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Conceito de Turismo: O turismo compreende as atividades das pessoas durante as suas

viagens e estadas fora do seu ambiente habitual, por um período de tempo consecutivo
inferior a um ano, e tendo por base fins de lazer, de negócios ou outros”

Visitante: Qualquer pessoa que se desloca para fora do seu ambiente habitual, por um
período inferior a um ano, e cujo principal motivo de deslocação é outro que não o de
exercer uma atividade remunerada”

Produto: Produto é qualquer coisa que possa ser oferecido a um mercado para
aquisição, uso ou consumo de forma a satisfazer um desejo ou necessidade. Inclui objetos
físicos, serviços, pessoas, lugares, organização e ideias
- OMT define Produto Turístico como "uma combinação de elementos tangíveis e
intangíveis, como recursos naturais, culturais e artificiais, atrações, instalações, serviços e
atividades em torno de um centro de interesse específico que representa o núcleo do
marketing mix do destino e cria uma experiência geral do visitante, incluindo aspetos
emocionais para os potenciais clientes. Um produto turístico é quotado e vendido através
de canais de distribuição e tem um ciclo de vida".
- Um produto turístico é um conjunto de atividades, serviços e benefícios que constituem
toda a experiência turística”

Desenvolvimento de Produtos Turísticos: É um processo pelo qual os ativos de um


determinado destino são moldados para atender às necessidades de Visitantes nacionais e
internacionais.
• O desenvolvimento de produtos é um pré-requisito para satisfazer as exigências dos
visitantes (turistas e excursionistas) para garantir a rentabilidade a longo prazo da indústria.
• Produtos turísticos devem satisfazer as exigências do mercado, produzidas a custo
eficiente, baseados na utilização racional dos recursos culturais e naturais do destino
turístico.

Componentes do Produto Turístico:


Planta física, Serviço, Hospitalidade, Liberdade de escolha e Envolvimento.
Elemento 1 – Planta física
O núcleo de qualquer produto turístico é a planta física, nomeadamente,
• um sítio,
• Um recurso natural,
• Uma facilidade, um hotel, um equipamento móvel (um cruzeiro);
• A planta física também se refere às condições do ambiente físico tais como o clima, a
qualidade da água, as aglomerações e infraestruturas do turismo.
• Terra, água, edifícios, equipamentos e infraestrutura providenciam os recursos naturais e
culturais nos quais qualquer tipo de turismo está baseado.

Elemento 2 – Serviço
• A gestão de necessidades de hotel, operação receção, limpeza, manutenção e
suprimentos de alimentos e bebidas para funcionar como um hotel.
• Um avião precisa de uma tripulação de voo, comissários de bordo, e os serviços de um
aeroporto e de controlo de tráfego aéreo para fornecer o transporte.
• A qualidade do serviço pode ser medida através da observação do desempenho dos
empregados face a critérios objetivos que especificam o tipo e o nível de conhecimento
técnico que deve ter cada funcionário para executar o seu trabalho.

Elemento 3 - Hospitalidade.
• A Qualidade de Serviço, no entanto, ainda não é suficiente pois os consumidores em
praticamente todos os campos agora esperam um "serviço aprimorado" ou "algo extra".
• A hospitalidade é a sensibilidade para a pressão do viajante de negócios, o incentivo para
quem viaja por lazer, uma expressão de boas-vindas aos turistas dada pelos moradores
locais.
• Exemplos:
- Enquanto os serviços de receção se referem ao processamento eficiente de hóspedes do
hotel, a hospitalidade emerge quando este serviço é realizado com um sorriso, genuína
cordialidade, e vontade de responder às necessidades dos clientes, como a informação de
restaurantes locais, etc.
Elemento 4 - Liberdade de escolha
• A Liberdade de escolha refere-se à necessidade que o viajante tem de opções aceitáveis
para a experiência ser satisfatória.
• O grau de liberdade de escolha varia consoante o motivo da viagem (Lazer, negócios,
visitas à família, ou uma combinação de tudo);
• Varia consoante o orçamento do viajante, experiência anterior, conhecimento e confiança
no agente de viagens.
• Apesar desta variação, qualquer produto turístico deve incluir alguns elementos de
escolha.

