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AULA 13

AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

 Foco no texto do Estado da Arte da URGS (texto 2) e nos tipos de


forma de avaliação

Contexto e O papel dos organismos multilaterais

 Os organismos multilaterais (blocos regionais AL) e


internacionais têm principal destaque nessa fase (Banco
Mundial, FMI, ONU, entre outros) pois motivaram o
direcionamento da atenção do Estado para a fase de avaliação

 Contexto: Nova Reforma Pública Gerencial -> O Estado não é


mais soberano e promotor de políticas públicas com seu próprio
investimento: outros autores são considerados nesse processo, o
terceiro setor e o setor privado, de forma a aumentar os interesses dos atores.

 Os organismos multilaterais colocam seus focos e investem nas


políticas públicas em diversas áreas para desenvolver os países
subdesenvolvidos, no entanto cobram por eficiência, eficácia e
efetividade nesse processo, as políticas precisam ter um retorno.
Dessa forma, para receber esse investimento, as avaliações das
políticas servem como garantia, por meio dos indicadores, que o
dinheiro está sendo usado de forma correta.

 Dessa forma, investem no processo de avaliação,


disponibilizando assistência técnica, fornecendo financiamento,
articulando redes de profissionais, sensibilizando lideranças
políticas e acadêmicas e atrelando o financiamento de projetos à
exigência de avaliação
 Vê-se um crescente interesse dos organismos internacionais nas avaliações
de políticas públicas, uma vez que esse processo corrobora com a ideia de
desenvolvimento: por meio da avaliação, pode-se identificar fatores como
se o dinheiro investido está sendo gasto corretamente, sem que haja
corrupção ou má gestão, e se está sendo eficaz, uma vez que, com ela, é
possível dar retorno aos investidores sobre como o dinheiro público está
sendo gasto.

 A avaliação permite aos formuladores e gestores de políticas


públicas desenharem políticas mais consistentes, com melhores
resultados e melhor utilização dos recursos

 No Brasil, esse crescente interesse dos governos com a avaliação


está relacionado às questões de efetividade (alcance das metas,
aferição dos resultados esperados e não esperados dos
programas) ou eficácia (à maior produção, maior eficácia), à
eficiência (a um menor custo de produção, maior eficiência), ao
desempenho e à accountability da gestão pública

 Além disso, os a preocupação com esses fatores se deu


sobretudo a partir dos anos 90, em um contexto de Nova Gestão
Pública e, com isso, redemocratização, adoção de uma
perspectiva de contenção dos gastos públicos, busca de melhoria
da eficiência e da produtividade, de ampliação da flexibilidade
gerencial e da capacidade de resposta dos governos,
maximização da transparência da gestão pública e de
responsabilização dos gestores, o consumidor vindo em primeiro
plano.

 Nesse sentido, a avaliação assume um papel fundamental para a


compreensão das políticas e do Estado em ação e seus
beneficiados, de forma que essas devam ser, como citado, mais
eficientes com menos gastos, além viabilizar o controle social
sobre o gasto público e as ações de governo, um importante
direito democrático, ao permitir a transparência nesse sentido.

Características

Como a avaliação era vista antes X como é vista agora


 Antes a avaliação era vista como algo feito pelos técnicos, com
uma neutralidade e isenção na avaliação, de forma que os
indicadores coletados fossem obtidos de forma neutra e fossem
superiores ao fator tendencioso que poderia estar envolvido na
sua coleta e divulgação, além desses dados serem
incontestáveis.

 Atualmente, esse estudo é entendido como sobretudo valorativo


e político, pois o que é escolhido racionalmente ou não como
indicador importante na avaliação é tendencioso e político, não é
isento, na medida em que está vinculada às estratégias e aos
interesses dos decisores e demais envolvidos

 Determinação de valor de uma atividade, sendo uma atividade


que julga e estabelece critérios fundamentais para se decidir se
uma política deve continuar a ser implementada. A partir disso,
permite escolher entre diferentes projetos de acordo com sua
eficácia e eficiência, e, ao cotejar os resultados, possibilita
retificar as ações e reorientá-las em direção ao fim postulado.

 Esses fatores indicam mais uma vez o porquê da escolha de


indicadores estar relacionada com a política: os indicadores são
escolhidos de acordo com os interesses por trás dessa escolha,
como por exemplo o de criar indicadores que atraiam os
investimento, mesmo que esses não indiquem necessariamente
um bom investimento ou um avanço na área onde foi investida

Tipos de Avaliação

 A avaliação é uma atividade permanente e não restrita à etapa


final do ciclo da política pública, pois informa sobre seus avanços
e limites ao orientar os tomadores de decisão quanto à
continuidade, necessidade de correções ou mesmo suspensão de
uma determinada política ou programa, de forma que seja feita
em diversas fases, como uma retroalimentação do processo,
sobretudo através do monitoramento.
 A avaliação pode ocorrer também em forma de monitoramento,
onde agentes examinam como a implementação está sendo
realizada, se está atingindo seus objetivos, além de verificar que
problemas estão interferindo nas ações, processos e consecução
dos objetivos previstos

 Portanto, a avaliação pode não ser apenas dos resultados de


uma pp, pode ocorrer na implementação, como uma avaliação
de processos pelo monitoramento

 Avaliação acadêmica: é mais formal e enfoca a efetividade das


políticas, seus impactos e benefícios, permite maior isenção e
rigor científico.

