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Guia de Minerografia

Identificação dos
Minerais de Minério mais comuns
ao Microscópio de Luz Refletida
pelo Método Passo-a-Passo.

2ª edição – fevereiro de 2017


INTRODUÇÃO

O presente Guia, do tipo passo-a-passo, propõe-se a auxiliar na identificação de minerais


de minério ao Microscópio de Luz Refletida. O Guia abrange um grupo de quase 90 minerais de
minério mais importantes e freqüentes. Nesses minerais estão incluídos minerais opacos, minerais
translúcidos e minerais transparentes. Como as informações a respeito dos minerais estão muito
sintéticas nesse Guia, sugere-se usar o “Guia de Minerais de Minério” disponível no link do canal
“Heinrich Frank” no YouTube para trabalhar com um conjunto representativo de informações a
respeito das características dos minerais ao Microscópio de Luz Refletida.

A identificação de minerais de minério sob Luz Refletida nunca foi uma tarefa fácil,
oferecendo muitas armadilhas mesmo para pessoas com mais experiência. Em função disso, o
Guia se atém apenas às propriedades de fácil identificação, sem usar, por exemplo, sutis
diferenças de birreflectância como critério de identificação. Também não serão usados critérios a
partir de observação com imersão em óleo; portanto o Guia se aplica a observações ao ar.

Sobre o autor: Heinrich Theodor Frank é geólogo, professor de Mineralogia no Instituto de


Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mantêm um canal no YouTube sobre
as características dos minerais ao Microscópio de Luz Transmitida e ao Microscópio de Luz
Refletida. Facebook: Heinrich Theodor Frank.
PORQUE TRABALHAR COM SEÇÕES POLIDAS?

Entender um minério não é uma tarefa fácil: reconhecer os minerais de minério presentes,
os minerais de ganga, as texturas individuais e coletivas. É impossível conseguir isso apenas com
a amostra macroscópica. A análise de um minério com uma lupa fornece apenas uma idéia
preliminar do material. Portanto, é ilusão achar que macroscopicamente seja possível analisar e
descrever um minério.

Seções polidas, por outro lado, são de confecção rápida, fácil e barata. O ideal,
naturalmente, é ter um laboratório à disposição com os equipamentos necessários. Mas é
absolutamente possível trabalhar sem máquinas, bastam alguns materiais de consumo mais
específicos.

Para a produção da seção (da amostra inicial) o ideal é trabalhar com uma serra
diamantada. Tenho usado serras com diâmetro de 20 cm, sem espaços abertos na serra
(superfície diamantada contínua). Essas serras são muito seguras e não machucam o operador.
Mas é possível quebrar a amostra com um martelo e escolher um fragmento de 2x3 cm que tenha
um lado (uma superfície) aproximadamente reto.

O desbaste pode ser realizado com uma máquina apropriada. Na ausência desta, pode ser
feito sobre uma cerâmica lisa, mas um vidro qualquer também cumpre a função. O mais difícil é
conseguir o abrasivo, de preferência carbeto de silício nas granulometrias 320 e 1000.
Adicionalmente podem ser adquiridas as granulometrias 180, 500 e 1500, para casos especiais.
Geralmente é suficiente trabalhar a amostra com 2 abrasivos diferentes. Depende dos minerais
presentes, mas como regra inicial é suficiente fazer o desbaste por 5 minutos com cada abrasivo.
Assim a superfície fica lisa, pronta para o polimento.

O polimento é a etapa que requer materiais especiais. Panos de polimento podem ser
adquiridos no Exterior caso o preço nacional seja exorbitante (geralmente é). Pessoalmente, tenho
adquirido com http://www.schmitz-metallographie.de/en/. Os panos vêm para fixação em uma
politriz, mas na ausência desse equipamento basta colar o pano em um vidro de 3 ou 4 mm de
espessura no tamanho correto (35 x 35 cm), que qualquer vidraçaria fornece a preços muito
acessíveis. Para uso no pano, é necessário um abrasivo muito fino. Tenho usado um abrasivo
com 0,3 micra, bem mais caro. Fazendo o polimento manualmente, geralmente é necessário
trabalhar por uns 5 minutos para conseguir um polimento razoável. Alguns minerais, como cromita
e hematita, exigem o triplo disso.

Com esses materiais de consumo à disposição e um pouco de prática, a seção polida fica
pronta em menos de meia hora. É muito mais rápido e fácil que uma lâmina delgada, cuja
confecção exige mais equipamentos e muito mais prática do operador.

