Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
____________________________________________________________________________
APRESENTAÇÃO
Olá turma!
Nesta segunda aula, vamos conversar sobre alguns problemas e perspectivas que
circundam o trabalho de arranjo arquivístico de processos judiciais históricos. Para
isso, tentaremos compreender um pouco do cenário histórico, teórico e técnico em
que essa atividade se insere.
A prática do arranjo é orientada por uma série de princípios gerais que devem ser
utilizados observando-se a cultura informacional e a dinâmica de funcionamento de
cada instituição. Não há fórmula mágica para executar esse trabalho, mas, ao mesmo
tempo, em nenhum momento podemos abdicar de desenvolver soluções claras e
embasadas na teoria arquivística.
Então, para ampliar um pouco mais nosso conhecimento sobre arranjo, vamos nos
debruçar sobre alguns fatores que podem dificultar ou potencializar a realização dessa
atividade.
1
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
Assim como o trabalho feito pela CPAD alguns anos antes, a pesquisa de 1989
também chegou à conclusão de que inexistia uma política arquivística que orientasse a
atuação desses no que tange à gestão e preservação de seus documentos e
informações.
1
Formalizada pela Portaria nº 1.009, de 29 de outubro de 1985.
2
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
• o Arquivo Nacional;
• os arquivos do Poder Executivo Federal;
• os arquivos do Poder Legislativo Federal;
• os arquivos do Poder Judiciário Federal;
• os arquivos estaduais dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário;
• os arquivos do Distrito Federal dos Poderes Executivo e
Legislativo;
• os arquivos municipais dos Poderes Executivo e Legislativo.
3
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
Figura 3: Diagnósticos produzidos pelo CSJT para conhecer de forma sistemática a realidade dos
arquivos da JT.
2
Os diagnósticos estão disponíveis em:
http://www.csjt.jus.br/c/document_library/get_file?uuid=a46cb519-4618-4831-a4f9-
e409afbcbfa7&groupId=955023
4
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
2 – O PROBLEMA DO RECOLHIMENTO
5
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
RECOLHIMENTO
TRANSFERÊNCIA RECOLHIMENTO
• Classes;
• Assuntos; e
• Movimentos.
3
Disponível em: https://juslaboris.tst.jus.br/handle/20.500.12178/50329
4
O sistema das TPU pode ser acessado em: http://www.cnj.jus.br/sgt/consulta_publica_classes.php
6
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
7
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
PROCESSO CÍVEL E DO
TRABALHO
8
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
Figura 10: Representação gráfica do quadro de arranjo proposto para a JT na Orientação Técnica do
CSJT.
9
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
documentos, mas sim de clarificar e deixar bem representadas suas relações com
atividades específicas da instituição.
Adotar essa definição como baliza para uma conversa sobre aplicação de um
quadro de arranjo pode gerar um ambiente comunicativo que lembrará uma torre de
babel. Enquanto um arquivista fala “série” pensando na tipologia documental, outro
entende que a conversa é sobre o assunto dos documentos e um terceiro faz replica
referindo-se a uma atividade. Uma bagunça que vai complicar o desenvolvimento do
trabalho.
10
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
Nesse caso, além de o termo assunto servir como uma designação genérica
significando indistintamente e simultaneamente “funções, atividades, espécies e tipos
documentais”, esses assuntos (funções, atividade, espécies e tipos) dividem-se não em
séries, mas em classes, subclasses, grupos e subgrupos.
5
Disponível em:
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/images/publicacoes_textos/Codigo_de_classificacao.pdf
11
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
TRT (Fundo)
FUNÇÃO FUNÇÃO
JUDICIAL ADMINISTRATIVA
(Seção) (Seção)
(Subséries)
(processos e dossiês)
Figura 11: Estrutura geral do quadro de arranjo proposto na Orientação Técnica do CSJT.
12
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
13
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
dissídio coletivo
Assim, por meio das tipologias documentais
visualizamos claramente a vinculação entre uma
atividade institucional e os documentos que ela
produz.
A subsérie “autos de julgamento de dissídios
coletivos” é um conjunto informacional que tem
como elementos cada um dos autos dissídios
coletivos de um dado período acumulados no
arquivo.
