Você está na página 1de 7

FACULDADE CAPITAL FEDERAL - FECAF DE TABOÃO DA SERRA-SP

DIREITO

TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES

ANDRESSA ARAUJO SILVA RA: 15602


DANIELA ALVES DE SOUZA REIS RA: 13683
JACQUELINE PEREIRA LOPES RA: 15248
KLEBSON AVELINO DE PONTES RA: 15650

TRABALHO APRESENTADO NO CURSO DE GRADUAÇÃO DA


FACULDADE CAPITAL FEDERAL – FECAF, REFERENTE A TEORIA GERAL
DAS OBRIGAÇÕES, SOBRE A SUULA 419

ORIENTADOR

DOUTOR E MESTRE: NELSON RICARDO CASALLEIRO

TABOÃO DA SERRA
2020
1

SUMÁRIO

1 Introdução.........................................................................................................................2

2 Súmula 419 – Descabe a prisão civil do depositário judicial infiel...............................3

3 Conclusão...........................................................................................................................5

4 Bibliografia........................................................................................................................6
2

1 Introdução

Este documento tem por finalidade analisar e desenvolver uma explicação sobre a
sumula 419 e suas divergências com a CF/88.
3

2 Sumula 419 STJ – Descabe a prisão civil do depositário judicial infiel

A Súmula 419 aborda uma matéria que possui alta relevância, pois envolve discussão
em torno do alcance e precedência dos direitos fundamentais da pessoa humana.
O texto foi apresentado pelo ministro Felix Fischer, com base na CF/88, artigo 5º
LXVII “não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel”, o artigo 543-C, do
Código de Processo Civil, o artigo 7º, parágrafo 7º da Convenção Americana sobre Direitos
Humanos e o artigo 2º, parágrafo 1º da Resolução 08/2008 – STJ.
A prisão civil por dividas vem desde a antiguidade em diversos graus. Sua evolução
na história ocorre pelas várias maneiras de punição do devedor, na antiguidade por exemplo, o
código de Hamurabi, determinava a morte do devedor dinheiro ou sementes e escravidão de
sua família. Em algumas cidades gregas a punição por não pagar era virar escravo da família
credora por um determinado tempo. No Direito Romano era previsto na lei das XII Tábuas, na
III tábua, resumidamente o devedor teria 30 dias para pagar, caso não o fizesse era punido por
escravidão ou até mesmo ser vendido a estrangeiros e vários outros tipos punições. Em vários
lugares do mundo as punições eram bem severas ao ser humano, não existindo nenhum
respeito a sua dignidade.
Na república romana, com o passar do tempo, começaram vários movimentos
contrários à punição pessoal do devedor surge a Lex Poetilia Papiria, de 326 a.C., que
estabeleceu que o inadimplemento não causaria mais execução pessoal e sim execução
patrimonial do devedor, com exceção de dividas provenientes de delitos, que essa permitiria a
execução da própria pessoa.
Com a evolução a prisão civil foi sendo gradativamente abolida sendo realizada
apenas, na maioria dos casos, na execução do patrimônio do devedor sem consequências
pessoais.
No Brasil, nas constituições de 1824, no período do Brasil Império, e a de 1891,
período do Brasil Republica nada foi abordado sobre prisão civil.
Na constituição de 1934, resultante da revolução de 1932, foi totalmente contra a
prisão civil por dívida. A de 1937, não foi abordado o tema. As constituições de 1946 e 1967
trouxeram textos a favor da prisão civil tanto no caso de depositário infiel como no caso de
inadimplemento de obrigação alimentar. E em 1988, com a atual constituição permaneceu o
texto das duas últimas constituições.
4

A prisão civil por dívida tem como finalidade impor ao devedor que cumpra sua
obrigação perante ao credor. Visto que se o devedor não tiver condições para pagamento ao
ser preso ele não conseguirá cumprir com sua obrigação financeira.
Foi ratificado no Brasil em 1992, o Pacto de São José da Costa Rica na Convenção
Americana de Direitos Humanos, com a finalidade de preservação da dignidade humana, em
1998 abriu a possibilidade de o indivíduo peticionar sobre direitos tutelados na Convenção.
Com o conflito entre a CF/88, artigo 5º, LXVII e o Pacto de São José da Costa Rica e
com reiteradas decisões dos HCs a favor do artigo 7º, do tratado, a favor de não prisão por
dívida, mas por inadimplemento de obrigação alimentar. Com isso a necessidade de criação
da súmula 419 com objetivo da normatização do descabimento de prisão civil,
especificamente do depositário judicial infiel.
5

3 Conclusão

Ao analisarmos a sumula 419, somos a favor da não prisão civil por dívida, levando
em consideração o princípio da liberdade e preservação da dignidade humana, pois se
privarmos o indivíduo a possibilidade de cumprir com suas obrigações são ainda maiores.
.
6

4 Bibliografia

Referencial Teórico

<https://ww2.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/sumstj/author/
proofGalleyFile/5311/5435> Acesso em: 9 de out. de 2020.

<https://www.conjur.com.br/2010-mar-08/sumula-stj-descarta-prisao-civil-
depositario-infiel> Acesso em: 23 de out. de 2020.

<https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2119131/nova-sumula-419-do-stj-veda-a-
prisao-civil-de-depositario-judicial-infiel> Acesso em: 19 de out. de 2020.

BRAGA, MSc. Edival. Universidade Federal de Roraima. Curso de Bacharelado em


Direito. Disciplina: Direito Constitucional II, 2017.

Você também pode gostar