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Eletromagnetismo

Material Teórico
Potencial Elétrico

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Dr.ª Claudia Barros dos Santos Demori

Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Potencial Elétrico

• Energia Potencial Elétrica e Trabalho;


• Potencial Elétrico;
• Elétron-Volt;
• Gradiente do Potencial.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Compreender as teorias ao cálculo do potencial elétrico e explorar o significado
físico dessa grandeza física;
• Conhecer as grandezas que originam o potencial, tais como energia potencial
e trabalho.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Potencial Elétrico

Energia Potencial Elétrica e Trabalho


Pode-se dizer que ao deslocar uma carga de um ponto a outro, na presença
de campo elétrico, a força elétrica realiza trabalho sobre essa carga. Assim como
associamos o trabalho à energia na mecânica, podemos relacionar o deslocamento
de cargas ao trabalho e, como consequência, à energia elétrica.

Com mais precisão, o trabalho realizado pela força elétrica está associado à
energia potencial elétrica. À energia elétrica potencial associa-se o próprio po-
tencial elétrico, ou como o chamamos comumente, potencial, ou ainda voltagem
ou tensão. O deslocamento de elétrons ordenados, ou seja, da corrente elétrica,
é possível apenas quando na presença de potencial elétrico – mais precisamente,
com diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Começaremos, então, com
o conceito de trabalho – para tanto, observe a seguinte Figura:

Figura 1
Fonte: Young e Freedman, 2012

É relativa ao trabalho realizado sobre uma carga para ser deslocada de um pon-
to a até o ponto b em um campo elétrico uniforme. O trabalho não depende da
trajetória que a carga descreverá, mas somente dos pontos inicial e final, ou seja, a
força elétrica é uma força conservativa.

Dizemos que são forças conservativas, aquelas capazes de converter energia


cinética em energia potencial e realizar a conversão inversa – energia potencial em
energia cinética. Dessa maneira, podemos escrever a seguinte equação para o tra-
balho realizado pela força elétrica para deslocar a partícula do ponto a ao ponto b:

τa→b = Ua – Ub

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Onde τa→b é o trabalho para o deslocamento dessa fórmula, Ua é a energia po-
tencial da partícula no ponto a, assim como Ub é a energia potencial no ponto b.
Podemos reescrever tal equação como:

τa→b = – (Ua – Ub )

Ou seja, o trabalho é igual a variação de energia potencial sofrida pela partícula,


com o sinal negativo, visto que quando Ua é maior que Ub, a variação de energia é
negativa, ou seja, a energia potencial diminui.

Pensando ainda nas forças conservativas, podemos dizer que a variação da ener-
gia cinética da partícula é igual ao trabalho que foi realizado sobre a qual – teorema
trabalho-energia. Assim:

τa→b = ∆K = Ka – Kb

Onde Ka e Ka correspondem à energia cinética das partículas nos pontos a e b,


respectivamente. Logo, poderemos reafirmar o princípio de conservação da ener-
gia rearranjando as últimas equações para as seguintes:

– (Ub – Ua) = Kb – Ka
∴ Ua + Ka = Ub + Kb

Repare que a última equação afirma que a energia total – a somatória das ener-
gias potencial e cinética – é a mesma nos pontos a e b.

Podemos considerar ainda essa situação ilustrada para transportar a carga teste
q0 de um ponto a até um ponto b e escrever equações individuais para a energia
potencial U de duas cargas puntiformes, por exemplo:

τa→b = F . b = U

Onde F é a força elétrica de atração entre a carga teste e a carga oposta loca-
lizada na placa, enquanto d é o deslocamento realizado por q0. Logo, para duas
cargas puntiformes temos:

q0  q
U k
d

A unidade de medida à energia potencial elétrica, assim como ao trabalho é o


joule (J).
• Exemplo 1 – recorreremos ao seguinte exemplo, o qual utilizado por Young e
colaboradores na obra de Young e Freedman (2016):

