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56 notícias para entender

o mercado editorial hoje


Leonardo Neto - LabPub – Janeiro de 2022
Produção
e vendas
Em 2020, as editoras
brasileiras produziram,
juntas, 314 milhões de
exemplares de 46 mil
títulos; venderam 354
milhões de exemplares e
obtiveram faturamento de
R$ 5,17 bilhões.
Produção e Vendas
Produção e Vendas
Produção e Vendas
Produção e Vendas
Produção
e vendas –
Série
Histórica
Produção e Vendas – Série Histórica

Nos 15 anos, o subsetor de CTP setor acumula


perda de 47%, mas ao observar de 2014 a 2020, a
queda é de 56% em termos reais. É, portanto, o
setor mais sensível aos humores da economia.

Em 2019, OG registrou crescimento real de 14,8%


e, no ano passado, teve variação negativa de
0,7%, mas isso foi melhor do o PIB (-4,1%).
Apesar disso, no balanço dos últimos 15 anos, o
subsetor perdeu 42%.

Em 2020, Didáticos atingiu o patamar mais baixo


nos 15 anos. Entre 2006 e 2020, o subsetor perdeu
34% do seu faturamento real (só vendas a
mercado)

Nos 15 anos, o subsetor de Religiosos perdeu 15%


do seu faturamento.
Produção
e vendas –
Série
O preço médio real
registrado pelo subsetor se
corroeu de forma
sistemática entre 2006 e
2013; manteve-se estável
até 2018 e conseguiu se
recuperar um pouco entre
2018 e 2020
O Varejo
(Nielsen)

Painel do Varejo de
Livros registrou a venda
de 55 milhões de
cópias, número 29,36%
maior do que 2020.

O faturamento
apresentou variação
positiva (nominal) de
29,28%. Em números
absolutos: R$ 2,2 bilhões
O Varejo
(Nielsen)

Aumento do número de ISBNs

Preço médio estável, mesmo com


inflação de dois dígitos (10,06%)
O Varejo
(Nielsen)
Em 2019, a soma das empresas
colaboradoras com dados de venda
atingia quase 70% das vendas
realizadas pelas editoras, enquanto
que, em 2020, esta participação dos
valores vendidos para as empresas
que enviam números para este painel
chegou perto de 85% de tudo que as
editoras comercializaram ao longo do
ano.
O Varejo
(Nielsen)
Se o Painel do Varejo só mede uma
parte da venda total no Brasil, ainda
que seja a maior parte, significa que
há uma outra fração que é
transacionada sem que os
processamentos da Nielsen alcancem.
Ao extrapolarmos estes dados de
acordo com o alcance do Painel,
poderíamos supor que os valores de
venda total no Brasil seria algo
parecido com o quadro ao lado

“Enquanto há um crescimento das vendas que são capturadas pelo


Painel, o mercado, de fato, encolhe. Não só encolhe em faturamento,
mas também perde em qualidade.”
O livro
digital e o
audiolivro
De 09 de março a 26 de abril, a
Bookwire distribuiu 9,5 milhões de
unidades de e-books, entre
gratuitos e pagos.

“Para se poder fazer uma


comparação, em 2019,
distribuímos um pouco menos
que 12 milhões de unidades de e-
books no ano inteiro. E nessa
crise, em 49 ou 50 dias, foram
distribuídos esses 9,5 milhões, 190
mil unidades de e-books todo dia
nesse período”.
O livro
digital e o
audiolivro
O relatório mostra que há
crescimento relevante nas
vendas entre o pré-isolamento e
o isolamento, com um pico entre
abril e maio. Mas mais importante
do que isso: o crescimento se
sustenta nos períodos seguintes,
criando um patamar de vendas
superior quando comparado a
2019, como mostra o gráfico
abaixo.
O livro
digital e o
audiolivro
As campanhas de gratuidade –
muito comuns no início do
isolamento – tiveram grande
repercussão nos números e são
responsáveis por picos de
crescimento. A boa notícia é que
as promoções impulsionaram as
vendas subsequentes,
aumentando as receitas. Ou seja,
caiu o número de downloads,
mas os níveis de faturamento não
caíram.
O livro
digital e o
audiolivro
Companhia das Letras – de 6%
em 2019 para 10% em 2020

Globo – de 6% para 11%


O livro
digital e o
audiolivro
Em 2020, o faturamento das
editoras com conteúdo digital foi
de R$ 147 milhões, 43% maior do
que o apurado em 2019 (R$ 103
milhões). Em termos reais, o
crescimento foi de 36%.

