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Sanúdia Mário

Exigências e desafios do ensino superior


Oportunidades e privilégios no ensino superior
(Licenciatura em Ensino de Matemática)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
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Sanúdia Mário

Exigências e desafios do ensino superior


Oportunidades e privilégios no ensino superior

Trabalho de pesquisa da cadeira de Métodos de


Investigação científica a ser entregue e a apresentado
no Departamento de Ciências Tecnologias,
Engenharia e matemática sob orientação do
docente:MSc. Mirassi Licínio Guido

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
Índice
1. Introdução............................................................................................................................3

1.1. Objectivos.....................................................................................................................3

1.1.1. Objectivo Geral.....................................................................................................3

1.1.2. Objectivos Específicos..........................................................................................3

1.2. Metodologia.................................................................................................................3

2. Desafios do ensino superior.................................................................................................4

2.1. Qualidade do ensino.....................................................................................................4

2.1.1. Actividades de extensão universitária...................................................................5

2.1.2. Perspectivas do ensino superior............................................................................5

2.2. Exigências no Ensino superior.....................................................................................5

2.2.1. Acerca da abertura e encerramento de instituições e cursos.................................7

2.3. Os dois grandes desafios da universidade moçambicana.............................................8

2.3.1. Exigências do mercado e autonomia universitária................................................8

2.3.2. Estratégias pedagógicas........................................................................................9

2.3.3. A transposição dos modelos de gestão da qualidade do sector empresarial para


o do ensino.........................................................................................................................10

2.3.4. Acessibilidade ao ensino superior.......................................................................10

2.3.5. Investigação e extensão.......................................................................................11

3. Conclusão..........................................................................................................................13

4. Referencias Bibliográficas.................................................................................................14
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1. Introdução
Desafios e exigências do ensino universitário Exigências de ensino Universitário O ensino
superior respondem, a longo prazo, aos desafios da construção da nação, de uma sociedade
aberta e democrática com exercício activo da cidadania e do desenvolvimento económico
num ambiente não protegido e competitivo à escala global. Se assim é, a educação e o ensino
superior terão de se pautar por parâmetros de qualidade internacional, o que significa,
nomeadamente, que os técnicos formados terão competências equivalentes e capacidades
competitivas individuais para actuar em qualquer mercado de trabalho ou concorrer no seu
país com técnicos estrangeiros. Isso só é possível com instituições de ensino superior de
elevada qualidade que tem como variáveis de análise.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Conhecer os desafios e exigências do ensino superior e sues privilégios;

1.1.2. Objectivos Específicos


Compreender os desafios e exigências do ensino superior e sues privilégios;
Identificar os desafios e exigências do ensino superior e sues privilégios

1.2. Metodologia
Realização de um trabalho científico foi necessário recorrer a métodos bibliográficos. É a
partir deste que tornou possível a realização deste trabalho, na qual baseou-se na consulta de
obras
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2. Desafios do ensino superior


Segundo Santos(1999). O Estado tem como funções principais, no que concerne à educação
superior, entre outras, definir e assegurar a implementação de estratégias para o ensino
superior e investigação científica, no quadro dos objectivos do desenvolvimento global e
regionalmente integrado, da evolução económica e conforme os mecanismos de mercado. A
preservação da qualidade, o incentivo à investigação, o bom funcionamento do ensino
superior e das suas instituições e a ampliação do acesso ao ensino superior, são objectivos que
integram o papel regulador e fiscalizador do Estado. O alinhamento do sistema de ensino no
quadro das reformas a nível regional e internacional e os incentivos e afectação de recursos
que garantam a internacionalização das instituições na formação, investigação e em redes de
conhecimento. Indicam-se a seguir algumas acções necessárias à realização das funções
descritas.

