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14/05/2022

Moldagem, molde
e modelo Profª: Thaísa de Deus

Moldagem
❖É uma técnica utilizada amplamente
pelos dentistas que tem como
objetivo fazer a reprodução exata das
estruturas bucais, como a anatomia
das arcadas, do osso basal e das
coroas dentárias.

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Moldeira
❖Dispositivo utilizado para levar o material de moldagem à
boca. Existem dois tipos de moldeiras: a moldeira de
estoque, que é pré-fabricada, geralmente de metal ou de
plástico, disponível no mercado sob forma padronizada, e a
moldeira individual, confeccionada em laboratório ou
mesmo no consultório pelo profissional. A moldeira
individual, geralmente de resina acrílica, apresenta melhor
fidelidade na reprodução de detalhes e melhor adaptação,
por ser personalizada.

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Molde
É a reprodução em negativo da estrutura ou superfície que foi
moldada.

Molde da arcada
inferior

Molde da arcada superior

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Modelo
É a réplica da boca do paciente oriunda
do preenchimento do molde. Reprodução
positiva (em gesso).

Molde da arcada superior

Materiais de Moldagem
Características ideais:

❖Fluidez e viscosidade;
❖Tempo de presa;
❖Baixa distorção;
❖Alta estabilidade dimensional;
❖Biocompatibilidade;
❖Custo-benefício.

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Materiais de Moldagem
Anelásticos Elásticos

❖Pasta de óxido de zinco ❖ Elastômeros (não aquosos):


-> Silicone de Adição
e eugenol; -> Silicone de Condensação
-> Poliéter
-> Polissulfeto

❖Godivas; ❖ Hidrocoloides (aquosos):


-> Irreversíveis: Alginato
-> Reversíveis: Ágar/Ágar (desuso)

Anelásticos
❖Pasta de óxido de zinco e eugenol (ZOE): indicado para moldagem de regiões
não retentivas. Pode ser usada em: moldagem funcional em prótese total.

Desinfecção:
1. Lavar em água corrente;
2. Remover excesso de agua com papel toalha;
3. Desinfecção com hipoclorito de sódio 1% ou álcool 70% (Borrifar e guardar por 10 min
ou imersão em 10 min)
4. Lavar em água corrente;
5. Secar com papel toalha.

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Anelásticos
❖Godiva: Material termoplástico. Se plastifica sob aquecimento e solidifica sob
resfriamento. Indicada para moldagem preliminar ou funcional em regiões sem
retenções de paciente desdentado total e como material auxiliar.

Desinfecção:
1. Lavar em água corrente;
2. Remover excesso de agua com papel toalha;
3. Desinfecção com hipoclorito de sódio 1% ou álcool 70% (Borrifar e guardar por 10 min
ou imersão em 10 min)
4. Lavar em água corrente;
5. Secar com papel toalha.

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Elásticos – Hidrocoloides Irreversíveis


❖Alginato: indicado para confecção de modelos de estudo; para confecção de
modelos utilizados para construção de moldeiras individuais, na confecção de
próteses parciais removíveis, moldeiras de clareamento e placas
miorelaxantes.

Desinfecção: VAZAR IMEDIATAMENTE


1. Lavar em água corrente;
2. Remover excesso de agua com papel toalha;
3. Desinfecção com hipoclorito de sódio 1% ou álcool 70% (borrifar e guardar
em uma embalagem plástica fechada por 10 min.)
4. Lavar em água corrente;
5. Secar com papel toalha.

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Elásticos – Elastômeros
❖Silicone de adição: indicado para moldagem que
necessite de precisão de detalhes, como: moldagem para
confecção de próteses em geral, aparelhos ortodônticos e
registro de mordida.

Desinfecção
1- Lavar em água corrente;
2- Remover excesso de agua com papel toalha;
3- Desinfecção com hipoclorito de sódio 1% ou álcool 70% (Borrifar e guardar
por 10 min ou imersão em 10 min.)
4- Lavar em água corrente;
5- Secar com papel toalha.

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Importante:

• Deve ser vazado no mínimo 2 horas após a moldagem e


no máximo 28 dias após a moldagem.
• Durante a manipulação não se deve usar luvas de látex.
• Pode ser vazado até duas vezes.

Elásticos – Elastômeros
❖Silicone de Condensação: indicado para confecção próteses
removíveis, fixas...

Desinfecção: VAZAR NO MÁX. 30 MIN. APÓS A MOLDAGEM

1. Lavar em água corrente;


2. Remover excesso de agua com papel toalha;
3. Desinfecção com hipoclorito de sódio 1% ou álcool 70% (Borrifar e
guardar por 10 min ou imersão em 10 min.)
4. Lavar em água corrente;
5. Secar com papel toalha.

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Elásticos – Elastômeros
❖Poliéter: indicado para moldagem de precisão (preparo) e moldagem de
estudo de desdentado total.

Desinfecção: VAZAR NO MÍNIMO 30 MIN. E NO MAX. 7 DIAS

1. Lavar em água corrente; PODE SER VAZADO VARIAS VEZES

2. Remover excesso de agua com papel toalha;


3. Desinfecção com hipoclorito de sódio 1% ou álcool 70% (Borrifar e guardar
por 10 min);
4. Lavar em água corrente;
5. Secar com papel toalha.