Elemento 5 - Envolvimento.
• Envolvimento para os visitantes de lazer significa relaxar ou fazer algo que se sinta
pessoalmente satisfeito, sentindo-se seguro e protegido, estar na piscina, passear na praia,
ou até conversar com moradores locais ou outros turistas.
• Significa ter acesso a programas e atividades criativas,
• A sensação de envolvimento faz com que o tempo passe sem aviso prévio,
• O turista explora o mundo à sua volta, outras pessoas, ou sua própria resposta mental e
emocional para a viagem.

Principais características dos produtos turísticos:


• Intangibilidade
• Inseparabilidade
• Perecibilidade
• Heterogeneidade
• Presença do Consumidor
• Complexidade em Marketing
• Ausência de propriedade
Características da oferta turística

• Intangibilidade: produtos turísticos não podem ser testados;

• Inseparabilidade /simultaneidade: produção e consumo simultâneos;

• Perecibilidade: não pode ser armazenada;

• Heterogeneidade: incapacidade das empresas de fornecer um mesmo serviço


exatamente igual todas as vezes que for solicitado;

• Presencialidade: produção presenciada pelo consumidor; Integralidade espacial: a


qualidade dos produtos turísticos depende da qualidade dos recursos do território;

• Endogeneidade: depende dos recursos endógenos dos territórios; Imobilidade:


fatores de atração não podem ser deslocados.

Oferta turística: É o conjunto dos fatores naturais, equipamentos, bens e serviços que
provoquem a deslocação de visitantes, satisfaçam as suas necessidades de deslocação e
permanência, e que sejam exigidos por estas necessidades

Recursos turísticos: Constituem a primeira componente da oferta turística é constituída


pelos recursos turísticos que são os elementos do meio natural que podem ser utilizados
para satisfação humana. São todos os bens e serviços que, por intermédio da atividade
humana, tornam possível a atividade turística e satisfazem as necessidades da procura.

Património turístico: o conjunto potencial dos bens materiais e imateriais à disposição


do homem e que podem utilizar-se, mediante um processo de transformação, para
satisfação das necessidades turísticas.
O processo de produção e desenvolvimento de produtos turísticos
A produção genérica começa com:

• Matérias-primas (território, recursos, património)

• Progredindo através dos inputs intermédios (facilidades)

• Outputs intermédios (Serviços)

• Outputs finais (produto turístico ou experiências dos turistas)

O processo começa com inputs primários de recursos, matérias-primas, e outros


componentes, tais como materiais de construção, combustível e produtos agrícolas,
instalações e equipamentos necessários para a indústria do turismo.
Inputs primários convertidos por meio de processamento adicional, ou construção, em
inputs intermédios (facilidades).
Os inputs intermédios (=FACILIDADES) incluem atrações (parques, museus, galerias,
locais históricos e centros de convenções, bem como meios de comunicação e facilitadores
de turismo (tais como hotéis, restaurantes, lojas de presentes e empresas de rent-a-car); Os
inputs intermédios são “refinados” em outputs intermédios (=SERVIÇOS).

O processo começa com inputs primários:

Recursos

Matérias-primas e outros componentes, tais como materiais de construção, combustível e


produtos agrícolas para criar as instalações e equipamentos necessários para a indústria do
turismo.

Os outputs intermédios são os serviços, normalmente, associados à indústria do


turismo tais como hotelaria, alimentação, serviços de turismo e festivais. Nesta fase do
processo, o produto turístico é ainda apenas uma mercadoria potencial.
Exemplos: Os quartos poderão ser oferecidos por um hotel, mas só se tornam parte do
produto (experiência do turista) quando os hóspedes ocuparem o quarto.
A comida no restaurante só se torna uma refeição se for pedida, preparada e
consumida.
Os serviços da indústria do turismo devem ser refinados pelos consumidores para
formar os outputs finais – as experiências pessoais.
Na etapa final, o turista utiliza os outputs intermédios (serviços) para produzir o output
final, intangível mas são experiências valorizadas, tais como recreio, negócios e contatos
sociais.

