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 Cálculo vetorial: Soma e subtração de vetores. Versor.

Projeção
de um vetor. Produto escalar de dois vetores. Produto vetorial
de dois vetores.

 Sistemas de Coordenadas Ortonormais: Cartesianas, cilíndricas


e esféricas.

 Campo escalar e campo vetorial. Superfícies equipotenciais e


linhas de campo.

 Operadores diferenciais: Gradiente, divergência e rotacional.


Campos conservativos e solenoidais. Operador de Laplace.
Potencial escalar e potencial vetorial. Campos harmónicos.

 Operadores integrais: Fluxo de um campo vetorial. Integral


curvilíneo de um campo vetorial.

 Teoremas de Gauss e de Stokes. Teorema gradiente.


 Grandezas Escalares:
◦ Representam quantidades que ficam bem determinadas
por um número, por exemplo: temperatura, altitude,
pressão, etc.

 Grandezas Vetoriais:
◦ Representam quantidades para as quais a indicação de
um simples número não é suficiente para as descrever,
como por exemplo: Posição, Velocidade, Aceleração,
Força, etc.
 A direcção do vector é definida pela recta
suporte, ou linha de acção, que é colinear com o
próprio vector;
 O sentido é o que vai da origem para a
extremidade do vector;
 O módulo do vector é o número positivo que
mede o comprimento do segmento de recta
orientado, representando-se por a ou a
◦ Se o módulo de um vector for igual a zero, o vector
diz-se um vector nulo e representa-se por 0
b
a
b
c ab
b
a a
b
c ab
b
a a

a
c  b a
b
b
c ab
b
a a

c ab
a
c  b a
b b
a
Seja k um número real e vv um vector.
Mesma direcção de v
Mesmo sentido de v se k > 0
w kv Sentido oposto ao de v se k < 0
w  k v

k 2
v k  0,5
w kv
w kv
a
b
a a
b b
a a
b b

a
b
b
a a
b b

a a
b b
c ab
b b
 Um vector cujo módulo é igual à unidade
chama-se vector unitário, ou versor;
 Um versor é utilizado para indicar uma
orientação (direcção) e sentido positivo
no espaço.


v 
vˆ  û
v

v  v x ˆi  v y ˆj  v z kˆ

u  u x ˆi  u y ˆj  uz kˆ

w v u
 w x ˆi  w y ˆj  w z kˆ
 v x  u x  ˆi  v y  u y  ˆj  v z  uz  kˆ
v  v x ˆi  v y ˆj  v z kˆ

u  u x ˆi  u y ˆj  uz kˆ

w v u
 w x ˆi  w y ˆj  w z kˆ
 v x  u x  ˆi  v y  u y  ˆj  v z  uz  kˆ
v  v x ˆi  v y ˆj  v z kˆ

  escalar

w   v  w x ˆi  w y ˆj  w z kˆ


= v x ˆi  v y ˆj  v z kˆ 
  v x ˆi   v y ˆj   v z kˆ
Num sistema de eixos ortogonal,
o módulo do vector

v  v x ˆi  v y ˆj  v z kˆ

é dado por

v  v x2  v y2  v z2
O produto escalar entre os vectores u e v é
um escalar dado por
u  v  u v cos  u v 

Esta operação goza das seguintes propriedades:


Comutativa u v  v u
Distributiva em
u  v  w   u  v  u  w
relação à adição
Considerando os vectores

u  u x ˆi  u y ˆj  uz kˆ
v  v x ˆi  v y ˆj  v z kˆ

e aplicando a propriedade distributiva do


produto escalar em relação à adição, bem como
a definição de produto escalar, vem
u  v  u xv x  uy v y  uzv z
Consideremos os vectores

u  u x ˆi  u y ˆj  uz kˆ
v  v x ˆi  v y ˆj  v z kˆ

teremos
u  v   u x ˆi  uy ˆj  uz kˆ   v x ˆi  v y ˆj  v z kˆ 
Aplicando a propriedade distributiva do produto
escalar em relação à adição, vem

