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Douglas Lima Bastos - 2022 – Ética, Cidadania e Sustentabilidade - SENAC

1) De acordo com Waiselfisz (2015, p.27), “Com sua taxa de 4,8 homicídios por 100
mil mulheres, o Brasil, num grupo de 83 países com dados homogêneos, fornecidos
pela Organização Mundial da Saúde, ocupa uma pouco recomendável 5ª posição [...]”.
Uma análise desse ranking de países em que as mulheres mais sofrem com a
violência, revela que dentre as características mais expressivas que contribuem para
esse cenário destacam-se o empobrecimento da população feminina e a ausência de
representatividade política.

No primeiro caso, em um mercado de trabalho dominado por homens, as mulheres


sofrem com desigualdade salarial e de gênero no mercado de trabalho. Isso contribui
para fragilidade no âmbito familiar uma vez que a mulher, quando contribui
financeiramente na família, o faz em menor parcela. Ficando assim em uma posição
precária e vulnerável uma vez que o poder econômico familiar passa pela figura do
homem.

Já no segundo caso, a ausência de mulheres em posições de poder na política


contribui para o não endurecimento de leis e políticas de valorização e salvaguarda
da vida de mulheres. Políticos homens tendem a não tratar o tema com tanta
relevância, cometendo até mesmo atos de violência contra mulheres no exercício de
suas funções políticas, como no caso da deputada Isa Penna que sofreu violência na
Alesp em 2021.

2) Soluções para o problema do feminicídio e violência contra mulheres passam por


uma legislação mais dura no âmbito punitivo de toda e qualquer agressão. Além disso,
há muito o que se desenvolver em leis que promovam maior participação política
feminina o que permitirá maior representatividade. Ademais, o problema da
disparidade no mercado de trabalho só poderá ser combatido com uma adoção maior
do meio empresarial de iniciativas que permitam às mulheres o acesso a mais cargos
de liderança, assim como a equidade salarial de forma a alterar a cultura corporativa.

Referências Bibliográficas

WAISELFISZ, J. J. Mapa da violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil. 1.


ed. Distrito Federal. Flacso/OPAS-OMS/SPM, 2015.

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