Mucosa Oral
 A mucosa é uma estrutura que reveste
superfícies úmidas. A mucosa oral é
constantemente banhada pela saliva;
 É constituída por um epitélio e uma
lâmina própria de tecido conjuntivo
(equivalente à derme), em algumas
regiões abaixo da lâmina existe uma
submucosa;
 É desprovida de anexos cutâneos;
Desenvolvimento
 O epitélio é derivado do ectoderma e a
lâmina do ectomesênquima;
Estrutura
 O epitélio é do tipo estratificado
pavimentoso em toda a região da
mucosa oral com diferentes graus de
queratinização;
 As células originadas da constante
divisão celular das células-tronco do
estrato basal deslocam-se pelos vários
estratos epiteliais até descamarem;
 Durante o deslocamento as células
acumulam tonofilamentos;
 Proliferação e maturação contínuas são
características do epitélio oral;
 Estrato basal (porção germinativa):
 Células se dividem
constantemente;
 É formado por uma a três
camadas de células;
 Numerosas junções intercelulares
são encontradas entre os
queratinócitos basais,
especialmente do tipo
desmossomo, existindo também
hemidesmossomos entre a intercelulares do estrato mais
camada mais profunda e a lâmisa
basal;
 Quando o estrato basal é
constituído por mais de uma
camada, a mais profunda é
chamada de estrato basal
propriamente dito e as outras
constituem o estrato suprabasal;
 Estrato espinhoso
O nome advém das
interdigitações das células pelos
desmossomos;
 Constituído por queratinócitos
arredondados ou poliédricos;
 Possui maior quantidade de
desmossomos entre as células;
 Possui de três a oito camadas de
queratinócitos;
 As células possuem mais
tonofilamentos que as basais;
 Nas células mais superficiais desse
estrato aparecem pequenos
grânulos com conteúdo de
aspecto lamelar.
 Estrato granuloso
 São maiores e achatado;
 Maior quantidade de tonofibrilas
e de grânulos com conteúdo de
aspecto lamelar;
 Grânulos de querato-hialina, que
se coram fortemente por
hematoxilina e contêm a proteína
filagrina;
 Três a seis células de espessura;
 Os grânulos de aspecto lamelar
descarregam seu conteúdo entre
essa zona de transição entre
estrato granuloso e córneo,
preenchendo os espaços
superficial, formando uma
barreira lipídica que outorga
 certa impermeabilidade ao
epitélio;
 Estrato córneo
 Constituído por células
totalmente desidratadas;
 As células são mais achatadas
 Não são mais observados
grânulos nem outras estruturas
celulares, como núcleos e
organela em geral;
 Células repletas de filamentos de
citoqueratina;
 O epitélio oral queratinizado pode ser
orto ou paraqueratinizado
 Paraqueranizado quando a  Células de Merkel: estão no
camada de queratina apresenta
células com núcleos bem
condensados (picnóticos);
 Ortoqueratinizado quando as
células não possuem mais núcleos
 Epitélio oral não queratinizado
 Na camada superficial as células
são nucleadas e possuem
organelas;
 Não existe estrato granular,
consequentemente não há
estrato córneo;
 As células tornam-se achatadas
quando se aproximam da
superfície;
 Na região superficial é possível
distinguir dois estratos: o
intermédio e o superficial. No
intermédio as células são mais
achatadas, possuem algumas
organelas e alguns grânulos de
aspectos lamelares envolvidos por
membrana, conferindo certa
impermeabilidade ao tecido. No
superficial tem células mais
achatadas com tonofilamentos e
glicogênio, possuindo coloração
mais clara e são nucleadas;
Não queratinócitos:
 Melanócitos: estrato basal,
sem tonofilamentos e
desmossomos,
prolongamentos para o
estrato espinhoso.
Principalmente gengiva
inserida.
 Células de langerhans:
apresentadoras de antígeno,
presentes nas regiões mais
permeáveis da boca, como
assoalho e porção ventral da
língua. Estrato espinhoso
estrato basal. Receptores
mecânicos da mucosa oral.
Lâmina própria
 Possui duas camadas: a papilar (tecido
conjuntivo frouxo) e a reticular (tecido
conjuntivo denso)
 Células
 Principalmente fibroblastos que
produzem a matriz extracelular da
lâmina própria, macrófagos,
mastócitos e células sanguíneas
Mucosas de revestimento
 Epitélio não queratinizado, pois não
estão expostas aos atritos da
mastigação;
 É encontrada em regiões mais elásticas,
como lábios, mucosa alveolar, mucosa
jugal, palato mole, assoalho da boca e
porção ventral da língua;
 Mucosa labial e jugal
 Parte externa do vestíbulo;
 Apresentam epitélio espesso com
muitas camadas de células;
 Renovação de 10 a 12 dias;
 A diferença entre as duas mucosas
é que no lábio, os queratinócitos,
após a camada espinhosa continuam
 arredondados, achatando-se
somente no estrato superficial. Nas
bochechas os queratinócitos se
achatam gradualmente;
 Glicogênio mais abundante nas
bochechas;
 A matriz celular é rica em fibras
elásticas devido a elasticidade dessas
regiões;
 Tanto nos lábios como nas
bochechas existe submucosa entre a
tecido reticular e o tecido muscular,
possuindo muitas glândulas salivares