 Avaliação da implementação: privilegia o exame de sua eficiência


e eficácia

 As avaliações gerenciais buscam indicadores de efetividade,


enquanto as avaliações não gerenciais buscam indicadores de
bem-estar social

 Geralmente, os pesquisadores pesquisam os estudos não


gerencialistas

Conforme o agente que avalia e quem participa do processo de


avaliação

 Avaliação Externa: realizada por especialistas de fora da


instituição responsável pelo programa. Vantagens: isenção e
objetividade dos avaliadores externos. Desvantagens: o difícil
acesso aos dados e uma prová- vel posição defensiva dos que
terão seu trabalho avaliado, afetando na imparcialidade.

 Avaliação Interna: executada dentro da instituição, a eliminação


da resistência do examinador externo, possibilidade de reflexão,
aprendizagem e compreensão acerca das atividades
institucionais, que foram implantadas por eles. Desvantagens:
subjetividade. O ideal seria que a situação fosse avaliada por
atores de dentro da instituição, mas que não participaram do
processo.

 Avaliação Participativa: participação dos beneficiários, de forma


que a avaliação seja feita contando com a opinião/percepção
dos participantes.

Conforme a natureza da avaliação

 Avaliação Formativa: voltada para a correção de procedimentos,


por meio de informações sobre as etapas da implementação

 Avaliação Somativa: sentido de verificar se alcançou as metas


previstas e julgar seu valor geral pela análise e produção de
informações sobre a implementação e etapas posteriores

Conforme o momento de realização da avaliação

 Ex ante: é realizada antes do começo de um programa, com o


fito de dar suporte à decisão de implementá-lo ou não, avaliando
possíveis benefícios ou obstáculos, simulando-se situações
futuras, e de se utilizar o modelo de análise estrutural que
identifica os principais agentes envolvidos, suas interações e os
diferentes contextos que influenciam os resultados do programa,
portanto colaborando com o refinamento das ações antes
mesmo da sua implementação.

 Ex post: realizada durante a execução de um programa ou ao seu


final, quando as decisões passam a se basear nos resultados
alcançados. Quando o programa já foi concluído, examina-se a
pertinência do uso futuro da experiência, isto é, se o mesmo tipo
de programa deve ser replicado ou não, além de seus impactos.
Quando está em execução, avalia-se julga-se se ele deve
continuar ou não, com base nos resultados obtidos até o
momento.
Conforme o tipo de problema ao qual a avaliação responde

 Avaliação de Processos: realizada durante a implementação com


objetivo de detectar as dificuldades que ocorrem durante o
processo, a fim de se efetuarem correções ou adequações
estimulando mudanças, quando necessárias.

 Avaliação de Resultados e de Impacto: procura verificar em que


medida o programa alcançou os objetivos e quais foram seus
efeitos e consequências, portanto se dá pós implementação. O
impacto só pode ser mensurado quando há relação de causa e
efeito, de forma que a causa A resultou no efeito B. Nem toda
avaliação de resultado pode comprovar que o efeito possui como
causa direta o que foi feito

 Além disso, pode-se também não fazer nenhuma avaliação de


uma política, o que também é um fator político, podendo se
ocultar os resultados da política

 Accontability: capazes de responder aos diversos grupos de interesse sobre seus atos
e decisões políticas

 Os organismos internacionais aparecem nesse tipo de fase, pois


financiam o desenvolvimento nos demais setores políticos dos
países subdesenvolvidos em um contexto de Nova Reforma do
Estado. Isso se relaciona com a Avalição pela necessidade de se
ter indicadores que mostrem como está sendo usado o dinheiro
público e se esse dinheiro está sendo útil, de forma a atrair os
investimentos necessários.

 Indicadores gerencialistas nascem na reforma gerencial e tem


um foco quantitativo

 Pode-se avaliar a efetividade de uma política


 Olhar para:

 Página 13 do texto do alcides;


 A imposição de valores na avaliação, por ser um processo
político
 O contexto: momento de crescimento na Nova Reforma
Gerencial e os atores que participam do processo de ação
 O fato de a avaliação não sr necessariamente um momento final,
e sim uma fase que existem diversos formatos
 a atenção de organismos internacionais

 Por que o processo de pp engloba a avaliação o tempo todo?

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