Foco no texto do Estado da Arte da URGS (texto 2) e nos tipos de
forma de avaliação
Contexto e O papel dos organismos multilaterais
Os organismos multilaterais (blocos regionais AL) e
internacionais têm principal destaque nessa fase (Banco Mundial, FMI, ONU, entre outros) pois motivaram o direcionamento da atenção do Estado para a fase de avaliação
Contexto: Nova Reforma Pública Gerencial -> O Estado não é
mais soberano e promotor de políticas públicas com seu próprio investimento: outros autores são considerados nesse processo, o terceiro setor e o setor privado, de forma a aumentar os interesses dos atores.
Os organismos multilaterais colocam seus focos e investem nas
políticas públicas em diversas áreas para desenvolver os países subdesenvolvidos, no entanto cobram por eficiência, eficácia e efetividade nesse processo, as políticas precisam ter um retorno. Dessa forma, para receber esse investimento, as avaliações das políticas servem como garantia, por meio dos indicadores, que o dinheiro está sendo usado de forma correta.
Dessa forma, investem no processo de avaliação,
disponibilizando assistência técnica, fornecendo financiamento, articulando redes de profissionais, sensibilizando lideranças políticas e acadêmicas e atrelando o financiamento de projetos à exigência de avaliação Vê-se um crescente interesse dos organismos internacionais nas avaliações de políticas públicas, uma vez que esse processo corrobora com a ideia de desenvolvimento: por meio da avaliação, pode-se identificar fatores como se o dinheiro investido está sendo gasto corretamente, sem que haja corrupção ou má gestão, e se está sendo eficaz, uma vez que, com ela, é possível dar retorno aos investidores sobre como o dinheiro público está sendo gasto.
A avaliação permite aos formuladores e gestores de políticas
públicas desenharem políticas mais consistentes, com melhores resultados e melhor utilização dos recursos
No Brasil, esse crescente interesse dos governos com a avaliação
está relacionado às questões de efetividade (alcance das metas, aferição dos resultados esperados e não esperados dos programas) ou eficácia (à maior produção, maior eficácia), à eficiência (a um menor custo de produção, maior eficiência), ao desempenho e à accountability da gestão pública
Além disso, os a preocupação com esses fatores se deu
sobretudo a partir dos anos 90, em um contexto de Nova Gestão Pública e, com isso, redemocratização, adoção de uma perspectiva de contenção dos gastos públicos, busca de melhoria da eficiência e da produtividade, de ampliação da flexibilidade gerencial e da capacidade de resposta dos governos, maximização da transparência da gestão pública e de responsabilização dos gestores, o consumidor vindo em primeiro plano.
Nesse sentido, a avaliação assume um papel fundamental para a
compreensão das políticas e do Estado em ação e seus beneficiados, de forma que essas devam ser, como citado, mais eficientes com menos gastos, além viabilizar o controle social sobre o gasto público e as ações de governo, um importante direito democrático, ao permitir a transparência nesse sentido.
Características
Como a avaliação era vista antes X como é vista agora
Antes a avaliação era vista como algo feito pelos técnicos, com uma neutralidade e isenção na avaliação, de forma que os indicadores coletados fossem obtidos de forma neutra e fossem superiores ao fator tendencioso que poderia estar envolvido na sua coleta e divulgação, além desses dados serem incontestáveis.
Atualmente, esse estudo é entendido como sobretudo valorativo
e político, pois o que é escolhido racionalmente ou não como indicador importante na avaliação é tendencioso e político, não é isento, na medida em que está vinculada às estratégias e aos interesses dos decisores e demais envolvidos
Determinação de valor de uma atividade, sendo uma atividade
que julga e estabelece critérios fundamentais para se decidir se uma política deve continuar a ser implementada. A partir disso, permite escolher entre diferentes projetos de acordo com sua eficácia e eficiência, e, ao cotejar os resultados, possibilita retificar as ações e reorientá-las em direção ao fim postulado.
Esses fatores indicam mais uma vez o porquê da escolha de
indicadores estar relacionada com a política: os indicadores são escolhidos de acordo com os interesses por trás dessa escolha, como por exemplo o de criar indicadores que atraiam os investimento, mesmo que esses não indiquem necessariamente um bom investimento ou um avanço na área onde foi investida
Tipos de Avaliação
A avaliação é uma atividade permanente e não restrita à etapa
final do ciclo da política pública, pois informa sobre seus avanços e limites ao orientar os tomadores de decisão quanto à continuidade, necessidade de correções ou mesmo suspensão de uma determinada política ou programa, de forma que seja feita em diversas fases, como uma retroalimentação do processo, sobretudo através do monitoramento. A avaliação pode ocorrer também em forma de monitoramento, onde agentes examinam como a implementação está sendo realizada, se está atingindo seus objetivos, além de verificar que problemas estão interferindo nas ações, processos e consecução dos objetivos previstos
Portanto, a avaliação pode não ser apenas dos resultados de
uma pp, pode ocorrer na implementação, como uma avaliação de processos pelo monitoramento
Avaliação acadêmica: é mais formal e enfoca a efetividade das
políticas, seus impactos e benefícios, permite maior isenção e rigor científico.