2.1. Qualidade do ensino


Qualidade do ensino e das instituições O órgão de tutela do ensino superior deve possuir uma
definição de indicadores ou de critérios de verificação do conceito de qualidade que permitam
a avaliação e classificação das instituições e dos cursos. Os indicadores e as suas ponderações
na nota final das instituições podem mudar em função do objectivo de qualidade a alcançar
em cada fase. Em qualquer circunstância, destacam-se, entre outras, as seguintes:
Qualidade do corpo docente (graus, formação adequada aos cursos, avaliação
curricular regime de contrato);
Condições pedagógicas de ensino, principalmente: salas de aula, acervo bibliotecário,
acesso a meios informáticos, Internet, bibliotecas online e pacotes software conforme
os cursos, laboratórios e sua utilização;
Investigação, medida por projectos aprovados e em curso, obras publicadas
(diferenciadas por tipo de publicação) e grau de internacionalização (veja mais
adiante);
Funcionamento regular, autónomo e conforme os estatutos, dos órgãos de gestão
científica, sobretudo o conselho científico e o conselho pedagógico;
Outros serviços acessíveis aos estudantes (acesso a computadores, reprografia,
livraria, bar.);
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2.1.1. Actividades de extensão universitária


Actividades de extensão universitária medida por acções junto da comunidade (estudos,
consultorias, observatórios e seminários, conferências, debates realizados em eventos
organizados por terceiros.);
Actividades extracurriculares realizadas pela universidade, como conferências,
seminários, eventos da associação de estudantes, desporto universitário;
Percepção dos estudantes sobre diferentes aspectos da universidade e do ensino,
informação a ser obtida por questionário normalizado. Formação do corpo docente
Compete ao Estado acompanhar e incentivar a formação do corpo docente, cuja execução
é da responsabilidade das instituições de ensino superior. Esta acção compreende:
Definição de critérios e ritmos de selecção de futuros docentes, privilegiando os melhores
estudantes de cada curso;
Estabelecimento de programas individuais de formação (leccionação com tutor,
frequência de mestrados, doutoramentos, participação em trabalhos de investigação,
elaboração de trabalhos de pesquisa.);

2.1.2. Perspectivas do ensino superior


De um lado, buscando criticar o modelo vigente e superar seus problemas, alguns tendem a
transformar a Universidade numa instituição que só privilegiaria a pesquisa, que priorizaria
excessivamente a pesquisa, desprestigiando seu papel educativo frente à juventude
considerando menor a tarefa do ensino de graduação, passando a investir pesado no ensino de
pós-graduação, identificado fundamentalmente com a realização sistemática da pesquisa.

Se é verdade que esta tendência, que se manifesta mais nas universidades públicas, é uma
força importante na história do ensino superior , representando assim uma intenção positiva,
já que a dimensão da pesquisa era quase que inexistente na nossa tradição universitária, não se
pode desconsiderar o risco de elitização que ela traz em seu bojo, o risco de uma postura
altaneira e arrogante que acabará impedindo a Universidade de dar à sociedade o retorno que
ela espera e merece, com toda legitimidade. Processo que, independentemente de sua
qualidade intrínseca, desvirtua a própria razão de ser da Universidade. Raposo, (2001).

2.2. Exigências no Ensino superior


Procurando estabelecer um conjunto de exigências justificativas da qualidade do ensino
superior refira-se, em primeiro lugar, que uma das principais missões da Universidade,
reiteradamente afirmadas, consiste em proporcionar um sistema de ensino-aprendizagem
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marcado pelo mais elevado nível de qualidade, quer quanto à formação inicial, quer quanto à
formação contínua quer, noutro plano, ao nível da investigação fundamental e aplicada, assim
como ao da extensão universitária. É pela qualidade do seu ensino que uma Universidade
obtém prestígio, atinge níveis elevados nos rankings nacionais e internacionais e consegue
captar, numa situação cada vez mais concorrencial, um número elevado de alunos. Em
seguida, a qualidade do ensino constitui um factor de procura acrescida tendo em conta a
tendência crescente para a internacionalização das relações académicas e a mobilidade
estudantil cada vez mais elevada desde a expansão dos programas internacionais de
cooperação iniciados no final dos anos oitenta. Acresce a estas razões que o espaço europeu
do ensino superior, decorrente do processo de Bolonha, impõe uma procura da qualidade
como factor de sucesso de uma instituição de ensino universitário.