Um pósitron – a antipartícula do elétron – possui massa igual a 9,11 . 10–31kg


e carga q0 = +e = 1,6 . 10–19 C. Suponha que um pósitron esteja se movendo nas
vizinhanças de uma partícula alfa (a), que possui carga q0 = + 2 e = 3,20 . 10–19 C

9
9
UNIDADE Potencial Elétrico

e massa 6,64 . 10–27 kg. A partícula a possui massa cerca de 7.000 vezes maior
que a do pósitron, de modo que consideraremos a partícula a em repouso em
algum sistema de referência inercial. Quando o pósitron está a uma distância
igual a 1,00 . 1010 m, afasta-se dessa partícula com uma velocidade igual a
3,00 . 106 m/s. Portanto:
a) Qual é a velocidade do pósitron quando está a uma distância de 2,00.10–10
da partícula a?
b) Qual é a velocidade do pósitron quando está a uma distância significati-
vamente grande da partícula a?
c) Qual seria a alteração da situação supondo que a partícula que se des-
loca fosse, em vez de um pósitron, um elétron – de mesma massa do
pósitron, mas de carga q0 = – e?

A primeira observação que podemos fazer é que se a força de interação entre


essas duas partículas é conservativa, a energia total se conserva; portanto:
a) Ua + Ka = Ub + Kb

Logo, podemos detalhar essa relação como:

q0  q mv A 2 q0  q mvB 2
k  k 
dA 2 dB 2

Observe que nessa equação os índices A e B representam duas posições dife-


rentes da partícula que se move – pósitron – em relação àquela considerada parada
– partícula alfa. Outro fator que deve ser observado, tais velocidades são relativas à
partícula que se move, já que a outra está em repouso. Assim, podemos continuar
a equação da seguinte maneira:

  3, 00 106 
31 2
1, 60 1019  3, 20 1019 9,11 10
9 109

1, 00 1010 2
19
1, 6 10  3, 20 10 19
9,11 1031 vB 2
 9 109 
2, 00 1010 2

Ao resolvermos essa equação, temos:

Vb = 3,75 . 106 m/s

b) Consideraremos a distância significativamente grande a que o exercício


se refere a um ponto C → ∞ no espaço, onde o princípio de conserva-
ção da energia continua válido; logo:

q0  q mv A 2 q0  q mvC 2
k  k 
dA 2 dC 2

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Repare que o terceiro termo, onde a distância é relativa ao ponto C, tende a
zero; logo, a equação será:

  3, 00 106 
31 2
1, 60 1019  3, 20 1019 9,11 10 9,11 1031 vC 2
9 109  
1, 00 1010 2 2

E a solução:
vc = 4,37 . 106 m/s

c) Para um elétron, a carga q0 = –e = 1,6 . 10–19 C tem sinal invertido, de


modo que o problema deve ser reconsiderado.

A energia potencial elétrica também pode ser considerada para n cargas punti-
formes em um mesmo sistema, associadas à carga de teste q0. A energia total será
a somatória das energias de interação dessas cargas com a carga teste, por meio
de uma equação do seguinte tipo:

q q q q 
U  k  q0   1  2  3    n 
 d1 d 2 d3 dn 

No entanto, deve-se considerar que existe uma interação relativa a cargas di-
ferentes entre si, tais como e q1 e q2, q1 e q3 e assim por diante, ou seja, qi e qj.
O resultado da energia potencial será desta forma:

qi q j
U  k
i j dij

Onde i e j são pares de cargas distintas entre si.


• Exemplo 2 – recorreremos a mais um exemplo utilizado por Young e colabo-
radores na obra de Young e Freedman (2016):

Qual é a energia necessária para montar um núcleo atômico contendo três pró-
tons (como Li) se o modelarmos como um triângulo equilátero de lado 2,00 . 10–15 m,
com um próton em cada vértice? Suponha que os prótons tenham partido de uma
distância significativamente grande.

É fortemente aconselhável que o estudante desenhe, faça um rascunho de


suas hipóteses.