92% desse faturamento veio das


vendas de e-books e 8%, de
audiolivros.
O livro
digital e o
audiolivro
O livro
digital e o
audiolivro
e-books e audiolivros
representam 6% do mercado
editorial brasileiro. Em 2019, esse
índice era de 4%
O livro
digital e o
audiolivro
Mariana Bueno, economista
responsável pelo estudo,
ressaltou que o crescimento do
faturamento (36%) não
acompanha, na mesma medida,
o aumento de unidades vendidas
(81%). Isso impactou o preço
médio que teve queda real de
25%, fechando em R$ 12,10,
contra R$ 15,40 registrado em
2019
O livro
digital e o
audiolivro
O livro
digital e o
audiolivro
Ao comparar o primeiro semestre
de 2020 com igual período de
2021, Rüdiger observa uma
queda no número de downloads
de unidades. Ele ressalta que,
apesar da diminuição, esses
números são maiores do que os
apurados antes da pandemia.
Isso fica demonstrado no gráfico
abaixo:
O leitor

O Ibope Inteligência, responsável


pela condução do estudo,
conclui que apenas 52 milhões
de brasileiros compraram pelo
menos um livro nos três meses
antes da pergunta
O leitor

A pesquisa aponta que 27


milhões dos brasileiros
identificados na classe C são
compradores de livros.
O Leitor
O Leitor
O Leitor
O Leitor
O Leitor
A crise da Cultura
A crise da Cultura
A crise da
Cultura
A dívida apresentada à
Justiça era de R$ 285
milhões. Do total, R$ 180
milhões são referentes a
passivos com
fornecedores. Outros R$
105 milhões são débitos
bancários e aluguéis.
A crise da Cultura
A crise da
Cultura
No dia 14 de setembro, parte
dos credores (classe 4: ME e
EPP) reprovaram o plano
apresentado pela Cultura.

A Lei prevê que, em casos


como este, a falência seja
automaticamente declarada
pelo juiz.

No entanto, dois credores –


depois de encerrada a
votação e divulgado o
resultado – alegaram erro ao
votar e quiserem reverter o
voto.
A crise da
Cultura
A crise da
Cultura
A crise da
Cultura
A crise da
Cultura
Para o desembargador, os
argumentos apresentados pela
Cultura são “dotados de
relevante grau de
verossimilhança e significativa
complexidade, demandando
análise mais aprofundada”. Por
isso, determinou que o caso seja
avaliado pelo colegiado do
Tribunal de Justiça de São Paulo
e para que isso aconteça, a
decisão do juiz Sacramone está
suspensa.
A crise da
Cultura
Para credores que já estavam
classificados como
Fornecedores Incentivador 1 ou
2 na versão anterior do plano:
deságio de 30%.

Credores que não estavam


classificados como
Incentivador 1 ou 2 também
poderão optar por se tornar
Fornecedores Incentivadores 3
agora. Para estes, a Cultura
propõe deságio de 60%. Os
saldos remanescentes serão
quitados em 70 parcelas
trimestrais
A crise da Saraiva
A crise da
Saraiva
Dívida de R$ 674,6 milhões.

Entre os maiores credores,


considerando apenas as
editoras, estão a Moderna (R$
19,8 milhões), Editora Schwarcz /
Companhia das Letras (R$ 18,6
milhões), Record (R$ 18,2
milhões) Saraiva Educação (R$
18 milhões), GEN (R$ 15,6
milhões), Intrínseca (R$ 13,2
milhões), GMT / Sextante (R$ 9
milhões), Panini (R$ 8,3 milhões),
Planeta (R$ 8,3 milhões), Grupo
A (R$ 7,3 milhões) e Rocco (R$ 7
milhões).
A crise da Saraiva
A crise da Saraiva
A crise da Saraiva

“Se a Saraiva não consegue vender pelas lojas


físicas (...) claro que não há mais sentido
econômico em manter o atual estoque de livros
em prejuízo das editoras. Evidente que as
editoras não teriam entregue os livros se
soubessem que 90% deles ficariam
encalhados”. (juiz Paulo Furtado de Oliveira
Filho)
A crise da
Saraiva
A empresa quer vender parte de
sua operação e, com isso, levantar
recursos para pagar parte das
dívidas e ainda gerar caixa.

Opção A - pagamento de apenas


20% da dívida com recursos
decorrentes da venda da
operação. Caso o valor apurado
com venda não seja suficiente –
pagamento em 11 anos.

Opção B - prevê um
escalonamento dos pagamentos
integrais (sem deságio) até 2048,
com parcelas trimestrais a partir de
2026
A crise da
Saraiva
Das 38 lojas, a Saraiva listou 23 que
quer vender.

“A Saraiva já vem buscando


interessados no pacote de lojas e
de seu site há mais de um ano,
apurou o Valor, mas sem avanços
numa negociação. Fundos e
empresas do setor já teriam sido
sondados para avaliar a operação,
mas a crise após 2020, que afetou
consumo e ampliou a oferta de
lojas no varejo, acabou
desestimulando um acordo.”
A crise da
Saraiva
A crise da
Saraiva
A crise da
Saraiva
A crise da
Saraiva
A crise da
Saraiva
CBS
Pelo texto do relator, o presidente
da República deverá apresentar,
em até seis meses após a
promulgação da emenda
constitucional, um plano de
redução gradual desse tipo de
benefício. Foi suprimido do texto
a necessidade de esse plano ser
linear, como previsto
originalmente, mas manteve a
necessidade de essa redução ser
gradual. Além disso, o texto não
traz nenhuma ressalva específica
para o setor do livro, mas ele
poderá entrar no plano
presidencial.
Tendências: o reflorescimento das pequenas
superfícies e crescimento das médias redes
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Tendências: TikTok
Tendências: Consolidação
Obrigado
leonardo@publishnews.com.br

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