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ALUN0 (A): TURMA:

PROFESSOR: DATA: / /

AVALIAÇÃO LÍNGUA PORTUGUESA 1 SÉRIE

Leia o texto abaixo e responda às questões 1 a 3.


AQUELA BOLA
Na volta do jogo, o pai dirigindo o carro, a mãe ao seu lado, o garoto no banco de trás, ninguém dizia
nada. Finalmente o pai não se aguentou e falou:
– Você não podia ter perdido aquela bola, Rogério.
– Luiz Otávio… – começou a dizer a mãe, mas o pai continuou:
– Foi a bola do jogo. Você não dividiu, perdeu a bola e eles fizeram o gol.
– Deixa o menino, Luiz Otávio.
– Não. Deixa o menino não. Ele tem que aprender que, numa bola dividida como aquela, se entra pra
rachar. O outro, o loirinho, que é do mesmo tamanho dele, dividiu, ficou com a bola, fez o passe para o gol e
eles ganharam o jogo.
– O loirinho se chama Rubem. É o melhor amigo dele.
– Não interessa, Margarete. Nessas horas não tem amigo. Em bola dividida, não existe amigo.
– E se ele machucasse o Rubem?
– E se machucasse? O Rubem teve medo de machucar ele? Não teve. Entrou mais decidido do que
ele na bola, ficou com ela e eles ganharam o jogo.
– Você está dizendo para o seu filho que é mais importante ficar com a bola do que não machucar um
amigo?
– Estou dizendo que em bola dividida ganha quem entra com mais decisão. Amigo ou não.
– Vale rachar a canela de um amigo pra ficar com a bola?
– Vale entrar com firmeza, só isso. Pé de ferro. Doa a quem doer.
– É apenas futebol, Luiz Otávio.
– Aí é que você se engana. Não é apenas futebol. É a vida. Ele tem que aprender que na vida dele
haverão várias ocasiões em que ele terá que dividir a bola pra rachar e….
– Haverá – disse Rogério, no banco de trás.
– O quê?
– Acho que não é “haverão”. É “haverá”. O verbo haver não…
– Ah, agora estão corrigindo meu português. Muito bem! Eu não sou apenas o pai insensível, que
quer ver o filho quebrando pernas pra vencer na vida. Também não sei gramática.
– Luiz Otávio…
– Pois fiquem sabendo que o que se aprende na vida é muito mais importante do que o que se
aprende na escola. Está me ouvindo, Rogério? Um dia você ainda vai agradecer ao seu pai por ter lhe
ensinado que na vida vence quem entra nas divididas pra valer.
– Como você, Luiz Otávio?
– O quê?
– Você dividiu muitas bolas pra subir na vida, Luiz Otávio? Não parece, porque não subiu.
– Ora, Margarete…
– Conta pro Rogério em quantas divididas você entrou na sua vida. Conta por que o Simão acabou
chefe da sua seção enquanto você continuou onde estava. Conta!
– Margarete…
– Conta!
– Eu estava falando em tese…

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br. Acesso em: 10/02/2019


QUESTÃO 1
No início da narrativa, Rogério e sua família ficaram em silêncio no carro porque
(A) naquele dia seria disputada a final do campeonato.
(B) o garoto brigou com um amigo durante a partida.
(C) seus pais o culparam pela derrota naquele jogo.
(D) voltavam para casa tristes com a derrota do time.
(E) Estavam arrasados com Rubens o garoto loirinho
QUESTÃO 2
No trecho “você continuou onde estava” (l. 35), a palavra destacada dá ideia de
(A) dúvida.
(B) lugar.
(C) modo.
(D) tempo.
(E) negação
QUESTÃO 3
Nessa narrativa, o conflito se desenvolve a partir do fato
(A) de Luiz Otávio reclamar com o filho por causa de um lance de futebol.
(B) de Margarete lembrar ao marido de que ele não teve sucesso na vida.
(C) de Rogério ter corrigido um erro gramatical que seu pai havia cometido.
(D) de Rubem ter entrado de forma violenta numa dividida com Rogério.
(E) de Luiz Otávio ter sido grosseiro ao quebrar o silêncio durante a viagem

Leia a tirinha abaixo e responda às questões 4 e 5.

