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Unidade 2
Unidade 2
Material Teórico
Potencial Elétrico
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Potencial Elétrico
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Compreender as teorias ao cálculo do potencial elétrico e explorar o significado
físico dessa grandeza física;
• Conhecer as grandezas que originam o potencial, tais como energia potencial
e trabalho.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Potencial Elétrico
Com mais precisão, o trabalho realizado pela força elétrica está associado à
energia potencial elétrica. À energia elétrica potencial associa-se o próprio po-
tencial elétrico, ou como o chamamos comumente, potencial, ou ainda voltagem
ou tensão. O deslocamento de elétrons ordenados, ou seja, da corrente elétrica,
é possível apenas quando na presença de potencial elétrico – mais precisamente,
com diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Começaremos, então, com
o conceito de trabalho – para tanto, observe a seguinte Figura:
Figura 1
Fonte: Young e Freedman, 2012
É relativa ao trabalho realizado sobre uma carga para ser deslocada de um pon-
to a até o ponto b em um campo elétrico uniforme. O trabalho não depende da
trajetória que a carga descreverá, mas somente dos pontos inicial e final, ou seja, a
força elétrica é uma força conservativa.
τa→b = Ua – Ub
8
Onde τa→b é o trabalho para o deslocamento dessa fórmula, Ua é a energia po-
tencial da partícula no ponto a, assim como Ub é a energia potencial no ponto b.
Podemos reescrever tal equação como:
τa→b = – (Ua – Ub )
Pensando ainda nas forças conservativas, podemos dizer que a variação da ener-
gia cinética da partícula é igual ao trabalho que foi realizado sobre a qual – teorema
trabalho-energia. Assim:
τa→b = ∆K = Ka – Kb
– (Ub – Ua) = Kb – Ka
∴ Ua + Ka = Ub + Kb
Repare que a última equação afirma que a energia total – a somatória das ener-
gias potencial e cinética – é a mesma nos pontos a e b.
Podemos considerar ainda essa situação ilustrada para transportar a carga teste
q0 de um ponto a até um ponto b e escrever equações individuais para a energia
potencial U de duas cargas puntiformes, por exemplo:
τa→b = F . b = U
Onde F é a força elétrica de atração entre a carga teste e a carga oposta loca-
lizada na placa, enquanto d é o deslocamento realizado por q0. Logo, para duas
cargas puntiformes temos:
q0 q
U k
d
9
9
UNIDADE Potencial Elétrico
e massa 6,64 . 10–27 kg. A partícula a possui massa cerca de 7.000 vezes maior
que a do pósitron, de modo que consideraremos a partícula a em repouso em
algum sistema de referência inercial. Quando o pósitron está a uma distância
igual a 1,00 . 1010 m, afasta-se dessa partícula com uma velocidade igual a
3,00 . 106 m/s. Portanto:
a) Qual é a velocidade do pósitron quando está a uma distância de 2,00.10–10
da partícula a?
b) Qual é a velocidade do pósitron quando está a uma distância significati-
vamente grande da partícula a?
c) Qual seria a alteração da situação supondo que a partícula que se des-
loca fosse, em vez de um pósitron, um elétron – de mesma massa do
pósitron, mas de carga q0 = – e?
q0 q mv A 2 q0 q mvB 2
k k
dA 2 dB 2
3, 00 106
31 2
1, 60 1019 3, 20 1019 9,11 10
9 109
1, 00 1010 2
19
1, 6 10 3, 20 10 19
9,11 1031 vB 2
9 109
2, 00 1010 2
q0 q mv A 2 q0 q mvC 2
k k
dA 2 dC 2
10
Repare que o terceiro termo, onde a distância é relativa ao ponto C, tende a
zero; logo, a equação será:
3, 00 106
31 2
1, 60 1019 3, 20 1019 9,11 10 9,11 1031 vC 2
9 109
1, 00 1010 2 2
E a solução:
vc = 4,37 . 106 m/s
A energia potencial elétrica também pode ser considerada para n cargas punti-
formes em um mesmo sistema, associadas à carga de teste q0. A energia total será
a somatória das energias de interação dessas cargas com a carga teste, por meio
de uma equação do seguinte tipo:
q q q q
U k q0 1 2 3 n
d1 d 2 d3 dn
No entanto, deve-se considerar que existe uma interação relativa a cargas di-
ferentes entre si, tais como e q1 e q2, q1 e q3 e assim por diante, ou seja, qi e qj.
O resultado da energia potencial será desta forma:
qi q j
U k
i j dij
Qual é a energia necessária para montar um núcleo atômico contendo três pró-
tons (como Li) se o modelarmos como um triângulo equilátero de lado 2,00 . 10–15 m,
com um próton em cada vértice? Suponha que os prótons tenham partido de uma
distância significativamente grande.
11
11
UNIDADE Potencial Elétrico
qi q j
UB k
i j dij
q q q q q q
UB k 1 2 1 3 2 3
d12 d13 d 23
Logo:
1, 602 10 19 1, 602 10 19
1,602 10 19 1,602 10 19
UB 9 109
2, 00 10 15 2, 00 10 15
1, 602 10 19 1, 602 10 19
UB 3, 46 10 13
J
2, 00 10 15
Potencial Elétrico
Para definir o conceito de potencial elétrico, podemos fazer uma analogia ao
campo elétrico, este que pode ser “percebido” quando houver força de interação
entre duas partículas; ou seja, caso exista uma partícula para teste, o campo elétri-
co será a razão entre a força elétrica e a unidade daquela carga.
