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Conversa 8: NO CENTRO,
OS VERBOS
18 de maio de 2022
Marcos Marcionilo
marcos.marcionilo@gmail.com
“As pessoas criticam o que elas mesmas usam!”
(Ataliba de Castilho)
MATERIAL DA LABPUB. NÃO REPRODUZIR SEM AUTORIZAÇÃO. 2
NOSSO ROTEIRO
Conversa 1: A gramática como teoria, jamais como doutrina
Conversa 2: Problemas de construção
Conversa 3: A coordenação
Conversa 4: A subordinação
Conversa 5: O encadeamento
Conversa 6: A concordância
Conversa 7: A regência
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A palavra verbo é herança direta do latim verbum, ‘palavra’. Ao definir o verbo como “a palavra”, os latinos
demonstraram consciência da importância do verbo como núcleo de todo e qualquer enunciado.
Palavra ocorrente no enunciado sob distintas formas para a expressão de categorias de tempo, aspecto,
modo, número e pessoa.
Podemos associar suas formas (chega, chegava, chegará) às noções cronológicas de presente, passado e
futuro.
Número e pessoa são especificados quando o verbo se flexiona no tempo de acordo com a pessoa e o
número do sujeito da oração (concordância verbal).
● Bateu,
● Será?
levou.
● Deixe ● Pode
estar… ser…
“1. O verbo cria um molde ou uma matriz que comporta espaços passíveis de serem
preenchidos por sintagmas nominais, gerando sentenças completas. O número e o tipo
desses espaços varia segundo o significado do verbo. Um verbo como transportar, por
exemplo, pode abrir quatro espaços nessa matriz, a serem preenchidos por
(i) quem transporta
(ii) o quê
(iii) de onde
(iv) para onde” (Bagno, 2012: 512).
E os pronomes possessivos:
(c) Quando o avião pousou, tinha começado a chover” (Bagno, 2012: 512-513).
As categorias de pessoa e de número se expressam na forma verbal por força das regras
sintáticas de concordância, e o fazem por meio das desinências número-pessoais.
1ª conjugação: -ar;
2ª conjugação: -er;
3ª conjugação: -ir.
Pôr é verbo da 2ª conjugação, porque sua vogal temática é e: puseste, pusera, pudesse, puser, assim como o
verbo vir (vieste, vir, viesse, viera), mesmo que as GTs o relacionem automaticamente na 3ª conjugação. Já o
verbo estar apresenta formas da 1ª (estamos, estava, estarei) e da 2ª (estiveste, estivera, estiver, estivesse)…
Irregulares fracos: podem ter alteração de radical sem motivo claro ao variar a pessoa (perder = perco,
perde; medir = meço, mede).
Irregulares fortes: um radical no presente, outro no pretérito perfeito (dizer = dizes, disseste; saber =
sabes, soubeste; vir = vens, vieste).
Irregulares anômalos: diversidade total de radicais entre tempos ou pessoas até do mesmo tempo:
apenas ser (sou, és, fui) e ir (vai, ides, foi).
Pseudorreflexiva já acho mais compreensível pra nossa conversa em sobrevoo e lanço a voz média para a pesquisa
voluntária. Tu mesmo diz na GPPB que há mescla, intersecção, confusão entre reflexiva e média. Não vou atordoar
os(as) participantes de meu cursilho de gramática.
Sim, na tradição gramatical, não na boa teoria linguística. Mas se é pros alunos, diga que é uma reflexiva na forma, não
no fundo. Pode dar sim um pouco de teoria pra eles. Acho que a explicação da falsa reflexividade já é bom ponto de
partida.
Os verbos pronominais
são verbos em que
pronomes oblíquos
átonos aparecem
obrigatoriamente na
conjugação: “Eu me
volto”, “você se volta”,
“nós nos voltamos”, “elas
se voltam” etc.
Verbos de uso infrequente: abolir, carpir, combalir, exaurir, extorquir, fremir, fulgir, haurir,
retorquir.
Verbos que denotam fenômenos da natureza, impessoais, usados apenas na 3ª p. sing.: chover,
trovejar, nevar, ventar etc.
Vozes de animais: latir, uivar, miar, mugir, cacarejar, coaxar, relinchar etc. [verbos unipessoais,
ocorrentes apenas na 3ª p. sing./pl.].
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