Disponível em: https://tirinhasdogarfield.blogspot.com/2010. Acesso em 19/01/2019


QUESTÃO 4

A expressão do Garfield no 2º quadrinho é de


(A) atenção.
(B) deboche.
(C) espanto.
(D) indiferença.
(E) nojo
QUESTÃO 5
O que faz esse texto ficar engraçado é o fato de o
(A) Garfield ficar irritado com a história sem graça contada pelo Jon.
(B) Garfield ter escutado atentamente a piada que seu dono contou.
(C) Jon ter deixado o Garfield assustado com a sua história de terror.
(D) Jon ter enfim conseguido convidar uma garota para sair com ele.
(E) Jon ter identificado o defeito no nariz da Mina
Leia a tirinha abaixo e responda às questões 6 e 7.
Mães-meninas
O direito mais desrespeitado é o de não engravidar: faltam informação e instrução.
Quando você, leitor, passar os olhos pelas linhas iniciais desse artigo, estará fazendo 48 horas que
Ana Vitória, 15 anos, deu à luz Miguel. Mais uma criança deixará o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em
São João de Meriti, nos braços de outra. Uma nova família vai engrossar as estatísticas nacionais sobre
gravidez precoce. A Síntese de Indicadores Sociais, do IBGE, informa que 11% das adolescentes brasileiras
(15 a 19 anos) tinham um ou mais filhos em 2014. Apenas na unidade de saúde da Baixada Fluminense, são
80 partos de meninas de 12 a 18 anos por mês; 30 são mães antes dos 15 anos.
Muito já se falou e escreveu sobre a combinação nefasta de fatores que explicam a alta incidência de
gravidez na adolescência no país. Faltam informações e instrução. Ainda segundo o IBGE, só 14% das mães-
meninas completaram o ensino médio ou foram além na escola. Sobram pressões culturais e religiosas. De
quebra, pobreza e desestruturação familiar turvam o horizonte de sonhos juvenis e acabam por antecipar a
vida adulta. Seis em cada dez mães adolescentes não estudam nem têm trabalho remunerado; 92% se
dedicam aos afazeres domésticos. (...)
A médica deslocou o eixo de reflexão sobre gravidez na adolescência ao apresentar um punhado de
informações sobre o desejo de ser mãe. No Brasil, 55% das mulheres engravidam sem querer, entre as
adolescentes, a proporção mundo afora varia de 80% a 90%. "Há muita discussão sobre liberação do aborto,
mas vemos que o direito mais desrespeitado é o de não engravidar. Mulheres e jovens engravidam sem
querer, porque não têm informação nem acesso a métodos seguros de contracepção. Seria melhor e mais
barato agir para evitar a gravidez do que recorrer ao aborto ou ter bebês em abrigos", disparou Carolina. Ela
estima que o Brasil gasta por ano R$ 4,1 bilhões com gestações indesejadas, ao custo unitário de R$ 2.293.
Um implante custa no varejo cerca de R$ 1.100. (...)
A equipe do hospital abriu inscrições para uma roda de conversa com alunas do CIEP sobre gravidez,
contracepção, sexualidade, abuso. Previu 50 participantes; 73 jovens de 14 a 18 anos se inscreveram. Vinte
delas foram à unidade de saúde para consultas e um conjunto de exames, entre os quais o preventivo e
testes de doenças sexualmente transmissíveis. Quinze moças se interessaram pelo implante do hormônio
etonogestrel, que inibe a gravidez por três anos. O hospital já conseguiu dez kits. Faltam cinco. O secretário
estadual de Saúde, Luiz Antônio de Souza Teixeira Junior, que esteve na apresentação de Carolina Vieira,
encomendou projeto de prevenção da gravidez na adolescência e prometeu comprar mil kits do método de
longa duração. Pode ser o embrião de uma nova política pública.
(Flávia Oliveira)
Disponível em:< https://arteemanhasdalingua.blogspot.com/2020/03> Acesso em 06/04/2022. Fragmento.
QUESTÃO 6
Sobre o assunto tratado no texto, a autora defende que
(A) a compra de kits do método de longa duração é o começo de uma nova política pública.
(B) a liberação do aborto diminuiria o alto índice de gravidez indesejada.
(c) a pobreza e desestruturação familiar acabam por antecipar a vida adulta.
(D) o direito mais desrespeitado é o de não engravidar.
(E) a negação do direito de engravidar
QUESTÃO 7
Um dos argumentos que exprime o ponto de vista de um especialista está expresso em
(A) Ainda segundo o IBGE, só 14% das mães-meninas completaram o ensino médio ou foram além na escola.
(B) “(...) Mulheres e jovens engravidam sem querer, porque não têm informação nem acesso a métodos
seguros de contracepção. ", disparou Carolina.
(C) Quando você, leitor, passar os olhos pelas linhas iniciais desse artigo, estará fazendo 48 horas que Ana
Vitória, 15 anos, deu à luz Miguel.
(D) Seis em cada dez mães adolescentes não estudam nem têm trabalho remunerado; 92% se dedicam aos
afazeres domésticos.

