aderentes a este outro possível profissional urbano (p.
125).

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