Para organizar a nossa solução, consideraremos que a posição inicial – aqui


chamada de A – é um ponto muito distante, de onde as partículas partirão do re-
pouso. Nesse ponto, devido ao repouso, podemos dizer que a energia cinética do
conjunto KA é nula, assim como a energia potencial, visto que as partículas estão a
uma distância significativamente grande uma da outra; então: UA = 0.

Consideraremos que o ponto onde será montado o núcleo corresponderá ao


B. No entanto, quando nesse ponto os três prótons estiverem novamente em re-

11
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UNIDADE Potencial Elétrico

pouso, a energia cinética corresponderá a Kb = 0. Agora, na posição B pode-se


quantificar as distâncias entre os três prótons, portanto, terão a energia potencial
elétrica resultante da interação entre si. Logo:

qi q j
UB  k
i j dij

Onde faremos a interação entre cada um dos prótons – considere os prótons 1,


2 e 3 –, a equação relativa à energia potencial na posição B será:

q q q q q q 
UB  k  1 2  1 3  2 3 
 d12 d13 d 23 

Logo:

1, 602 10 19 1, 602 10 19
1,602 10 19 1,602 10 19
UB 9 109
2, 00 10 15 2, 00 10 15

1, 602 10 19 1, 602 10 19
UB 3, 46 10 13
J
2, 00 10 15

Perceba se tratar de um pequeno valor de energia, de modo que a seguir con-


sideraremos uma nova unidade energética para energias nucleares, o elétron-volt.

Potencial Elétrico
Para definir o conceito de potencial elétrico, podemos fazer uma analogia ao
campo elétrico, este que pode ser “percebido” quando houver força de interação
entre duas partículas; ou seja, caso exista uma partícula para teste, o campo elétri-
co será a razão entre a força elétrica e a unidade daquela carga.

O potencial elétrico, que doravante representaremos por V, pode ser obtido por
meio da relação entre a energia potencial elétrica U por uma unidade de carga – a
carga teste. Assim, teremos a seguinte relação:

U
V=
q0

Ou ainda:

U = q0 . V

Observe que todas as grandezas envolvidas na equação são grandezas físicas


escalares, de modo que podemos escrever a unidade de medida do potencial como:

12
J
V    V  volt 
C

Para compreender as relações que envolvem o potencial, relembremos o con-


ceito de trabalho para deslocar uma carga de um ponto a até um ponto b; se escre-
vermos essa relação por unidade de carga, teremos:
 a b U a  U b
  Va  Vb  Vab
q0 q0

No geral, Va b é conhecida como diferença de potencial (ddp) entre dois pontos,


podendo ser relatada também como tensão ou voltagem.

Em resumo, o potencial elétrico pode ser definido como a energia potencial em


determinado ponto, associada a uma unidade de carga. No entanto, não é neces-
sário que haja carga em determinado ponto para que ali exista potencial.
Explor

Veja mais informações em: https://goo.gl/VTQ9FS

Para calcular o potencial elétrico em um ponto, podemos utilizar a relação entre


a energia potencial elétrica e uma carga teste q0. Assim:
q
V =k
d

Onde é o valor de uma carga puntiforme e é a distância da carga ao ponto onde


se deseja calcular o potencial.
• Exemplo 3 – retirado de Young e Freedman (2016):

A certa distância de uma carga puntiforme, o potencial e módulo do campo


elétrico são, respectivamente, 4,98 V e 16,2 V/m (considere V = 0 no infinito).
a) Qual é o valor dessa distância?
b) Qual é o módulo da carga elétrica?

Pois:
a) Para resolver podemos utilizar

b  
Va  Vb   E  dl
a

Va  Vb  Ed
4, 98  16, 2  d
4, 98
 d  d  0, 307 m
16, 2

b) Já que se refere a uma carga puntiforme, utilizaremos:

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UNIDADE Potencial Elétrico

q q
V k  4, 98  9 109   q  0,170nC
d 0, 307

Ou ainda, o potencial elétrico relativo a um conjunto de cargas puntiformes:

n
qn
V  k
i dn

No entanto, como explicar o fato de não ser necessário haver carga em um


ponto para que nestes haja potencial?

