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concurso público

001. Prova Objetiva

professor adjunto de educação básica i

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Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

19.05.2019 | manhã
Conhecimentos Gerais 01. De acordo com as informações do texto, é correto afirmar
que
(A) todas as crianças que frequentavam a mesma esco-
la de Antônio, em Nova York, provinham de famílias
Língua Portuguesa
pobres residentes no bairro.
(B) o filho da autora ressentiu-se por ter sido obrigado a
Leia o texto para responder às questões de números 01 a 08. deixar a escola nova-iorquina e voltar a estudar no
Brasil.
Educar fora da bolha (C) os especialistas em Educação sugerem que o fator
prioritário para avaliar a qualidade das escolas públi-
Meu filho Antônio, apesar de brasileiro, era uma das cas seja a diversidade de gênero.
poucas crianças loiras da sua turma numa escola pública de
Nova York. A maioria era de crianças negras e principalmente (D) os estudantes que se desenvolvem em ambientes
latinas. Na frente da escola havia um conjunto habitacional não segregados tendem a se tornar indivíduos mais
mantido pelo governo, onde viviam famílias dominicanas, criativos e criteriosos.
mexicanas, porto-riquenhas. Mas na classe dele também ha- (E) os colegas de classe de Antônio não se comuni-
via o filho de uma professora, de uma enfermeira e de um cavam em inglês, e alguns chegaram aos Estados
profissional do mercado financeiro. Unidos trazidos pelos avós.
O crescimento de Antônio em apenas um ano que pas-
sou em um ambiente educacional tão diverso foi marcante.
Ele conviveu com crianças que precisavam ir para a escola 02. Assinale a alternativa em que a primeira frase do sexto
para poder fazer suas refeições, com filhos de imigrantes ile- parágrafo está reescrita sem alteração do sentido do
gais criados pela avó, com outros marcados pela violência texto.
doméstica. Ninguém falava a língua dele, mas aprendeu que
(A) Além disso, tornam-se pessoas menos intolerantes e
crianças são sempre crianças, apesar de vidas diferentes.
mais qualificadas para a sociedade que, a bem dizer,
Depois de um ano, voltamos para o Brasil e para nossa é inflexível.
bolha da escola particular de classe alta, um projeto sensa-
cional e que meu filho adora. Mas uma bolha. (B) Além disso, tornam-se pessoas menos dissimuladas
As pesquisas educacionais de tempos em tempos nos e mais adestradas para a sociedade que, realmente,
jogam na cara a importância da diversidade em sala de aula é múltipla.
– por mais que nosso instinto materno de proteção insista (C) Além disso, tornam-se pessoas menos sectárias e
às vezes em acreditar no contrário. Um exemplo é um do- mais capacitadas para a sociedade que, efetivamen-
cumento divulgado recentemente por especialistas de Nova te, é diversificada.
York que sugere que as escolas públicas da cidade passem
a ser avaliadas não só por testes de conhecimentos dos (D) Além disso, tornam-se pessoas menos tendenciosas
alunos, mas pela diversidade deles. e mais solícitas para a sociedade que, controversa-
mente, é singular.
Nossas escolas não podem educar de maneira efetiva se
elas não forem representativas da nossa cidade, diz o relató- (E) Além disso, tornam-se pessoas menos vulneráveis
rio. Como justificativa, expõe diversas pesquisas internacio- e mais habilitadas para a sociedade que, a rigor, é
nais que mostram que quem estuda em salas com colegas autônoma.
que tiveram diferentes experiências de vida, de outras raças
e origens, tem melhor desempenho acadêmico, melhor senso
crítico e mais criatividade. 03. No terceiro parágrafo, ao se referir a algumas escolas
Além disso, tornam-se pessoas menos preconceituosas particulares, a autora empregou o termo bolha em
e mais preparadas para a sociedade que, de fato, é diversa. sentido figurado.
E vai mais longe: os estudantes em escolas menos segrega- Assinale a alternativa que mantém o sentido do texto e
das são mais preparados para trabalhar no mundo globaliza- cuja expressão destacada também está empregada em
do e em empresas internacionais. sentido figurado.
E a diversidade não inclui apenas cor da pele, mas gê-
(A) Algumas escolas são ambientes que não promovem
nero, religião, orientação sexual, educação dos pais, origem
a integração entre as pessoas.
e deficiências.
O que todos nós temos de aprender, em Nova York ou em (B) Algumas escolas são redomas que comprometem a
São Paulo, é que educar bem é o oposto de isolar. É o opos- interação entre os alunos.
to de conviver entre iguais. Como diz o documento lançado
(C) Algumas escolas são locais que dificultam a convi-
pelos americanos, ao aprendermos juntos, reduzimos nossos
vência democrática.
preconceitos e formamos, de verdade, cidadãos do mundo.
(D) Algumas escolas são caixas lacradas que se
(Renata Cafardo. O Estado de S. Paulo, 17.02.2019. Adaptado)
contrapõem ao isolamento.
(E) Algumas escolas são ilhas que incentivam a impar-
cialidade.

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04. No texto, a autora emprega             e estabelece 06. Considere a frase elaborada a partir do texto.
como principais interlocutores os            .
Os pesquisadores asseguram que os estudantes,
Para que a afirmação esteja correta, as lacunas devem frequentando escolas menos segregadas, tornam-se
ser preenchidas, respectivamente, por: mais preparados para trabalhar no mundo globalizado.