u  v   u x ˆi  u y ˆj  uz kˆ   v x ˆi  v y ˆj  v z kˆ 
 u x v x ˆi  ˆi  u x v y ˆi  ˆj  u x v z ˆi  kˆ 
 u y v x ˆj  ˆi  u y v y ˆj  ˆj  u y v z ˆj  kˆ
 uz v x kˆ  ˆi  uz v y kˆ  ˆj  uz v z kˆ  kˆ
Aplicando a propriedade comutativa do
produto escalar e reagrupando os termos, vem

u  v  u x v x ˆi  ˆi  u y v y ˆj  ˆj  uz v z kˆ  kˆ
  u x v y  u y v x  ˆi  ˆj
  u x v z  uz v x  ˆi  kˆ
  u y v z  uz v y  ˆj  kˆ
Tendo em conta a definição
u  v  u v cos  u v 

e que os versores ˆi, ˆj e kˆ são perpendiculares


entre si, teremos
ˆi  ˆj  0 ˆi  kˆ  0 ˆj  kˆ  0

ˆi  ˆi  1 ˆj  ˆj  1 kˆ  kˆ  1
Finalmente vem para o produto escalar
u  v  u x v x ˆi  ˆi  u y v y ˆj  ˆj  uz v z kˆ  kˆ
  u x v y  u y v x  ˆi  ˆj
  u x v z  uz v x  ˆi  kˆ
  u y v z  uz v y  ˆj  kˆ
 u x v x ˆi  ˆi  u y v y ˆj  ˆj  uz v z kˆ  kˆ
 u x v x  u y v y  uz v z
O produto escalar de um vector por um versor é
a projecção do vector segundo a direcção
definida pelo versor

v  ˆ  v cos v ˆ  v

 v cos   

 v v ̂

O resultado do produto vectorial entre dois vectores
u e v é um vector perpendicular ao plano por eles
definido, e cujo módulo é dado por
w  u v u  v  u v sen  u v 
Plano 
v O sentido do vector
u resultante do produto
vectorial é dado pela
regra da mão direita ou
k  v  u  w pela regra do saca rolhas
Consideremos os vectores
u  u x ˆi  u y ˆj  uz kˆ e v  v x ˆi  v y ˆj  v z kˆ
As componentes analíticas do vector
w  u v
podem ser obtidas da seguinte forma
 iˆ jˆ kˆ 
 
w  u v u x u y uz 
v v v 
 x y z
Cálculo da componente segundo XX

Componente XX  î 

ˆi ˆj kˆ
w  u  v   u y v z  uz v y  î    
ux uy uz

vx vy vz
Cálculo da componente segundo YY

Componente YY  ĵ 

ˆi ˆj kˆ
w  u v    uz v x  u x v z  ĵ    
ux uy uz

vx vy vz
Cálculo da componente segundo ZZ

Componente ZZ  k̂ 

ˆi ˆj kˆ
w  u v    u x v y  u y v x  k̂
ux uy uz

vx vy vz
Somando as componentes segundo os
três eixos, teremos

w  u v
  u y v z  uz v y  î
  uz v x  u x v z  ĵ
  u x v y  u y v x  k̂
O produto misto entre os vectores u , v e w é
definido por u  v  w , sendo um escalar
cujo módulo é dado por :

u  v   w  u v sen  u v  w cos u  v  w 


 uv 

 u v w sen  u v  cos  u  v  w 
Se w for um versor w  wˆ  , o resultado do
produto misto u  v   wˆ é a projecção de u  v
sobre a recta orientada pelo versor wˆ

u v
Plano 
v
 u  v   wˆ u


Representação de um ponto
Z

P(x,y,z)