Em terceiro lugar, os investimentos feitos pelo Estado no sector do ensino superior público,
não obstante a diminuição das dotações orçamentais a que se tem assistido nos últimos anos,
implicam uma responsabilidade na procura da qualidade, visto que constitui um dever das
instituições estatais, neste caso, universitárias, a prestação de contas perante os poderes
públicos e perante a comunidade. É, também, com a finalidade de conferir o maior nível
possível de formação para as complexas tarefas que a comunidade espera dos graduados pelas
universidades que deve ser praticada uma cultura de qualidade no sector do ensino, bem como
no da investigação. Essas são, em nosso entender, as principais exigências justificativas do
empenhamento na qualidade do ensino.( Rigal,2000, pp.171-194)

No entanto, há limitações à implementação de uma cultura e de uma prática de qualidade no


ensino superior. Em primeiro lugar, não obstante se verificar um interesse notório pelas
questões de formação pedagógica dos docentes do ensino superior, constata-se que um sector
do mesmo investe quase exclusivamente na investigação, que considera a missão por
excelência do ensino universitário, negligenciando, em maior ou menor grau, a sua formação
pedagógica. Por outro lado, há docentes universitários que, por razões nem sempre claramente
expressas , resistem ao trabalho em equipa e à partilha de responsabilidades, que são factores
essenciais para o sucesso ao nível de uma organização. Se não houver trabalho em equipa e
cooperação entre docentes, não poderá haver ensino de qualidade, porque o mesmo implica a
cooperação e a partilha de responsabilidades. Não pode também omitir-se a desmotivação de
docentes universitários pela melhoria da sua formação pedagógica, que consideram uma
função menor no quadro dos deveres de um docente do ensino superior.
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2.2.1. Acerca da abertura e encerramento de instituições e cursos


É discutível se a exigência de condições e requisitos para o funcionamento de uma instituição
de ensino superior deva ser assegurada inicialmente ou ao fim de um determinado período
após o início das actividades. Os empresários podem eventualmente sugerir opções mais
liberalizadoras, alegando mesmo a autonomia universitária. Neste caso, ao Estado competiria
a fiscalização a posteriori, cujas medidas podem incluir o encerramento de universidade e
cursos. Outra opção seria a exigência de um conjunto de condições à partida, o que poderia
retrair o desenvolvimento do ensino superior.

Uma solução intermédia que os autores sugerem é o da apresentação de documentos de


compromisso de cumprimento por fases das condições e requisitos pré-estabelecidos. A
abertura de novas instituições e cursos, assim como o seu posterior funcionamento, deveria
sujeitar-se à aprovação, pelo órgão estatal de tutela, ou à verificação através de missões de
avaliação e inspecção, de condições e requisitos como os seguintes:

Um projecto científico e pedagógico que se enquadre na estratégia do ensino superior


e assegure os parâmetros de qualidade e estabilidade institucional definidos;
Compromisso ou existência de um corpo docente em qualidade (graus), quantidade e
tipo de contratação (tempo parcial, integral e exclusividade), com parâmetros para
cada nível de formação (bacharelatos, licenciaturas, mestrados e doutoramentos). No
caso das novas instituições e cursos, são definidas fases de cumprimento parcial para
cada condição e requisito, sendo que, na última fase, o corpo docente possui a
estrutura definida;
Para a aprovação de novas instituições, apresentação do projecto de construção ou
reabilitação de instalações;
Para novos cursos, verificação das características técnicas e demonstração de
condições pedagógicas à partida (infra-estruturas – salas de aulas, laboratórios de
acordo com os cursos, biblioteca, etc.);
Garantias de idoneidade da instituição investidora e estabilidade financeira ou
demonstração de acesso aos recursos necessários.
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2.3. Os dois grandes desafios da universidade moçambicana