(A) exclusivamente expressões próprias da área peda- Para que a oração destacada seja uma oração condicio-
gógica ... órgãos públicos responsáveis pela educa- nal, deve ser reescrita da seguinte forma:
ção no Brasil (A) assim que frequentam escolas menos segregadas
(B) exclusivamente expressões próprias da linguagem (B) contanto que frequentem escolas menos segregadas
popular ... professores de escolas particulares
(C) visto que frequentam escolas menos segregadas
(C) predominantemente expressões em sentido ambí-
guo ... especialistas em educação no Brasil (D) conforme frequentem escolas menos segregadas

(D) predominantemente expressões em sentido figurado (E) não obstante frequentem escolas menos segregadas
... diretores de escolas particulares

(E) predominantemente expressões em sentido pró- 07. Assinale a alternativa correta quanto à concordância
prio ... pais de alunos verbal.

(A) Na frente da escola, existia blocos de apartamentos


mantidos pelo governo.
05. Leias as frases.
(B) Bastou alguns meses para que o crescimento
• A
 ntônio conviveu com crianças que, vindas de famí- pessoal do filho da autora fosse marcante.
lias carentes, não dispunham de refeições em casa e
dependiam da escola para fazer as refeições do dia. (C) Nas escolas, deve haver tanto projetos educacionais
excelentes como diversidade entre os alunos.
• A
 pesar da atitude criminosa da violência doméstica,
algumas crianças infelizmente haviam sofrido violên­ (D) Entre vários fatores, na concepção de diversidade
cia doméstica. inclui-se as distinções de gênero, religião e orienta-
 uitas famílias latinas, atrás de oportunidades, busca­
• M ção sexual.
ram essas oportunidades nos Estados Unidos e
(E) Para educar de maneira efetiva, as escolas tem de
deixaram o país de origem.
representar todos os grupos de uma comunidade.
De acordo com a norma-padrão de emprego e colocação
dos pronomes, os trechos destacados nessas frases
podem ser substituídos como indicado na alternativa:
08. A ortografia oficial está devidamente empregada na
alternativa:
(A) fazer-lhes; haviam sofrido-a; buscaram-nas.
(A) As justificativas dadas pelos educadores não são
(B) fazer-lhes; haviam-na sofrido; buscaram-lhes.
supérfulas.
(C) fazê-las; haviam sofrido-a; as buscaram. (B) As escolas não devem estabelecer excessões
basea­das no poder aquisitivo das famílias.
(D) fazê-las; a haviam sofrido; buscaram-nas.
(C) Antônio não falava a língua dos colegas, mas a
(E) as fazer; a haviam sofrido; buscaram-lhes.
expontaneidade das crianças superou esse obstáculo.

(D) As crianças subjulgadas a espaços educativos


uniformes não se desenvolvem plenamente.

(E) Para a autora, foi um privilégio o filho poder estudar


nessa escola de Nova York.

3 PMOS1901/001-ProfAdjEducBásica-I-Manhã
Leia o trecho do conto “Tati, a garota”, para responder às 10. Assinale o trecho em que a pontuação empregada
questões de números 09 a 15. preserva o sentido do texto.