Avaliação da implementação: privilegia o exame de sua eficiência
e eficácia
As avaliações gerenciais buscam indicadores de efetividade,
enquanto as avaliações não gerenciais buscam indicadores de bem-estar social
Geralmente, os pesquisadores pesquisam os estudos não
gerencialistas
Conforme o agente que avalia e quem participa do processo de
avaliação
Avaliação Externa: realizada por especialistas de fora da
instituição responsável pelo programa. Vantagens: isenção e objetividade dos avaliadores externos. Desvantagens: o difícil acesso aos dados e uma prová- vel posição defensiva dos que terão seu trabalho avaliado, afetando na imparcialidade.
Avaliação Interna: executada dentro da instituição, a eliminação
da resistência do examinador externo, possibilidade de reflexão, aprendizagem e compreensão acerca das atividades institucionais, que foram implantadas por eles. Desvantagens: subjetividade. O ideal seria que a situação fosse avaliada por atores de dentro da instituição, mas que não participaram do processo.
Avaliação Participativa: participação dos beneficiários, de forma
que a avaliação seja feita contando com a opinião/percepção dos participantes.
Conforme a natureza da avaliação
Avaliação Formativa: voltada para a correção de procedimentos,
por meio de informações sobre as etapas da implementação
Avaliação Somativa: sentido de verificar se alcançou as metas
previstas e julgar seu valor geral pela análise e produção de informações sobre a implementação e etapas posteriores
Conforme o momento de realização da avaliação
Ex ante: é realizada antes do começo de um programa, com o
fito de dar suporte à decisão de implementá-lo ou não, avaliando possíveis benefícios ou obstáculos, simulando-se situações futuras, e de se utilizar o modelo de análise estrutural que identifica os principais agentes envolvidos, suas interações e os diferentes contextos que influenciam os resultados do programa, portanto colaborando com o refinamento das ações antes mesmo da sua implementação.
Ex post: realizada durante a execução de um programa ou ao seu
final, quando as decisões passam a se basear nos resultados alcançados. Quando o programa já foi concluído, examina-se a pertinência do uso futuro da experiência, isto é, se o mesmo tipo de programa deve ser replicado ou não, além de seus impactos. Quando está em execução, avalia-se julga-se se ele deve continuar ou não, com base nos resultados obtidos até o momento. Conforme o tipo de problema ao qual a avaliação responde
Avaliação de Processos: realizada durante a implementação com
objetivo de detectar as dificuldades que ocorrem durante o processo, a fim de se efetuarem correções ou adequações estimulando mudanças, quando necessárias.
Avaliação de Resultados e de Impacto: procura verificar em que
medida o programa alcançou os objetivos e quais foram seus efeitos e consequências, portanto se dá pós implementação. O impacto só pode ser mensurado quando há relação de causa e efeito, de forma que a causa A resultou no efeito B. Nem toda avaliação de resultado pode comprovar que o efeito possui como causa direta o que foi feito
Além disso, pode-se também não fazer nenhuma avaliação de
uma política, o que também é um fator político, podendo se ocultar os resultados da política
Accontability: capazes de responder aos diversos grupos de interesse sobre seus atos e decisões políticas
Os organismos internacionais aparecem nesse tipo de fase, pois
financiam o desenvolvimento nos demais setores políticos dos países subdesenvolvidos em um contexto de Nova Reforma do Estado. Isso se relaciona com a Avalição pela necessidade de se ter indicadores que mostrem como está sendo usado o dinheiro público e se esse dinheiro está sendo útil, de forma a atrair os investimentos necessários.
Indicadores gerencialistas nascem na reforma gerencial e tem
um foco quantitativo
Pode-se avaliar a efetividade de uma política
Olhar para:
Página 13 do texto do alcides;
A imposição de valores na avaliação, por ser um processo político O contexto: momento de crescimento na Nova Reforma Gerencial e os atores que participam do processo de ação O fato de a avaliação não sr necessariamente um momento final, e sim uma fase que existem diversos formatos a atenção de organismos internacionais
Por que o processo de pp engloba a avaliação o tempo todo?