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E O NOVO ATAQUE À REMUNERAÇÃO DO(A)

SERVIDOR(A) ESTADUAL

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Reforma Administrativa do Governo Zema e o novo
ataque à remuneração do(a) servidor(a) estadual 1
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REFORMA ADMINISTRATIVA
DO GOVERNO ZEMA
E O NOVO ATAQUE À
REMUNERAÇÃO DO(A)
SERVIDOR(A) ESTADUAL
REFORMA ADMINISTRATIVA DO GOVERNO ZEMA E O
NOVO ATAQUE À REMUNERAÇÃO DO(A)
SERVIDOR(A) ESTADUAL

O Governo Zema vem demonstrando que a valorização do


funcionalismo público estadual não é prioridade. Até o momento, a
maioria dos(as) servidores(as) não receberam reajuste salarial, nem
mesmo a recomposição inflacionária, como determina o Inciso X do art.
37 da Constituição Federal e o art. 24 da Constituição Estadual.
No caso dos(as) trabalhadores(as) em educação da rede pública
estadual mineira, existe a Lei Federal 11.738/08 que regulamenta o
Inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal, estabelecendo o Piso
Salarial Profissional Nacional para os profissionais da educação pública,
com reajustes anuais. No Estado de Minas Gerais, a Lei 21.710/15 e o
art. 201-A da Constituição Estadual também determinam reajustes para
os(as) trabalhadores(as) em educação, na mesma data e percentual do
Piso Nacional da educação, mas, desde 2017, o Governo Estadual não
paga os reajustes determinados pelas referidas legislações. Com isso,
a perda do poder aquisitivo dos(as) trabalhadores(as) em educação da
rede estadual mineira chega a 35%.
Cabe ressaltar que a remuneração do funcionalismo público já
sofreu um primeiro ataque com a Reforma da Previdência realizada pelo
Governo Zema, que alterou as alíquotas de contribuição previdenciária,
reduzindo seu poder aquisitivo em cerca de 2.67%, em média, percen-
tual que representa quanto o(a) servidor(a) público(a) deixará de ter dis-
ponível para sua sobrevivência.
Apesar de ser um percentual aparentemente baixo, isso significa que,
anualmente, todo funcionalismo público estadual mineiro perderá de poder
aquisitivo o valor de R$ 286,8 milhões!
Somente para os(as) trabalhadores(as) em educação a perda anual

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do poder aquisitivo será de R$ 40 milhões! Lembrando que todo esse
montante irá direto para o Governo do Estado, destinatário das contri-
buições previdenciárias.
Como se não bastasse todo esse ataque à remuneração do funciona-
lismo público, a proposta de Reforma Administrativa (PEC 57/20 e PLC 48/20)
do Governo Zema busca retirar ainda mais direitos relativos à remuneração.

O fim do Adicional de Desempenho e do


Prêmio de Produtividade

O Adicional de Desempenho é um adicional à remuneração de-


vido ao desempenho superior a 70% na Avaliação de Desempenho Indi-
vidual, que será extinto com a Reforma Administrativa do Governo Zema
e mantido apenas para aqueles(as) que já o recebem, porém, deixará
de ser um adicional e passará a ser pago a título de vantagem pessoal.
Essa alteração incide diretamente sobre o valor da contribuição previ-
denciária mensal do(a) servidor(a), uma vez que o adicional de desem-
penho faz parte da base de contribuição previdenciária, no entanto, a
vantagem de pessoal não! Ou seja, com a alteração pretendida, além
de retirar o Adicional de Desempenho para quem ainda não o recebe,
impõe consequências para aqueles(as) servidores(as) que já o recebem,
já que implicará num menor valor da contribuição para a Previdência e,
consequentemente, num menor valor do benefício de aposentadoria ou
pensão a ser concedido no futuro.
Inicialmente cabe informar que, em 2020, os(as) trabalhado-
res(as) em educação não receberam o Adicional de Desempenho, no en-
tanto, foi pago pelo Governo, à título deste mesmo adicional, um total
de R$ 179,7 milhões aos servidores públicos civis e R$ 316,9 milhões aos
servidores públicos militares, totalizando R$ 496,7 milhões referentes ao
adicional de desempenho a estes, num processo de exclusão da Educa-