O processo de produção torna explícitas 2 características especiais dos produtos


turísticos:

• Visitante é parte integrante do processo de produção;

• O valor adicionado a cada etapa do processo é a diferença entre os custos de


produção em qualquer fase e o valor que o consumidor estiver disposto a pagar.
Nota-se que a produção de produtos não-turísticos ocorre independentemente do
consumidor.

O elemento planta física é incorporado no produto genérico nas fases de input primário
(território, património, recursos) e input intermédio (facilidades).
Os elementos serviços e hospitalidade são adicionados nas fases como os inputs
intermédios e são processados nas fases de outputs intermédios. Por fim, a liberdade de
escolha e envolvimento transformam os outputs intermédios em experiências – o output
final.

Estruturas organizacionais e institucionais do turismo


A missão do Turismo de Portugal consiste em:
• Qualificar e desenvolver as infraestruturas turísticas;
• Desenvolver a formação de recursos humanos;
• Apoiar o investimento no sector;
• Coordenar a promoção interna e externa de Portugal como destino turístico;
• Regular e fiscalizar os jogos de fortuna e azar.
• Com uma relação privilegiada com as outras entidades públicas e os agentes económicos
no país e no estrangeiro, o Turismo de Portugal está empenhado em cumprir o desígnio de
reforçar o turismo como um dos motores de crescimento da economia portuguesa.
Entidades Regionais de Turismo
•Turismo do Porto e Norte de Portugal, com sede em Viana do Castelo;
•Turismo Centro de Portugal, com sede em Aveiro;
• Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, com sede em Lisboa;
• Turismo do Alentejo, com sede em Beja;
• Região de Turismo do Algarve, com sede em Faro

Os 10 produtos selecionados:
1. Gastronomia e Vinho Turismo
2. Residencial
3. Touring cultural e paisagístico
4. City/Short breaks
5. Saúde e Bem Estar
6. Golfe
7. Turismo de Natureza Turismo
8. Náutico
9. MICE
10. Sol & Mar

Turismo 2020
Mercados estratégicos
• Espanha, • França,
• Reino Unido, • Brasil,
• Alemanha, • Holanda
• Irlanda
Mercados - classificação:
• Mercados de 1º nível – são aqueles que possuem uma quota de mercado elevada (acima
de 10%);
• Mercados de 2º nível – são aqueles que possuem uma quota de mercado média (igual ou
superior a 5% mas inferior a 10%)
• Mercados de 3º nível – são aqueles que possuem uma quota de mercado baixa (igual ou
superior a 2% e menor que 5%

10 desafios para o próximo decénio para o turismo


1) Pessoas
2) Coesão
3) Crescimento em valor
5) Acessibilidades
6) Procura
7) Inovação
8) Sustentabilidade
9) Simplificação
10) Investimento

10 ativos estratégicos, que se agrupam em 4 categorias:


1. diferenciadores,
2. qualificadores
3. emergentes a que se junta um ativo único
4. transversal — Pessoas.

Ativos único transversal


1. Pessoas
Ativos diferenciadores
2. Clima
3. História, cultura
4. Mar
5. Natureza
6. Água

Ativos qualificadores
7. Gastronomia e vinhos
8. Eventos artístico -culturais, desportivos e de negócios

Ativos emergentes
9. Bem -estar
10. LIVING — Viver em Portugal

Mercados prioritários estratégicos

• Brasil

• Holanda

• Irlanda

• Espalha

• Alemanha

• Reino unido

• França

Mercados de aposta

• Estados unidos

• China

• India
Mercados de crescimento

• Itália

• Bélgica

• Suíça

• Áustria

• Polonia

• Rússia

• Canada

Mercados de aposta seletiva

• Japão

• Austrália

• Singapura

• Coreia do Sul

• Israel

• Países da península arábica

Produtos e Destinos turísticos


Classificação do Turismo segundo a duração da permanência, temos 3 tipos de
destinos:

• Destino principal -local ou país onde o visitante permanece mais tempo do que em
qualquer outro local ou país visitado durante a viagem.

• Destino a distância máxima - local visitado mais distante da residência.

