Levantamento Radiométrico em Serviços de Densitometria Óssea

M. G. Oliveira*; C. J. Cunha; D. N. Souza

Universidade Federal de Sergipe, Grupo de Física Médica, Departamento de Física

Introdução
Os levantamentos radiométricos de vizinhanças e de fuga dos equipamentos de raios X
devem ser efetuados em todos os serviços de radiodiagnóstico médico e odontológico.
Estes levantamentos devem fazer parte de um programa de controle de qualidade
implantado para comprovar os níveis de radiação, verificar as blindagens e assegurar o
funcionamento dos dispositivos de segurança, de acordo com a portaria MS
453/1998[1]. Neste trabalho foram realizados levantamentos radiométricos em dois
pontos nas salas onde são realizados exames de densitometria óssea de três clinicas
médicas localizadas em Aracaju. O exame radiológico designado densitometria óssea
tem o intuito de determinar a densidade mineral óssea e compará-la com dados
padrões para idade e sexo. Este exame possibilita a obtenção de uma curva de perda
óssea através do tempo para cada indivíduo.

Método
Os levantamentos consistiram na monitoração dos valores de taxa de kerma no ar em
pontos previamente determinados, incluindo a cadeira do técnico responsável pela
execução do exame densitométrico e a porta da sala de densitometria. Para as
medidas utilizou-se uma câmara de ionização Radcal Corp. 2025C e dosímetros
termoluminescentes (pastilhas de CaSO4 : Dy + Teflon produzidas pelo IPEN). Os
dosímetros termoluminescentes foram colocados nos pontos escolhidos, de modo a
integrar as doses absorvidas e os níveis de exposição nestes pontos, por um período
de tempo de 7 dias, considerando-se uma média de 10 exames ao dia. Com a câmara
de ionização foram analisadas as taxas de kerma no ar a 0,5 m e 1,0 m dos limites do
feixe. Para cada sala foi feito um croqui.

Resultados
Combinando-se a resposta dos dosímetros com a da câmara de ionização, que
possibilitou uma resposta imediata com maior sensibilidade, puderam ser estimadas as
doses externas, levando em conta a carga de trabalho máxima semanal, e as taxas de
kerma no ar nos pontos determinados dentro da sala de exames.

Discussão e Conclusões
Como esperado, os valores encontrados com os dosímetros termoluminescentes estão
dentro dos limites permissíveis para trabalhadores, bem abaixo de 0,10 mSv por
semana ou 5,0 mSv por ano, conforme determinado em normas específicas.

Referências
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes de proteção radiológica em radiodiagnóstico
médico e odontológico. Portaria 453. Diário Oficial da União, Brasília, 1º. de junho de
1998. MS/SVS,1998.