A análise de uma seção polida sempre é extremamente interessante:

“A análise criteriosa de uma única seção polida de boa qualidade pode decidir se o minério será
processado por simples concentração mecanica, por flotação após moagem, amalgamado,
lixiviado ou processado por inteiro.” (Paul Ramdohr, 1960, p. 249.)

”O exame do minério é uma etapa preliminar desejável no processamento mineral, porque a


informação assim obtida é um guia útil que pode eliminar várias etapas de testes baseadas em
tentativa e erro” (Edwards, 1960, p. 167.)
Observações ao Microscópio de Luz Refletida

1. Observações a Nicóis Descruzados (usar filtro azul)

1.1 Cor de reflexão: cor que o mineral apresenta a Nicóis Descruzados. Sempre é mais
fácil avaliar a cor se há um mineral de cor conhecida próximo do mineral em questão. A galena
apresenta o branco padrão da Microscopia de Reflexão.

1.2 Pleocroísmo: mudança da cor ao giro da platina a Nicóis Descruzados. A cada 90º do
giro da platina alternam-se a cor A com a cor B. Pode ser forte, moderado, fraco ou ausente. É
difícil, às vezes impossível, distinguir pleocroísmo de birreflectância (veja abaixo). Em função
disso, muitos autores não fazem distinção entre as duas propriedades.

1.3 Refletividade (ou Poder Refletor): quantidade de luz que o mineral reflete. É expresso
em porcentagem, mas a olho desarmado e sem muita prática basta classificar em alto, médio ou
baixo (comparar entre minerais e/ou com minerais conhecidos)

1.4 Birreflectância: mudança da refletividade ao giro da platina a Nicóis Descruzados. É


uma propriedade de avaliação bem mais difícil e freqüentemente não é possível diferenciar
birreflectância de pleocroísmo. Em função disso, muitos autores não fazem distinção entre as
duas propriedades.

1.5 Zonações : zonas no mineral com propriedades contrastantes. Podem ser alterações
de cor, de refletividade, de birreflectância, presença ou não de inclusões, de porosidade ou outros.
São relativamente comuns e, em alguns casos, diagnósticas.

1.6 Clivagens: em função do processo de confecção da seção polida, onde a pasta de


polimento impregna as clivagens, são muito raros os minerais que mostram sua clivagem. Mais
comuns são os buracos (figuras de arranque) gerados pelo arranque de sólidos de clivagem. Por
outro lado, sulcos de polimento são comuns e não devem ser confundidos com clivagem.

1.7 Sulcos de Polimento: trata-se de riscos produzidos durante o processo de confecção


da lâmina delgada. São linhas finas, mais ou menos aleatórias e que se estendem por vários
minerais adjacentes (o que as distingue de clivagem). Em muitos minerais de dureza baixa é
praticamente impossível produzir uma seção sem sulcos de polimento, como em cobre nativo e
minerais de prata. Os sulcos complicam as observações ao microscópio e, entre outros, podem
simular uma anisotropia no mineral a Nicóis Cruzados.

1.8 Fraturas: são rachaduras no mineral que podem ter alguma importância diagnóstica,
mas geralmente são mais importantes devido à possibilidade de conterem minerais de alteração
do mineral fraturado. Esses minerais de alteração podem auxiliar na identificação do mineral
fraturado.

1.9 Figuras de Arranque: são buracos geométricos (triangulares, aparecem pretos na


imagem) produzidos durante o polimento devido ao arranque de pequenos sólidos de clivagem.
Só surgem quando o mineral se apresenta em grãos relativamente grandes. As figuras de
arranque mais conhecidas são as figuras triangulares da galena, mas muitos outros minerais
podem exibir figuras de arranque. Quanto melhor o polimento da seção, menos figuras haverá.
1.10 Relevo: propriedade que surge quando minerais de durezas contrastantes estão lado
a lado. Por exemplo: pirita (Mohs: 6 - 6,5) ao lado de galena (Mohs: 2,5). Trata-se de um relevo
real e não de um relevo aparente como na Microscopia de Luz Transmitida. O relevo se expressa
por uma borda preta ao redor do mineral de relevo mais alto (preta porque ali a superfície não é
perpendicular à luz incidente e não reflete a luz para dentro da objetiva).