— Dorme, Tati. (A) Uma porção de crianças sumindo-se na poeira, na


neblina, dentro da noite? (4o parágrafo)
— Aqui é bom.
— Dorme... (B) — É. Não tenhas medo, não. Dorme! (6o parágrafo)
O mar seria visto em toda a sua extensão se não fosse o
(C) Enquanto a mãe dormia, Tati – ainda acordada no
arranha-céu. Os outros personagens da vida de Tati, as ami-
quarto escuro – sentia estar num lugar muito dife-
guinhas do subúrbio, de onde a mãe se mudara, baralharam-
rente, muito longe de tudo. (7o parágrafo)
-se naquele momento na memória. Uma porção de crianças
sumindo-se na poeira, na neblina, dentro da noite... Quem (D) Em vez de despertá-la diretamente, começou a fazer
mais necessitava do sono era a costureira. Exausta, só no barulho; como se fosse sem querer. (8o parágrafo)
dia seguinte trataria de pôr em ordem o aposento. O bairro
era outra coisa agora, bem diferente de há seis anos atrás, (E) Tati imaginou que (o outro lado seria o melhor);
quando costurava para uma família rica, já grávida de Tati. O deu uma cambalhota e passou-se para o outro
rapaz se casara e partira para a Europa. Para que pensar em lado. (8o parágrafo)
coisas tristes?...
— Mamãe, esse barulho é mar, não é?
11. Considere a frase do quarto parágrafo:
— É. Não tenhas medo, não. Dorme...
A mãe se enganou. Tati não estava com medo; estava Exausta, só no dia seguinte trataria de pôr em ordem
era louca por que o dia amanhecesse depressa e ela pudes- o aposento.
se correr até à praia, chegar bem perto das ondas. Enquanto A expressão destacada que insere circunstância ad-
a mãe dormia, Tati, ainda acordada no quarto escuro, sentia verbial de causa na frase selecionada do texto está em:
estar num lugar muito diferente, muito longe de tudo. Os trens
do subúrbio não passavam ali. Ouvia-se tanto e tão perto o (A) Exausta, só no dia seguinte trataria de, por necessi­
mar que, na escuridão, parecia que o quarto navegava... dade, pôr em ordem o aposento.
Quando, na manhã seguinte, a menina abriu os olhos, (B) Exausta, só no dia seguinte trataria de pôr bastante
uma faixa de sol cortava ao meio o corpo da costureira. Tati em ordem o aposento.
ficou esperando que a mãe acordasse. Em vez de despertá-
-la diretamente, começou a fazer barulho, como se fosse sem (C) Exausta, só no dia seguinte trataria de, com os arte­
querer. As perguntas a fazer-lhe estavam se acumulando na fatos de limpeza, pôr em ordem o aposento.
sua impaciência. O corpo de Manuela dividia a cama em (D) Exausta, só no dia seguinte trataria de, com a filha,
duas metades, como uma muralha branca. Tati imaginou que pôr em ordem o aposento.
o outro lado seria o melhor; deu uma cambalhota e passou-se
para o outro lado. Gostou e riu. (E) Exausta, só no dia seguinte trataria de cuidadosa­
Era grande sua mãe. Como ela começasse a despertar, mente pôr em ordem o aposento.
Tati se alvoroçou, agarrou-se a seu rosto, aos beijos, casca-
teando frases e perguntas:
— Mamãe, você pode ter um filho patinho?... Essa casa 12. Assinale a alternativa em que as expressões destacadas
é engraçada. Deixa eu ir ver o mar agora? apresentam, respectivamente, ideia de condição e de
consequência.
Logo depois, a figurinha da criança se perdia entre as
pernas dos pescadores de arrastão. (A) O mar seria visto em toda a sua extensão se não
O bairro tinha agora mais aquela garota. Pediam-lhe fosse o arranha-céu. / Enquanto a mãe dormia, Tati,
cachos de cabelo, brincavam com ela, davam-lhe restos de ainda acordada no quarto escuro, sentia estar num
frutas na quitanda. Duas vezes, a mãe pensou que ela tives- lugar muito diferente...
se sido raptada. A costureira, a princípio, se assustava, mas
(B) O mar seria visto em toda a sua extensão se não fos-
depois se habituou.
se o arranha-céu. / Ouvia-se tanto e tão perto o mar
(Aníbal Machado. A morte da porta-estandarte e Tati, que, na escuridão, parecia que o quarto navegava...
a garota e outras histórias. José Olympio Editora. Adaptado)
(C) O corpo de Manuela dividia a cama em duas meta-
des, como uma muralha branca. / O rapaz se casara
09. A respeito de Manuela e de sua filha Tati, é correto con-
e partira para a Europa.
cluir, respectivamente, que
(D) O rapaz se casara e partira para a Europa. / Enquan­
(A) se sentia permanentemente angustiada; tinha medo
to a mãe dormia, Tati, ainda acordada no quarto es-
do escuro.
curo, sentia estar num lugar muito diferente, muito
(B) evitava recordar momentos penosos; era uma meni- longe de tudo.
na ativa e curiosa.
(E) Como ela começasse a despertar, Tati se alvoroçou,
(C) vivia exausta; sempre morou à beira da praia. agarrou-se a seu rosto, aos beijos... / Ouvia-se tanto
e tão perto o mar que, na escuridão, parecia que o
(D) era costureira; sentia muita falta das antigas amigas.
quarto navegava...
(E) era ríspida com a filha; adorava o mar.

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13. Assinale a alternativa cuja frase está escrita em conformi- Matemática
dade com a regência padrão.

(A) Depois da mudança, quem mais tinha urgência a 16. A tabela a seguir apresenta alguns dados de todos os
dormir era Manuela. 80 funcionários de uma empresa em relação ao grau de
instrução e ao estado civil.
(B) Tati não estava com medo, estava ansiosa com que
o dia amanhecesse logo para ela ir à praia. Ensino Ensino
Ensino
Fundamental Médio Total
(C) A garota notou a ausência dos trens de subúrbio no Superior
(apenas) (apenas)
bairro de que agora residia.
casado 10 8 45
(D) Vendo que a mãe despertava, Tati se alvoroçou e
solteiro 5
colou seu rosto ao de Manuela, dando-lhe beijos.
Total 20 80
(E) Como estratégia para não despertar diretamente a
mãe, Tati se predispôs de fazer barulho, como se
É correto afirmar que a razão entre o número de solteiros
fosse sem querer.
que têm apenas o Ensino Fundamental e o número de
casados que têm apenas o Ensino Fundamental é de

14. O sinal indicativo de crase está empregado corretamente (A)


na alternativa:

(A) Apesar de exausta, Manuela incentivava a filha à (B)


dormir tranquila.

(B) O corpo de Manuela, dividido pelo raio de sol, asse- (C)


melhava-se à uma muralha branca.

(C) À contragosto, a garota esperou que a mãe acordas-


se para lhe fazer novas perguntas. (D)

(D) Tati conhece os vizinhos e, na quitanda, alguns dão


à ela pedaços de frutas. (E)

(E) Impaciência e entusiasmo são características que


podem ser atribuídas à Tati.
17. Um reservatório cuja capacidade é de 60 m3 está com
água até dessa capacidade. Com a finalidade de puri-
15. Considere o texto.
Tati é         de pai e agora vive com a mãe em outro ficar a água, um produto químico em pó será lançado à
bairro do Rio de Janeiro. Os vizinhos         a menina razão de um pacote para cada 750 litros de água. Para
com simpatia. E a garota, que faz o maior         quan- tanto, deverão ser usados
do perambula pelas redondezas, já levou Manuela a se (A) 45 pacotes.
assustar pensando que a filha se tornara         de
alguma pessoa maldosa. (B) 64 pacotes.

Atendendo às normas de acentuação, as lacunas do (C) 90 pacotes.


texto devem ser preenchidas, respectivamente, por: (D) 128 pacotes.
(A) órfã … veem … escarcéu … refém (E) 150 pacotes.

