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Nome do candidato
19.05.2019 | manhã
Conhecimentos Gerais 01. De acordo com as informações do texto, é correto afirmar
que
(A) todas as crianças que frequentavam a mesma esco-
la de Antônio, em Nova York, provinham de famílias
Língua Portuguesa
pobres residentes no bairro.
(B) o filho da autora ressentiu-se por ter sido obrigado a
Leia o texto para responder às questões de números 01 a 08. deixar a escola nova-iorquina e voltar a estudar no
Brasil.
Educar fora da bolha (C) os especialistas em Educação sugerem que o fator
prioritário para avaliar a qualidade das escolas públi-
Meu filho Antônio, apesar de brasileiro, era uma das cas seja a diversidade de gênero.
poucas crianças loiras da sua turma numa escola pública de
Nova York. A maioria era de crianças negras e principalmente (D) os estudantes que se desenvolvem em ambientes
latinas. Na frente da escola havia um conjunto habitacional não segregados tendem a se tornar indivíduos mais
mantido pelo governo, onde viviam famílias dominicanas, criativos e criteriosos.
mexicanas, porto-riquenhas. Mas na classe dele também ha- (E) os colegas de classe de Antônio não se comuni-
via o filho de uma professora, de uma enfermeira e de um cavam em inglês, e alguns chegaram aos Estados
profissional do mercado financeiro. Unidos trazidos pelos avós.
O crescimento de Antônio em apenas um ano que pas-
sou em um ambiente educacional tão diverso foi marcante.
Ele conviveu com crianças que precisavam ir para a escola 02. Assinale a alternativa em que a primeira frase do sexto
para poder fazer suas refeições, com filhos de imigrantes ile- parágrafo está reescrita sem alteração do sentido do
gais criados pela avó, com outros marcados pela violência texto.
doméstica. Ninguém falava a língua dele, mas aprendeu que
(A) Além disso, tornam-se pessoas menos intolerantes e
crianças são sempre crianças, apesar de vidas diferentes.
mais qualificadas para a sociedade que, a bem dizer,
Depois de um ano, voltamos para o Brasil e para nossa é inflexível.
bolha da escola particular de classe alta, um projeto sensa-
cional e que meu filho adora. Mas uma bolha. (B) Além disso, tornam-se pessoas menos dissimuladas
As pesquisas educacionais de tempos em tempos nos e mais adestradas para a sociedade que, realmente,
jogam na cara a importância da diversidade em sala de aula é múltipla.
– por mais que nosso instinto materno de proteção insista (C) Além disso, tornam-se pessoas menos sectárias e
às vezes em acreditar no contrário. Um exemplo é um do- mais capacitadas para a sociedade que, efetivamen-
cumento divulgado recentemente por especialistas de Nova te, é diversificada.
York que sugere que as escolas públicas da cidade passem
a ser avaliadas não só por testes de conhecimentos dos (D) Além disso, tornam-se pessoas menos tendenciosas
alunos, mas pela diversidade deles. e mais solícitas para a sociedade que, controversa-
mente, é singular.
Nossas escolas não podem educar de maneira efetiva se
elas não forem representativas da nossa cidade, diz o relató- (E) Além disso, tornam-se pessoas menos vulneráveis
rio. Como justificativa, expõe diversas pesquisas internacio- e mais habilitadas para a sociedade que, a rigor, é
nais que mostram que quem estuda em salas com colegas autônoma.
que tiveram diferentes experiências de vida, de outras raças
e origens, tem melhor desempenho acadêmico, melhor senso
crítico e mais criatividade. 03. No terceiro parágrafo, ao se referir a algumas escolas
Além disso, tornam-se pessoas menos preconceituosas particulares, a autora empregou o termo bolha em
e mais preparadas para a sociedade que, de fato, é diversa. sentido figurado.