(E) Jovens engravidam precocimente somente nos grandes centros urbanos do país.
HAGAR, O TERRÍVEL

Disponível em: https://www.akimneto.com.br/blog/category/humor/page/14/. Acesso em:02/01/2019

QUESTÃO 8

No primeiro quadrinho da tirinha percebe-se que o Eddie está


(A) apavorado.
(B) confuso.
(C) irritado.
(D) satisfeito.
(E) irritado

QUESTÃO 9
O que causa a graça desse texto é
(A) a dificuldade que o Hagar tinha para dormir todas as noites por ser um viking.
(B) a mentira que o Hagar inventa sobre as coisas horríveis que os vikings fazem.
(C) o arrependimento do Eddie dos ataques e dos roubos que fazia com o Hagar.
(D) o fato de o Eddie tentar convencer o Hagar a parar com os ataques e assaltos.
A VÍTIMA TEM 13 ANOS
O Ministério da Saúde patrocinou na última década diversas campanhas de orientação: contra as
drogas, o consumo de álcool e de prevenção ao vírus da Aids. [...] o levantamento, feito em um grupo de 800
fumantes em quatro capitais, mostra que os brasileiros começam a fumar cedo: 13 anos, em média. [...]
Um dos trabalhos mais impressionantes comparando o vício entre jovens e adultos foi preparado sob
encomenda da OMS. Ele mostra que um adolescente demora até sete anos para se livrar dos efeitos da
nicotina. “Já uma pessoa que começa a fumar aos 30 anos consegue limpar seu cérebro da nicotina em seis
meses de abstinência”, afirma o psiquiatra Jorge Alberto Costa e Silva, diretor do Centro Internacional de
Política de Saúde da OMS. [...] Começar a fumar é fácil. Difícil é parar.
De acordo com um trabalho realizado de 1993 a 1997 pelo Centro Brasileiro de Informações sobre
Drogas Psicotrópicas, da Universidade Federal de São Paulo, o percentual de adolescentes de 13 a 15 anos
que já havia fumado algum cigarro na vida subiu de 24% para 32%. Um toxicologista da Universidade
Estadual Paulista, Igor Vassilieff, distribuiu um questionário entre adolescentes para listar as razões que
levam o jovem ao vício de fumar. As respostas encontradas nos questionários mostram que o cigarro está
associado ao processo de formação de identidade desses jovens. “Alguns fumam por curiosidade, outros por
acreditar que o tabaco não pode fazer tanto mal assim”, diz Vassilieff. “Em qualquer um dos casos é um ritual
de entrada na adolescência”. Adolescentes fumantes dão as primeiras tragadas com amigos, passam a fumar
à noite, durante festas, e em poucos meses estão comprando um maço na padaria ou no bar. No Brasil, uma
em cada três pessoas com mais de 16 anos fuma mais de um cigarro por dia.
As consequências são dramáticas para o jovem em particular e para a saúde pública em geral. Estudo do
Instituto Nacional do Câncer afirma que eram fumantes:
● 25% das vítimas fatais de doenças coronariana e cerebrovascular;
● 85% dos mortos por doenças pulmonares, como a bronquite e o enfisema;
● 90% das pessoas que morreram por câncer no pulmão.