(B) órfã … vêem … escarcéu … refem


18. Analise cada uma das afirmações a seguir:
(C) órfã … veem … escarceu … refém
I.    5,7 Km = 57 000 m
(D) orfã … vêem … escarcéu … refém II.    15,8 m2 = 158 000 cm2
III.    4,25 litros = 4 litros e 250 mililitros
(E) orfã … vêem … escarceu … refem
IV.    3,24 h = 3 h 24 min
As duas únicas afirmações verdadeiras são:
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) I e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.
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19. Um carpinteiro tem quatro tábuas de madeira maciça R a s c u n h o
r­eflorestada, de mesma largura, de mesma espessura e
de comprimentos respectivamente iguais a 72 cm, 144 cm,
180 cm e 252 cm. Ele pretende fazer uma estante cortan-
do essas tábuas em pedaços, todos de mesmo compri-
mento e de maior tamanho possível, sem desperdício. O
número total de pedaços que, nesse caso, serão obtidos é

(A) 7.

(B) 12.

(C) 14.

(D) 18.

(E) 20.

20. Para uma pesquisa selecionou-se uma amostra de


80 mulheres moradoras de uma cidade e com idades e­ntre
20 e 40 anos. Entre outras questões, essas m­ ulheres
i­nformaram o número de filhos e se trabalhavam, ou não,
fora de suas residências. O gráfico apresenta os dados
relativos a essas duas informações.

Analise as seguintes afirmações a respeito dos dados:


I.    56,25% das mulheres não trabalham fora.
II.    25% das mulheres têm apenas 1 filho.
III.    dentre as mulheres que não trabalham fora, apenas
15% têm apenas 2 filhos.
IV.    dentre as mulheres que têm 3 ou mais filhos, apenas
20% trabalham fora.

As duas únicas afirmações corretas são:

(A) I e II.

(B) I e III.

(C) I e IV.

(D) II e III.

(E) II e IV.

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21. Em uma loja, as camisetas são vendidas com um acrés- R a s c u n h o
cimo de 80% sobre o valor de custo. Ao fazer uma liqui-
dação, a loja oferece um desconto de 50% sobre o preço
de venda das camisetas. É correto afirmar que, nessa
liquidação, o preço de venda da camiseta em relação ao
valor de custo da loja, acarreta

(A) prejuízo de 30%.

(B) prejuízo de 10%.

(C) lucro de 5%.

(D) lucro de 30%.

(E) lucro de 50%.

22. Ana foi a uma loja de móveis e gostou muito de uma


mesa de madeira cujo tampo tem formato retangular e
que custava R$ 450,00. No entanto, como ela precisava
de uma mesa maior, encomendou uma outra: retangular
como a primeira, usando o mesmo tipo de madeira, mes-
ma espessura e altura, mas com as medidas dos lados
do tampo ampliadas em 40%. Se o preço da nova mesa
for calculado apenas levando em conta a proporcionali-
dade entre as áreas dos tampos da mesa, seu preço será

(A) R$ 630,00.

(B) R$ 750,00.

(C) R$ 784,00.

(D) R$ 825,00.

(E) R$ 882,00.

23. No quadro a seguir está representada a conta de água


de uma residência. Nela constam, além do valor total a
pagar, em reais, a tarifa mínima e diferentes faixas de
tarifação.

Companhia de Saneamento
Tarifas de água/m3
Faixas de Consumo Tarifa Consumo Valor
(m3) (R$) (m3) (R$)

Até 10 25,00 Tarifa mínima 25,00


11 a 20 4,00 10 40,00
21 a 30 6,00 8 48,00
31 a 50 8,50
Acima de 50 12,20
TOTAL 113,00

O valor da conta de outra residência cujo consumo foi


a metade do consumo apresentado na conta demons-
trada foi:

(A) R$ 65,00.

(B) R$ 56,50.

(C) R$ 52,00.

(D) R$ 48,50.

(E) R$ 41,00.

7 PMOS1901/001-ProfAdjEducBásica-I-Manhã
24. A figura representa o desenho de um logotipo de formato R a s c u n h o
quadrado composto por um quadrado que está desta-
cado e por quatro triângulos retângulos não isósceles e
congruentes.

Se as medidas dos catetos de cada triângulo são x e y e


a medida da hipotenusa é z, é correto afirmar que a área
do quadrado destacado é igual a

(A) x2 – y2

(B) (z – x)2 + y2

(C) z2 + (x + y)2

(D) x2 – 2xy + y2

(E) z2 – (x + y)2

25. A tabela a seguir mostra os salários mensais praticados


em uma empresa e a quantidade de funcionários corres-
pondentes a cada um.

Número de funcionários Salários (R$)

2 1.500,00

10 3.000,00

5 6.000,00

3 10.000,00

O salário mensal médio dessa empresa é

(A) 3.500,00.

(B) 3.750,00.

(C) 4.650,00.

(D) 4.750,00.

(E) 5.000,00.

PMOS1901/001-ProfAdjEducBásica-I-Manhã 8
26. Uma prova contém 40 questões. Algumas questões têm R a s c u n h o
valor 0,16 e outras 0,40. Se um aluno acertar todas,
obter­á nota 10. A nota de aluno que acertar três quintos
das questões de valor 0,16 e dois terços das questões de
v­alor 0,40 será

(A) 4,32.

(B) 4,80.

(C) 5,64.

(D) 6,16.

(E) 6,40.

27. Uma loja vendeu dois quintos de um estoque de 360 cami-


setas iguais. Havendo uma redução na procura por essas
peças, foi anunciado um desconto de R$ 20,00 no valor de
cada camiseta, e todas as restantes desse estoque foram
vendidas. Se o total arrecadado com a venda do estoque
inteiro foi de R$ 11.880,00, conclui-se que o preço, sem
desconto, cobrado inicialmente por cada camiseta era de

(A) R$ 45,00.