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ção. Ou seja, para os próximos anos, esse adicional à remuneração não
será mais pago a ninguém.
O Prêmio de Produtividade era um bônus pago aos servidores
que obtiveram resultado satisfatório na Avaliação de Desempenho
Institucional, regulamentado pela Lei Estadual n.º 17.600/08. Mas, em
2016, a Lei Estadual n.º 22.257 revogou o prêmio de produtividade, que
não é mais pago pelo Governo do Estado.
O Prêmio por Produtividade era considerado um décimo
quarto salário, mas que estava condicionado a existência de recursos
orçamentários por parte do Estado para que o servidor pudesse fazer jus.
Ele foi revogado em 2016 por meio da Lei 22.257. A Constituição Estadual
prevê a possibilidade de instituição de prêmio por produtividade e, a
Reforma Administrativa, com a PEC 57/2020, ao retirar esse dispositivo da
Constituição impossibilita que seja estipulado novamente novo Prêmio
por Produtividade, já que não estará mais na Constituição Estadual e,
portanto, não poderá ser instituído somente por lei.
A proposta, por meio do PLC 48/20, também acaba com
os adicionais por tempo de serviço ao servidor que seja detentor,
exclusivamente, de cargo em comissão declarado de livre nomeação e
exoneração.
A PEC 57/20 acaba com o adicional por tempo de serviço e que
trata de promoção e progressão na carreira dos servidores civis.
O PLC 48/20 impede que os acréscimos pecuniários que o
servidor público venha a receber em seus vencimentos possam compor
a base de cálculo para fins de eventual reajuste salarial.
Também no PLC 48/20 está o fim da incorporação da
gratificação em cargo de provimento em comissão e gratificação pelo
exercício da função gratificada, como é o caso de diretor, vice-diretor,
secretário e coordenador de escola, nos vencimentos do servidor,
independentemente do tempo em que ele fique no cargo ou na função.

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O fim do Adicional de Valorização da
Educação Básica - Adveb

Instituído pela Lei Estadual n.º 21.710/15 e, em 2017, incluída


na Constituição Estadual pela EC n. 95, o Adveb é um adicional de 5%
sobre o vencimento base, pago mensalmente aos trabalhadores e
trabalhadores da Educação Básica Estadual Mineira, a cada cinco anos
de efetivo exercício, contados a partir de 1º de janeiro de 2012.
O Adveb, fruto da luta dos trabalhadores e das trabalhadoras em
educação, teve como um dos propósitos corrigir distorções históricas na
carreira da educação, principalmente, devido à falta de reajustes salariais
(foram concedidos apenas oito reajustes nos últimos 25 anos) e pelos
prejuízos impostos pelo subsídio, dentre outros.
A Proposta de Reforma Administrativa do Governo Zema
extinguirá o Adveb e, além disso, só será garantido este adicional
àqueles(as) que já o tiveram incorporado ao vencimento base. Ou seja,
perderão o direito ao Adveb: o(a) servidor(a) que o adicional já tiver sido
publicado no Diário Oficial do Estado e ainda não estiver sido incorporado
ao salário; o(a) servidor(a) que esteja faltando pouco tempo de efetivo
exercício para adquirir o direito ao adicional, ou ainda, o servidor que já
tenha adquirido o direito, mas que ainda não tenha sido publicado o ato
de concessão, o que impede o seu pagamento.
A extinção do Adveb é mais um ataque aos trabalhadores em
educação, que já possuem a pior remuneração média do Estado e ainda
lhes serão retirados um acréscimo de 5% a cada 5 anos!