E vai mais longe: os estudantes em escolas menos segrega- Assinale a alternativa que mantém o sentido do texto e
das são mais preparados para trabalhar no mundo globaliza- cuja expressão destacada também está empregada em
do e em empresas internacionais. sentido figurado.
E a diversidade não inclui apenas cor da pele, mas gê-
(A) Algumas escolas são ambientes que não promovem
nero, religião, orientação sexual, educação dos pais, origem
a integração entre as pessoas.
e deficiências.
O que todos nós temos de aprender, em Nova York ou em (B) Algumas escolas são redomas que comprometem a
São Paulo, é que educar bem é o oposto de isolar. É o opos- interação entre os alunos.
to de conviver entre iguais. Como diz o documento lançado
(C) Algumas escolas são locais que dificultam a convi-
pelos americanos, ao aprendermos juntos, reduzimos nossos
vência democrática.
preconceitos e formamos, de verdade, cidadãos do mundo.
(D) Algumas escolas são caixas lacradas que se
(Renata Cafardo. O Estado de S. Paulo, 17.02.2019. Adaptado)
contrapõem ao isolamento.
(E) Algumas escolas são ilhas que incentivam a impar-
cialidade.
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04. No texto, a autora emprega e estabelece 06. Considere a frase elaborada a partir do texto.
como principais interlocutores os .
Os pesquisadores asseguram que os estudantes,
Para que a afirmação esteja correta, as lacunas devem frequentando escolas menos segregadas, tornam-se
ser preenchidas, respectivamente, por: mais preparados para trabalhar no mundo globalizado.
(A) exclusivamente expressões próprias da área peda- Para que a oração destacada seja uma oração condicio-
gógica ... órgãos públicos responsáveis pela educa- nal, deve ser reescrita da seguinte forma:
ção no Brasil (A) assim que frequentam escolas menos segregadas
(B) exclusivamente expressões próprias da linguagem (B) contanto que frequentem escolas menos segregadas
popular ... professores de escolas particulares
(C) visto que frequentam escolas menos segregadas
(C) predominantemente expressões em sentido ambí-
guo ... especialistas em educação no Brasil (D) conforme frequentem escolas menos segregadas
(D) predominantemente expressões em sentido figurado (E) não obstante frequentem escolas menos segregadas
... diretores de escolas particulares
(E) predominantemente expressões em sentido pró- 07. Assinale a alternativa correta quanto à concordância
prio ... pais de alunos verbal.
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Leia o trecho do conto “Tati, a garota”, para responder às 10. Assinale o trecho em que a pontuação empregada
questões de números 09 a 15. preserva o sentido do texto.
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13. Assinale a alternativa cuja frase está escrita em conformi- Matemática
dade com a regência padrão.
(A) Depois da mudança, quem mais tinha urgência a 16. A tabela a seguir apresenta alguns dados de todos os
dormir era Manuela. 80 funcionários de uma empresa em relação ao grau de
instrução e ao estado civil.
(B) Tati não estava com medo, estava ansiosa com que
o dia amanhecesse logo para ela ir à praia. Ensino Ensino
Ensino
Fundamental Médio Total
(C) A garota notou a ausência dos trens de subúrbio no Superior
(apenas) (apenas)
bairro de que agora residia.
casado 10 8 45
(D) Vendo que a mãe despertava, Tati se alvoroçou e
solteiro 5
colou seu rosto ao de Manuela, dando-lhe beijos.
Total 20 80
(E) Como estratégia para não despertar diretamente a
mãe, Tati se predispôs de fazer barulho, como se
É correto afirmar que a razão entre o número de solteiros
fosse sem querer.
que têm apenas o Ensino Fundamental e o número de
casados que têm apenas o Ensino Fundamental é de
(A) 7.
(B) 12.
(C) 14.
(D) 18.
(E) 20.
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) I e IV.
(D) II e III.
(E) II e IV.