2.3.1. Exigências do mercado e autonomia universitária


Um dos grandes objectivos da actual reforma do sistema universitário em Moçambique é
adaptar os currículos às exigências do mercado de trabalho. A discussão que existe em torno
desta orientação é que, ao cumpri-la fielmente, a universidade corre o risco de se
“descaracterizar”. Como já disse anteriormente, as IES devem permanecer abertas para o
mundo, deve haver um compromisso entre a Universidade e a sociedade, mas esse
compromisso não pode significar a descaracterização da Universidade, porque se tal
fenómeno acontecer, a universidade pode pôr em causa a sua autonomia. Uma das principais
características da Universidade devia ser a sua autonomia científica, pedagógica,
administrativa e financeira. Recorrendo a, poderíamos dizer que sem a autonomia
universitária.(Sobrinho,1995, p.31)

A Universidade se descaracteriza ante as urgências do Estado e as pressões múltiplas e


contraditórias da sociedade. Sem autonomia para criticar e para produzir conhecimentos e
práticas, a Universidade não consegue construir uma imagem razoavelmente unitária de si
mesma e da sociedade e, portanto, só pode oferecer respostas fragmentadas e imediatistas. É a
autonomia e seu exercício competente, criativo, que confere à Universidade a possibilidade de
se construir como instituição de características e formas de organização próprias, distintas das
demais. Um dos autores que mais reflectiu sobre a descaracterização da Universidade
defende que a descaracterização intelectual da Universidade é o resultado da crise de
hegemonia que é acompanhada pela crise de legitimidade que provocou a crescente
segmentação do sistema universitário e a crescente desvalorização dos diplomas
universitários. A redução da autonomia universitária tem muito a ver, na opinião do mesmo
autor com “a perda de prioridade do bem público universitário nas políticas públicas e pela
consequente secagem financeira e descapitalização das universidades públicas”. Santos (2004,
p.12)

Em Moçambique, aconteceu que as universidades públicas, sofreram uma redução do


financiamento que recebiam do Estado e esta foi uma das principais razões que as obrigou a
entrarem para o mercado e a terem de adoptar formas de gestão empresariais ao abrirem
cursos Pós-Laborais para incrementar as suas receitas, deixando assim de estar ao serviço
exclusivo do bem público. A entrada dos cursos Pós-Laborais nas universidades públicas fez
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com que elas. Exigências e desafios do ensino universitário Exigências de ensino


Universitário O ensino superior respondem, a longo prazo, aos desafios da construção da
nação, de uma sociedade aberta e democrática com exercício activo da cidadania e do
desenvolvimento económico num ambiente não protegido e competitivo à escala global. Se
assim é, a educação e o ensino superior terão de se pautar por parâmetros de qualidade
internacional, o que significa, nomeadamente, que os técnicos formados terão competências
equivalentes e capacidades competitivas individuais para actuar em qualquer mercado de
trabalho ou concorrer no seu país com técnicos estrangeiros. Isso só é possível com
instituições de ensino superior de elevada qualidade que tem como variáveis de análise
principalmente as seguintes:
Corpo docente formado, com currículo e investigação nas áreas de ensino e integrado
em redes de conhecimento internacional;
Instituições apetrechadas com recursos e meios pedagógicos que facilitam o ensino, a
aprendizagem, o acesso ao conhecimento e que atribua aos estudantes competências
no saber e no saber fazer, com eficácia e eficiência.

2.3.2. Estratégias pedagógicas


Estratégias pedagógicas assentes na exigência e no trabalho, na qualificação e na formação
ampla do Homem que se quer valorizar com base no mérito, para melhor desempenho de
funções e benefício pessoal e da sociedade. Estes objectivos não são compatíveis com a
massificação sem qualidade, com fins demagógicos e populistas. Mau ensino representa, no
futuro, a configuração de sociedades fechadas, que se reproduzem protegidas em critérios de
grupos e seus interesses, que dificultam a meritocracia e a organização da sociedade
democrática com crescente igualdade de oportunidades. Mau ensino alimenta organizações e
economias ineficientes que apenas poderão sobreviver com mecanismos contrários às actuais
tendências de integração e internacionalização económica e política. O mau ensino gera
desemprego ou emprego desajustado de técnicos com suposta qualificação superior e pode
provocar instabilidade social. Sugere-se que, em ambiente de competição e condições
semelhantes, o ensino público e privado sejam analisados e exigidos com os mesmos critérios.