VEJA, São Paulo: Abril, 16 de fevereiro de 2000. Fragmento.


QUESTÃO 10
Esse texto trata principalmente sobre
(A) a morte de um adolescente em um acidente de trânsito.
(B) as etapas necessárias para uma pessoa se livrar das drogas.
(C) o aumento do consumo de álcool entre os adolescentes.
(D) os perigos do cigarro para adolescentes e jovens fumantes.
(E) do efeito benefico da nicotina no publico jovem

QUESTÃO 11
As aspas foram usadas nesse texto para
(A) apontar o uso de informalidade na língua.
(B) destacar as opiniões de especialistas.
(C) indicar a retirada de alguns trechos.
(D) realçar o emprego de uma palavra.
(E) chamar atenção sobre os dados apresentados no texto

QUESTÃO 12
De acordo com o texto, entre 1993 e 1997 o percentual de adolescentes que já haviam fumado teve um
acréscimo de
(A) 24%.
(B) 32%.
(C) 85%.
(D) 90%.
(E) 10%
COMO MONTAR UMA TENDA PARA PASSAR O DIA NA PRAIA
Quem não gosta de passar os dias inteiros na praia cercado dos amigos e da família, não é mesmo? E,
para garantir o conforto de todos, nada melhor do que uma tenda que comporte todos os seus
companheiros de areia. Como muita gente tem dúvida de como montar tenda gazebo na beira da praia,
trouxemos algumas dicas.
Separe as peças – tire todas as peças da tenda da embalagem e separe-as entre tubos pequenos,
tubos grandes e tubos com travas, conectores e lona superior, para que você possa conferir se todos os itens
necessários estão ali.
Planeje o local – pense no local que você irá colocar a tenda baseado na largura dela. Para selecionar
o espaço, pegue os conectores triplos e conecte 2 tubos com travas em cada um deles, deixando apenas
vago
o furo do meio. Posicione os 4 conectores com tubos, formando um quadrado no chão, mas sem que eles se
encaixem.
Conectando a estrutura – pegue os tubos menores e faça a junção entre as conexões triplas,
encaixando os tubos menores aos já encaixados nas conexões triplas. No final dessa etapa, os 4 lados estarão
encaixados.
Concluindo o teto – com a conexão de 4 pontas em mãos, conecte os tubos pequenos que tinham
sobrado até conseguir conectar todos eles a essa conexão de 4 com os tubos dos cantos que ainda estavam
soltos.
Levantando do chão – agora pegue 4 tubos iguais aos que sobraram e coloque um em cada ponto de
encaixe livre nas conexões triplas. Assim, a estrutura sairá um pouco do chão, mas ainda não ficará acima da
altura da cabeça. Logo após esse processo, você poderá posicionar a lona, que irá cobrir a estrutura, sobre a
tenda.
Finalizando – encaixe os últimos tubos nas colunas para deixar a estrutura na altura correta. Use as
amarras e o velcro da lona para prendê-la bem e coloque suas pontas presas abaixo das colunas. E, por
último, é só fazer a amarração das estacas para que a estrutura não se solte da areia com facilidade já que o
vento pode estar forte.
Aprender como montar a tenda gazebo não é difícil depois que se monta pela primeira vez. Apesar
das muitas peças, é um processo simples.
Agora que você já sabe como montar tenda, é só se divertir!

Disponível em: https://www.carrefour.com.br/blog/dica-amiga/post/como-montar-tenda-para-passar-o-dia-na-praia. Acesso em 26/01/2009

QUESTÃO 13
Sobre a linguagem predominante no primeiro parágrafo, é correto afirmar que
(A) apresenta as especificidades de cada região.
(B) bastante comum entre amigos e familiares.
(C) é utilizada em termos científicos e livros de ciências.
(D) segue rigorosamente as normas gramaticais.
(E) reforça a necessidade de se levar tendas para a praia

QUESTÃO 14
O pronome “dela” (l. 8) se refere à palavra
(A) estrutura.
(B) lona.
(C) praia.
(D) tenda.
(E) embalagem
Disponível em: www.comunicaquemuda.com.br/dengue-vira-vilao-de-terno-e-gravata-em-santa-catarina/>. Acesso em 13/03/2019.

