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Aula 12

Implementação

 Os estudos de implementação são divididos em 4 gerações, de


forma que esses só chegaram no Brasil na 4ª, em 2010
aproximadamente

 Buscam olhar para o momento da materialização das políticas


públicas e compreender por que há e quais são as diferenças
entre os objetivos planejados e os resultados alcançados

 Ideia do ciclo (agenda, formulação, implementação e análise)


mas não necessariamente

 Antes, a implementação era uma “caixa preta”

1º momento: top down

 Os estudos olhavam para a ideia de implementação como uma


máquina

 Atores não políticos que tomassem decisões próprias estariam


pervertendo o funcionamento da política

 Os resultados eram esperados para serem iguais ao que se era


planejado, tendo como referência a fase de formulação

 Qualquer discrepância entre a formulação e a implementação


da política pública seria culpa da administração que
implementaria, que não seguiu corretamente o que estava
previsto
 Top down indica uma grande segregação, pois olha de cima
para baixo, em uma hierarquia onde os formuladores (em
cima) observam a implementação (embaixo), e se algo der
errado, seria exclusivamente culpa desses últimos

2º modelo: Bottom up

 “A política como ela é”, portanto são estudos altamente


descritivos sobre o que de fato ocorre na implementação

 A implementação não é falha, é um processo que exige


tomadas de decisões, uma vez que não pode ser controlado
ou previsto completamente

 Implementação a partir dos olhos de quem a faz: burocratas a


nível de rua

 A discricionaridade está muito presente na implementação,


pois a racionalidade é limitada e não existe um regramento
adequado

3ª geração: modelos alternativos

 Matland: olha para a ambiguidade e os conflitos como


elementos que determinam a capacidade de previsão das
ações

 Sabatier: busca compreender processos decisórios a partir das


coalizões

 Tentativa de sair da contraposição entre formulação e


implementação e dos embates entre os modelos, de forma a
compreender esse processo como algo contínuo
4º modelo: processo de reforma do Estado (New Public
Manage)

 Múltiplos modelos e formas de análise que se complexificaram


nas pós-reformas estatais

 Os estudos começam a ser trazidos para o Brasil

 Análises da capacidade gerencial do Estado para coordenar os


atores que oferecem os serviços em seu lugar

 Formulação e implementação como fases contínuas da cadeia


decisória

 Implementação como um processo altamente interativo e com


envolvimento de diversos atores

 A política como ela é: as políticas públicas e, principalmente a


fase de implementação, devem ser estudadas como de fato
acontece ao invés de como é idealizada, levando em conta as
múltiplas situações e divergências capazes de interferirem nos
resultados

 Olhar com atenção para essa fase

Burocratas de nível de rua

 Funcionários que trabalham diretamente na interação com os


usuários das políticas, segundo Lipsky

 Trabalham em condições de escassez de recursos

 Ex: policiais, professores, agendes de trânsito...


 Tem o poder de determinar o acesso do público a direitos e
benefícios governamentais

 Transformam as políticas abrangentes em ações práticas


dentro dos mais diversos contextos

 Transformar demandas individuais em categorias políticas


através da categorização dos indivíduos.

 Distribuir os serviços. Para isso, exercem graus de prioridade e


de categorias conforme a situação

 Estruturar os contextos de interação, com determinações que,


na maioria das vezes, não são neutras

 Guiar os usuários das políticas no uso dessas em seus papéis


como cidadãos

 Todas essas tarefas tem como elemento principal o uso da


discricionariedade

A discricionaridade

 Discricionaridade: margem de liberdade para a atuação dos


burocratas, dependendo do que situação pede, das estruturas
normativas e de comportamentos individuais

 A necessidade da discricionariedade se dá pelas situações


imprevisíveis e pelos recursos escassos em que os BRNs se
deparam no momento da implementação, de forma que seja
preciso exercer um trabalho que se ajuste conforme as
exigências imprevisíveis do contexto.
 Além disso, no cotidiano dos BRNS, é preciso lidar com
situações em que eles não possuem informações e instruções
necessárias para tal, sobretudo em conflitos entre o que era
previsto e o que o contexto traz de novo, o que lhes exige
soluções novas e adaptáveis.

 Quanto maior a ambiguidade ou falta das regras (formais ou


informais), maior será a discricionaridade na implementação,
uma vez que abre um maior espaço para a interpretação e a
para a atuação

 Na implementação existem questões comportamentais, além


das questões burocráticas, questões individuais, muitas vezes
contraditórias entre si

 Afeta diretamente no resultado das políticas

Sobre a Prova

 Focar nos textos e na releitura desses

 Contextualizar as ideias

 14/07 – Substitutiva espe cífica sobre a P2

 Recuperação – Última semana de julho

 Média: Nota p1 . 0,3 + Nota p2 . 0,3 + Nota p3 . 0,3 +


Resenha

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