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Vectores de
Referencial cartesiano em
É constituído por duas rectas perpendiculares orientadas (eixos). O ponto de intersecção dos eixos é origem do referencial.
Nos eixos está definida uma unidade de comprimento que permite localizar cada ponto do plano através das suas
coordenadas (como já visto no Ensino Secundário).
Dois vectores e
Referencial cartesiano standard em são equivalentes se
P
Na figura estão representados o Os vectores e da figura são
referêncial cartesiano standard e Q equivalentes.
diversos pontos com as suas
Por vezes interessa considerar um
coordenadas
(3.5,-0.5) T vector com o seu ponto de
origem e extremidade fixos.
Vector do plano
S
É um segmento orientado que Mas se não for esse o caso,
liga dois pontos do plano (a sua representamos um vector com a
origem e a sua extremidade). sua origem coincidente com a
origem do sistema de eixos do
referêncial cartesiano adoptado.
Na figura está representado o vector
Denota-se então o vector apenas
por uma letra, por exemplo:
v = (5,2)
Adição de vectores
𝑣 =( 𝑣 1 , 𝑣 2 ) ,𝑤 =( 𝑤 1 , 𝑤 2 ) → 𝑣 +𝑤 =( 𝑣 1+𝑤 1 , 𝑣 2 +𝑤 2)
Graficamente:
𝑣 +𝑤
Regra do paralelogramo
𝑣
𝑤
𝑣1
Vector unitário ou versor: é um vector com norma igual a 1
Versores standard em :
2 2
Translação associada a um vector 𝑇 𝑣: ℝ ⟶ ℝ [P é um ponto do plano]
𝑃 →𝑃 +𝑣
Exemplo
Para e P=(x,y) (P) =(x - 4,y +3)
(P)
x
𝑣 XP
Rotações no plano em torno da origem do referencial
Rotação associada a um ângulo
Transforma um ponto P = (x,y), identificado com o seu vector de posição v = (x,y), como se indica a seguir.
Determinação de (x*,y*):
Matriz de rotação
e e
mas
cos() cos( sin() sin()
donde
𝑥 cos ( 𝜃 ) − 𝑦 sin ( 𝜃 )
𝑥 𝑦
𝑥 sin ( 𝜃 ) + 𝑦 cos ( 𝜃 )
𝑦 𝑥
Produto interno (ou produto escalar)
Observação:
Consequência da Observação anterior:
Ortogonalidade v e v* são ortogonais se pelo menos um destes vectores for nulo ou se, sendo os dois não nulos,
o cosseno do ângulo entre eles for nulo (isto é, se o ângulo entre os dois vectores for de 90 o).
Observação:
Relativamente aos versores standard de verifica-se que:
Esta observação óbvia vai ser útil para o cálculo de produtos internos entre vectores escritos na forma
• e
‖𝑣+ 𝑤‖≤‖𝑣‖+‖𝑤‖
Interpretação:
v+w
w
v
Vectores de
Referencial cartesiano em
É constituído por três rectas perpendiculares orientadas (eixos). O ponto de intersecção dos eixos é origem do referencial.
Nos eixos está definida uma unidade de comprimento que permite localizar cada ponto do espaço através das suas
coordenadas (como já visto no Ensino Secundário).
3 3
Translação associada a um vector 𝑇 𝑣: ℝ ⟶ ℝ [P é um ponto do espaço]
𝑃 →𝑃 +𝑣
Exemplo
Para e P=(x,y,z) (P) =(x - 4,y +3, z+ 2)
i -- > i
j -- >
k -- >
[ ][ ][ ]
𝑥∗ 1 0 0 𝑥
∗
𝑦 = 0 cos (𝜃 ) −sin ( 𝜃 ) 𝑦
𝑧
∗
0 sin ( 𝜃 ) cos ( 𝜃 ) 𝑧
NOTA IMPORTANTE:
A composição de diferentes rotações elementares permite obter rotações não elementares. As matrizes
destas rotações obtêm-se multiplicando as matrizes das rotações elementares envolvidas.
Produto interno (ou produto escalar)
Notação:
Definição:
Observação:
Relativamente aos versores standard de verifica-se que:
Esta observação óbvia vai ser útil para o cálculo de produtos internos entre vectores escritos na forma
Consequência:
Pode-se provar que o ângulo entre dois vectores não nulos do espaço é um ângulo entre 0 e 180o tal que o seu
cosseno é dado pela expressão anterior.
Ou seja:
A demonstração é mais complicada que no caso de vectores do plano e por isso não será feita aqui.
