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IFSP – FT1 – Profa.

Rafaela Malerba
Ficha 4: Resumo Meios de hospedagem

IFSP- FT1
Meios de hospedagem

Conceitos básicos

 Meio de hospedagem ou acomodação turística: local utilizado pelos turistas para pernoitar.
o Não-comercial: estabelecimento que não cobra pelo usufruto de acomodação, como casa de amigos e parentes ou
imóvel próprio fora do entorno habitual (residências secundárias).
o Comercial: estabelecimento que cobra pelo usufruto de acomodação.

 Formas de alojamento:
o Privativo: cada hóspede ou grupo de hóspede tem direito a uma acomodação individual, na maioria das vezes
com banheiro também privativo.
o Coletivo: diferentes hóspedes dormem em acomodações coletivas.

Principais departamentos de um hotel

 Reservas: O departamento de reservas de um hotel tem como principais funções o registro de reservas de apartamentos,
tanto para reservas individuais como de grupos. As alterações destas reservas, como o atendimento ao cliente.
 As reservas podem ser feitas diretamente (cliente/hotel), ou indiretamente (agência/hotel). Por isso os atendentes de
reserva têm que ser altamente cordiais e informados sobre o serviço que está vendendo.
 Recepção: A recepção desenvolve atividade responsável pelo registro de hóspede, pelas vendas para hóspedes, pela
emissão de aviso de entrada e saída de hóspede, pela mudança de hóspede de apartamento, pela emissão de lista diária
de hóspedes e pela elaboração de sua saída. Os atendentes possuem uma alta responsabilidade de um bom atendimento,
com agilidade e cortesia. Muitas vezes devem saber evitar o nervosismo, saber escutar, evitar discussões e acima de tudo,
buscar soluções. A aparência é fundamental. Responsáveis: Chefe de recepção, encarregado de turno e recepcionista.
 Conciérge ou portaria: As tarefas variam conforme a necessidade do hóspede: comunicações internas e externas para
os hóspedes, controle de chaves ou cartão para acesso aos apartamentos, distribuição de jornais, revistas, organização do
lobby do hotel e controle visual das entradas e saídas dos hóspedes e visitantes. O conciérge precisa estar totalmente
interligado com a vida cultural da cidade. Ele deve saber onde se localiza os melhores restaurantes, o que está
acontecendo na vida noturna e cultural, isso para poder passar as informações aos hóspedes que a necessitem.
Responsáveis: Conciérge, porteiro, capitão-porteiro, mensageiro, manobrista, ascensoristas.
 Telefonia: A telefonia tem como principais tarefas: cuidar das comunicações internas dos hóspedes, controlar ligações
telefônicas, emitir notas de despesa de telefone, despertar os hóspedes. É necessário que o funcionário possua uma voz
clara e expressiva, uma boa dicção, memória, atenção e presteza. Hoje é necessário que se fale pelo menos dois idiomas,
para um melhor atendimento aos clientes.
 Lazer: O departamento de recreação e lazer dos hotéis virou uma peça chave para atrair clientes e satisfazê-los. C abe a
esse departamento desenvolver, coordenar e organizar as atividades de lazer, controlar os estoques, preparar relatórios
de aceitação e, possuir, uma boa educação, cordialidade, entusiasmo e disposição.
 Governança: A governança é o departamento que supervisiona arrumação, faxina e limpeza de apartamentos e áreas
sociais do hotel, das áreas de jardim interno e vasos, da lavanderia e movimento das roupas de cama, mesa e banho, tanto
do estabelecimento, como o do próprio hóspede. Responsabilidade e organização são uma das características
fundamentais para os funcionários da governança. Elaborar plano de governanta, elaborar plano de arrumadeira,
relatório de discrepância, liberar apartamentos e cuidar da decoração do hotel. Responsáveis: Governanta, supervisora,
camareira, jardineiro, valete.
 Alimentos e Bebidas: A área da alimentação é um outro complexo administrativo dentro dos hotéis. A gerência de
alimentos e bebidas agrega os seguintes setores: restaurante, banquetes, cozinha, copa, bar, entre outros, dependendo do
tamanho do estabelecimento.
 Recursos Humanos: Muitas são as atribuições e responsabilidades inerentes à área de recursos humanos, entre elas:
recrutamento, seleção, descrição e análise de cargos, administração de salários, avaliação de desempenho, política de
promoção, plano assistencial, treinamento e desenvolvimento, segurança do trabalho. Esse campo de trabalho se divide
nos seguintes setores: departamento pessoal, departamento de treinamento e departamento de segurança do trabalho.
 Administração: As atividades administrativas formam um dos importantes pilares sobre o qual fundamenta-se a
estrutura organizacional do hotel. Esse departamento se subdivide nos seguintes setores: portaria de serviço,
almoxarifado, compras, manutenção, custos.
 Marketing: A função do marketing na hotelaria é captar, permanentemente, as necessidades, os desejos e as expectativas
dos clientes. Os setores que subdividem o marketing num hotel são: departamento de pesquisa de mercado,
departamento de comunicação, departamento de eventos e departamento de vendas.