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Elásticos – Elastômeros
❖Polissulfeto: indicado para confecção de casquete e confecção de
preparos.

Desinfecção: VAZAR
GESSO IMEDIATAMENTE

1. Lavar em água corrente;


2. Remover excesso de agua com papel toalha;
3. Desinfecção com hipoclorito de sódio 1% ou álcool 70% (imersão por
10 min.);
4. Lavar em água corrente;
5. Secar com papel toalha.

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Modelos – Gesso Odontológico

O gesso odontológico é um material de fundamental importância


para a odontologia. Utilizam-se desse material para auxiliar no
diagnóstico, planejamento e tratamento dos pacientes.

❖A GIPSITA:
A gipsita (gesso) é um mineral encontrado em várias partes do
mundo. É também obtida como subproduto de alguns processos
químicos. Quimicamente, este mineral, usado para fins
odontológicos, é basicamente um sulfato de cálcio diidratado
(CaSO4 – 2H2O)

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Modelos – Gesso Odontológico


Na Odontologia, o gesso é utilizado para produzir moldes e
modelos que originam as próteses e restaurações. Logo, são
usados no:
▪ Preparo de modelos de estudo;
▪ Preparo de modelos de trabalho e
▪ como material acessório (fixação de modelos no articulador
e para preenchimento de muflas.

Existem 5 tipos de gessos odontológicos.

Modelos – Gesso Odontológico


O gesso geralmente é apresentado em diferentes cores e várias
embalagens, normalmente de 1 ou 5 kg, e o profissional dimensiona a
quantidade exata a ser utilizada. Pode também pode ser encontrado em
embalagens individuais pré-dosadas, de mais fácil utilização e com a
vantagem de evitar a contaminação pela umidade. Há ainda outras
formas disponíveis, como o gesso de presa rápida apresentado em um
pote hermeticamente fechado com dose única de pó e um frasco de
dose única de líquido.

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Modelos – Gesso Odontológico


Classificação:
Os gessos estão classificados em cinco tipos, de acordo com a especificação nº 25 da
ASNSI/ADA:

❖Tipo I – gesso para moldagem (Paris);


❖Tipo II – gesso comum;
❖Tipo III – gesso pedra;
❖Tipo IV – gesso pedra especial (baixa expansão);
❖Tipo V – gesso pedra especial (alta expansão).

Modelos – Gesso Odontológico


Tipo I
(gesso para moldagem - Paris)

É idêntico ao tipo II exceto pelo acréscimo de


amido a sua composição, porém pouco utilizado na
Odontologia atualmente.
EM DESUSO!

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Modelos – Gesso Odontológico


Tipo II
(gesso comum)

Gesso branco. Gesso para modelos de estudo e planejamento,


preenchimento de muflas, modelos preliminares em prótese
total, fixação de modelo em articulador.

Modelos – Gesso Odontológico


Tipo III
(gesso pedra)

Gesso amarelo. Usado em modelos sobre os quais são


confeccionados trabalhos
que requerem maior fidelidade que a obtida com gesso
comum, tais como: montagem em articulador de alta precisão,
modelos para confecção de aparelhos ortodônticos, placas de
clareamento e placas interoclusais.

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Modelos – Gesso Odontológico


Tipo IV
(gesso pedra especial – baixa expansão)

Gesso rosa. É recomendado para modelos de trabalho,


que necessitam de um material com propriedades mecânicas superiores
para resistir a
impactos e desgaste, como: confecção de troquéis nos quais serão
realizados enceramentos para a confecção de trabalhos cerâmicos ou
metalocerâmicos. É também indicado para a confecção de modelos para
a confecção de provisórios, placas prensadas, núcleos fundidos, próteses
totais, próteses parciais removíveis e próteses sobre implantes.

Modelos – Gesso Odontológico


Tipo V
(gesso pedra especial – alta expansão)

Gesso rosa. Indicado para a fundição de ligas com alta


contração de solidificação.
POUCO UTILIZADO NOS LABORATORIOS DE PRÓTESE POR
TER ALTA DUREZA.

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Modelos – Gesso Odontológico

OBS: Existe uma quantidade específica e única indicada de


água para misturar com cada tipo de gesso, determinada pela
porosidade das partículas e pelo formato dos cristais durante o
processo de calcinação.

Modelos – Gesso Odontológico


RELAÇÃO ÁGUA/PÓ

A quantidade de água influencia muito o tempo de presa e a


resistência do gesso. Por isso, tanto a quantidade de água
como a do pó devem ser pesadas. Essa relação é conhecida
como A/P (água/pó), ou quociente obtido pelo volume da água
dividido pelo peso do pó. Conforme essa relação, se
misturarmos 24 mL de água com 100 g. de gesso comum,
teremos uma relação de 0,24.