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21. Em uma loja, as camisetas são vendidas com um acrés- R a s c u n h o
cimo de 80% sobre o valor de custo. Ao fazer uma liqui-
dação, a loja oferece um desconto de 50% sobre o preço
de venda das camisetas. É correto afirmar que, nessa
liquidação, o preço de venda da camiseta em relação ao
valor de custo da loja, acarreta
(A) R$ 630,00.
(B) R$ 750,00.
(C) R$ 784,00.
(D) R$ 825,00.
(E) R$ 882,00.
Companhia de Saneamento
Tarifas de água/m3
Faixas de Consumo Tarifa Consumo Valor
(m3) (R$) (m3) (R$)
(A) R$ 65,00.
(B) R$ 56,50.
(C) R$ 52,00.
(D) R$ 48,50.
(E) R$ 41,00.
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24. A figura representa o desenho de um logotipo de formato R a s c u n h o
quadrado composto por um quadrado que está desta-
cado e por quatro triângulos retângulos não isósceles e
congruentes.
(A) x2 – y2
(B) (z – x)2 + y2
(C) z2 + (x + y)2
(D) x2 – 2xy + y2
(E) z2 – (x + y)2
2 1.500,00
10 3.000,00
5 6.000,00
3 10.000,00
(A) 3.500,00.
(B) 3.750,00.
(C) 4.650,00.
(D) 4.750,00.
(E) 5.000,00.
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26. Uma prova contém 40 questões. Algumas questões têm R a s c u n h o
valor 0,16 e outras 0,40. Se um aluno acertar todas,
obterá nota 10. A nota de aluno que acertar três quintos
das questões de valor 0,16 e dois terços das questões de
valor 0,40 será
(A) 4,32.
(B) 4,80.
(C) 5,64.
(D) 6,16.
(E) 6,40.
(A) R$ 45,00.
(B) R$ 47,50.
(C) R$ 50,00.
(D) R$ 52,80.
(E) R$ 60,00.
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29. A área do quadrado ABCD, representado na figura, é R a s c u n h o
144 cm2. A medida x indicada na figura é um número
racional maior que 0 e menor que 6.
(B) – 2x2 + 8x + 10 = 0.
(C) x2 – 8x + 12 = 0.
(D) x2 – 8x + 15 = 0.
(E) – x2 – x + 12 = 0.
(A) 50.
(B) 25.
(C) 10.
(D) 2.
(E) 1.
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Conhecimentos Pedagógicos & Legislação 33. Vygotsky defende que as funções mentais não devem ser
compreendidas isoladamente, pois é da essência delas a
inter-relação de umas com as outras. Segundo Oliveira
(in: De La Taille et al, 1992), Vygotsky usou o termo fun-
31. Danilo é professor de educação básica I e decidiu par-
ção mental para referir-se
ticipar de um congresso cujo tema é a função social da
escola. Com fundamento nas ideias de Celina Arêas, du-
(A) à zona de desenvolvimento proximal.
rante a Conferência Nacional da Educação Básica, um
dos palestrantes expôs a visão neoliberal sobre a função
(B) à zona de desenvolvimento real.
social da escola. Na perspectiva neoliberal, a educação
escolar deve garantir
(C) ao desenvolvimento da moral e da cognição.
(A) a formação do cidadão crítico, participativo e coope-
rativo. (D) aos processos de equilibração e acomodação.
(B) o fortalecimento dos valores de solidariedade. (E) a processos como pensamento, memória, percep-
ção e atenção.
(C) o compromisso com a transformação da sociedade.
