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fomentar a vida cristã entre os fiéis de tal modo que a importância da liturgia se faz
presente como o centro da vida de fé, pois possibilita a comunhão com o Pai por
meio dos gestos e atitudes de Cristo. Para tanto, os padres conciliares propuseram
com este documento a reforma e o incremento da liturgia, dentro da chamada
hermenêutica da continuidade. Cabe lembrar, dentro do contexto de reforma litúrgica
que desde o século XIX ganhou corpo na Igreja o chamado Movimento Litúrgico,
que adentrou o século XX com vigor, espraiado na Europa por autores como
Romano Guardini, Bauduin, Odo Casel entre outros. A ideia desses iminentes
autores era recuperar os valores da vida litúrgica uma vez que se constatava uma
mera assistência ao culto, e não uma participação ativa e efetiva, ficando latente
então a necessidade de reformas que foram levadas adiante por Pontífices desde o
Papa Pio X, passando também pelo pontificado de Pio XII e de João XXIII. Desde a
última reforma do missal pré-conciliar em 1962 foram instituídas algumas novidades
como a edição de missais bilíngue para que os fiéis pudessem acompanhar a missa,
autorização para que os sacramentos fora da missa pudessem ser na língua
vernácula, manuais de rubricas, dentre outras que ajudaram a recuperar a
simplicidade do rito romano.
O documenta recorda ainda que a Liturgia não esgota toda a ação da Igreja,
assim, a Igreja evangeliza através da pregação da Palavra, do anúncio do querigma,
da catequese e iniciação à vida cristã. Assim é necessário que se promova entre os
fiéis uma adequada formação que os leve a entender o sentido dos ritos, das
palavras e gestos presentes nas ações litúrgicas, mas também que os disponha
sempre mais à recepção dos sacramentos para que observem com mais perfeição o
que Cristo ensinou e pratiquem obras de caridade, apostolado e piedade.