menores do tipo mucosas e tecido
adiposo;
 Na submucosa da bochecha também
existem glândulas sebáceas, que
formam grânulos, denominados
grânulos de Fordyce;
 O vermelhão do lábio é uma
transição entre tegumento e
mucosa, conforme vai se
aproximando da mucosa, a camada
córnea diminui até deixar de existir e
a papila conjuntiva é muito mais alta
nessa área de transição.
 Mucosa alveolar
 Muitas fibras elásticas que dão grande
mobilidade a região;
 Transição entre a mucosa labial e jugal
e a mucosa gengival
 Quase não apresenta estrato espinhoso
 As células do estrato intermédio
apresentam muito glicogênio e as
superficiais mais ainda;
 Região submucosa com glândulas
salivares menores do tipo mucosa;
 As fibras elásticas da lâmina própria e
submucosa garantem a elasticidade
dessa mucosa.
 Mucosa do palato mole
 Submucosa com glândulas salivares
menores mucosas, nódulos linfáticos e
fibras musculares;
 Escasso estrato espinhoso;
 Possui alguns botões gustativos
principalmente na região anterior;
 Mucosa do assoalho da boca
 Muito fino, com poucas camadas
celulares;
 Área de transição da gengiva inserida
com a porção ventral da língua;
 Epitélio fino e permeável;
 Quase não apresenta estrato espinhoso;
 Muito espaço entre as células;
 Quase não apresenta glicogênio nos
estratos superficiais;
 Apresenta muitas células de Langerhans;
 Lâmina própria com poucas fibras
colágenas;
 Muitos macrófagos e linfócitos também
são observados;
 A submucosa está relacionada com a
porção secretora do glândula sublingual.
 Mucosa do ventre lingual
 Epitélio fino e permeável;
 Estrato espinhoso pouco desenvolvido;
 Bastante células de Langerhans;
 Não apresenta submucosa.
Mucosa mastigatória
 Possuem epitélio queratinizado;
 Encontrada em regiões expostas ao atrito
do alimento;
 Encontrada na mucosa gengival e na
mucosa do palato duro;
 Mucosa gengival
 O epitélio da gengiva inserida é
predominantemente paraqueratinizado;
 Em poucos casos pode ser
ortoqueratinizado;
 Possui os quatro estratos bem definidos;
 O estrato espinhoso é o mais espesso;
 Grande quantidade de desmossomos
entre as suas células;
  No último estrato os queratinócitos não
apresentam glicogênio;
 Na camada reticular não possui fibras
elásticas;
 Não possui submucosa.
 Mucosa do palato duro
 Predominantemente ortoqueratinizado;
 Suas células superficiais nunca
apresentam glicogênio;
 Não possui fibras elásticas;
 No centro do palato duro e na região
anterior não existe submucosa
 Na região lateral posterior a submucosa
é encontrada, a partir dos pré-molares.
A região anterior da submucosa é rica
em tecido adiposo e a posterior é rica
em glândulas salivares menores mucosas.
A submucosa também contém vasos e
nervos.
Mucosa especializada
 A mucosa do dorso da língua é uma
estrutura sensorial;
 É um epitélio queratinizado;
 Corpo (cavidade oral) e base (istmo das
fauces, tonsilas palatinas e orofaringe), o
limite entre essas duas partes é o V lingual
 A base da língua é ocupada por glândulas
salivares mucosas e tecido linfático.
 Essa mucosa é recoberta por papilas.
Existem de 8 a 10 papilas circunvaladas no V
lingual. O restante do dorso da língua é
ocupado por papilas filiformes, existindo
também papilas fungiformes. Nas regiões
posteriores e laterais da língua também são
encontradas papilas foliadas.
 Papilas filiformes
 São as mais numerosas;
 Possuem forma cônica e inclinada para
a orofaringe;
 Epitélio ortoqueratinizado e tem
numerosos melanócitos e células de
Langerhans;
 Possuem fina sensibilidade tátil, devido a
ausência de botões gustativos nessa
área;
 Papilas fungiformes
 Encontram-se esparsadas entre as
filiformes;
 Estruturas arredondadas de cor
vermelha;
 Epitélio paraqueratinizado e possui
alguns botões gustativos;
 Papilas circunvaladas
 Região superior no mesmo nível da
superfície lingual;
 Possuem um sulco e nas paredes desse
sulco ficam os botões gustativos;
 Ortoqueratinizado
 No fundo do sulco abrem-se as glândulas
de Von Ebner (serosas);
 Papilas foliadas
 No epitélio não queratinizado da parede
dos sulcos que ficam os botões
gustativos;
Botões gustativos
 Origem epitelial;
 As células dos botões gustativos são de três
tipos:
 Escuras ou do tipo I: localizadas na
periferia, facilitam a captura dos
estímulos gustativos e possuem função
de suporte. Porção germinativa.
 Claras ou do tipo II: aparentemente de
suporte.
 Intermediárias ou do tipo III: são as
células neuroepiteliais.
 Apresentam alto índice de renovação
 Prática de mucosa oral

Dorso da língua
Lâmina 34

Papila filiforme

Papila fungiforme

Paraqueratinizado

Ventre da língua
Lâmina: 13 (língua)

Não queratinizado

Mucosa
 Lâmina 41 Paraqueratinizado

Estrato granuloso

Estrato espinhoso

Estrato basal

Lâmina própria

Lâmina 46 Papila filiforme

Sem botões gustativos

Camada ortoqueratinizada
 Ortoqueratinizado

Papila circunvalada

Lâmina 49

Glândulas de Von Ebner