• Destino motivante - local que tem a preferência do visitante entre todos aqueles que
visita e que corresponde à principal razão da viagem. Isto depende sempre das condições e
dos atrativos dos locais.
• Turismo de passagem - resulta das viagens realizadas apenas pelo período de tempo
necessário para se alcançar uma outra localidade ou país objetivo da viagem.

• Turismo de permanência - é o realizado numa localidade ou num país, objetivo da viagem,


por um período de tempo variável mas que é superior ao tempo que o visitante permanece
em qualquer outro local ou país visitado durante a viagem

Paradigma “os paradigmas são as realizações científicas universalmente reconhecidas que, por um
certo tempo, fornecem problemas e soluções-modelo para uma comunidade de praticantes de
uma ciência

Fase 1 - Exploração

• Não há facilidades para visitantes;

• Pequeno número de visitantes, sobretudo alocêntricos /exploradores;

• Área com recursos naturais e culturais;

• Organização de viagens individuais;

• Turismo com pouca importância para a economia local, mantém-se inalterada pelo
turismo;

• Contacto local elevado.

Fase 2 - Envolvimento

• Visitantes aumentam;

• Facilidades turísticas primárias ou exclusivas emergem;

• Área de mercado definida, publicidade aumenta, desenvolve-se a sazonalidade;

• Organização de viagens;

• A pressão sobre as agências governamentais e públicas para fornecer transportes e


construir infraestruturas e facilidades;

• Padrões sociais ajustados; comunidade envolvida no turismo;

• Contacto local elevado.


Fase 3 - Desenvolvimento

• Mercados turísticos bem definidos,

• Publicidade nas regiões geradoras,

• Progresso do desenvolvimento, envolvimento local e declínio do controlo;

• Facilidades locais desaparecem em favor de organizações externas (alojamento);

• Facilidades de réplica ou importadas / atrações a aparecer;

• Mudança da paisagem sem respeito pela legislação local e tradição;

• Mais Turistas do que habitantes locais na época alta;

• Trabalho importado (imigrantes);

• Tipo de turista muda para psicocêntricos.

Fase 4 – Consolidação

• Taxa de crescimento do turismo começa a declinar;

• Níveis de capacidade de carga atingidos ou ultrapassados;

• O número de turistas constantemente a exceder as populações locais;

• Grande parte da economia ligada ao turismo;

• Marketing para combater a sazonalidade;

• Franchising e cadeias de lojas surgem, mas trazem pouco desenvolvimento;

• Envolvimento local diminui e aumenta a oposição;

• Privação e restrição de atividades dos habitantes locais;

• Facilidades antigas vistas como de segunda e não são desejadas pelos turistas.

Fase 5 - Estagnação

• Pico de visitantes alcançado;

• Níveis de capacidade de carga atingido / ultrapassado;

• Problemas ambientais, sociais, económicos tornam-se evidentes;

• Deixou de estar na moda;

• Alta dependência de repetição, por exemplo, conferências;


• Capacidade de oferta excedente (ex. camas);

• Turismo de massa (psicocêntricos);

• Esforço para manter os visitantes;

• Arações naturais substituídas por atrações artificiais;

• Destino divorciado do ambiente local;

• Novas propriedades periféricas em relação à área turística originais.

• Mudam frequentemente de proprietário.

Fase 6 – Declínio

• Não pode competir com as mais recentes atracões (espacialmente e geograficamente);

• Já não é atraente para visitantes (turistas ou excursionistas);

• Aumento do volume de negócios de propriedades;

• Facilidades para turistas substituídas por não-turísticas;

• Declínio de viabilidade;

• Aumenta a compra por locais pois os mercados declinam;

• Conversão de facilidades em condomínios, apartamentos, casas de repouso;

• Atraente para residência permanente.

Fase 7 - Rejuvenescimento do Ciclo de Vida

• Novas atrações;

• Novas atrações criadas pelo homem;

• elementos de singularidade (uniqueness);

• Aproveitar os recursos naturais “inexplorados '';

• Criar atrações sem sazonalidade;

• Equilibrar os esforços entre o setor privado e publico;

• Atrair nichos de mercado / grupos específicos de visitantes;

• Novos produtos criativos!

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