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Modelos – Gesso Odontológico


RELAÇÃO ÁGUA/PÓ
Cada gesso tem uma relação diferente (especificação no 25 ANSI/
ADA, ISO 6873),1,2 que varia de acordo com o fabricante (Tab. 3.4).
Desse modo, podemos concluir que quantidades diferentes de
água para mistura são indicadas para a obtenção de propriedades
físicas e químicas adequadas. O excesso de água aumenta a fluidez
e facilita o escoamento do gesso nos rebaixes dos moldes, mas
compromete a resistência e aumenta o tempo de presa. Da mesma
forma, a escassez de água pode ocasionar um gesso mais
resistente, porém com maior possibilidade de incorporação de
bolhas durante o vazamento, em razão de sua menor fluidez.

Relação água/pó (A/P)

A relação água/pó (A/P), geralmente, será especificada pelo fabricante,


mas em média essas relações, considerando 100 g de gesso, são:

Se 100g de gesso pedra são misturados com 28 ml de água, a proporção água/pó é de 0,28.

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Modelos – Gesso Odontológico


MATERIAIS PARA MANIPULAÇÃO

❖Gesso;
❖Grau de borracha;
❖Espátula para gesso;
❖Água;
❖Medidor de gesso e água.

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Modelos – Gesso Odontológico


MANIPULAÇÃO

❖A manipulação (mistura) do gesso pode ser manual ou mecânica. A forma mecânica é


sempre preferível, pois é feita por misturadores especiais que geralmente possuem
um dispositivo para succionar durante a mistura, o que resulta em um material mais
homogêneo, com melhores propriedades e com menor suscetibilidade a bolha.
❖Algumas variáveis na manipulação podem alterar o tempo de presa e algumas
propriedades do gesso, especialmente a resistência. A temperatura da água da
mistura também pode ter um efeito, mesmo que discreto, na velocidade da reação.
Quando ocorre um aumento na temperatura da água, a taxa de solubilidade do hemi-
hidratado e do di-hidratado é acelerada, e o tempo de presa é estendido.

Modelos – Gesso Odontológico


MANIPULAÇÃO

Tempo de espatulação: é o tempo desde o início da mistura do pó


à água até o final da espatulação. Para a manipulação manual (mais
comum), é utilizado um gral de borracha, uma espátula plástica ou
metálica, uma balança e uma proveta. O gesso (pó) deve ser
pesado, e a água deve ser medida em volume. A relação específica
para cada tipo de gesso (relação A/P) deve ser seguida de acordo
com as normas do fabricante. O tempo recomendado para a
manipulação manual é de cerca de 1 minuto, enquanto para a
espatulação mecânica, que utiliza misturadores a vácuo, preconiza-
se um tempo de 30 segundos.

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Modelos – Gesso Odontológico


MANIPULAÇÃO

Tempo de trabalho: é o tempo decorrido desde o começo da


manipulação até o material apresentar fluidez suficiente para
ser vazado nos detalhes (rebaixes) do molde. Geralmente leva
em torno de 3 minutos.

Modelos – Gesso Odontológico


MANIPULAÇÃO

Tempo de perda do brilho: é o tempo até a água de


cristalização começar a ser consumida para formar o di-
hidratado, o que leva em média 9 minutos (tempo próximo ao
tempo de presa inicial).

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Modelos – Gesso Odontológico


MANIPULAÇÃO

Tempo de hidratação: Ocorre quando parte da água de


cristalização já foi consumida, o que pode conferir ao modelo
de gesso aproximadamente 80% da sua resistência à
compressão. Para saber clinicamente quando ocorre o tempo
de hidratação, basta checar o resfriamento do modelo, visto a
reação ser exotérmica. Esse tempo geralmente oscila em
torno de 50 minutos, quando então é possível separar com
segurança o modelo do molde.

Modelos – Gesso Odontológico


DESINFECÇÃO
Os profissionais precisam tomar algumas medidas preventivas para
evitar a contaminação cruzada entre paciente, cirurgião-dentista,
auxiliares de consultório e técnicos de laboratório de prótese. Uma
preocupação especial diz respeito à manipulação das moldagens
odontológicas, pois os moldes devem ser desinfetados por meio de
imersão em soluções químicas que possuem ação bactericida. Os
modelos também devem seguir o mesmo protocolo. Vários
estudos demonstraram que a imersão em glutaraldeído alcalino a
2% durante 10 minutos não alterou a resistência à compressão e a
tração diametral dos modelos.

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Referências
CZERNAY, João Adolfo; CHAIN, Marcelo Carvalho. Gessos Odontológicos. In: CHAIN,
Marcelo Carvalho. Materiais Dentários. São Paulo: Artes Médicas, 2013. p. 56-65.
LUIZ, Betsy Kilian Martins; CHAIN, Marcelo Carvalho. Materiais para moldagem. In:
CHAIN, Marcelo Carvalho. Materiais Dentários. São Paulo: Artes Médicas, 2013. p. 27-54.
https://website.cfo.org.br/wpcontent/uploads/2020/04/Manal-Desinfeccao-1.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4324755/mod_resource/content/3/Slides/Mate
riais%20de%20Moldagem%20-%20definitivo.pdf

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