Para responder a essa pergunta – e para melhor compreendermos a magnitude


física do potencial elétrico – é extremamente útil escrevermos as definições e equa-
ções em torno do potencial com o uso do cálculo integral e diferencial. Podemos
começar com a equação do trabalho para transportar uma carga de um ponto a
até um ponto b:

b   b  
 a b   F  dl   q0 E  dl
a a

Note que, então utilizando a notação vetorial, poderemos ocultar o ponto (.)
relativo à operação produto, a fim de mostrá-lo na operação produto escalar.
A diferença de potencial Vab será:

b   b
Vab   E  dl   E cos  dl
a a

Onde θ é o ângulo entre o campo elétrico E e o deslocamento dl.

Uma boa observação é que se o trabalho para deslocar a carga de um ponto a


outro não depende da trajetória, a diferença de potencial também não dependerá.
Outro fator comum sobre a análise do potencial corresponde aos limites de inte-
gração da última equação. Caso seja necessário inverter os limites, deve-se inverter
o sinal da integral, assim:

b  
Vab    E  dl
a
Explor

Aula de Potencial Elétrico Parte 1, disponível em: https://youtu.be/I_JNumvAr4I

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Elétron-Volt
Quando se tratam de energias internucleares, a ordem de grandeza desses va-
lores é baixa, sendo comum utilizarmos outra unidade de medida que não o Joule.
Enquanto unidade, o elétron-volt é conhecido como a energia necessária para mo-
ver uma partícula de carga em um potencial de 1 V, de modo que podemos utilizar
a equação relativa à energia potencial elétrica, ou seja:

 a b  U a  U b  q0Vab
U a  U b  1, 602 1019 C  1V   1, 602 1019 J

Significa que:

1eV  1, 602 1019 J

• Exemplo 4 – proposto por Young e colaboradores na obra de Young e Free-


dman (2016):

Um próton (carga +e = 1.602 . 10–19 C) percorre uma distância d = 0,50m ao


longo da linha reta de um ponto a até um ponto b no interior de um acelerador li-
near. Considerando que o campo elétrico é uniforme ao longo dessa linha e possui
v
módulo E  1, 5 107  1, 5 107 N / C no sentido de a para b, determine:
m
a) A força sobre o próton;
b) O trabalho realizado pelo campo elétrico sobre o próton;
c) A diferença de potencial Va – Vb

Recorreremos a quase todas as teorias que estudamos até agora, com:


a) A força elétrica, além de ser proporcional ao campo elétrico, tem a sua
direção e o seu sentido, ou ainda, o seu módulo:

F = qE
F = 1,602 . 10–19 . 1,5 .107 ∴ F = 2,4 . 10–12 N

b) Considerando o conceito de trabalho:

τa→b = F . d
τa→b = 2,4 . 10 –12
. 0,50 ∴ τa→b = 1,2 . 10–12 J

Se escrevermos essa energia em eV, teremos:

1,602 . 10–19J – 1 eV
1,2 . 10–12 – x
∴x = 7,5 MeV

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UNIDADE Potencial Elétrico

c) Para calcular a diferença de potencial, podemos considerar a relação


entre ddp e trabalho; assim:

 a b 1, 2 1012
 Va  Vb   Va  Vb  7, 5MV
q0 1, 602 1019

O próximo exemplo, retirado de Young e Freedman (2016) serve para calcular


o potencial relativo a duas ou mais cargas pontuais em um ponto P qualquer.
• Exemplo 5 – Um dipolo elétrico é constituído por duas cargas puntiformes e
q1 = +12 nC e q2 = –12 nC, sendo a distância entre as quais igual a 10 cm,
conforme mostra a figura 2:

Figura 2
Fonte: Young e Freedman, 2012

Assim, calcule os potenciais nos pontos a, b e c.