(E) o preparo para o exercício da cidadania. 34. Nas relações contemporâneas entre a escola e a famí-
lia, Castro e Regattieri (2009) identificam a existência de
uma armadilha que consiste em um jogo de busca de
32. Fernanda trabalha como professora de educação bási- culpados pelo fracasso escolar. De acordo com as auto-
ca I em uma comunidade cujas crianças e cujos jovens ras, acerca das relações entre escola e famílias, é correto
encontram-se em situação de vulnerabilidade, devido à afirmar que
violência, ao desemprego, à gravidez indesejada e pre-
coce e às restritas oportunidades culturais e de lazer. (A) dentro do processo educativo, não há diferenças
Nesse contexto, são variadas as atividades de cunho reais ou conflitos entre os familiares dos alunos e
pedagógico que podem ser desenvolvidas na escola e os profissionais da educação.
na comunidade com a participação decisiva do Conselho
Escolar. No entendimento de Aguiar (2006), na circuns- (B) é importante identificar e negociar, em cada contex-
tância descrita, a escola pode to, os papéis e as responsabilidades específicas en-
tre escolas e famílias.
(A) procurar interagir com os projetos comunitários, de
natureza socioeducativa, que visem promover o in-
(C) a escola não tem a atribuição de identificar as con-
gresso, o regresso, a permanência e o sucesso dos
dições de cada família, para estabelecer a melhor
estudantes na escola.
forma de ação conjunta.
(B) oferecer situações de desafio e de aprendizagens,
propiciando aos alunos com melhor desempenho (D) a dupla função dos pais, de representante do filho
escolar o desenvolvimento das capacidades de e representante da comunidade, causa prejuízos ao
argumentação, de crítica e da criatividade. diálogo no interior da escola.
(C) optar por um projeto educativo que contemple a (E) é fundamental que a escola exija de todas as famí-
maioria da população e que promova a inclusão so- lias, no mesmo grau de intensidade, o acompanha-
cial por meio de ações compensatórias, pontuais e mento da vida escolar das crianças.
localizadas.
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35. Em um encontro de formação de professores de educa- 37. De acordo com Santos (in: Ropoli, 2010), o caráter coleti-
ção básica, no qual a temática debatida era a educação vo e a necessidade de participação de todos são ineren-
especial, um professor afirmou que o Atendimento Edu- tes ao projeto político-pedagógico (PPP). Resende (1998)
cacional Especializado (AEE) compromete o desenvol- também discute a perspectiva multicultural no PPP, a par-
vimento de uma abordagem interdisciplinar na escola. tir do reconhecimento da diversidade, para colocar em
Outro professor discordou, afirmando, a partir do texto de evidência o multicultural e as propostas de construções
Lenise Garcia, Transversalidade e Interdisciplinaridade, coletivas. Uma das propostas de construção coletiva que
que, com a interdisciplinaridade, buscam-se os possíveis deve estar presente no PPP é a educação inclusiva. Se-
pontos de convergência entre as várias áreas e a sua gundo Ropoli (2010), uma das inovações trazidas pela
abordagem conjunta, propiciando uma relação epistemo- Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
lógica entre as disciplinas. A coordenadora pedagógica, da Educação Inclusiva é o Atendimento Educacional Es-
lançando mão do documento A Educação Especial na pecializado (AEE), um serviço da educação especial que
Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclu- identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de
siva, Ropoli (2010), defendeu corretamente, com base acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena
nessas autoras, que a interdisciplinaridade participação dos alunos, considerando suas necessida-
des específicas. Conforme Santos (In: Ropoli, 2010), no
(A) aponta para a necessidade de um currículo não dis-
âmbito do PPP e do AEE, o multiculturalismo crítico
ciplinar, em que as diferentes áreas transformem-se
em um conhecimento único da realidade. (A) é uma concepção de multiculturalismo que identifica
formas de privilégios e de hierarquias das socieda-
(B) consiste em currículo disciplinar em que se reconhe- des contemporâneas, mas não questiona a exclusão
ce a multiplicidade das áreas do conhecimento e o social.
trânsito livre entre elas.
(B) traz uma perspectiva para o entendimento das
(C) contribui para minimizar os efeitos perniciosos da diferenças, a qual foge da tolerância e da aceitação,
compartimentalização, mas não significaria o avanço atitudes estas tão carregadas de preconceito e desi-
para um currículo não disciplinar. gualdade.
