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PONTIFICIA UNIVERSITÀ LATERANENSE

FACULDADE CLARETIANA DE TEOLOGIA


FABIANO DE LIMA

RESENHA DO FILME “A CHAVE DE SARAH”

CURITIBA
2019
FABIANO DE LIMA

RESENHA DO FILME “A CHAVE DE SARAH”

Trabalho apresentado ao curso de Teologia do


Studium Theologicum – Faculdade Claretiana de
Teologia da Pontificia Università Lateranense
como requisito para horas complementares.

CURITIBA
2019
1. RESENHA

O filme traz duas histórias, que se entrelaçam. No presente a jornalista Julia Jarmond
(Kristin Scott Thomas, correta) é encarregada de elaborar uma matéria sobre os rastros da
presença nazista em Paris. Espaço aberto para o tom de crítica, ao ressaltar a participação de
parte da população – diretamente ou pela omissão - quando judeus franceses foram também
enviados a campos de concentração.
No passado, a menina Sarah (Mélusine Mayance) é uma das vítimas de tal perseguição,
juntamente com os pais. Tentando salvar o irmão caçula, ela o tranca em um armário escondido
no quarto e pede que não saia de lá até que volte. Enviada para o campo de concentração, Sarah
vive uma corrida contra o tempo e tenta, a todo custo, retornar à sua antiga casa no intuito de
salvá-lo.
A Chave de Sarah consegue se manter interessante enquanto o foco é dividido entre as
pesquisas de Julia e o desespero de Sarah. Apesar de não trazer nada de novo em termos de
narrativa e estética, as cenas no passado prendem o espectador pelo impacto do drama retratado.
Ainda assim, em certos momentos há a nítida intenção de poupar o público de cenas
mais fortes, o que gera um contrassenso diante do drama e da gravidade do ocorrido na época.
É como se o filme estivesse disposto a mexer em velhas feridas, mas sem deixá-las tão expostas
a ponto de gerar mal-estar. Pode até agradar aos olhos, mas diminui bastante o impacto.
Entretanto, o grande problema do longa é a segunda metade, quando as duas histórias
se relacionam de fato. Com a saga de Sarah já resolvida, as atenções se voltam todas para a
personagem de Kristin Scott Thomas. Sua busca pela verdade, relacionada a motivações
pessoais e com uma certa dose de obsessão, é bem menos interessante do que o retratado até
então. Além disto, o ritmo extremamente lento faz com que o filme se torne bastante cansativo.
Sarah Starzynski (Mélusine Mayance) é uma jovem judia que vive em Paris com os pais
(Natasha Mashkevich e Arben Bajraktaraj) e o irmão caçula Michel (Paul Mercier). Eles são
expulsos do apartamento em que vivem por soldados nazistas, que os levam até um campo de
concentração.
Na intenção de salvar Michel, Sarah, o tranca dentro de um armário escondido na parede
de seu quarto e pede que ele não saia de lá até que ela retorne. A situação faz com que Sarah
tente a todo custo retornar para casa, no intuito de salvá-lo. Décadas depois, a jornalista Julia
Jarmond (Kristin Scott Thomas) é encarregada de preparar uma reportagem sobre o período em
que Paris esteve dominada pelos nazistas. Ao investigar sobre o assunto, encontra um elo entre
sua família e a história de Sarah.
O filme relata a história de Sarah, uma jovem judia que vivia em Paris com os pais e o
irmão mais novo, diante da ocupação alemão na França a família é forçada a sair do
apartamento, só que Sarah para salvar o irmão o prende no armário. Essa situação faz com que
Sarah tente a qualquer custo sair de lá para encontra-se com o irmão.
O filme dá ênfase na perseguição aos judeus. Segundo o filme em 16/07/1942, foram
presos treze mil judeus sendo a maioria mulheres e crianças, oito mil estavam em condições
desumanas. Isto aconteceu durante a ocupação alemã na França, na 2ª Guerra Mundial.
No decorrer do filme aparece alguns pontos interessante que podemos destacar, a saber:

✓ Há uma busca de uma sociedade ideal, mas isto é considerado uma utopia para
o século 21.
✓ A biotecnologia e a nanotecnologia são boas opções para o futuro.
✓ As pessoas se suicidavam, ao serem presas.
✓ A mãe de Sarah demostra muita fé em Deus.
✓ Sarah toca o coração de jovem soldado, ao fazer um agradecimento. Ele a deixa
fugir com sua amiga.
✓ Sarah pede água, mas homem nega.
✓ O amigo de Julia diz que ela está obcecada.
✓ Sarah volta ao apartamento e Michel está morto.
✓ Problema no casamento.
✓ Sarah se suicidou.
✓ O esposo de Julia quer que ela aborte. Esposa fala que é um milagre, e não aborta
e coloca o nome da filha de Sarah.

2. COMENTÁRIO

O filme deixa bem claro a perseguição aos judeus. Mostra a fé que a família de Sarah
tem em Deus. Dentro deste contexto de perseguição aos judeus, aparece outros contextos que
vivemos em nossa atualidade, como por exemplos os pontos citados acima. A biotecnologia e
a nanotecnologia estão tomando conta da modernidade.
Outro fato que apareceu foi o suicídio. As pessoas desesperadas começam a se matar.
Muitas vezes sabemos de pessoas em nossa atualidade que se suicidam por perderem o sentido
da vida. Perdendo o sentido da vida algumas pessoas não conseguem administrar a vida que
Deus lhes confiou.
Isto fica claro no catecismo da Igreja n° 2280 que diz que "somos os administradores e
não os proprietários da vida que Deus nos confiou", e por isso "o suicídio é contrário ao amor
do Deus vivo". Por mais que passamos por momentos difíceis na vida, não devemos ir contra a
vida e tirá-la e sim cuidá-la, porque é dom de Deus.
No entanto, a Família de Sarah dá um testemunho de fé, esperança de que tudo de mal
iria passar. Sarah, é uma menina de muita fé, e consegue fazer com que até mesmo aqueles que
parecem ser seus inimigos, a ajudarem. Foi o caso do soldado que ajudou ela e sua amiga a
fugir e também até mesmo aqueles que a negaram água e depois a ajudaram-na a ir para Paris.
Outros pontos que chamam a atenção, é a discussão do casal sobre a gravidez de Julia,
que leva o homem a tomar a decisão de pedir para Julia fazer o aborto. O aborto vai contra o
dom da vida e por isso a Igreja não aceita este tipo de atitude, porque o ser humano não tem o
dever de tirar a vida do outro isto está no catecismo n° 2271-72. O aborto é um atentado contra
a vida. Portanto, o filme nos faz refletir sobre diversos acontecimentos históricos e até mesmo
fatos da nossa atualidade.

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