QUESTÃO 15
Quanto ao gênero, esse texto é uma
(A) anúncio comercial.
(B) campanha publicitária.
(C) cartum.
(D) charge.
(E) história em quadrinhos

QUESTÃO 16
A imagem que aparece nesse texto foi usada para
(A) alertar sobre o combate a uma doença.
(B) anunciar o lançamento de um inseticida.
(C) informar acerca da fuga de um criminoso.
(D) noticiar a prisão de um bandido perigoso.
(E) provocar risos no leitor
O INCÊNDIO DE CADA UM
A cena foi simples. [...] A fotógrafa veio fazer umas fotos. Estava com o pescoço envolto num pano,
pois tinha torcicolo. E eu ali posando meio frio, fingindo naturalidade, e ela cautelosa com seu pescoço meio
duro, tirando uma foto aqui, outra aIi, quase burocraticamente. De repente, ela descobriu um ângulo, e
pronto: se incendiou profissionalmente, jogou-se no chão, clic daqui, clic dali, vira para cá, vira para lá, este
ângulo, aquele, enfim, desabrochou, o pescoço já não doía. Ela havia detonado em si o que mais
profundamente ela era. [...]
Assim também ocorre quando vemos no palco o cantor dar seus agudos invejáveis, o bailarino dar
seus saltos ou o atleta no campo disparar seus músculos e fazer aquilo que só ele pode fazer melhor que
todos nós. Isto é o que ocorre quando o instrumentista pega o sax e sexualiza todo o ambiente com seu som
cavernoso e erótico. Isto é o que se dá até quando um conferencista ou um professor entreabre o seu
discurso e põe-se como uma sereia a seduzir a platéia, como um maestro seduz todo o teatro.
Há um momento de sedução típico de cada um. Quando o indivíduo está assentado no que lhe é mais
próprio e natural. E isto encanta. Claro, esses são exemplos até esperados. Mas há outros modos de o corpo
de uma pessoa embandeirar-se como se tivesse achado o seu jeito único e melhor de ser. Digo, o corpo e a
alma. Mas nem todos podemos ser tão espetaculares. Nem por isso o pequeno acontecimento é menos
comovente.
De que estou falando? De algo simples e igualmente comovente. Por exemplo: o jardineiro que ao ser
jardineiro é jardineiro como só o jardineiro sabe e pode ser. [...]
Uma vez vi um pintor em plena ação, pintando. Meu Deus! O homem era um incêndio só, uma
alucinação. Sua face vibrava, havia uma febre nos seus gestos. Era uma erupção cromática, um assomo de
formas e volumes.
Então é disso que estou falando. Dessa coisa simples e única, quando o que cada um tem de mais seu
relampeja a olhos vistos. Quando isto se dá, quebra-se a monotonia e o indivíduo se transcendentaliza. [...]
lsto é o que importa: o incêndio de cada um. Cada qual deve ter um jeito de deflagrar sua luz
aprisionada. As flores fazem isto sem esforço. Igualmente os pássaros. Todos têm seu momento de
revelação. É aguardar, que o outro alguma hora vai se manifestar.
SANTANNA,Affonso Romano. Porta de Colégio e Outras Crônicas. São Paulo: Ática 1995.

QUESTÃO 17
A palavra “incêndio” foi empregada nesse texto QUESTÃO 18
para Na expressão “Meu Deus!” (l. 18), o ponto de
(A) destacar uma reação muito agressiva. exclamação expressa
(B) expressar situações de estresse ou dor. (A) entusiasmo.
(C) indicar um acidente causado pelo fogo. (B) revolta.
(D) realçar os momentos de emplogação. (C) susto.
(E) alertar sobre riscos constantes de incêndio (D) tristeza.
(E) medo