1.11 Forma e Hábito dos Cristais: há uma infinidade de formas, hábitos e texturas
possíveis. Consultar bibliografia.

1.12 Inclusões : trata-se de grãos minerais ou inclusões fluidas contidas no mineral em


análise. Em alguns casos auxiliam na identificação do mineral. Cuidado para não confundir com
exsoluções ou intercrescimentos.

1.13 Intercrescimentos: trata-se da mistura de dois minerais por processos como


exsolução. São muito comuns e podem ser de vários tipos diferentes. Sua análise é complicada e
exige, em alguns casos, conhecimentos detalhados de cristalografia. Hematita, ilmenita,
magnetita e esfalerita apresentam grande quantidade de intercrescimentos e exsoluções.

1.14 Dureza: A dureza de um mineral pode ser avaliada pelo relevo que o mineral
apresenta em relação aos minerais vizinhos e pela quantidade de sulcos de polimento. Quanto
maior o relevo e quanto menos sulcos o mineral exibir, maior sua dureza.

2. Observações a Nicóis Cruzados (tirar o filtro azul)

2.1 Isotropia e Anisotropia: devem ser conferidas com a intensidade máxima de luz.
Minerais isótropos são pretos (extintos) ao giro de 360º da platina. Minerais anisótropos mostram
duas cores, que se alternam a cada 90º do giro da platina. Observar vários grãos do mesmo
mineral na seção para evitar erros. Sulcos de polimento podem simular anisotropia (na galena, por
exemplo).

2.2 Cor de Polarização: é a cor que o mineral apresenta a Nicóis Cruzados quando não
está na posição de extinção. A cor precisa ser igual nas 4 posições de 45º, caso contrário os
nicóis não estão a 90º um do outro.

2.3 Extinção: é o escurecimento do mineral a 45º da posição de extinção. Em geral, não é


de importância diagnóstica, mas em alguns casos pode auxiliar. A extinção pode ser ondulante,
paralela ou oblíqua.

2.4 Maclas: geralmente aparecem melhor descruzando os Nicóis em 2º. Podem ser de 3
tipos e normalmente aparecem como lamelas paralelas. Às vezes lembram clivagem. Alguns
minerais sempre têm maclas, como calcopirita e hausmannita

2.5 Reflexões Internas: são cores que surgem a Nicóis Cruzados. Para sua observação,
deve ser usada luminosidade máxima e, em alguns casos, aumento elevado. As reflexões internas
são mais diagnósticas que as cores de reflexão.
Minerais abrangidos pelo Guia:

Acanthita Cuprita Manganita


Alabandita Digenita Marcassita
Anidrita Djurleita Millerita
Anglesita Dolomita Molibdenita
Ankerita Enargita Niquelina
Antlerita Enxofre Ouro
Apatita Erythrita Ouropigmento
Arsenopirita Esfalerita Pentlandita
Asbolana Eskutterudita Pirargirita
Azurita Estannita Pirita
Barita Estibnita Pirolusita
Bismuto nativo Ferberita Pirrotita
Bornita Fluorita Polianita
Bournonita Galena Prata nativa
Braunita Gersdorffita Proustita
Breithauptita Gipso Quartzo
Calcita Goethita Realgar
Calcocita Grafita Rhodocrosita
Calcopirita Hausmannita Rhodonita
Cassiterita Hematita Rutilo
Cerussita Hemimorfita Scheelita
Cinábrio Hollandita Siderita
Cobaltita Hübnerita Smithsonita
Cobre nativo Ilmenita Tantalita
Columbita Jamesonita Tennantita
Coríndon Lepidocrocita Tenorita
Covellita Limonita Tetraedrita
Criptomelano Luzonita Todorokita
Crisocola Magnesita Wolframita
Cromita Magnetita
Cubanita Malaquita
Passo Característica do Mineral Continuação

1 a a seção polida está há muito tempo sem ser


repolida, está coberta por poeira e possivelmente vá ao Passo 2
com embaçamento e/ou eflorescências minerais.
b A seção foi polida (ou repolida) há poucas horas
atrás, não apresenta embaçamento nem marcas vá ao Passo 5
de dedo nem poeira nem eflorescências minerais.