O potencial elétrico, que doravante representaremos por V, pode ser obtido por
meio da relação entre a energia potencial elétrica U por uma unidade de carga – a
carga teste. Assim, teremos a seguinte relação:
U
V=
q0
Ou ainda:
U = q0 . V
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J
V V volt
C
Pois:
a) Para resolver podemos utilizar
b
Va Vb E dl
a
Va Vb Ed
4, 98 16, 2 d
4, 98
d d 0, 307 m
16, 2
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13
UNIDADE Potencial Elétrico
q q
V k 4, 98 9 109 q 0,170nC
d 0, 307
n
qn
V k
i dn
b b
a b F dl q0 E dl
a a
Note que, então utilizando a notação vetorial, poderemos ocultar o ponto (.)
relativo à operação produto, a fim de mostrá-lo na operação produto escalar.
A diferença de potencial Vab será:
b b
Vab E dl E cos dl
a a
b
Vab E dl
a
Explor
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Elétron-Volt
Quando se tratam de energias internucleares, a ordem de grandeza desses va-
lores é baixa, sendo comum utilizarmos outra unidade de medida que não o Joule.
Enquanto unidade, o elétron-volt é conhecido como a energia necessária para mo-
ver uma partícula de carga em um potencial de 1 V, de modo que podemos utilizar
a equação relativa à energia potencial elétrica, ou seja:
a b U a U b q0Vab
U a U b 1, 602 1019 C 1V 1, 602 1019 J
Significa que:
F = qE
F = 1,602 . 10–19 . 1,5 .107 ∴ F = 2,4 . 10–12 N
τa→b = F . d
τa→b = 2,4 . 10 –12
. 0,50 ∴ τa→b = 1,2 . 10–12 J
1,602 . 10–19J – 1 eV
1,2 . 10–12 – x
∴x = 7,5 MeV
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15
UNIDADE Potencial Elétrico
a b 1, 2 1012
Va Vb Va Vb 7, 5MV
q0 1, 602 1019
Figura 2
Fonte: Young e Freedman, 2012
Para solucionar, observe que o potencial em cada ponto será igual à soma dos
potenciais devido às duas cargas; assim:
n
qn 12 109 12 109
Va k Va 9 109 2
2
Va 9, 0 102 V
1 dn 6, 0 10 4 10
n
qn 12 109 12 109
Vb k Vb 9 109 Vb 1, 9kV
1 dn 4, 0 10
2
14 102
n
qn 12 109 12 109
Vc k Vc 9 109 Vc 0
1 dn 13, 0 10
2
13, 0 102
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Gradiente do Potencial
Vimos que o potencial elétrico é uma grandeza física que se relaciona com di-
versas outras, tais como a energia potencial elétrica, o trabalho da força elétrica,
a própria força elétrica e por último – mas não menos relevante – o campo elétri-
co. Em tais pontos calculamos o potencial elétrico a partir de um campo elétrico
uniforme – um campo constante, uniforme em todos os pontos de uma direção,
e nulo em outra direção. No entanto, nem sempre o campo E é uniforme, mas
se alguns pontos forem conhecidos, poderemos obter o valor do potencial, com a
seguinte equação – já vista:
b
Va Vb E dl
a
Ou:
a b
Va Vb dV dV
b a
As duas integrais devem ter o mesmo valor para qualquer intervalo de limites a
e b; então:
dV E . dl
O campo elétrico será dado pelas derivadas parciais do potencial – visto que é
escalar –, da seguinte maneira:
∂V ˆ ∂V ˆ ∂V
E= − i+ j+ kˆ
∂x ∂y ∂z
Com essa equação, podemos afirmar que o campo elétrico E é o gradiente da
função potencial elétrico; ou seja:
E V
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UNIDADE Potencial Elétrico
Resolução:
a) Para calcularmos os componentes do campo elétrico, devemos recorrer
ao gradiente do potencial:
∂V ˆ ∂V ˆ ∂V ˆ
E = − ∇V = − i+ j+ k
∂x ∂x ∂x
E= − ( Ay − 2 Bx ) iˆ + ( Ax + C ) ˆj
C
x
A
E:
2 BC
y
A2
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Física conceitual
HEWITT, P. G. Física conceitual. 9. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2002.
Física Moderna
TIPLER, P. A.; LLEWELLYN, R. A. Física Moderna. 3. ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos, 2001.
Vídeos
Potencial elétrico
https://youtu.be/I_JNumvAr4I
Leitura
Potencial elétrico
https://goo.gl/VTQ9FS
Energia potencial elétrica
https://goo.gl/gZSJkT
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UNIDADE Potencial Elétrico
Referências
HEWITT, P. G. Física conceitual. 9. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2002.
______. Física III: eletromagnetismo. v. 3. 12. ed. São Paulo: Addison-Wesley, 2012.
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