(B) R$ 47,50.

(C) R$ 50,00.

(D) R$ 52,80.

(E) R$ 60,00.

28. O polígono destacado na malha quadriculada da figura


representa um terreno. O lado de cada quadrado que
compõe a malha corresponde a 10 m.

O perímetro desse terreno é um valor situado entre

(A) 216 m e 219 m.

(B) 219 m e 222 m.

(C) 222 m e 225 m.

(D) 225 m e 228 m.

(E) 228 m e 231 m.

9 PMOS1901/001-ProfAdjEducBásica-I-Manhã
29. A área do quadrado ABCD, representado na figura, é R a s c u n h o
144 cm2. A medida x indicada na figura é um número
r­acional maior que 0 e menor que 6.

A área da região destacada no interior do quadrado é


36 cm2. Uma equação que permite determinar a medida
de x é

(A) 3x2 + 18x + 15 = 0.

(B) – 2x2 + 8x + 10 = 0.

(C) x2 – 8x + 12 = 0.

(D) x2 – 8x + 15 = 0.

(E) – x2 – x + 12 = 0.

30. Em um salão com 100 pessoas, 99% são homens. O


n­úmero de homens que deve sair para que a porcenta-
gem de homens no salão passe a ser exatamente 98% é

(A) 50.

(B) 25.

(C) 10.

(D) 2.

(E) 1.

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Conhecimentos Pedagógicos & Legislação 33. Vygotsky defende que as funções mentais não devem ser
compreendidas isoladamente, pois é da essência delas a
inter-relação de umas com as outras. Segundo Oliveira
(in: De La Taille et al, 1992), Vygotsky usou o termo fun-
31. Danilo é professor de educação básica I e decidiu par-
ção mental para referir-se
ticipar de um congresso cujo tema é a função social da
escola. Com fundamento nas ideias de Celina Arêas, du-
(A) à zona de desenvolvimento proximal.
rante a Conferência Nacional da Educação Básica, um
dos palestrantes expôs a visão neoliberal sobre a função
(B) à zona de desenvolvimento real.
social da escola. Na perspectiva neoliberal, a educação
escolar deve garantir
(C) ao desenvolvimento da moral e da cognição.
(A) a formação do cidadão crítico, participativo e coope-
rativo. (D) aos processos de equilibração e acomodação.

(B) o fortalecimento dos valores de solidariedade. (E) a processos como pensamento, memória, percep-
ção e atenção.
(C) o compromisso com a transformação da sociedade.

(D) a seleção meritocrática.

(E) o preparo para o exercício da cidadania. 34. Nas relações contemporâneas entre a escola e a famí-
lia, Castro e Regattieri (2009) identificam a existência de
uma armadilha que consiste em um jogo de busca de
32. Fernanda trabalha como professora de educação bási- culpados pelo fracasso escolar. De acordo com as auto-
ca I em uma comunidade cujas crianças e cujos jovens ras, acerca das relações entre escola e famílias, é correto
encontram-se em situação de vulnerabilidade, devido à afirmar que
violência, ao desemprego, à gravidez indesejada e pre-
coce e às restritas oportunidades culturais e de lazer. (A) dentro do processo educativo, não há diferenças
Nesse contexto, são variadas as atividades de cunho reais ou conflitos entre os familiares dos alunos e
pedagógico que podem ser desenvolvidas na escola e os profissionais da educação.
na comunidade com a participação decisiva do Conselho
Escolar. No entendimento de Aguiar (2006), na circuns- (B) é importante identificar e negociar, em cada contex-
tância descrita, a escola pode to, os papéis e as responsabilidades específicas en-
tre escolas e famílias.
(A) procurar interagir com os projetos comunitários, de
natureza socioeducativa, que visem promover o in-
(C) a escola não tem a atribuição de identificar as con-
gresso, o regresso, a permanência e o sucesso dos
dições de cada família, para estabelecer a melhor
estudantes na escola.
forma de ação conjunta.
(B) oferecer situações de desafio e de aprendizagens,
propiciando aos alunos com melhor desempenho (D) a dupla função dos pais, de representante do filho
escolar o desenvolvimento das capacidades de e representante da comunidade, causa prejuízos ao
argumentação, de crítica e da criatividade. diálogo no interior da escola.

(C) optar por um projeto educativo que contemple a (E) é fundamental que a escola exija de todas as famí-
maioria da população e que promova a inclusão so- lias, no mesmo grau de intensidade, o acompanha-
cial por meio de ações compensatórias, pontuais e mento da vida escolar das crianças.
localizadas.

(D) adotar um discurso institucional que seja profícuo


em alterar o modo de vida e a cultura das comuni-
dades do entorno, visando à ascensão social das
novas gerações.

(E) fortalecer os conselhos escolares a fim de que eles


desenvolvam um projeto político-pedagógico que
ajude os alunos a se adaptarem à estrutura da esco-
la de forma a realizar tarefas com disciplina.