Para solucionar, observe que o potencial em cada ponto será igual à soma dos
potenciais devido às duas cargas; assim:

n
qn  12 109 12 109 
Va  k   Va  9 109   2
 2 
 Va  9, 0 102 V
1 dn  6, 0 10 4 10 
n
qn  12 109 12 109 
Vb  k   Vb  9 109     Vb  1, 9kV
1 dn  4, 0 10
2
14 102 
n
qn  12 109 12 109 
Vc  k   Vc  9 109     Vc  0
1 dn 13, 0 10
2
13, 0 102 

Você Sabia? Importante!

Que dipolos elétricos são especialmente importantes na natureza e Engenharia?


Veja mais em: https://goo.gl/VWnuG6

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Gradiente do Potencial
Vimos que o potencial elétrico é uma grandeza física que se relaciona com di-
versas outras, tais como a energia potencial elétrica, o trabalho da força elétrica,
a própria força elétrica e por último – mas não menos relevante – o campo elétri-
co. Em tais pontos calculamos o potencial elétrico a partir de um campo elétrico
uniforme – um campo constante, uniforme em todos os pontos  de uma direção,
e nulo em outra direção. No entanto, nem sempre o campo E é uniforme, mas
se alguns pontos forem conhecidos, poderemos obter o valor do potencial, com a
seguinte equação – já vista:

b  
Va  Vb   E  dl
a

Ou:

a b
Va  Vb   dV    dV
b a

As duas integrais devem ter o mesmo valor para qualquer intervalo de limites a
e b; então:
 
dV  E . dl

E considerando os componentes para os respectivos potencial e campo elétri-


co, teremos:

–dV = Exdx + Eydy + Ezdz

O campo elétrico será dado pelas derivadas parciais do potencial – visto que é
escalar –, da seguinte maneira:

  ∂V ˆ ∂V ˆ ∂V 
E= − i+ j+ kˆ 
 ∂x ∂y ∂z 

Com essa equação, podemos afirmar que o campo elétrico E é o gradiente da
função potencial elétrico; ou seja:
 
E  V

• Exemplo 6 – retirado de Young e Freedman (2016):

Em certa região do espaço, o potencial elétrico é dado pela relação V (x, y, z) =


Axy – Bx2 + Cy; assim:
a) Calcule os componentes x, y e z do campo elétrico;
b) Em quais pontos o campo elétrico é igual a zero?

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UNIDADE Potencial Elétrico

Resolução:
a) Para calcularmos os componentes do campo elétrico, devemos recorrer
ao gradiente do potencial:

   ∂V ˆ ∂V ˆ ∂V ˆ 
E = − ∇V = −  i+ j+ k
 ∂x ∂x ∂x 

E= − ( Ay − 2 Bx ) iˆ + ( Ax + C ) ˆj 

b) Para que o campo elétrico seja nulo, as suas componentes vetoriais


devem ser nulas; logo, para as coordenadas com:

C
x
A

E:

2 BC
y
A2

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Física conceitual
HEWITT, P. G. Física conceitual. 9. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2002.
Física Moderna
TIPLER, P. A.; LLEWELLYN, R. A. Física Moderna. 3. ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos, 2001.

Vídeos
Potencial elétrico
https://youtu.be/I_JNumvAr4I

Leitura
Potencial elétrico
https://goo.gl/VTQ9FS
Energia potencial elétrica
https://goo.gl/gZSJkT

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UNIDADE Potencial Elétrico

Referências
HEWITT, P. G. Física conceitual. 9. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2002.

TIPLER, P. A.; LLEWELLYN, R. A. Física Moderna. 3. ed. Rio de Janeiro: Livros


Técnicos e Científicos, 2001.

YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física III: eletromagnetismo. v. 3. 14. ed.


São Paulo: Addison-Wesley, 2016.

______. Física III: eletromagnetismo. v. 3. 12. ed. São Paulo: Addison-Wesley, 2012.

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