Os proteccionismos e privilégios da natureza pública ou os facilitismos por influência e lobby


político em defesa de interesses privados devem ser eliminados, competindo aos estudantes a
selecção das escolas onde desejam formar-se em função sobretudo da qualidade real e
apercebida pela sociedade e as oportunidades de emprego e empregabilidade pós formação.
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Nesse sentido, compete ao Estado criar contextos e ambientes que coloquem as instituições de
ensino superior, públicas e privadas, em condições de partida que permitam que a
competitividade não diferencie por condições diversas de financiamento, subsídios e outros
proteccionismos e sim pela qualidade do ensino, investigação, capacidade de intervenção e
influência na sociedade, pelos serviços prestados aos estudantes e pela percepção que a
sociedade possui das diferentes universidades. A especialização não implica monopólios
institucionais por áreas de conhecimento. A concorrência no ensino é saudável quando
regulada e legislada de forma a evitar a queda de parâmetros de qualidade, das condições de
ensino e da ética. É ainda importante não haver monopólios para que existam opções de
escolha dos estudantes e alternativas em casos de crise pedagógica e administrativa das
instituições.

2.3.3. A transposição dos modelos de gestão da qualidade do sector empresarial para o


do ensino
Convém salientar, em primeiro lugar, relativamente a este ponto, que a qualidade, a partir de
meados da década de 70 do século XX, passou a ser a prioridade máxima das empresas,
atendendo a que a diferenciação de produtos e serviços era e continua a sê-lo um factor
essencial de competitividade.

De facto, com clientes cada vez mais exigentes em termos de qualidade, com a crescente
globalização da economia, com a tendência para a inovação, com a acentuada concorrência ao
nível mundial, as empresas enfrentam o desafio de apostarem ao máximo na qualidade para
conseguirem manter os clientes e para tentarem aumentar o número destes. (Sacristan,2000,
pp. 37-63.),

2.3.4. Acessibilidade ao ensino superior


Segundo Saraiva.(2009).O alargamento da acessibilidade ao ensino superior é um objectivo
permanente. É importante que o Estado possua orçamentado um valor para bolsas de estudo, a
serem atribuídas aos estudantes com melhores médias de acesso à universidade. O acesso às
bolsas está condicionado a que o rendimento da família directa (pais ou lar acolhedor) não
seja superior a um montante a definir. Igualmente é necessário definir critérios acerca dos
documentos de prova dos rendimentos.
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Compete ao órgão estatal que tutela o ensino superior definir o número de bolsas por áreas de
formação (de acordo com a estratégia do ensino superior) e por província (por exemplo,
proporcional ao número de finalistas do ensino secundário, com um ou dois factores de
ponderação pelos desequilíbrios económicos, sociais e educacionais de cada zona, com o
objectivo de reduzir no tempo essas disparidades). O valor mensal da bolsa pode reunir três
parcelas que são aplicadas conforme os casos:
Um montante base igual por nível de formação para custear propinas, material de
estudos e outros gastos cobrados pelas universidades. O valor da bolsa anual pode ser
estimado com base na média dos custos pedagógicos acima referidos das
universidades do país e por tipo de curso. Caso o estudante opte por uma universidade
mais barata, o valor é ajustado no momento da atribuição da bolsa ou quando é
conhecida a universidade. Em caso contrário, o diferencial da propina é da
responsabilidade do estudante;
Quando implicar estudos fora da província em que conclui o ensino secundário ou do
local de residência dos pais ou do lar acolhedor, um montante extra variável em
função do valor da passagem de autocarro (excepto se apenas for possível por via
aérea), por ano, de e para local de residência;

