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EREM JOAQUIM TÁVORA

DISCIPLINA: PORTUGUÊS (GRAMÁTICA: Colocação Pronominal)


PROFESSORA: SANDRA DATA: 26/ 08 / 2020 3º ANO

COLOCAÇÃO PRONOMINAL • Em orações com verbo no imperativo. Ex.:


Comportem-se!
• Em orações com verbo no gerúndio, desde
➢ COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS que não venha precedido da preposição
ÁTONOS “em”. Ex.: Foi embora, deixando-nos sós.
• Em orações com verbo no infinitivo
Na língua portuguesa, os pronomes impessoal. Ex.: O sonho está pulverizado
oblíquos átonos são: o, a ,os, as, lhe, lhes, me, te, nos corações, basta encontrá-lo.
se, nos, vos, e os quatro primeiros apresentam as
formas variantes lo, la, los, las. ❖ MESÓCLISE
Os pronomes oblíquos átonos podem
ocupar três posições: antes do verbo (próclise), Pouco empregada em nosso dia a dia, a
depois do verbo (ênclise) e no meio do verbo mesóclise somente deve ser usada com verbos no
(mesóclise). futuro do presente ou no futuro do pretérito. Exs.:
Falar-nos-emos se houver dúvidas.; Dir-lhe-ei como
❖ PRÓCLISE fazer o procedimento adequado.; Explicar-lhe-ia
como proceder.
É a posição mais comum e ocorre nas
seguintes circunstâncias: REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
• Na presença de palavras atrativas: Ir além ENEM: resumos, 1ª edição, São Paulo, FTD,
• Partículas negativas _ de modo algum, não, 2016.
nunca, jamais. Ex.: Nunca nos revelou sua
verdadeira identidade.
• Advérbios, sem que haja vírgula depois EXERCÍCIO
deles. Ex.: Depois me dirigi ao balcão de
informações. 01. (ENEM)
Se houver vírgula depois do advérbio, O uso do pronome átono no início das frases é
ocorre ênclise. Ex.: Finalmente, destacado por um poeta e por um gramático nos
encontramo-nos. textos abaixo.
• Pronomes relativos, indefinidos e Pronominais
demonstrativos _ que, alguns, outros,
Dê-me um cigarro
muitos, pouco, tudo, nada, nenhum, isso.
Diz a gramática
Ex.: Tudo me recorda os bons momentos Do professor e do aluno
vividos na infância. E do mulato sabido
• Em orações interrogativas e optativas: Exs.: Mas o bom negro e o bom branco
Quem o viu?; Deus nos proteja. Da Nação Brasileira
• Conjunção subordinativa _ como, Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
conforme, quando. Ex.: Pensei que lhe
Me dá um cigarro.
dariam o emprego.
• Em orações com o verbo no gerúndio, (ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São
Paulo: Nova Cultural, 1988.)
precedido de preposição “em”. Ex.: Em se
tratando de festas, preferem as que “Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na
acontecem ao ar livre. conversação familiar, despreocupada, ou na língua
escrita quando se deseja reproduzir a fala dos
personagens (...)”.
❖ ÊNCLISE
(CEGALLA. Domingos Paschoal. Novíssima
A ênclise é obrigatória nas seguintes gramática da língua portuguesa. São Paulo:
situações: Nacional, 1980.)
• Em orações iniciadas por verbo. Ex.: Faça-
Comparando a explicação dada pelos autores
me o favor de fechar a porta. sobre essa regra, pode-se afirmar que ambos:
a) Condenam essa regra gramatical. a) pode-se dizer que o autor quis criticar as
b) Acreditam que apenas os esclarecidos sabem padronizações da chamada linguagem culta. Dessa
essa regra. maneira, ele se utiliza da ironia.
c) Criticam a presença de regras na gramática. b) é apresentado que os dois personagens dominam a
norma padrão.
d) Afirmam que não há regras para uso de
c) o título é inadequado, pois que há um diálogo simples
pronomes. entre duas pessoas.
e) Relativizam essa regra gramatical. d) há um consenso entre os dois personagens de que
02. (IFAL-2013/1) pôr os pronomes no lugar correto é elitismo.
e) podemos entender que ambos os personagens são
intransigentes e se fecham entre si.

03. (VUNESP) Leia a tirinha para responder à


questão

- Me disseram..
- Disseram-me.
- Hein?
- O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.
- Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”?
- O quê?
- Digo-te que você...
- O “te” e o “você” não combinam.
- Lhe digo?
- Também não. O que você ia me dizer?
- Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E
que eu vou te partir a cara. Lhe partir a cara. Partir a
sua cara. Como é que se diz?
- Partir-te a cara.
- Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me
corrigir. Ou corrigir-me.
- É para o seu bem.
- Dispenso as suas correções. Vê se esquece- me. Falo
como bem entender. Mais uma correção e eu...
- O quê?
- O mato. No segundo quadrinho, observa-se o emprego
- Que mato? correto do pronome, quanto à sua colocação na
- Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu frase. Assinale a alternativa que nomeia essa espécie
bem? de colocação e por que ela é obrigatória, nesse
- Eu só estava querendo... contexto.
- Pois esqueça-o e pára-te. Pronome no lugar certo é
elitismo! a) Próclise, pelo uso de palavra negativa.
- Se você prefere falar errado... b) Mesóclise, pela utilização do imperativo.
- Falo como todo mundo fala. O importante é me
c) Próclise, pela utilização do gerúndio.
entenderem. Ou entenderem-me?
d) Ênclise, pelo uso de expressão negativa.
- No caso... não sei.
- Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não? e) Mesóclise, pela presença de perífrase.
- Esquece.
- Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o 04. Observe os períodos abaixo e assinale a única
certo é “esquece” ou “esqueça”? Ilumine-me. Me diga. alternativa errada quanto ao emprego do pronome
Ensines-lo-me, vamos.
- Depende.
oblíquo.
- Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-melo-ias se o a) Em se tratando de um caso urgente, nada o
soubesses, mas não sabes-o. retinha em casa.
- Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser. b) Vendo-a entrar, Marcos partiu.
- Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas
dá. Mas não posso mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia. c) Direi-lhe tudo que quiser.
- Por quê? d) Quando me visitas?
- Porque, com todo este papo, esqueci-lo. e) Há pessoas que nos querem bem.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se Ler na Escola.
Objetiva, Rio de Janeiro, 2001.)
GABARITO
Esta crônica (texto) brinca com o uso do padrão culto da
língua. 1. E
2. A
Assim, 3. A
4. C

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