y
Y

X
Versores
Representação de um vetor
Elementos infinitesimais de deslocamento
Elementos infinitesimais de área
Elemento infinitesimal de volume
Representação de um ponto
Versores
Representação de um vetor
Elementos infinitesimais de deslocamento
Elementos infinitesimais de área
Elemento infinitesimal de volume
Representação de um ponto
Versores
Representação de um vetor
Elementos infinitesimais de deslocamento

r d

r r sin
d
d r sin d
Elementos infinitesimais de área
Elemento infinitesimal de volume
 Dada uma região D do espaço, podemos associar a cada ponto de D
uma grandeza escalar (temperatura, pressão, densidade, distância, ...)
ou uma grandeza vectorial ( força velocidade, aceleração posição,
deslocamento, ...). Dizemos, então, que está definido sobre D um
campo escalar ou um campo vectorial, respectivamente.
 Seja f uma função escalar definida em um a região D do espaço-2D ou
espaço-3D . A região D juntamente com as grandezas escalares,
imagem de cada ponto de D pela f, é chamada um campo escalar.
Dizemos também, que f define um campo escalar sobre D.

f  x, y , z 

 Exemplos:
 Seja D um sólido no espaço e d a densidade em cada ponto (x, y, z)
de D , d define um campo escalar em D.
 Seja D uma piscina e p a pressão em cada ponto (x, y, z) de D, p
define um campo escalar em D.
 Seja D uma chapa metálica e T a temperatura em cada ponto (x, y, z)
de D, T define um campo escalar em D.
 Representação gráfica - exemplos

  x2 y 2 
f  x, y   x e

 Transferência de calor
 Seja F uma função vetorial definida de uma região D do espaço-2D ou
espaço-3D no próprio espaço. A região D juntamente com as
grandezas vetoriais, imagem de cada ponto de D pela F, é chamada
um campo vetorial. Dizemos também, que F define um campo vetorial
sobre D.

F  x, y , z   Fx  x, y , z  xˆ  Fy  x, y , z  yˆ  Fz  x, y , z  zˆ
 Exemplos:
 Seja D a atmosfera terrestre e v a velocidade em cada ponto (x, y, z)
de D, v define um campo vectorial em D (campo de velocidade).
 Pela Lei da Gravitação Universal de Newton, a terra exerce uma força
de atracção para o seu centro sobre qualquer corpo na sua
vizinhança. A função que associa essa força a cada ponto (x, y, z)
define um campo vectorial chamado campo de força (neste caso, é o
campo gravitacional da terra).
 Representação gráfica exemplos:

 Campo de velocidades

F  x, y    y xˆ  x yˆ

 Campo de forças central


k
F  r    2 rˆ
r
 A tangente da linha de campo num ponto dá a direcção do campo nesse
ponto.
 A densidade de linhas de campo numa região do espaço dá informação
sobre a intensidade do campo nessa região.
 Exemplos:
 Campo gravítico terrestre  Campo eléctrico criado

por uma carga pontual


 Campo eléctrico uniforme  Campo magnético terrestre

 Campo magnético uniforme


 Campo magnético gerado
por um fio de corrente
 Linhas isobáricas  Curvas de nível

 Linhas isotérmicas
 Superfícies equipotenciais
 As linhas de campo eléctrico são perpendiculares às superfícies
equipotenciais
 As linhas de campo apontam de potenciais mais altos para potenciais
mais baixos
 Exemplos:
  
 Coordenadas cartesianas  xˆ  yˆ  zˆ
x y z

 1  ˆ 
 Coordenadas cilíndricas  
ˆ   ẑ
   z
 1  ˆ 1  ˆ
 Coordenadas esféricas  rˆ   
r r  r sin  
f f f
f  xˆ  yˆ  zˆ
 Coordenadas cartesianas x y z

f 1 f ˆ f
 Coordenadas cilíndricas f  ˆ   zˆ
   z

f 1f ˆ 1 f ˆ
Coordenadas esféricas f  rˆ   

r r  r sin  
 Exemplo: Em electrostática: E  V

 As linhas de campo têm a direcção da variação do potencial eléctrico, no sentido


de potenciais mais altos para potenciais mais baixos.
 As linhas de campo são perpendiculares às superfícies equipotenciais.
F

 Fx  Fy  Fz
 Coordenadas cartesianas F   
x y z

1   F  1  F  Fz
 Coordenadas cilíndricas F   
    z

1  r Fr  1  sin  F 
2
 Coordenadas esféricas 1  F
F  2  
r r r sin   r sin  

Se a divergência de um campo é nulo, o campo é solenoidal.