QUESTÃO 19
A palavra “detonado” (l.6), nesse texto, significa
(A) acabar.
(B) ativar.
(C) destruir.
(D) falar mal.
(E) retrair
TEXTO I: O QUE É MORTALIDADE INFANTIL?
A taxa de mortalidade infantil é um indicador social representado pelo número de crianças que
morreram antes de completar um ano de vida a cada mil crianças nascidas vivas no período de um ano. É um
importante indicador da qualidade dos serviços de saúde, saneamento básico e educação de uma cidade,
país ou região.
Os principais fatores que promovem a mortalidade infantil são:
● a falta de assistência e de instrução às gestantes;
● ausência de acompanhamento médico;
● deficiência na assistência de saúde;
● desnutrição;
● ausência de políticas públicas efetivas em educação;
● ausência ou deficiência no saneamento básico.
Esse último fator é ainda mais agravante quando a água e esgoto não tratados provocam a
contaminação da água e, por consequência, dos alimentos, ocasionando doenças como a hepatite, malária,
febre amarela, cólera, diarreia, entre outras. Essas doenças em conjunto com quadros de desnutrição são
fatais. A mortalidade infantil é um aspecto social tão significativo que a Organização das Nações Unidas
(ONU) inseriu a redução da mortalidade infantil mundial entre as principais 8 Metas do Desenvolvimento do
Milênio[...].

RIBEIRO, Amarolina. “O que é mortalidade infantil? ” Disponível em:https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-


mortalidade-infantil.

TEXTO II: O CUSTO DA IGNORÂNCIA


Imagine que você esteja perdido em Pequim, na China, onde é muito difícil encontrar alguém que fale
outra língua que não o chinês. Suponha que você esteja passando mal e precise ir a um hospital. Quanto
mais o tempo passa, mais a dor aumenta. E mais difícil se torna a sua comunicação com as pessoas em volta.
Você olha as placas, mas não entende nada. Procura uma lista telefônica e entende menos ainda. Já pensou
se tivesse de trabalhar nesse lugar? Terrível, não?
Essa sensação de insegurança ajuda a entender uma imensa parcela da população brasileira. Um
analfabeto ou semianalfabeto comporta-se, na prática, da mesma forma como você se comportaria se
estivesse perdido numa rua de Pequim. Esse exemplo ajuda a entender mais sobre a mortalidade infantil e o
círculo vicioso da miséria.
Confuso? Afinal, o que o analfabetismo tem a ver com a mortalidade infantil?
É simples. O nível de instrução da mãe é um elemento vital para que a família perceba a necessidade
de higiene e de saneamento básico.
Números do Unicef mostram que a taxa de mortalidade infantil chega ao seu ponto máximo nas
famílias em que a mãe é analfabeta. E vai baixando a instrução aumenta. A morte de crianças pequenas
entre filhos de mulheres que frequentam a escola por menos de um ano é cerca de três vezes maior do que
em famílias nas quais a mãe estudou por mais de oito anos.
DIMENSTEIN, Gilberto. “O cidadão de papel”. São Paulo: Ática, 2002.

QUESTÃO 20 QUESTÃO 21
Comparando-se os textos, percebe-se que eles Segundo o texto 1, doenças como hepatite,
(A) abordam assuntos diferentes. malária, febre amarela, cólera e diarreia são fatais
(B) apontam as mesmas curiosidades. quando associadas
(C) defendem pontos de vista opostos. (A) à ausência de políticas públicas.
(D) tratam sobre temas complementares. (B) à deficiência no saneamento básico.
(E) Alertam sobre mortalidade infantil (C) à falta de assistência a gestantes.
(D) a quadros de desnutrição.
(E) A indices de pobreza extrema
FELICIDADE
Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz
Sentirá o ar sem se mexer
Sem desejar como antes sempre quis
Você vai rir, sem perceber
Felicidade é só questão de ser
Quando chover, deixar molhar
Pra receber o sol quando voltar
Lembrará os dias
que você deixou passar sem ver a luz
Se chorar, chorar é vão
porque os dias vão pra nunca mais

REFRÃO
Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e depois dançar
Na chuva quando a chuva vem

Tem vez que as coisas pesam mais


Do que a gente acha que pode aguentar
Nessa hora fique firme
Pois tudo isso logo vai passar
Você vai rir, sem perceber
Felicidade é só questão de ser
[...]