(D) assim como os Temas Transversais dos Parâmetros (C) fomenta propostas curriculares que reconhecem
Curriculares Nacionais superam a disciplinarização. e valorizam os alunos em suas peculiaridades de
etnia, de gênero, de cultura, todavia não oferece fer-
(E) deve ser considerada sinônimo de transversalidade, ramentas de apoio aos movimentos de resistência
pois ambas eliminam a disciplinarização, integrando dos dominados.
os diferentes conteúdos. (D) coloca em evidência as peculiaridades dos indivíduos
que são portadores de necessidades educacionais
especiais e defende que os dominantes assimilem
36. Nos esquemas de conhecimento, estão integrados co-
as minorias aos costumes e tradições da maioria.
nhecimentos de tipo declarativo e conhecimento de tipo
procedimental. Com a atribuição de significado, não só (E) toma como referência a liberdade e a emancipação,
conseguimos saber algo mais, mas passamos a sabê-lo tanto na escola como na sociedade, e defende que
de forma modificada, pois o objeto de aprendizagem, ao a justiça, a democracia e a equidade são dádivas da
ser interpretado por nossos esquemas, modifica as ideias maioria para as minorias.
iniciais, alterando-se total ou parcialmente. Nesse senti-
do, acerca do papel da memória construtiva ou compre- 38. A história dos sistemas de numeração inventados pela
ensiva, Teresa Mauri (In: Coll, 1999) afirma que os novos humanidade pode nos ajudar a compreender o proble-
conteúdos são compreendidos ma com que as crianças se deparam. Porém, apesar
da invenção do zero muito tardia na história, pesquisas
(A) por sua relação com outros que já possuíamos, e realizadas com pré-escolares mostram que as crianças
eles são ampliados, revistos ou reorganizados. descobrem cedo o valor do zero como representação da
ausência de quantidade. De acordo com Lerner (1995),
(B) pela repetição constante e diária de conhecimentos
uma das razões da aparição tardia do zero na história é
trabalhados em sala de aula.
que sua existência fez-se necessária só
(C) a partir da leitura de respostas corretas para as per- (A) com o sistema de numeração romano para represen-
guntas formuladas pelos professores. tar quantidades quando a coluna de uma das potên-
(D) por meio de uma postura correta frente ao conheci- ciais da base encontrava-se vazia.
mento, como o uso de prêmios e castigos. (B) no contexto dos números decimais, pois a supressão
do zero confundiria o número com um inteiro.
(E) quando aquilo que constitui um conflito para as ideias
do sujeito está distante daquilo que já se conhece. (C) com os babilônios, visto que seu sistema de numera-
ção aditivo representa as potências de base 10 por
meio de símbolos particulares.
(D) no contexto de um sistema posicional, em que o va-
lor de cada algarismo é definido pelo lugar que ele
ocupa.
(E) a partir do sistema de numeração egípcio, no
qual, embora o zero não valha nada, não pode
ser suprimido.
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39. Celestino é professor de educação básica I. Ao final de 42. No entendimento de Delia Lerner (2002), a versão esco-
cada bimestre, ele desenvolve um conjunto de avalia- lar da leitura e da escrita parece atentar contra o senso
ções diversificadas com os alunos, e a maior parte deles comum. Por que e para que ensinar algo tão diferente do
apresenta um desempenho que ele considera satisfató- que as crianças terão que usar depois, fora da escola?
rio. Quanto aos que não apresentam bom desempenho, A autora aborda essa problemática a partir do conceito
o professor entende que as dificuldades de aprendiza- de transposição didática de Chevallard, sobre o qual é
gem devem-se à desatenção e ao desinteresse dos alu- correto afirmar que
nos. Para ele, se a ação produz modificação de compor-
(A) é um problema específico da leitura e da escrita, pois
tamentos em alguns alunos, então o problema está nos
a língua aprendida na escola é mais rica que a usada
alunos e não na ação do professor. Tal visão, segundo
em contextos sociais informais.