2 a o mineral apresenta eflorescências minerais - CUIDADO! Provavelmente as


pequenos tufos coloridos que se sobressaem na eflorescências contêm elementos
superfície da seção polida, gerados pela lenta tóxicos como As, Hg, Cd, Pb,
interação dos minerais da seção (provavelmente elementos radioativos e outros. Faça o
sulfetos) com a umidade do ar. repolimento da seção usando luvas(!)
e vá ao Passo 5.

b o mineral não apresenta eflorescências minerais 3

3 O mineral pode estar embaçado. Embaçamento pode ser útil, pois não deixa de ser uma espécie
de ataque químico. Pode fornecer uma primeira idéia a respeito do mineral (elementos nativos ou
sulfetos embaçam mais rapidamente) e pode revelar características (como maclas) que
desaparecem com o repolimento.
a o mineral está embaçado, mostrando cores
coloridas e variadas.
Pode ser um elemento nativo (cobre,
prata, etc.) ou um sulfeto ou sulfossal
(bornita, calcopirita, etc.), pois óxidos e
hidróxidos embaçam muito menos.
Diriga-se ao Passo 4.

b o mineral está embaçado, mostrando uma película


escura ou marrom ou azul.

Pode ser alabandita, pirrotita ou bornita.


Diriga-se ao Passo 4.

4 Faça o repolimento da seção.


Lembre-se que alguns minerais (sulfetos, minerais com prata) embaçam
em menos de 30 minutos e que um mineral embaçado não mostra mais
as características corretas (oficiais) ao microscópio. 5
Geralmente um repolimento caprichado de apenas 30 segundos (pode
ser a mão mesmo) remove o embaçamento dos minerais.
Passo Característica do Mineral Continuação

Observe a seção polida com um estereomicroscópio (lupa). Essa


5
observação permitirá:
avaliar quantas espécies minerais estão presentes, aproximadamente;
diferenciar os minerais opacos (muito brilhantes) dos minerais de ganga; 6
avaliar preliminarmente tamanhos, texturas e distribuição;
reconhecer os minerais mais duros (que apresentarão relevo real alto);
reconhecer os minerais mais moles (que terão muitos sulcos de polimento)
reconhecer defeitos na seção polida, como buracos e rachaduras

Submeta a seção polida a um Teste de Magnetismo. Pode ser com um imã ou aproximando uma
6
bússola da seção (pelos lados, por cima e por baixo) ou usando um bastão com um super-imã na
ponta. Não encoste o imã na superfície polida para não arranhá-la. Cubra a seção com um papel
macio ao fazer esse teste.
a
não há minerais magnéticos na seção 7
b há minerais magnéticos na seção. Identifique-os com os dados abaixo:
ND: cor cinza rosado ou amarronzado, variável. MAGNETITA – Fe3O4
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
Reflet. 21%. Mineral pouco conspícuo.
NC: Isótropa, pode ser anisótropa. Sem reflexões.
Idiomorfia possível. Martitização freqüente.
Desmisturas e substituições complexas
ND: cor cinza-marrom a cinza-castanha. ILMENITA – FeTiO3
Refletividade de 19%. Sem pleocroísmo.
Birreflectância fraca (ver limites e maclas!).
NC: anisotropia forte em tons de cinza. Reflexões
muito raras em cores marrons escuras.
Maclas lamelares são comuns.
ND: cor em tons marrons e amarelos com rosa. PIRROTITA - FeS
Embaça muito rapidamente para marrom.
Pleocroísmo fraco a ausente. Não possui
birreflectância. Refletividade de 37-42%.
NC: anisotropia forte de amarelo-cinza a verde
suave, cinza a azulado. Sem reflexões.

Após a identificação dos minerais magnéticos, diriga-se ao Passo 7.


Passo Característica do Mineral Continuação

Submeta a seção polida a um Teste com Luz Ultravioleta, tanto sob ondas longas como sob
7
ondas curtas. Alguns minerais de minério importantes e com fluorescência são tão parecidos com
silicatos que passam despercebidos com muita facilidade.
a um mineral da seção apresenta fluorescência 9
b não há nenhum mineral fluorescente na seção 8

8 O mineral de interesse é escuro (preto a cinza) macroscopicamente e existe alguma possibilidade


de tratar-se de um mineral de manganês? Submeta o mineral a um Teste de Água Oxigenada:
muitos minerais de Mn apresentam efervescência com H2O2.
Pingue uma gota de água oxigenada no mineral e observe-a com o auxílio da lupa. Alguns
minerais de Mn apresentam efervescência (bolhas) imediata e outros apresentam efervescência
apenas após vários minutos. Em alguns casos não há efervescência.
a O mineral apresenta efervescência com H2O2 Provavelmente trata-se de um mineral
de manganês. Com este resultado em
mente, diriga-se ao Passo 10.
b O mineral não é de manganês e/ou não
apresentou efervescência com H2O2
10