Demonstração da desigualdade de Cauchy-Schwarz (caso de ) TPC
Sugestão:
são ortogonais se
No caso de nenhum dos vetores ser nulo isto significa que fazem entre si um ângulo de 90o
Produto externo ou vectorial (só está definido para vectores de )
Nota:
Aqui mudou-se a
notação e passou-
se a designar os
vectores por letras
maiúsculas
{
𝒙 = 𝒙 𝟎+ 𝜶 𝒂
𝒚 = 𝒚 𝟎+ 𝜶 𝒃 𝛼 𝜀 ℝ
𝒛= 𝒛 + 𝜶 𝒄
ou seja, a reta R é o conjunto de pontos X=(x,y,z) que verificam as equações acima.
Eliminando α obtém-se um sistema de equações ditas equações cartesianas de R
𝒙 − 𝒙𝟎 𝒚−𝒚 𝒛 − 𝒛𝟎
= = 𝑎 ,𝑏,𝑐≠0
𝒂 𝒃 𝒄
* vector director de uma reta R é qualquer vetor não-nulo paralelo à reta.
Exemplo: Encontre a equação da reta R que passa pelos pontos (-1,1,0) e (0,0,1)
(x,y,z) = a + α(b-a)
Substituindo vem,
(x,y,z) =
ou, equivalentemente,
Assim como um vetor não-nulo determina a direção de uma reta, um par de vetores não-
paralelos (e não-nulos) define um plano; estes vetores são chamados de vetores diretores
do plano.
v
P X
Dado um plano P com vetores diretores e (não-colineares)
que passam pelo ponto P P u
XεP
esta equação chama-se equação vetorial (ou paramétrica) do plano P
{
𝒙 = 𝒙 𝟎+ 𝜶 𝒎 + 𝜷 𝒓
𝒚 = 𝒚 𝟎 + 𝜶 𝒏+ 𝜷 𝒔 𝛼 , 𝛽 𝜀 ℝ
𝒛 =𝒛 +𝜶 𝒑 +𝜷 𝒕
ou seja, o plano P é o conjunto de pontos X=(x,y,z) que verificam as equações acima.
XεP P
| 𝑛
𝑠
𝑝
𝑡|( |
𝑥 − 𝑥0) −
𝑚
𝑟
𝑝
𝑡
( |
𝑦 − 𝑦 0)+
𝑚
𝑟| 𝑛
𝑠|( 𝑧 − 𝑧 0 )= 0
fazendo
| 𝑛
𝑠
𝑝
𝑡 |
=𝑎 , −
𝑚
𝑟 | 𝑝
𝑡 |
=𝑏 ,
𝑚
𝑟 | 𝑛
𝑠 |
=𝑐 , − 𝑎 𝑥 0 − 𝑏 𝑦 0 − 𝑐 𝑧 0 = 𝑑
vem
𝒂𝒙 +𝒃𝒚 +𝒄𝒛 +𝒅=𝟎
que se designa por equação cartesiana geral de P.
Verifica-se que n=(a,b,c) é um vetor não-nulo normal (ortogonal) a P. De facto,
XεP ⃗
𝑛
X
P
P
Dois planos são paralelos se os seus vetores normais são paralelos; são ortogonais (ou
perpendiculares) se os seus vetores normais são ortogonais.
Exemplo: Qual a equação cartesiana do plano dado pela equação vetorial
( 𝑥 , 𝑦 , 𝑧 ) =( 1 ,5 , 4 ) +𝛼 ( 1 ,1 , 1 ) +𝛽 ( 2 ,3 , 4 ) 𝛼 , 𝛽𝜀 ℝ
Solução: Relembrar que: ( 𝑥 , 𝑦 , 𝑧 ) =( 1 ,5 , 4 ) +𝛼 ( 1 ,1 , 1 ) +𝛽 ( 2 ,3 , 4 )
X P ⃗
𝒖 ⃗
𝒗
A equação cartesiana do plano é da forma , onde (a,b,c) é um vetor normal ao plano (ou seja, é perpendicular aos
vetores diretores) e d é tal que P pertence ao plano, isto é, .
| |
𝑖 𝑗 𝑘
𝑛=𝑢 ×𝑣 = 1 1 1 =𝑖 − 2 𝑗+ 𝑘=( 1 , − 2 , 1 )
2 3 4
Então a equação cartesiana do plano é1. 𝑥 −2. 𝑦 +1. 𝑘+𝑑=0 ⟹ 𝑑=−1.1+2.5 −1.4 =5
Conclusão: a equação cartesiana do plano dado é