Considerado isso, salientamos que o quadro acima busca apenas lançar luzes a
um dos caminhos possíveis para melhorar a comunicação entre os colaboradores
envolvidos no trabalho de arranjo, além de buscar trazer bases mais palpáveis à
discussão técnica sobre o tema no contexto de um trabalho prático.
14
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
Judiciário brasileiro 6 (Moreq-Jus), que foi instituído pela Resolução CNJ n° 91, de 29 de
setembro de 2009. Abaixo apresentamos de forma sumarizada os assuntos tratados
por esses dois capítulos do MoReq-Jus:
[...]
8. Avaliação e destinação
6
Disponível em: http://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/pj-proname/sistema-moreq-jus
15
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
Código de MPR1.3.4
identificação
Nome Status Permanente
Definição Indica se uma entidade precisa ser conservada
permanentemente.
Aplica-se Classificação Processo/dossiê/
volume
Anexo Documento
Responsável Usuário ou
sistema
Usuário ou
sistema
Usuário ou
sistema
Usuário ou
sistema
Herança Não
Condições de O valor deve ser Sim ou Não.
uso
Comentário Aplica-se associado à tabela de temporalidade
ou aos créditos de guarda de processos/dossiê
e documentos.
Requisitos MoReq-Jus:RAD8.1.3, RAD8.2.5
Referências MoReq2: M031
Figura 12: Metadado de preservação MPR1.3.4
Uma vez identificados, esses processos poderiam ser migrados para ambientes
digitais apropriados ao trabalho arquivístico de arranjo, descrição, difusão e
preservação por longos prazos. Essa medida teria a natureza de um recolhimento
propriamente dito e contribuiria para a melhora da capacidade operativa dos sistemas
judiciais e administrativos, mediante a liberação de espaço nos storages mais caros e
com alto índice de acesso, além de permitir a organização do ciclo de vida dos
documentos armazenados.
Uma vez que essas aplicações estejam disponíveis aos profissionais das áreas
de gestão de documentos e de memória institucional será necessário desenvolver
metodologias que congreguem esforços humanos e de tecnologia da informação para
a contextualização, arranjo e descrição das grandes massas documentais que estão
represadas nos sistemas informáticos.
16
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
Figura 13: Foto do fundo de arquivo do Ministro Geraldo Bezerra de Menezes (à direita).
17
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
Figura 14: Equipe da CGEDM/TST faz identificação inicial dos documentos do Fundo Geraldo Bezerra de
Menezes juntamente com familiares do ministro.
A primeira viagem serviu para contato inicial com a família do ex-Ministro. Esse
foi o momento de definir as condições, exigências e detalhes relativos à doação. A
equipe, formada por dois servidores, também realizou, durante dois dias, o trabalho
de identificação geral, acondicionamento e preparação do material para o transporte.
18
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
7
Disponível em:
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/images/publicacoes_textos/Recomendacoes_digitalizacao_c
ompleta.pdf
19
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
Fundo GBM
700 –
800 -
100 - 200 – 300 – 400 – 500 – 600 – Atividade 900 – 1000 –
Atividades
Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade de Atividade em em Atividade Atividade
documentação da vida
jurisdicional religiosa acadêmica familiar associações instituições literária política
civil
culturais
Essas séries – lembrem-se que no tópico 4 desta aula alinhamos o termo séries
à ideia de atividades desenvolvidas – estão em pleno processo de descrição já
contando com os textos base para construção de inventários e catálogos. Pelos
instrumentos ainda em fase de elaboração podemos conhecer alguns documentos
interessantes do fundo:
20
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
21
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
Figura 17: Saudação a Geraldo Bezerra de Menezes feita pelo Procurador de Justiça Edmo Lutterbach.
22
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
8. BIBLIOGRAFIA
23
AULA 2 - ARRANJO ARQUIVÍSTICO: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
____________________________________________________________________________
INDOLFO, Ana Celeste. As transformações no cenário arquivístico federal. In: Arq. &
Adm., Rio de Janeiro, v.7,n. 1, jan./jul.2008. p. 49-71.
SOUSA. Renato Tarciso Barbosa de. A classificação como função matricial do que-
fazer arquivístico. In: Arquivística Temas Contemporâneos. Distrito Federal. SENAC,
2007.
24