F
 Exemplos: 
E 
0
 Se a densidade de carga numa região é positiva (negativa), a divergência do
campo eléctrico é positiva (negativa) e existem linhas de campo que divergem ou
saem (convergem ou entram) dessa região. Essa região é fonte (sumidouro) de
linhas de campo.
 Se não existe densidade de carga numa região, a divergência do campo eléctrico
nessa região é nula e não existem linhas de campo ou o número de linhas de
campo que entra nessa região é igual ao número de linhas de campo que sai.

B  0
 O campo magnético é solenoidal.
 As linhas de campo magnético contornam os elementos de corrente que os criam
em curvas fechadas.
 Não há fontes nem sumidouros de linhas magnéticas
F

 Coordenadas cartesianas
 F F   F F   F F 
  F   z  y  xˆ   x  z  yˆ   y  x  zˆ
  y z   z x   x  y 

 Coordenadas cilíndricas
 1  Fz  F    F  Fz  ˆ 1    F   F 
F    
ˆ       zˆ
     z    z         

 Coordenadas esféricas

1   F sin    F  1  1  Fr  r F   ˆ 1   r F   Fr  ˆ
F    r  
ˆ      
r sin      r  sin   r  r   r  

Se o rotacional de um campo é nulo, o campo é irrotacional ou conservativo.


F

 Exemplo
B B
E   Se 0  E 0
t t

 Se não há variações temporais de campo magnético, o campo eléctrico é


irrotacional e pode ser escrito como o gradiente do potencial eléctrico: E  V

 O rotacional de um gradiente é nulo 


  V  0
 Um campo vectorial com rotacional nulo é um campo conservativo.
Um campo arbitrário pode ser completamente
especificado através da sua divergência e rotacional,
complementados com as condições fronteira à região
em que está especificado.
Os campos criados pela operação de gradiente são
sempre irrotacionais! Um campo irrotacional deriva
de um potencial escalar.

Os campos que resultam da operação de rotacional


são sempre solenoidais! Um campo solenoidal
deriva de um potencial-vetor.
 2 f    f

2 f 2 f 2 f
 Coordenadas cartesianas  f  2  2 2
2

x y z

1    f  1 2 f 2 f
Coordenadas cilíndricas  f    
 2

        2  2  z 2

 Coordenadas esféricas
1   2 f  1   f  1 2 f
 f  2  2  sin    2 2
2
r
r  r   r  r sin      r sin   2

Se o Laplaciano de uma função escalar é nulo, a função é harmónica.


 Exemplos:

 Equação de Poisson  2V  
0

 Equação de Laplace  2V  0
F

   F  dA
S

Qint
Exemplos:  E  dA 
S
0

 B  dA  0
S
F

 F  dr
C

Exemplos: 
C E  dl   t A B  dA

 E 
C B  dl  0 A  J   0 t   dA
    F  dv  
V S
F  dA

Onde a superfície fechada S delimita o volume V

 Qint
Exemplo: E 
0
 
S
E  dA 
0

    E  dv  
V V 
0
dv

Qint

S
E  dA 
0
    F   dA  
S C
F  dr

Onde a curva fechada C delimita a superfície S

Exemplo: B 
E  
t
  E  dl  
C

t S
B  dA

 B 
 
S   E  dA  S   t   dA

C E  dl   
t S
B  dA
A circulação de campos irrotacionais sobre uma
linha depende apenas dos pontos extremos e não
da forma geométrica do Percurso.

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