Outra parcela extra de alojamento e alimentação para os que estudam fora do local de
residência. Neste caso, existem duas opções: um valor idêntico para todo o país ou
ponderado conforme o custo de vida do local em que se encontra a universidade a
frequentar

2.3.5. Investigação e extensão


A investigação é uma componente essencial das instituições de ensino superior e a sua
valoração ponderará de forma significativa na classificação das instituições e seu consequente
posicionamento no ranking das universidades. Para este efeito, o conceito de investigação é
concebido num sentido mais restrito. Investigação de assuntos novos, de adaptação de
resultados e de conhecimentos, estudos sobre a realidade moçambicana realizada por equipas
com pelo menos dois investigadores doutorados e vários mestres e pessoal docente e de
investigação em formação, sendo factores de valoração o envolvimento de investigadores de
mais de um país e de objectos de estudos comparados de mais de uma realidade. Projectos
financiados por instituições especializadas de um ou mais países ou por patrocinadores da
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sociedade civil interessadas nos resultados. A investigação deve ter resultados dados a
conhecer em reuniões científicas, congressos e através da publicação em revistas e livros.

Para ganhar sinergias, é vantajoso que a investigação esteja integrada no projecto científico
pedagógico de cada instituição. Investigação, formação nos diferentes níveis, formação dos
corpos docentes, publicação e intervenção na sociedade, reforçam-se mutuamente, aumenta a
qualidade do ensino e o conhecimento da realidade, contribuindo deste modo para estreitar
a ligação entre as componentes teóricas e práticas da formação. Amante, (2007).
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3. Conclusão
Conclui-se que as exigências e desafios na universidade tem mais haver com a investigação
que é componente essencial das instituições de ensino superior e a sua valoração ponderará de
forma significativa na classificação das instituições e seu consequente posicionamento no
ranking das universidades. Para este efeito, o conceito de investigação é concebido num
sentido mais restrito. Investigação de assuntos novos, de adaptação de resultados e de
conhecimentos. Universitário O Estado tem como funções principais, no que concerne à
educação superior, entre outras, definir e assegurar a implementação de estratégias para o
ensino superior e investigação científica, no quadro dos objectivos do desenvolvimento global
e regionalmente integrado, da evolução económica e conforme os mecanismos de mercado. A
preservação da qualidade, o incentivo à investigação, o bom funcionamento do ensino
superior e das suas instituições e a ampliação do acesso ao ensino superior, são objectivos que
integram o papel regulador e fiscalizador do Estado
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4. Referencias Bibliográficas
1. Amante, M. J. (2007). A avaliação da qualidade no ensino superior. Uma proposta de
indicadores de qualidade docente. Dissertação de Doutoramento em Psicologia não
publicada. Coimbra: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da
Universidade de Coimbra.

2. Raposo, M. E. V.(2001). Processo de melhoria da qualidade no sector terciário em


Portugal: Avaliação da satisfação dos clientes.Dissertação de Mestrado em Ciências
Empresariais(Área de Especialização em Gestão Industrial) não publicada. Coimbra:
Faculdade de Economia da Universidade

3. RIGAL, L. (2000) “A escola crítico-democrática:uma matéria pendente no limiar do


século XXI”. In: Imbernon, F. A educação no século XXI. Os desafios do futuro
imediato. Porto Alegre, Artmed, , pp.171-194.

4. SACRISTAN, J. G. (2000), pp. 37-63. “A educação que temos, a educação que


queremos”. In: Imbernon, F.. A educação no século XXI. Os desafios do futuro
imediato. Porto Alegre, Armes.

5. SANTOS, M. E. V. M. (1999) Desafios pedagógicos para o século XXI. Suas raízes


em forças de mudança de natureza científica, tecnológica e social. Lisboa, Livros
Horizonte,.

6. SOBRINHO, J. D. , (1995), pp.15-36 “Universidade: processos de socialização e


processos pedagógicos”. In: BALZAN, N. C. e DIAS SOBRINHO, J. (orgs.).
Avaliação institucional. Teoria e experiências. São Paulo, Cortez Editora.

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