11 PMOS1901/001-ProfAdjEducBásica-I-Manhã
35. Em um encontro de formação de professores de educa- 37. De acordo com Santos (in: Ropoli, 2010), o caráter coleti-
ção básica, no qual a temática debatida era a educação vo e a necessidade de participação de todos são ineren-
especial, um professor afirmou que o Atendimento Edu- tes ao projeto político-pedagógico (PPP). Resende (1998)
cacional Especializado (AEE) compromete o desenvol- também discute a perspectiva multicultural no PPP, a par-
vimento de uma abordagem interdisciplinar na escola. tir do reconhecimento da diversidade, para colocar em
Outro professor discordou, afirmando, a partir do texto de evidência o multicultural e as propostas de construções
Lenise Garcia, Transversalidade e Interdisciplinaridade, coletivas. Uma das propostas de construção coletiva que
que, com a interdisciplinaridade, buscam-se os possíveis deve estar presente no PPP é a educação inclusiva. Se-
pontos de convergência entre as várias áreas e a sua gundo Ropoli (2010), uma das inovações trazidas pela
abordagem conjunta, propiciando uma relação epistemo- Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
lógica entre as disciplinas. A coordenadora pedagógica, da Educação Inclusiva é o Atendimento Educacional Es-
lançando mão do documento A Educação Especial na pecializado (AEE), um serviço da educação especial que
Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclu- identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de
siva, Ropoli (2010), defendeu corretamente, com base acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena
nessas autoras, que a interdisciplinaridade participação dos alunos, considerando suas necessida-
des específicas. Conforme Santos (In: Ropoli, 2010), no
(A) aponta para a necessidade de um currículo não dis-
âmbito do PPP e do AEE, o multiculturalismo crítico
ciplinar, em que as diferentes áreas transformem-se
em um conhecimento único da realidade. (A) é uma concepção de multiculturalismo que identifica
formas de privilégios e de hierarquias das socieda-
(B) consiste em currículo disciplinar em que se reconhe- des contemporâneas, mas não questiona a exclusão
ce a multiplicidade das áreas do conhecimento e o social.
trânsito livre entre elas.
(B) traz uma perspectiva para o entendimento das
(C) contribui para minimizar os efeitos perniciosos da diferenças, a qual foge da tolerância e da aceitação,
compartimentalização, mas não significaria o avanço atitudes estas tão carregadas de preconceito e desi-
para um currículo não disciplinar. gualdade.