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Adveb em números

Atualmente, 54.825 trabalhadores(as) em educação já recebem


o Adveb, sendo que deste total 41.613 foram concedidos em 2017,
3.524 em 2018, e 9.688 em 2019. Não é possível saber se todos os
Advebs concedidos já foram incorporados ao vencimento base. Por este
motivo, para o cálculo de uma estimativa de quantos trabalhadores(as)
em educação serão prejudicados(as) com a extinção do Adveb, será
considerada a incorporação.
A última folha de pagamento da SEE/MG disponível é do mês de
outubro de 2020, e nela constam a existência de 98.333 trabalhadores(as)
em educação que são efetivos, ou seja, aprovados previamente em
concurso público. Deste total, 58.272 já teriam o direito de receber ao
menos um Adveb. Como já foram publicados 54.825 atos de concessão,
isso significa que 3.447 trabalhadores(as) em educação já possuem o
direito de perceber o Adveb, mas, ainda não foi pago pelo Governo e, em
caso de aprovação da Reforma Administrativa do Governo Zema, não
terão direito ao Adveb.
Dentre os 58.272 trabalhadores(as) em educação que recebem o
Adveb (ou pelo menos já possuem o direito de recebimento), para 39.650
faltam 1 ano e 3 meses (considerando a partir de outubro de 2020) para
terem o direito de receberem o 2º Adveb, como pode ser observado
na Tabela 1. Ou seja, com a aprovação da Reforma Administrativa do
Governo Zema, 39.650 trabalhadores(as) em educação que teriam
o direito de receber o 2º Adveb em dezembro de 2021 não mais o
receberão, pois, a proposta da PEC 57/2020 extingue com o direito ao
adicional.

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Tabela 1 - Tempo faltante para o recebimento do 2º Adveb, no caso dos(as)
trabalhadores(as) em educação que já recebem (ou tem o direito de receber) o 1º
Adveb – 31 de outubro de 2020.

Tempo que falta para ter direito ao Número de trabalhadores(as)


Adveb em educação

1 ano e 3 meses 39.650


1 ano e 4 meses a 2 anos 11
2 anos e 1 mês a 2 anos e 6 meses 5.340
2 anos e 7 meses a 3 anos 3.256
3 anos e 1 mês a 4 anos 1.423
4 anos e 1 mês a 5 anos 8.592
Total 58.272
Fonte: TCEMG, CAPMG.
Elaboração: Subseção Dieese

Além dos(as) trabalhadores em educação que já possuem (ou


pelo menos tem direito a receber) o primeiro Adveb, ainda existem
os(as) trabalhadores(as) que ainda não adquiriram o direito de
recebê-lo, pois, ingressaram na SEE/MG a partir de 03 de setembro
de 2015. Ao todo são 40.061 trabalhadores(as) em educação que se
encontram nesta situação, conforme a tabela 2.
Se a Reforma Administrativa fosse aprovada em outubro de 2020,
170 trabalhadores(as) em educação seriam imediatamente prejudicados,
pois, faltaria menos de um mês para completarem cinco anos de Estado
e ter o direito. Num prazo de até um ano, 16.723 trabalhadores(as) em
educação seriam prejudicados.

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Tabela 2 - Tempo faltante para o recebimento do 1º Adveb, no caso dos(as)
trabalhadores(as) em educação que ainda não possuem o direito – 31 de outubro
de 2020.

Tempo que falta para ter direito Número de trabalhadores(as)


ao Adveb em educação
menos 1 mês 170
1 mês 667
2 meses 715
3 meses 1.815
4 meses 90
5 meses 1.081
6 meses 1.914
7 meses a 1 ano 10.271
1 ano e 1 mês a 2 anos 11.140
2 anos e 1 mês a 3 anos 6.685
3 anos e 1 mês a 4 anos 2.556
4 anos e 1 mês a 5 anos 2.957
Total 40.061
Fonte: TCEMG, CAPMG.
Elaboração: Subseção Dieese

Resumindo: com a aprovação da Reforma Administrativa


do Governo Zema, em até um ano, 56.373 trabalhadores(as) em
educação (57,3%) que terão o direito de receber o 1º ou 2º Adveb serão
prejudicados diretamente. Se aumentarmos o prazo para 2 anos, serão
67.524 trabalhadores(as) em educação (68,7%) prejudicados com a
Reforma Administrativa.