Jussara Hoffman, NÃO absorve uma perspectiva de
avaliação (B) deve ser estimulada pelos coordenadores pedagógi-
cos a fim de que os professores não fragmentem o
(A) ambientalista. ensino da leitura e da escrita na escola.
(B) reprodutivista. (C) a simplificação do objeto que se pretende ensinar é
(C) reflexiva e mediadora. um meio eficaz de exercer um controle estrito sobre
a aprendizagem.
(D) comportamentalista.
(D) a necessidade de comunicar bem o conhecimento
(E) tradicional. exige que ele seja transferido sem modificação da
produção científica/acadêmica à escola.
(E) ao se transformar em objeto de ensino, o saber cien-
40. Ao tratar da aprendizagem de ser educador, José Moran
tífico ou a prática a ensinar se modificam.
defende que ensinar sempre será complicado pela dis-
tância profunda que existe entre adultos e jovens. Para
ele, “essa distância nos torna interessantes, justamente 43. A democracia é absolutamente necessária para que pos-
porque somos diferentes. Podemos aproveitar a curiosi- samos ter condições sociais justas. Pimenta (1990), ao
dade que suscita encontrar uma pessoa com mais ex- abordar a temática da construção do projeto pedagógico,
periência, realizações e fracassos. Um dos caminhos de se pergunta: Como entender a democratização do ensi-
aproximação ao aluno é pela comunicação pessoal de no? A autora afirma e defende que a democratização do
vivências, histórias, situações que o aluno ainda não co- ensino significa
nhece em profundidade”. Outro, na perspectiva do autor,
(A) a ampliação da escola para todos que puderem fre-
é o da comunicação
quentá-la.
(A) escrita. (B) a escola para todos, pública, gratuita, de boa quali-
(B) visual. dade e única.
(C) a oferta de um sistema de ensino profissionalizante
(C) imediata.
e propedêutico.
(D) mediata.
(D) a diversificação dos modos de acesso à escola.
(E) afetiva. (E) o acesso universal ao ensino fundamental de oito
anos.
41. O projeto político-curricular é o documento que reflete
as intenções, os objetivos, as aspirações e os ideais da 44. É possível afirmar que não há educação para a democra-
equipe escolar, tendo em vista um processo de escolari- cia sem coeducação. A coeducação como política pública
zação que atenda a todos os alunos. Todavia, segundo e a educação para a democracia podem ser comparadas
Libâneo, Oliveira e Toschi (2003), a efetivação da prática ao que a filósofa húngara Agnes Heller chama de ideia
de formulação coletiva do projeto pedagógico ainda é, na prático-regulativa (Auad, 2016). De acordo com a autora,
maior parte dos casos, bastante precária. Isso porque, são ideias prático-regulativas, pois
para o autor, em boa parte das escolas predomina (A) visam regular e normatizar o comportamento ade-
(A) a prática de gestão democrática. quado a ser adotado por meninos e meninas na
escola.
(B) a teoria, e não a prática pedagógica.
(B) paradoxalmente estão permeadas de autoritarismo,
(C) uma concepção autogestionária da escola. mas devem ser estimuladas como meios de efetivar
a coeducação dos sexos.
(D) o modelo burocrático de gestão.
(C) não existem ainda de fato, mas podem vir a existir
(E) um enfoque sociopolítico de gestão. como condição para uma sociedade mais justa.
(D) a distinção entre escola mista e coeducação dos se-
xos só existe no plano teórico.
(E) não há escola mista sem coeducação, mas pode ha-
ver coeducação sem escola mista.