Chorar, sorrir também e dançar


Dançar na chuva quando a chuva vem
Dançar na chuva quando a chuva vem
Dançar na chuva quando a chuva
Dançar na chuva quando a chuva vem
Compositores: Francisco Cesar Gonçalves e Marcelo Jeneci da Silva. Fragmento.

QUESTÃO 22
No refrão dessa música o compositor expressa um sentimento de
(A) angústia.
(B) incerteza.
(C) otimismo.
(D) tristeza.
(E) saudade
A adolescência passou a ser encarada com mais seriedade há apenas 60 anos. Mas o que o futuro
reserva para os teens? A resposta é tão controversa quanto o próprio tema. Por um lado, há quem acredite
que a adolescência tende a se prolongar até os 30 anos. Por outro, há quem aposte que ela vai acabar. De
novo. [...]
"O conceito de adolescente como conhecemos hoje só surgiu quando se aumentou o período em
que eles permaneciam na escola”, diz a psicanalista Diana Dadoorian. “Ele, assim, passou a não entrar tão
cedo no mercado de trabalho. ” Hoje em dia, sabemos que a adolescência é um período marcado por
importantes mudanças. Do ponto de vista biológico, há o aumento da quantidade de pelos e a mudança de
voz. É a puberdade. Já a adolescência em si tem mais a ver com alterações psicológicas e sociais:
aquisição de mais responsabilidades, hora de tomar decisões, transformação dos relacionamentos com os
pais e com outras pessoas. [...]
Quer dizer que os jovens estão precoces demais? Sim. No século 18, a menarca (primeira
menstruação) acontecia geralmente aos 15 anos. Hoje aparece em média aos 12. Os adolescentes hoje têm
sua primeira relação sexual em torno dos 14 anos. "Mas muitos iniciam a vida sexual aos 11, 12 ou 13 anos:
diz Marcondes Filho. Os índices de gravidez entre eles estão aumentando e metade dos jovens entre 10 e 12
anos já experimentou álcool. [...]
Do outro lado da pirâmide social, a psicanalista vislumbra uma outra tendência: a adolescência tardia.
Com a melhoria da qualidade da relação entre pais e filhos, muitos jovens de classe média ou alta não
precisam mais sair de casa para poder, por exemplo, dormir com a namorada. Há também a dificuldade de
manter-se sozinho por conta dos altos custos de vida. "Eles criam uma extensão da adolescência para a vida
adulta, com toda a falta de responsabilidades que isso acarreta. Por isso uma geração toda de jovens de até
30 anos continua morando na casa dos pais. E vai continuar assim."
Para Marcondes Filho, faltam políticas públicas voltadas para os adolescentes. Ele acredita que, em
2020, estaremos discutindo mais sobre os problemas da adolescência. "No futuro, os jovens mudarão o país,
como, aliás, já vêm fazendo. Eles só precisam que abramos espaço para eles", diz o hebiatra. “Eles jamais
desaparecerão, porque a sociedade sucumbiria. Seria uma sociedade inteiramente psicopática”.

CLÁUDIA DE CASTRO LIMA, Superinteressante.O Livro do Futuro. São Paulo, mar.2005. Ed. Abril

QUESTÃO 23
A intenção comunicativa da autora Cláudia de Castro Lima ao abordar esse tema foi
(A) convencer o leitor sobre uma ideia.
(B) divulgar dados de uma pesquisa.
(C) ensinar procedimentos para fazer algo.
(D) informar a respeito de um assunto.
(E) Alertar o leitor jovem

QUESTÃO 24
O trecho no qual se expressa uma opinião é
(A) “(...) a adolescência é um período marcado por importantes mudanças. ” (l. 7 e 8)
(B) “No século 18, a menarca (...) acontecia geralmente aos 15 anos. ” (l. 12 e 13)
(C) “Os índices de gravidez entre eles estão aumentando (...)” (l. 13 e 1)
(D) “Eles só precisam que abramos espaço para eles (...) (l. 23)
(E) “há um aumento da quantidade de pelos e engrossamento da voz”

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