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Fases da Globalização

A globalização é o fenômeno que possibilita intercâmbio e aproximação entre diferentes


sociedades. É um processo que aproxima nações em todos aspectos: sociais, culturais, políticos e
econômicos.

Ela permite a troca de experiências, hábitos e informações entre diferentes culturas, fazendo com
que exista mais comunicação, trocas culturais e crescimento de negócios.

A globalização cria também a aculturação, que é a mistura de diferentes culturas em um mesmo


local. Da mesma forma, aumenta a presença de empresas multinacionais nos países e permite a
rápida circulação de informações e de mercadorias.

A globalização facilitou a expansão do capitalismo, que ocorreu com mais força e abrangência
em cada fase do processo globalizatório. Teve início ainda no século XV e passou por diferentes
fases ao longo da história.

Existem algumas divergências sobre os períodos, aqui adotamos a divisão em quatro fases.
Conheça um pouco mais sobre cada etapa do processo de globalização.

1ª fase da globalização
A 1ª fase da globalização, que ocorreu entre o século XV e o século XIX, é marcada pela
ocorrência das Grandes Navegações e pela expansão do mercantilismo.

Até o começo da expansão marítima, as sociedades tinham menos contato, justamente pela
ausência de transportes que permitissem comunicações fáceis. O isolamento fazia com que as
sociedades fossem independentes umas das outras, exatamente o oposto do que ocorre na
globalização.

A expansão marítima inicia pela necessidade de encontrar novos mercados e matérias-primas que
permitiriam a expansão da mercantilização mundial, principalmente do mercado europeu. Essa
expansão teve como consequência o crescimento nas relações mercantis e mais facilidade de
circulação de produtos e de pessoas.
Assim, foi a partir desse movimento gerado pelas Grandes Navegações que países
europeus estabeleceram colônias em países da América e deram início ao processo que mais
tarde foi chamado de globalização.

Leia mais sobre os significados de Mercantilismo e Capitalismo comercial.

2ª fase da globalização
A segunda fase inicia-se no final do século XIX e dura até o fim da Segunda Guerra Mundial. O
aspecto mais importante dessa etapa da globalização é o crescimento do capitalismo.

O período também é caracterizado pela expansão e dominação política e econômica de países


europeus sobre nações dos continentes Africano e Asiático, além da América. A expansão
colocou as colônias europeias em posição de dependência econômica, sendo usadas para
fornecimento de matérias-primas e de mão de obra.

O avanço tecnológico facilitou a aceleração da globalização e do crescimento industrial, com o


consequente aumento das relações econômicas entre países. As inovações permitiram que a
comunicação e a troca de informações fossem mais rápidas.

A tecnologia igualmente facilitou a interação entre diferentes nações, o que permitiu aumento de
contatos de forma geral, não somente em relação à expansão do comércio e dos negócios.
Telefone, rádio e telégrafo são alguns exemplos de invenções que facilitaram o crescimento da
comunicação.

Nessa época também ocorreu um fortalecimento dos bancos e por essa razão a fase é chamada
de capitalismo financeiro.

Foram eventos marcantes desse período: uso de eletricidade e surgimento de novos transportes
que facilitaram o intercâmbio de mercadorias, matérias-primas e pessoas. São exemplos as
locomotivas e os navios movidos a vapor.

Leia mais sobre Capitalismo e Capitalismo financeiro.

3ª fase da globalização
O acontecimento que marca a terceira etapa da globalização é a Guerra Fria (1945-1991),
ocorrida entre União Soviética e Estados Unidos. Nessa fase há um conflito entre a existência do
sistema capitalista e os preceitos do socialismo, sendo essas diferenças as responsáveis pelo
confronto.

No contexto da Guerra Fria, especificamente, essa disputa ocorre entre dois modelos econômicos
opostos: o bloco socialista (antiga União Soviética) e o bloco capitalista (Estados Unidos).

Leia mais sobre Capitalismo e Socialismo.

Algumas das principais características dessa fase da globalização são:

 desenvolvimento dos transportes,

 avanços na informática e nas comunicações,

 evolução dos conhecimentos científicos como tecnologias espaciais e robótica.

Do mesmo modo, o aumento da circulação da informação também foi bastante influenciado por
essa fase da globalização, especialmente pelas novidades surgidas na comunicação e na
informática.

Leia mais sobre a Guerra Fria.

4ª fase da globalização
Essa é a atual fase do processo de globalização. Seu início ocorre a partir da queda do Muro de
Berlim em novembro de 1989. O período, chamado de Nova Ordem Mundial, é marcado por
mais avanço e consolidação do sistema capitalista. As consequências da vigência desse sistema
também começam a ser percebidas com mais clareza.

A etapa tem como principal característica os avanços tecnológicos, que propiciaram o aumento
da velocidade da troca de informações. O fenômeno facilitou o intercâmbio entre diferentes
nações, permitindo ainda mais proximidade entre culturas, pessoas e empresas.
O avanço tecnológico influencia diretamente no sistema capitalista, pois permite, por exemplo,
que multinacionais cheguem a diferentes países. Da mesma forma, o surgimento de blocos
econômicos em diferentes partes do mundo também é típico dessa fase da globalização.

Conheça mais sobre a formação de blocos econômicos.

O avanço do neoliberalismo também teve influência sobre a 4ª fase da globalização,


principalmente nas questões comerciais e econômicas.

Ele se materializou pela privatização de empresas públicas e pela entrega de alguns setores da
economia para empresas privadas. Outras consequências foram redução de direitos trabalhistas,
aumento da concentração de renda e crescimento da pobreza.

Para saber mais, leia o artigo: Neoliberalismo.

São características dessa fase: uso de novas fontes de energia (como a energia nuclear) e
desenvolvimento de tecnologias modernas em áreas como genética, robótica e biotecnologia.

Como uma das principais consequências negativas dessa época pode-se apontar o aumento dos
prejuízos causados ao meio ambiente e às fontes de energia não renováveis.

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