(D) assim como os Temas Transversais dos Parâmetros (C) fomenta propostas curriculares que reconhecem
Curriculares Nacionais superam a disciplinarização. e valorizam os alunos em suas peculiaridades de
etnia, de gênero, de cultura, todavia não oferece fer-
(E) deve ser considerada sinônimo de transversalidade, ramentas de apoio aos movimentos de resistência
pois ambas eliminam a disciplinarização, integrando dos dominados.
os diferentes conteúdos. (D) coloca em evidência as peculiaridades dos indivíduos
que são portadores de necessidades educacionais
especiais e defende que os dominantes assimilem
36. Nos esquemas de conhecimento, estão integrados co-
as minorias aos costumes e tradições da maioria.
nhecimentos de tipo declarativo e conhecimento de tipo
procedimental. Com a atribuição de significado, não só (E) toma como referência a liberdade e a emancipação,
conseguimos saber algo mais, mas passamos a sabê-lo tanto na escola como na sociedade, e defende que
de forma modificada, pois o objeto de aprendizagem, ao a justiça, a democracia e a equidade são dádivas da
ser interpretado por nossos esquemas, modifica as ideias maioria para as minorias.
iniciais, alterando-se total ou parcialmente. Nesse senti-
do, acerca do papel da memória construtiva ou compre- 38. A história dos sistemas de numeração inventados pela
ensiva, Teresa Mauri (In: Coll, 1999) afirma que os novos humanidade pode nos ajudar a compreender o proble-
conteúdos são compreendidos ma com que as crianças se deparam. Porém, apesar
da invenção do zero muito tardia na história, pesquisas
(A) por sua relação com outros que já possuíamos, e realizadas com pré-escolares mostram que as crianças
eles são ampliados, revistos ou reorganizados. descobrem cedo o valor do zero como representação da
ausência de quantidade. De acordo com Lerner (1995),
(B) pela repetição constante e diária de conhecimentos
uma das razões da aparição tardia do zero na história é
trabalhados em sala de aula.
que sua existência fez-se necessária só
(C) a partir da leitura de respostas corretas para as per- (A) com o sistema de numeração romano para represen-
guntas formuladas pelos professores. tar quantidades quando a coluna de uma das potên-
(D) por meio de uma postura correta frente ao conheci- ciais da base encontrava-se vazia.
mento, como o uso de prêmios e castigos. (B) no contexto dos números decimais, pois a supressão
do zero confundiria o número com um inteiro.
(E) quando aquilo que constitui um conflito para as ideias
do sujeito está distante daquilo que já se conhece. (C) com os babilônios, visto que seu sistema de numera-
ção aditivo representa as potências de base 10 por
meio de símbolos particulares.
(D) no contexto de um sistema posicional, em que o va-
lor de cada algarismo é definido pelo lugar que ele
ocupa.
(E) a partir do sistema de numeração egípcio, no
qual, embora o zero não valha nada, não pode
ser suprimido.
PMOS1901/001-ProfAdjEducBásica-I-Manhã 12
39. Celestino é professor de educação básica I. Ao final de 42. No entendimento de Delia Lerner (2002), a versão esco-
cada bimestre, ele desenvolve um conjunto de avalia- lar da leitura e da escrita parece atentar contra o senso
ções diversificadas com os alunos, e a maior parte deles comum. Por que e para que ensinar algo tão diferente do
apresenta um desempenho que ele considera satisfató- que as crianças terão que usar depois, fora da escola?
rio. Quanto aos que não apresentam bom desempenho, A autora aborda essa problemática a partir do conceito
o professor entende que as dificuldades de aprendiza- de transposição didática de Chevallard, sobre o qual é
gem devem-se à desatenção e ao desinteresse dos alu- correto afirmar que
nos. Para ele, se a ação produz modificação de compor-
(A) é um problema específico da leitura e da escrita, pois
tamentos em alguns alunos, então o problema está nos
a língua aprendida na escola é mais rica que a usada
alunos e não na ação do professor. Tal visão, segundo
em contextos sociais informais.
Jussara Hoffman, NÃO absorve uma perspectiva de
avaliação (B) deve ser estimulada pelos coordenadores pedagógi-
cos a fim de que os professores não fragmentem o
(A) ambientalista. ensino da leitura e da escrita na escola.
(B) reprodutivista. (C) a simplificação do objeto que se pretende ensinar é
(C) reflexiva e mediadora. um meio eficaz de exercer um controle estrito sobre
a aprendizagem.
(D) comportamentalista.
(D) a necessidade de comunicar bem o conhecimento
(E) tradicional. exige que ele seja transferido sem modificação da
produção científica/acadêmica à escola.
(E) ao se transformar em objeto de ensino, o saber cien-
40. Ao tratar da aprendizagem de ser educador, José Moran
tífico ou a prática a ensinar se modificam.
defende que ensinar sempre será complicado pela dis-
tância profunda que existe entre adultos e jovens. Para
ele, “essa distância nos torna interessantes, justamente 43. A democracia é absolutamente necessária para que pos-
porque somos diferentes. Podemos aproveitar a curiosi- samos ter condições sociais justas. Pimenta (1990), ao
dade que suscita encontrar uma pessoa com mais ex- abordar a temática da construção do projeto pedagógico,
periência, realizações e fracassos. Um dos caminhos de se pergunta: Como entender a democratização do ensi-
aproximação ao aluno é pela comunicação pessoal de no? A autora afirma e defende que a democratização do
vivências, histórias, situações que o aluno ainda não co- ensino significa
nhece em profundidade”. Outro, na perspectiva do autor,
(A) a ampliação da escola para todos que puderem fre-
é o da comunicação
quentá-la.
(A) escrita. (B) a escola para todos, pública, gratuita, de boa quali-
(B) visual. dade e única.
(C) a oferta de um sistema de ensino profissionalizante
(C) imediata.
e propedêutico.
(D) mediata.
(D) a diversificação dos modos de acesso à escola.
(E) afetiva. (E) o acesso universal ao ensino fundamental de oito
anos.
41. O projeto político-curricular é o documento que reflete
as intenções, os objetivos, as aspirações e os ideais da 44. É possível afirmar que não há educação para a democra-
equipe escolar, tendo em vista um processo de escolari- cia sem coeducação. A coeducação como política pública
zação que atenda a todos os alunos. Todavia, segundo e a educação para a democracia podem ser comparadas
Libâneo, Oliveira e Toschi (2003), a efetivação da prática ao que a filósofa húngara Agnes Heller chama de ideia
de formulação coletiva do projeto pedagógico ainda é, na prático-regulativa (Auad, 2016). De acordo com a autora,
maior parte dos casos, bastante precária. Isso porque, são ideias prático-regulativas, pois
para o autor, em boa parte das escolas predomina (A) visam regular e normatizar o comportamento ade-
(A) a prática de gestão democrática. quado a ser adotado por meninos e meninas na
escola.
(B) a teoria, e não a prática pedagógica.
(B) paradoxalmente estão permeadas de autoritarismo,
(C) uma concepção autogestionária da escola. mas devem ser estimuladas como meios de efetivar
a coeducação dos sexos.
(D) o modelo burocrático de gestão.
(C) não existem ainda de fato, mas podem vir a existir
(E) um enfoque sociopolítico de gestão. como condição para uma sociedade mais justa.
(D) a distinção entre escola mista e coeducação dos se-
xos só existe no plano teórico.
(E) não há escola mista sem coeducação, mas pode ha-
ver coeducação sem escola mista.

13 PMOS1901/001-ProfAdjEducBásica-I-Manhã
45. Filipe foi aprovado em concurso para professor de edu- 47. De acordo com o artigo 2o da Lei Federal no 7.853/1989,
cação básica. Diante das dificuldades de aprendizagem ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pes-
apresentadas por alguns alunos, ele interessou-se em soas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus
saber mais sobre o desenvolvimento dos conceitos na direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saú-
criança. Para tanto, ele recorreu ao texto de Fontana de, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo
(1996) sobre a gênese social da conceitualização. Isso à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes
porque, citando Vygotsky, Fontana (1996) salienta que, da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pes-
entre as formas superiores de ação consciente, destaca- soal, social e econômico. Para tanto, os órgãos e entida-
-se a elaboração conceitual, como um modo culturalmen- des da administração direta e indireta devem dispensar,
te desenvolvido de os indivíduos refletirem cognitivamen- no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos
te suas experiências. Nesse sentido, com fundamento na objetos da Lei, tratamento prioritário e adequado, tenden-
autora, pode-se afirmar corretamente que todas as fun- te a viabilizar, sem prejuízo de outras, medidas na área
ções mentais superiores são de educação. Entre essas medidas, de acordo com o ar-
tigo 2o, na área da educação, é correto citar
(A) relações sociais interiorizadas.
(A) a garantia de acesso das pessoas portadoras de de-
(B) dimensões ideológicas da elaboração conceitual. ficiência aos estabelecimentos de saúde públicos e
privados, e de seu adequado tratamento neles, sob
(C) condições de variabilidade de sentidos das palavras.
normas técnicas e padrões de conduta estabeleci-
(D) pensamentos que organizam os conceitos. dos pelas escolas de educação especial.