CASTELLI, Geraldo. Cargos e atribuições do profissional de hotelaria. Vitrine hotel. Disponível em:
<http://www.vitrinehotel.com.br/artigos_vh_ver.php?cod=68>. Acesso em: 25 abr. 2011.
IFSP – FT1 – Profa. Rafaela Malerba
Ficha 4: Resumo Meios de hospedagem

Tipos de meios de hospedagem comerciais

Estabelecimentos hoteleiros

 Hotel: “Estabelecimento com serviço de recepção, alojamento temporário, com ou sem alimentação, ofertados em
unidades individuais e de uso exclusivo dos hóspedes, mediante cobrança de diária” (MINTUR, 2012).
Tipos de hotel:
o De negócios: voltado, principalmente, ao executivo em viagens. Localizam-se em áreas centrais e de fácil acesso
e oferecem serviços e equipamentos que possibilitem aos hóspedes realizarem seus trabalhos no hotel, seja na
unidade habitacional (wifi, escrivaninha) ou em business centers. Geralmente também possuem salas de reuniões
e espaços para eventos (MARTINELLI, 2001 apud LOHMANN; PANOSSO NETTO, 2008).
o Econômico: apresenta uma estrutura de custos enxuta, eliminando supérfluos. Não costuma ter serviço de
quarto, por exemplo, e o café da manhã em geral não está incluído na diária. Porém, apresenta bom nível de
conforto (MARTINELLI, 2001 apud LOHMANN; PANOSSO NETTO, 2008).
o Resort: “Hotel com infraestrutura de lazer e entretenimento que disponha de serviços de estética, atividades
físicas, recreação e convívio com a natureza no próprio empreendimento” (MINTUR, 2012).
o Hotel Fazenda: “Localizado em ambiente rural, dotado de exploração agropecuária, que ofereça entretenimento
e vivência do campo.” (MINTUR, 2012).
o Hotel histórico: “Instalado em edificação preservada em sua forma original ou restaurada, ou ainda que tenha
sido palco de fatos histórico-culturais de importância reconhecida. Entende-se como fatos histórico-culturais
aqueles tidos como relevantes pela memória popular, independentemente de quando ocorreram, podendo o
reconhecimento ser formal por parte do Estado brasileiro, ou informal, com base no conhecimento popular ou
em estudos acadêmicos” (MINTUR, 2012).
o Flat/Apart-hotel: “Constituído por unidades habitacionais que disponham de dormitório, banheiro, sala e
cozinha equipada, em edifício com administração e comercialização integradas, que possua serviço de recepção,
limpeza e arrumação”. (MINTUR, 2012).
o Spa: tem foco no revigoramento físico e mental de seus hóspedes por meio de atividades físicas e alimentação
equilibrada. Em geral, são localizados fora dos grandes centros.
o Hotel boutique: hotéis que se diferenciam por uma proposta de arquitetura e decoração sofisticada (geralmente
assinada por arquitetos renomados) aliada a serviços personalizados. Também podem ser denominados hotéis
de charme ou hotéis exclusivos. Têm poucas unidades habitacionais. Tanto as UHs quanto as áreas sociais são
íntimos e casuais, com obras de arte e peças únicas (LOHMANN; PANOSSO NETTO, 2008).

Estabelecimentos parahoteleiros

o Cama e Café (Bed & breakfast): “Hospedagem em residência com no máximo três unidades habitacionais para
uso turístico, com serviços de café da manhã e limpeza, na qual o possuidor do estabelecimento resida.”
(MINTUR, 2012).
o Pousada: “Empreendimento de característica horizontal, composto de no máximo 30 unidades habitacionais e
90 leitos, com serviços de recepção, alimentação e alojamento temporário, podendo ser em um prédio único com
até três pavimentos, ou contar com chalés ou bangalôs.” (MINTUR, 2012).
o Acantonamento: acomodações em alojamentos e banheiros coletivos, com ampla estrutura de lazer. Costuma
receber jovens em crianças em viagens escolares ou temporadas de férias.
o Albergues (hostel): oferecem acomodações coletivas ou privadas de baixo custo. Os hóspedes usufruem de
áreas comuns e podem se utilizar de cozinha e lavanderia. Voltado principalmente para o público jovem e
mochileiro, mas têm ampliado seu público alvo nos últimos anos. (LOHMANN; PANOSSO NETTO, 2008).
o Camping: oferecem alojamento em contato com a natureza, em barracas, trailler ou motorhome, e em poucos
casos, chalés. Disponibiliza banheiros, cozinha, lavanderia e, em alguns casos, restaurante e área de lazer.
(LOHMANN; PANOSSO NETTO, 2008).
o Colônia de férias: acomodações de médio padrão ou simples, similares a um hotel. Em geral, pertencem a
sindicatos ou associações de classe (LOHMANN; PANOSSO NETTO, 2008).

Referências

CASTELLI, Geraldo. Cargos e atribuições do profissional de hotelaria. Vitrine hotel. Disponível em:
<http://www.vitrinehotel.com.br/artigos_vh_ver.php?cod=68>. Acesso em: 25 abr. 2011.

LOHMANN, Guilherme; PANOSSO NETTO, Alexandre. Teoria do turismo: conceitos, modelos e sistemas. São Paulo: Aleph, 2012.

MINTUR (MINISTÉRIO DO TURISMO). Sistema Brasileiro de Classificação: cartilha de orientação básica. Brasília/DF, 2012.
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Ficha 4: Resumo Meios de hospedagem

Em Accor, onde se lê Formule 1, leia-se Ibis Budget.


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Ficha 4: Resumo Meios de hospedagem

Para refletir:

“As acomodações dão suporte para que a experiência turística possa existir em um destino turístico. Em alguns casos, no entanto,
elas se transforma em atrações turísticas per se (e.g. Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, ou o Burj Al Arab, em Dubai), em
função de sua importância histórica e arquitetônica para o destino em questão” (LOHMANN; PANOSSO NETTO, 2008, P.399).

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