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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro

Escolas de Fé e Catequese – Escola Mater Ecclesiae


Núcleo Jacarepaguá – Freguesia
Liturgia 1B

A vida litúrgico-sacramental da Igreja em sua evolução histórica

Material de apoio para leitura complementar

Estudar a História da Liturgia é uma das melhores maneiras de colocar em prática a chamada participatio
actuosa, ou seja, a participação ativa nas celebrações litúrgicas, tão valorizada e defendida pela
constituição Sacrosanctum Concilium1. Entender o caminho que a Igreja percorreu e que nos trouxe,
como que por herança, a liturgia que hoje temos, torna-nos mais capazes de participar dessa liturgia,
colhendo dela os frutos concretos para nosso crescimento espiritual.

É fundamental também chamar atenção para o título da ementa da disciplina, que, em princípio, pode
levar alguns a considerar que só iremos estudar a História da Liturgia. Contudo, nossa missão é mais
ampla, devendo abranger a “vida litúrgico-sacramental da Igreja”, ou seja, vamos buscar não só
compreender o desenvolvimento da liturgia, como também as formas utilizadas na celebração dos
sacramentos da Igreja2.

Por razões didáticas, não seria conveniente apresentar, com riqueza de detalhes, cada etapa do processo
de desenvolvimento da vida litúrgico-sacramental da Igreja. Portanto, faz-se necessário pontuar apenas
algumas fases mais relevantes da História da Igreja, mostrando seu reflexo na celebração da liturgia
cristã. Essa caminhada será dividida em cinco grandes períodos:

De Gregório
Igreja Igreja no Concílio de Vaticano II e
Magno a
primitiva Império Trento Pós-Concílio
Gregório VII

1
Aqui vale lembrar um dos trechos da constituição Sacrosanctum Concilium: “Deseja ardentemente a
Mãe Igreja que todos os fiéis sejam levados àquela plena, cônscia e ativa participação das celebrações
litúrgicas, que a própria natureza da Liturgia exige e à qual, por força do batismo, o povo cristão (...) tem
direito e obrigação.” (SC 14)
O Papa Bento XVI nos chama atenção para o verdadeiro sentido dessa participação ativa, que deve ser
vista como algo mais profundo do que meramente o engajamento em uma ação. A participação que a
liturgia exige é comparável à participação em Deus, produto da graça sacramental. Por isso, a
participação ativa não termina com o final da celebração, mas segue na vida e não pode ser imposta aos
homens pelo exterior, como um espetáculo, mas deve brotar da vida espiritual, construída com formação
e prática (Ratzinger, 1999, p. 97).
2
Embora aqui estejamos nos referindo aos sete sacramentos da Igreja (Batismo, Confirmação, Eucaristia,
Reconciliação, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio), não podemos perder de vista o sentido mais
amplo do termo sacramento, conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica: “A obra de Cristo na
liturgia é sacramental porque o seu ministério de salvação se torna presente nela mediante o poder do
seu Espírito Santo; porque o seu corpo, que é a Igreja, é como que o sacramento (sinal e instrumento)
no qual o Espírito Santo dispensa o mistério da salvação; porque através das suas ações litúrgicas a
Igreja peregrina já participa, por antecipação, da liturgia celeste” (CIgC 1111).
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