(E) concepções subjetivistas internalizadas pelo sujeito. (B) o desenvolvimento de programas de saúde voltados
para as pessoas portadoras de deficiência, desen-
volvidos com a participação da sociedade e da co-
munidade escolar e que lhes ensejem a integração
46. Rosilda é professora de educação básica. Ela posicio- e a inclusão social.
na-se contrariamente ao desenvolvimento de ativida-
(C) a formação e qualificação de recursos humanos que,
des de alfabetização e letramento para crianças de 6
nas diversas áreas de conhecimento, inclusive de ní-
anos. Para ela, a criança de 6 anos não tem concen-
vel superior, atendam à demanda e às necessidades
tração suficiente para lidar com a literatura infantil, por
reais das pessoas portadoras de deficiências.
exemplo. Em um encontro de formação de professo-
res, a coordenadora pedagógica discutiu, com funda- (D) o oferecimento obrigatório de programas de Educa-
mento em Machado (In: A criança de 6 anos, MEC/ ção Especial a nível pré-escolar, em unidades hospi-
SEB, 2009), práticas pedagógicas de alfabetização e talares e congêneres nas quais estejam internados,
letramento de crianças de seis anos. por prazo igual ou superior a 1 ano, educandos por-
tadores de deficiência.
Sobre a temática, com base na autora, pode-se afirmar
corretamente que (E) a formação de professores de nível médio para a
Educação Especial, de técnicos de nível médio es-
(A) a aprendizagem da língua escrita e seus usos sociais
pecializados na habilitação e reabilitação, e de ins-
não se diferenciam, daí a importância de averiguar a
trutores para formação profissional.
prontidão da criança para a alfabetização.

(B) as especificidades da alfabetização ligadas ao


48. A Lei Complementar no 168/2008 dispõe sobre o Esta-
domínio da escrita exigem que as crianças sejam al-
tuto e o plano de carreira e remuneração do magistério
fabetizadas para compreender um texto.
público municipal de Osasco. Essa lei institui, em seu
(C) a criança de 6 anos pode participar de práticas de artigo 18, como atividade permanente da Secretaria
letramento, mesmo sem ter o domínio do sistema da Municipal de Educação, a qualificação profissional dos
escrita. servidores efetivos do Quadro do Magistério Público de
Osasco. De acordo com o artigo 19 da referida lei, den-
(D) as crianças que ainda não têm o domínio da tecno- tre outros, um objetivo da qualificação profissional é
logia da escrita devem ter contato restrito a textos
simples, que estimulem a autonomia do leitor. (A) aprovar no estágio probatório.

(E) a leitura é uma ação de decodificação de símbolos (B) propiciar a associação entre teoria e prática.
gráficos, e a escrita é a imagem de uma transcrição (C) reciclar permanentemente os servidores.
do próprio pensamento.
(D) fragmentar o aprimoramento profissional.

(E) fomentar a complementação pedagógica.

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49. De acordo com o artigo 9o da Resolução CNE/CEB
07/2010, o currículo do Ensino Fundamental é entendi-
do como constituído pelas experiências escolares que
se desdobram em torno do conhecimento, permeadas
pelas relações sociais, buscando articular vivências e sa-
beres dos alunos com os conhecimentos historicamente
acumulados e contribuindo para construir as identidades
dos estudantes. Segundo a referida resolução, o foco nas
experiências escolares significa que

(A) o currículo do Ensino Fundamental de 8 anos deve


ter uma base nacional comum, complementada em
cada sistema de ensino e em cada estabelecimento
escolar por uma parte diversificada.

(B) a articulação entre a base nacional comum e a par-


te diversificada do currículo do Ensino Fundamental
deve possibilitar a sintonia dos interesses neolibe-
rais de formação básica do cidadão com a realidade
local.

(C) os componentes curriculares e as áreas de conhe-


cimento devem articular em seus conteúdos a abor-
dagem de temas abrangentes e contemporâneos,
independentemente das experiências dos alunos.

(D) a transversalidade constitui uma das maneiras de


trabalhar os componentes curriculares, as áreas de
conhecimento e os temas sociais em uma perspecti-
va desvinculada da vivência dos alunos.

(E) as orientações e as propostas curriculares que


provêm das diversas instâncias só terão concretu-
de por meio das ações educativas que envolvem os
alunos.

50. No Brasil, cabe à União a competência de prover os


meios necessários à oferta da educação escolar por
meio da organização e manutenção da rede federal de
ensino, dando suporte aos programas suplementares
das redes estaduais e municipais, para tal deve aplicar
em educação, no mínimo, 18% da arrecadação tributária
anual. Os estados e municípios são responsáveis pela
efetivação do uso dos recursos, mediante a destinação
de, pelo menos, 25% da receita resultante de impostos
para aplicação na manutenção e no desenvolvimento do
ensino (MDE).
Conforme o artigo 71 da LDB (Lei Federal no 9.394/96),
NÃO constituirão despesas de MDE, entre outras, aque-
las realizadas com

(A) programas suplementares de alimentação, assistên-


cia médico-odontológica, farmacêutica e psicológica.

(B) levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas, vi-


sando precipuamente ao aprimoramento da qualida-
de e à expansão do ensino.

(C) aquisição, manutenção, construção e conserva-


ção de instalações e equipamentos necessários
ao ensino.

(D) aquisição de material didático-escolar e manutenção


de programas de transporte escolar.

(E) realização de atividades-meio necessárias ao funcio-


namento dos sistemas de ensino.

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