Submeta o minério ou o mineral a um Teste de Radioatividade, usando um Cintilômetro, um


10
Contador Geiger-Müller ou uma Câmara de Ionização.
O minério ou mineral apresenta uma atividade radioativa:
a inferior a 20 contagens por minuto não se preocupe com ele e diriga-se ao Passo
11
b entre 20 e 120 contagens por minuto a radioatividade não oferece risco desde que o
mineral não seja grande e manuseado com
freqüência e por longos períodos. Diriga-se ao
Passo 11.
c superior a 120 contagens por minuto guarde o minério ou mineral em local isolado,
lave as mãos cuidadosamente e chame uma
equipe especializada para analisar o caso.
Minerais radioativos, por definição, devem ser manuseados com cuidado e não devem estar em
coleções didáticas. Podem ser disponibilizadas por laboratórios devidamente equipados, sob a
supervisão de técnicos especializados e com todos os equipamentos de segurança necessários.
Passo Característica do Mineral Continuação

9 Minerais com fluorescência típica, característica e diagnóstica:


a azul-claro a branco-azulado sob ondas curtas SCHEELITA
b branco-creme, amarelo a dourado sob ondas curtas POWELLITA
c laranja-avermelhado sob ondas longas WURTZITA
d laranja-claro PHOSGENITA
Minerais com fluorescência ocasional ou muito rara:
verde muito pálido sob ondas longas AMBLIGONITA
amarelo ou laranja sob ondas longas e curtas ANGLESITA
laranja-amarelo APATITA
rosa-carregado profundo sob ondas longas e em branco com um tom
verde sob ondas curtas ARAGONITA
amarelo, laranja e rosa BARITA
vermelho, azul, verde e amarela CALCITA
amarelo (ondas curtas) ou branco-creme a laranja (ondas curtas) CERUSSITA
vermelho a laranja-vermelho CORÍNDON
amarelo a azul-branco CRIOLITA
laranja claro sob ondas longas ENARGITA
amarelo, laranja e azul ESFALERITA
violeta-azul e púrpuro sob ondas curtas FELDSPATO
azul-violeta e outras cores sob ondas longas e vermelho escuro sob
ondas curtas FLUORITA
verde-forte sob ondas curtas e rosa-fraco sob ondas longas HEMIMORFITA
verde-pálido a azul pálido MAGNESITA
cores amarelas MONAZITA
verde-cítrico sob ondas curtas e verde-pálido sob ondas longas OPALA
amarelo sob ondas longas PERICLÁSIO
amarelo-manteiga sob ondas longas PIROFILITA
amarelo ou laranja sob ondas curtas e longas PIROMORFITA
amarelo sob ondas longas REALGAR
rosa sob ondas curtas e em amarelo-cinza pálido a verde pálido sob
ondas longas SMITHSONITA
amarelo-limão claro ou amarelo esverdeado sob ondas curtas TALCO
azul claro sob ondas curtas e longas WITHERITA
amarelo escuro a laranja sob ondas curtas e em laranja escuro a WULFENITA
vermelho sob ondas longas
Após o teste de fluorescência, diriga-se ao Passo 8.
Passo Característica do Mineral Continuação

11 Alguns minerais apresentam reflexões internas generalizadas e intensas a Nicóis Cruzados.


As reflexões internas são tão intensas que inclusive podem ser vistas em parte a Nicóis
Descruzados. Também podem mascarar completamente a cor “oficial” que esses minerais
apresentam a Nicóis Descruzados.
Por isso é importante observar o mineral de interesse, antes de mais nada, a Nicóis
Cruzados. A Nicóis Cruzados:
a o mineral não apresenta ou apresenta poucas reflexões
internas. A Nicóis Descruzados, essas reflexões não são 12
visíveis (ou pouco visíveis) nem mascaram a cor do mineral.
b o mineral apresenta-se coberto por reflexões internas muito coloridas:
MALAQUITA – Cu2(CO3)(OH)2
ND: cor cinza-escura. Refletividade de 6-8%. Sem pleocroísmo.
Birreflectância distinta. Bom polimento. Nunca tem cristais grandes.
verdes
NC: Anisotropia fraca em cinza, difícil de observar. Possui
efervescência lenta em HCl diluído. Sua cor verde pode ser observada
com a lupa.
AZURITA – Cu3(CO3)2(OH)2
ND: cor cinza escura. Refletividade de 8%. Pleocroísmo tênue.
azuis Birreflectância muito fraca. Cristais grandes como placas subédricas.
ND: anisotropia mascarada pelas reflexões. Cristais apresentam
extinção oblíqua. Cor azul profunda pode ser vista com a lupa.
CUPRITA – Cu2O
ND: cor cinza azulada. Não tem birreflectância. Pleocroísmo muito
fraco. Reflet. 25%.
vermelhas
NC: anisotropia anômala distinta em cores esverdeadas, azuladas,
violetas (Nic. + 2º). Abundantes reflexões vermelho-sangue. Inclusões
lamelares de cobre nativo comuns.