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45. Filipe foi aprovado em concurso para professor de edu- 47. De acordo com o artigo 2o da Lei Federal no 7.853/1989,
cação básica. Diante das dificuldades de aprendizagem ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pes-
apresentadas por alguns alunos, ele interessou-se em soas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus
saber mais sobre o desenvolvimento dos conceitos na direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saú-
criança. Para tanto, ele recorreu ao texto de Fontana de, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo
(1996) sobre a gênese social da conceitualização. Isso à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes
porque, citando Vygotsky, Fontana (1996) salienta que, da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pes-
entre as formas superiores de ação consciente, destaca- soal, social e econômico. Para tanto, os órgãos e entida-
-se a elaboração conceitual, como um modo culturalmen- des da administração direta e indireta devem dispensar,
te desenvolvido de os indivíduos refletirem cognitivamen- no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos
te suas experiências. Nesse sentido, com fundamento na objetos da Lei, tratamento prioritário e adequado, tenden-
autora, pode-se afirmar corretamente que todas as fun- te a viabilizar, sem prejuízo de outras, medidas na área
ções mentais superiores são de educação. Entre essas medidas, de acordo com o ar-
tigo 2o, na área da educação, é correto citar
(A) relações sociais interiorizadas.
(A) a garantia de acesso das pessoas portadoras de de-
(B) dimensões ideológicas da elaboração conceitual. ficiência aos estabelecimentos de saúde públicos e
privados, e de seu adequado tratamento neles, sob
(C) condições de variabilidade de sentidos das palavras.
normas técnicas e padrões de conduta estabeleci-
(D) pensamentos que organizam os conceitos. dos pelas escolas de educação especial.
(E) concepções subjetivistas internalizadas pelo sujeito. (B) o desenvolvimento de programas de saúde voltados
para as pessoas portadoras de deficiência, desen-
volvidos com a participação da sociedade e da co-
munidade escolar e que lhes ensejem a integração
46. Rosilda é professora de educação básica. Ela posicio- e a inclusão social.
na-se contrariamente ao desenvolvimento de ativida-
(C) a formação e qualificação de recursos humanos que,
des de alfabetização e letramento para crianças de 6
nas diversas áreas de conhecimento, inclusive de ní-
anos. Para ela, a criança de 6 anos não tem concen-
vel superior, atendam à demanda e às necessidades
tração suficiente para lidar com a literatura infantil, por
reais das pessoas portadoras de deficiências.
exemplo. Em um encontro de formação de professo-
res, a coordenadora pedagógica discutiu, com funda- (D) o oferecimento obrigatório de programas de Educa-
mento em Machado (In: A criança de 6 anos, MEC/ ção Especial a nível pré-escolar, em unidades hospi-
SEB, 2009), práticas pedagógicas de alfabetização e talares e congêneres nas quais estejam internados,
letramento de crianças de seis anos. por prazo igual ou superior a 1 ano, educandos por-
tadores de deficiência.
Sobre a temática, com base na autora, pode-se afirmar
corretamente que (E) a formação de professores de nível médio para a
Educação Especial, de técnicos de nível médio es-
(A) a aprendizagem da língua escrita e seus usos sociais
pecializados na habilitação e reabilitação, e de ins-
não se diferenciam, daí a importância de averiguar a
trutores para formação profissional.
prontidão da criança para a alfabetização.
(E) a leitura é uma ação de decodificação de símbolos (B) propiciar a associação entre teoria e prática.
gráficos, e a escrita é a imagem de uma transcrição (C) reciclar permanentemente os servidores.
do próprio pensamento.
(D) fragmentar o aprimoramento profissional.
PMOS1901/001-ProfAdjEducBásica-I-Manhã 14
49. De acordo com o artigo 9o da Resolução CNE/CEB
07/2010, o currículo do Ensino Fundamental é entendi-
do como constituído pelas experiências escolares que
se desdobram em torno do conhecimento, permeadas
pelas relações sociais, buscando articular vivências e sa-
beres dos alunos com os conhecimentos historicamente
acumulados e contribuindo para construir as identidades
dos estudantes. Segundo a referida resolução, o foco nas
experiências escolares significa que
15 PMOS1901/001-ProfAdjEducBásica-I-Manhã