A Manutenção das Gratificações por Produtividade às


demais carreiras dos servidores do Poder Executivo

A Reforma Administrativa que propõe cortar direitos dos


servidores estaduais, principalmente dos(as) trabalhadores(as) em

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educação, mantém algumas gratificações relativas à produtividade
de outras categorias (Quadro 1), evidenciando a falta de isonomia no
tratamento com todos os servidores, isto é, privilegiando algumas
categorias e mantendo os ataques à educação.

Quadro 1 - Gratificações por produtividade concedidas pelo Governo do Estado de


Minas Gerais – 2020.

Gratificações relativas à Valor pago em


A quem se destina
produtividade 2020 (R$)
Devido mensalmente ao servidor ocupante
Gratificação complementar de produtivi-
do cargo de Procurador da Assembleia Legis- 2.004.596,18
dade
lativa.
Gratificação de desempenho de produti- Devida aos Especialistas em Políticas Públicas
47.449.601,77
vidade individual e institucional e Gestão Governamental.
Devida às carreiras do Grupo de Atividades de
Gratificação de escolaridade desempenho
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentá- 111.985.317,02
e prod. individual e institucional
vel.
Gratificação de estimulo a produção indi- Devida a servidor do Quadro de Tributação,
301.938.358,04
vidual - GEPI Fiscalização e Arrecadação.
Gratificação de incentivo a eficientização Devida aos servidores da FHEMIG e da HEMO-
67.674.008,60
dos serviços - GIEFS MINAS.
Devida ao funcionário efetivo da Assembleia
Gratificação de incentivo ao mérito fun-
Legislativa não integrante do Grupo Especial 114.692,24
cional
de Incentivo ao Mérito Funcional.
Devida ao servidor em efetivo exercício nas
Gratificação incentivo produtividade funções para as quais seja exigida a forma-
5.871.272,69
profissionais de engenharia e arquitetura ção em Engenharia ou Arquitetura no âmbito
DEER-MG.
Gratificação pelo cumprimento de metas
Devida a servidor do TCE. 212.960,50
extraordinárias

Total 537.250.807,04
Fonte: Portal da Transparência do Estado de Minas Gerais.
Elaboração: Subseção Dieese no Sind-UTE/MG.

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O fim das Férias-Prêmio

As férias-prêmio são um direito constitucional da servidora e do


servidor público mineiro, que a cada 5 anos de efetivo exercício tem direito a
três meses destas férias. O(a) servidor(a) pode gozar destas férias, bem como,
convertê-las em espécie (receber em dinheiro) quando for publicada a sua
aposentadoria, mas, neste caso, somente será pago em dinheiro o saldo de
férias-prêmio adquirido até fevereiro de 2004.
Após fevereiro de 2004, a legislação passou a não permitir a
conversão em espécie (recebimento em dinheiro), mas permaneceu o
direito à aquisição e ao gozo das férias-prêmio enquanto o(a) servidor(a)
estivesse em exercício.
Em razão de que o Estado raramente oportuniza ao servidor
o gozo de suas férias-prêmio enquanto na atividade, o Judiciário tem
entendido que o(a) servidor(a) deve ser indenizado(a) do saldo de férias-
prêmio não gozado, mesmo aquelas adquiridas após fevereiro de 2004,
evitando assim o enriquecimento ilícito do Estado, que não autoriza o(a)
servidor(a) a gozar e não indeniza em razão dessa negativa.
A proposta de Reforma Administrativa do Governo Zema extin-
gue este direito constitucional do(a) servidor(a), e apenas aqueles(as)
que já possuírem o direito adquirido poderão apenas gozá-las, sem di-
reito de receber em espécie posteriormente.
Em 2020, o governo do Estado destinou R$ 216,7 milhões para o pa-
gamento das férias-prêmio, sendo que deste montante R$ 2,2 milhões foram
para trabalhadores(as) em educação. Ou seja, o valor destinado para o paga-
mento das férias-prêmio, em 2020, representou apenas 0,4% do total gasto
com Despesa de Pessoal e Encargos Sociais, e na educação, o pagamento de
férias-prêmio representou 0,0042% do total.
A extinção do pagamento e gozo das férias-prêmio não será
significativa para a busca do “equilíbrio fiscal”, ela é apenas mais um ataque
aos direitos das servidoras e dos servidores públicos mineiros.
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O fim da Licença Remunerada para o
Exercício do Mandato Sindical