ESFALERITA – ZnS2
ND: cor cinza médio claro, tons azuis e marrons possíveis.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância. Reflet. 16%.
amarelas a
NC: isótropa se as reflexões não perturbarem. Pseudo-
cor de mel
anisotropia possível. Geralmente as reflexões
mascaram a anisotropia. Maclas frequentes.
Clivagem possível, zonação freqüente.
outras cores e
outros minerais
com reflexões Passos 15, 16 e 17
internas
abundantes
Depois desta observação, diriga-se ao Passo 12
Passo Característica do Mineral Continuação

12 Avalie a cor que o mineral apresenta a Nicóis Descruzados. Para uma correta definição
dessa cor, é altamente aconselhável iniciar os trabalhos observando a Nicóis Descruzados os
seguintes minerais em seções recentemente repolidas: quartzo (cor cinza-ganga), pirita (cor
amarela-latão) e galena (cor branca). Essa ação denomina-se “calibragem do olho”.
Após “calibrar” seu olho, observe cuidadosamente o mineral em questão a Nicóis
Descruzados. Gire a platina e veja qual a cor que apresenta, se apresenta pleocroísmo (mudança
de cor) e/ou birreflectância (variação da refletividade). Essas propriedades podem se tornar
visíveis apenas nos limites intergranulares, especialmente nas junções tríplices. Freqüentemente
é impossível saber se a mudança na aparência é devido ao pleocroísmo ou à birreflectância.
A Nicóis Descruzados, com a luz na intensidade máxima, o mineral apresenta cor:
a cinza-ganga (veja definição abaixo)
13
com baixa refletividade (<10-15%) e
Mineral típico: quartzo
SEM birreflectância e/ou pleocroísmo
b cinza-ganga (veja definição abaixo)
18
com baixa refletividade (<10-15%) e
Mineral típico: calcita
COM birreflectância e/ou pleocroísmo
c cinza de claro a escuro,
com refletividade mais alta (>15%)
23
com ou sem birreflectância/pleocroísmo
com ou sem alguma tonalidade associada Mineral típico: esfalerita
(pode ser rosado, amarronzado, esverdeado, azulado, etc.)
d branca, 27
com refletividade relativamente alta (>25%) Mineral típico: galena
e amarelo de fraco a forte, 32
pode ser dourado. Mineral típico: pirita
f rosa, marrom, vermelho ou laranja, 33
pode ser rosado, castanho, avermelhado, etc. Mineral típico: bornita
g azul ou cinza-azul 38
em qualquer tonalidade. Mineral típico: covellita
CINZA-GANGA define uma cor entre o cinza e o marrom claro, com tonalidades variadas, mas
sem outras cores associadas. É a cor que apresentam a Nicóis Descruzados os minerais de
ganga mais comuns, como quartzo, feldspatos, mica e calcita.
Esses minerais de ganga têm baixa refletividade (parecem
bem escuros), o que se repete com os minerais de minério de cor
cinza-ganga, cujas refletividades se situam entre 4 e 17%,
geralmente abaixo de 10%. A ND, ao giro da platina, podem ou não
apresentar variação na refletividade (birreflectância) e/ou variação
da cor (pleocroísmo). Imagem ao lado: quartzo em seção basal.

