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Letras em dia, Português, 12 .

° ano Teste de Oralidade 2

Nome: N.º: Turma:

Avaliação: O(A) professor(a):

Vê atentamente o excerto do documentário «Mulheres em Portugal» (coprodução Fundação Francisco


Manuel dos Santos e RTP).

1 Seleciona a opção que completa cada uma das frases, de acordo com o texto.

1.1. A partir do primeiro testemunho, podemos concluir que, há algumas décadas,


(A) as mulheres casadas acabavam por ficar em casa a cuidar dos filhos.
(B) a vida no campo era muito dura para mulheres solteiras, casadas e com filhos.
(C) as mulheres, antes do casamento, não tinham liberdade.
(D) o trabalho no campo foi responsável por um decréscimo da natalidade.

1.2. De acordo com o documentário,


(A) apesar da evolução entre gerações, os principais traços da igualdade de género
mantêm-se.
(B) os rapazes têm menos liberdade nas suas opções académicas.
(C) as escolhas das áreas académicas são momentos determinantes na vida de cada
indivíduo.
(D) as desigualdades de género são introduzidas desde logo pela educação, no seio da
família.

1.3. No contexto em que ocorre, a palavra «segregação» significa


(A) «discriminação».
(B) «rutura».
(C) «hostilidade».
(D) «oposição».

1.4. De acordo com uma das opiniões, as mudanças em falta só serão alcançadas através
(A) da denúncia das gerações mais jovens.
(B) do debate público de temas que ainda são tabus.
(C)
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do ensino e do trabalho de algumas organizações.
(D) de leis mais rigorosas e em sintonia com a sociedade portuguesa.

2 Classifica as afirmações que se seguem como verdadeiras (V) ou falsas (F), de acordo com o que é
apresentado no documentário, e corrige devidamente as que considerares falsas.
(A) As mulheres estão em maioria em áreas que implicam resultados académicos mais
elevados.
(B) As gerações mais velhas aceitavam, de forma passiva, as desigualdades de género.
Letras em dia, Português, 12 .° ano Teste de Oralidade 2

(C) Comparado com outros países da União Europeia, Portugal dá pouco apoio legal aos LDIA12DP © Porto Editora
direitos das mulheres.
(D) A despenalização da interrupção voluntária da gravidez é apresentada como um exemplo
das dificuldades legais impostas às mulheres.
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Transcrição do registo vídeo


Maria Alice Brígida de Almeida – Não tenho vagar para tudo, mas tenho que o arranjar. Casei com o meu
homem contra a vontade da minha família. Nem os meus pais queriam nem ninguém queria. Ele andava cá
a trabalhar e foi aí que nos conhecemos. Ainda namorámos 7 meses sem ninguém saber. A vida de casada
foi a trabalhar, a guardar um rebanho de ovelhas feita doida com um pau na mão. Em solteira trabalhei
muito, e depois de casada continuei sempre. Depois os filhos pequeninos... Quando um queria colo, o outro
também queria. Cheguei a vir com a gamela à cabeça, um filho ao colo e outro na ponta do avental, assim
agarrado à ponta do avental, conforme eu caminhava assim eles caminhavam.
Sandra Ribeiro – Aquilo que era a vida das nossas avós, mesmo das nossas mães, para aquilo que foi a
nossa vida ou que está a ser a nossa vida e aquilo que é das gerações mais novas é, de facto, muito
diferente e nota-se uma evolução muito grande, mas há traços essenciais de desigualdade que se mantêm
e que vêm logo pela infância; continua a haver muita diferença no que são os brinquedos que damos a um
rapaz e a uma rapariga, a forma como até os educamos, a forma como se encaminham para opções
escolares, opções académicas, continua a haver uma grande segregação nas escolhas escolares e
académicas, continuamos a ver os rapazes a irem mais para as ciências, para as engenharias, agora vão
para a tecnologia e para a área digital, áreas fundamentais onde as raparigas estão ou quase não estão lá.
Depois, uma grande hegemonia, lá está, nas áreas mais ligadas ao cuidado, à educação.
Carlos Daniel – É importante sublinhar que hoje as mulheres estão em maioria nas profissões de mérito
que implicam resultados académicos mais elevados. É o caso da Medicina e da Magistratura.
Lígia Amâncio – Eu acho que as gerações mais novas são mais corajosas e mais, assumem mais
claramente a questão do feminismo, porque eu vejo nalgumas jovens, de facto, um sentimento de que não
têm que suportar aquilo, não é? Ao contrário daquilo que acontecia nas gerações mais velhas, que viviam e
conviviam com uma condição de serem dominadas, as mais novas parecem revoltar-se mais facilmente em
relação a isso. Portanto, eu acho que aquilo que há para mudar já não é por via da legislação; é por via das
organizações, das ONGs, por via do sistema escolar, do ensino, da visibilidade de determinados temas em
Portugal.
Ana Conceição – No coletivo feminino, acho que ainda temos de partilhar muito umas com as outras. Acho
que ainda estamos um bocado assustadas ou dentro do armário, ou se calhar porque não queremos mesmo
falar em voz alta para ver se não é real; porque não queremos, lá está, acreditar que possa ser assim tão
mau, mas sinto ainda falta um bocadinho de partilharmos muito mais umas com as outras.
Maria Alice Brígida de Almeida – A gente nunca está sozinha. Está mais Deus e os passarinhos a cantar.
Vês?! Olha eles a cantar!
Carlos Daniel – Um dos principais instrumentos para a igualdade de género é o enquadramento legal.
Portugal segue a estratégia da União Europeia, mas até se destaca dos pares no esforço acrescido para
aprovar leis que reforçam os direitos das mulheres. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a
despenalização da interrupção voluntária da gravidez ou com a justa divisão das licenças de parentalidade,
mas será que isso reflete o que os portugueses pensam e fazem? É o que falta descobrir.

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Soluções do Teste de Oralidade 2


1.1. (B); 1.2. (D); 1.3. (A); 1.4. (C).
2. a. V. b. V. c. F. Portugal destaca-se de outros países da União Europeia no esforço acrescido para aprovar leis
que reforçam os direitos das mulheres. d. F. A despenalização da interrupção voluntária da gravidez é
apresentada como um exemplo do esforço acrescido para aprovar leis que reforçam os direitos das mulheres, em
Portugal.

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