A Constituição do Estado prevê a garantia de liberação do


servidor público para exercer o mandato sindical, sem prejuízo
da remuneração dos servidores liberados, isto é, a remuneração é
garantida pelo Estado. Essa é uma conquista do movimento sindical
de servidores públicos mineiros para o pleno exercício do direito à
liberdade sindical.
A licença remunerada é a forma de exercício da liberdade
sindical, pois, possibilita o desenvolvimento das atividades
inerentes à representação classista. A proposta impõe aos
servidores licenciados para o exercício do mandato sindical o ônus
do recolhimento da contribuição previdenciária, inclusive a quota
patronal, já que a licença não será mais remunerada.
A alteração deste dispositivo constitucional na Reforma
Administrativa do Governo Zema será o primeiro de vários ataques
ao movimento sindical público mineiro por parte do Governo. Assim
como na Reforma da Previdência, a justificativa para tais reformas
está no “desiquilíbrio fiscal do Estado” que, na visão do Governo,
será combatido com corte de gastos, mais especificamente, com
cortes na remuneração do servidor.
Segundo a folha de pagamentos do mês de agosto de 2020,
no Poder Executivo, existem 62 órgãos e/ou entidades. Para estimar
o número de servidores liberados para o exercício do mandato
sindical, faz-se necessário considerar que cada um destes órgãos
e/ou entidades compõem uma categoria com direito à liberação
sindical, como também, considerar que o número total de servidores
em cada órgão e/ou entidade é o número total de filiados, uma vez
que este dado não está disponível.
Portanto, pela Tabela 3, é possível observar que os 62 órgãos
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e/ou entidades do Poder Executivo que a grande maioria, isto é, 47
(que representam 9.074 servidores), não têm o direito à liberação
sindical, por possuírem menos de 1.000 servidores na base (ou
filiados). Apenas cinco entidades possuem na sua base mais de
10.000 servidores (um total de 297.292 servidores) e têm direito a
quatro liberações sindicais, totalizando 20 servidores liberados.

Tabela 3 - Distribuição do número de liberações sindicais, servidores na base, por


faixas de servidores – 31 de outubro de 2020.

Número Número
Faixas de Número Número de
máximo de de
liberações de liberações
liberações servidores
sindicais Entidades sindicais
sindicais na base

até 999 0 47 9.074 0


1.000 a 3.000 1 8 15.117 8
3.001 a 6.000 2 2 9.479 4
6.000 a 10.000 3 0 0 0
a partir de
4 5 297.292 20
10.001
Total 62 330.962 32
Fonte: TCEMG, CAPMG.
Elaboração: Subseção Dieese no Sind-UTE/MG.

Corte de gastos, economia, ajuste fiscal não são uma justificativa


para o Governo do Estado propor o fim da sua responsabilidade em
garantir a remuneração dos servidores liberados para o exercício
do mandato sindical, pois, atualmente, apenas 32 de um conjunto
de 330.962 servidores públicos estão nessa situação, ou seja, 0,01%
dos servidores públicos mineiros são dirigentes sindicais liberados
pelo Estado. Não é extinguindo a responsabilidade do Estado
com o pagamento da remuneração destes 32 servidores, que será
alcançado o tal “ajuste fiscal”.

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Sind-UTE/MG
Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais
Rua Ipiranga, 80 - Floresta - BH - MG - CEP: 31015-180
Tel.: (31) 3481-2020 - Fax (31) 3481-2449
www.sindutemg.org.br

Studium Eficaz: Revisão/Edição/Editoração eletrônica/Projeto Gráfico/Ilustração: Ricardo Sá


Sind-UTE/MG: Produção
Tel: (31) 3047-6122 (Jan/2021)

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