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A Piazza della Signoria desde sua origem foi o coração político, social e cultural de Florença. Ela deriva seu nome do
principal edifício que nela se encontra, o Palazzo Vecchio, ou della Signoria. Tem muitos outros palácios em toda a volta e
apresenta diversas obras de arte da maior importância, como a Fonte de Netuno, de Bartolomeu Ammanati, e as esculturas
que se encontram abrigadas debaixo da Loggia dei Lanzi.A Loggia dei Lanzi foi construída entre 1376 e 1382 como um
lugar apropriado para cerimônias públicas e assembléias do povo. Originalmente era chamada Loggia della Signoria ou de
Orcagna, pelo nome do artista que a projetou. Debaixo de suas arcadas encontram-se algumas obras-primas da antigüidade
e do Renascimento, como O rapto da Sabina e Hércules derrotando o centauro Nesso, ambas de Giambologna, o Perseu de
Cellini, e a clássica Menelau segurando o corpo de Pátroclo.
A construção da Basílica franciscana de Santa Croce foi inaugurada oficialmente em 3 de maio de 1294, quando o
arquiteto, Arnolfo di Cambio, lançou a pedra fundamental do que viria a se tornar uma obra-prima da arquitetura gótica.
Seu plano tem uma espacialidade grandiosa, com elementos estruturais sóbrios e de uma racionalidade clara. O desenho
segue o perfil de uma cruz egípcia, em T, com o interior dividido em 3 naves, uma chancela e um transepto cheio de
capelas das mais ilustres famílias do bairro, sendo as principais os Peruzzi e os Bardi, seguidos dos Tosinghi, Pulci,
Rinuccini e Alberti. A Basílica também abriga numerosos exemplos de escultura funerária tipicamente renascentista. Em
seu interior encontramos os monumentos fúnebres a Leon Battista Alberti, Galileu, Lorenzo Ghiberti, Maquiavel,
Michelangelo e Rossini, dentre outros.A Capela de Santa Maria Madalena dos Pazzi está situada nos prescintos da Basílica.
Foi construída no local do antigo claustro trecentista, e é um dos mais originais e harmoniosos edifícios da renascença,
uma obra-prima de Brunelleschi, construída entre 1443 e 1446. Sua fachada fica oculta por um pórtico com colunas e um
pequeno domo, além de um friso de Desiderio da Settignano. Tanto este domo externo como o interno são recobertos com
cerâmicas de Lucca della Robbia. Tanto a basílica como a capela foram seriamente danificadas na grande enchente de
1966, e tiveram seus afrescos e monumentos bastante prejudicados. Em alguns lugares ainda se percebe a marca do nível a
que chegou a água, quase 5 metros de altura.
CATEDRAL DE FLORENÇA
A Catedral ou Duomo de Florença, como a vemos hoje, é o resultado de um trabalho que se estendeu por seis séculos. Seu
projeto básico foi elaborado por Arnolfo di Cambio no final do século XIII, sua cúpula é obra de Filippo Brunelleschi, e
sua fachada teve de esperar até o século XIX para ser concluída. Ao longo deste tempo uma série de intervenções
estruturais e decorativas no exterior e interior enriqueceriam o monumento, dentre elas a construção de duas sacristias e a
execução de esculturas e afrescos por Paolo Uccello, Andrea del Castagno, Giorgio Vasari e Federico Zuccari, autor do
Juízo Final no interior da cúpula. Em 1412 a Catedral recebeu o nome de Santa Maria del Fiore, em uma clara alusão à flor
de lis que simboliza a cidade. Ela foi construída em cima da antiga catedral dedicada a Santa Reparata, que funcionou
durante nove séculos até ser demolida em 1375.Em 1293, durante a República Florentina, o notário Ser Mino de
Cantoribus sugeriu a substituição de Santa Reparata por uma catedral ainda maior e mais magnificente, de tal forma que "a
indústria e o poder do homem não pudessem inventar ou mesmo tentar nada maior ou mais belo", e estava preparado para
financiar a construção. Entretanto, esperava-se que a população contribuísse, e todos os testamentos passaram a incluir
uma cláusula de contribuição para as obras. O projeto foi confiado a Arnolfo em 1294, e ele cerimoniosamente lançou a
pedra fundamental em 8 de setembro de 1296. Arnolfo trabalhou na construção até 1302, ano de sua morte, e embora o
estilo dominante da época fosse o gótico, seu projeto foi concebido com uma grandiosidade clássica. Arnolfo só pôde
trabalhar em duas capelas e na fachada, que ele teve tempo de completar e decorar só em parte, e suas esculturas, muitas
delas feitas pela próprio Arnolfo, foram retiradas e conservadas no Museu Opera del Duomo quando o Grão-Duque
Ferdinando I dei Medici decidiu pela substituição da fachada por uma nova, em 1586.Com a morte do arquiteto o trabalho
de construção sofreu uma parada. Um novo impulso foi dado quando em 1330 foi descoberto o corpo de São Zenóbio em
Santa Reparata. Giotto então foi indicado supervisor em 1334, e mesmo que não tivesse muito tempo de vida (morreu em
1337) ele decidiu concentrar suas energias na construção do Campanário. Giotto foi sucedido por Andrea Pisano até 1348,
quando a peste reduziu a população da cidade de 90.000 para 45.000 habitantes.Sob Francesco Talenti, supervisor entre
1349 e 1359, o Campanário foi concluído e preparou-se um novo projeto para o Duomo, com a colaboração de Giovanni di
Lapo Ghini: a nave central foi dividida em quatro espaços quadrangulares com duas alas retangulares, reduzindo o número
de janelas planejadas por Arnolfo. Em 1370 a construção já estava bem adiantada, o mesmo se dando com o novo projeto
para a abside, que foi circundada por tribunas que amplificaram o trifólio de Arnolfo. Por fim Santa Reparata foi
completamente demolida em 1375. Ao mesmo tempo continuou-se o trabalho de revestimento externo com mármores e
decoração em torno das entradas laterais, a Porta dei Canonici (sul) e a Porta della Mandorla (norte), esta coroada com um
relevo da Assunção, última obra de Nanni di Banco. Contudo, o problema da cúpula ainda não fora resolvido. Brunelleschi
fez seu primeiro projeto em 1402, mas o manteve em segredo. Em 1418 a Opera del Duomo anunciou um concurso que
Brunelleschi haveria de vencer, mas o trabalho não iniciaria senão dois anos mais tarde, continuando até 1434. A Catedral
foi consagrada pelo Papa Eugênio IV em 25 de março (o Ano Novo florentino ) de 1436, 140 anos depois do início da
construção. Os arremates que ainda esperavam conclusão eram a lanterna da cúpula (colocada em 1461) e o revestimento
externo com mármores brancos de Carrara, verdes de Prato, e vermelhos de Siena, de acordo com o projeto original de
Arnolfo, que desejava assim imitar o padrão decorativo do Batistério e do Campanário e com isso dar uma unidade
estilística à praça. A fachada, contudo, só foi completada em 1886.
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