“Ganga” é um termo derivado do alemão “Gangarten”, referindo-se aos minerais que não são
minérios e que acompanham os minerais de minério nos veios hidrotermais. Um veio hidrotermal
é denominado de “Gang”.
Passo Característica do Mineral Continuação

Os minerais cinza-ganga de baixa refletividade, sem birreflectância e/ou pleocroísmo,


13 geralmente não possuem propriedades diagnósticas a Nicóis Descruzados.
Normalmente são minerais transparentes, cuja principal propriedade diagnóstica são as
reflexões internas a Nicóis Cruzados. A grande quantidade de reflexões internas normalmente
mascara uma eventual anisotropia.
Avalie as reflexões internas do mineral a Nicóis Cruzados. As reflexões internas são:
a brancas, leitosas e/ou multicoloridas. As
reflexões geralmente ocorrem por todo o mineral.
14

b verdes, desde fracas a fortes, generalizadas ou


não.
15

c azuis, desde fracas a fortes, geralmente cobrindo


todo o mineral.
16

d vermelhas ou marrom-vermelhas, esparsas ou


não, podendo ocorrendo principalmente nos limites 17
dos grãos e ao longo de fraturas.

e não parece ser nenhum desses grupos 12

14 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), sem pleocroísmo nem
birreflectância e com reflexões internas generalizadas brancas, leitosas e/ou multicoloridas
a reflexões internas cinza-claras, incolores, leitosas,
QUARTZO – SiO2
amareladas, multicoloridas
ND: cor cinza-escuro. Sem birreflectância.
Sem pleocroísmo. Refletividade de 4,5%.
Idiomorfia possível. Polimento muito bom.
NC: sem anisotropia, sem sulcos.
Pode ter relevo alto (Mohs = 7).
Muito comum.
b reflexões generalizadas brancas a multicoloridas APATITA – Ca10(PO4)6(OH,F,Cl)2
ND: cor cinza escura. Sem pleocroísmo.
Sem birreflectância. Reflet. <10%
NC: anisotropia mascarada pelas reflexões.
Hábito típico de bastões curtos de pontas
arredondadas. É o fosfato mais comum.
c reflexões freqüentes, claras, leitosas, algumas BARITA – BaSO4
multicoloridas.
ND: cor escura. Sem birreflectância. Reflet. ~8%.
Sem pleocroísmo. Clivagem (001) bem visível,
com figuras de arranque. Hábito típico de
prisma terminando em ponta (“formão”)
NC: sem anisotropia. Freqüente em veios de
baixa e média temperatura.
continua na próxima página...
Passo Característica do Mineral Continuação

continuação da página anterior.

14 d reflexões brancas, leitosas, claras e multicoloridas GIPSO – CaSO4.2H2O


ND: cor cinza escuro. Refletividade de 5%.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância
NC: sem anisotropia. Clivagem possível.
Muitos sulcos (Mohs: 1,5 - 2).
Relevo pode ser negativo. Associado a
sulfetos ou óxidos é raro.
e reflexões incolores, azuis, violetas, verdes, FLUORITA – CaF2
amarelas e rosadas.
ND: cor cinza escuro. Refletividade de 4%.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: isótropa, mas as reflexões mascaram isso.
Adquire ótimo polimento. Pode mostrar figuras
de arranque triangulares e zonação de cor.
É comum associado a sulfetos e veios.
f reflexões incolores e leitosas. HEMIMORFITA Zn4Si2O7(OH)2.H2O
ND: cor cinza escuro. Refletividade muito baixa.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: pode mostrar formas pontudas. Ocorre
com smithsonita, os dois minerais
juntos são chamados de “calamina”.
Ocorre associado com esfalerita.
g reflexões brancas, rosadas fortes e multicoloridas RHODOCROSITA – MnCO3
ND: cor cinza escura. Refletividade ~7%.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
Adquire polimento muito bom.
NC: sem anisotropia. Em grãos maiores pode
ser reconhecida ao estereomicroscópio
pela sua cor rosa forte.
h reflexões claras, incolores, amarelas, rosadas e
marrons SCHEELITA – CaWO4
ND: cor cinza médio a cinza escuro. Reflet. 10%.
Sem pleocroísmo. Birreflectância fraca.
Sulcos comuns. Fraturas abundantes.
NC: sem anisotropia. Possui intensa fluorescência
em cores branco-azuladas sob ondas UV curtas.
Típica de escarnitos, greisens e veios hidrotermais.
continua na próxima página...
Passo Característica do Mineral Continuação

continuação da página anterior.

14 i reflexões brancas, leitosas, multicoloridas ou


amarronzadas.
ANGLESITA – PbSO4
ND: cor cinza escura. Refletividade 12-16%.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
Hábito tabular ou prismático.
NC: Sem anisotropia. Associa-se a galena e a
cerussita. Pode formar crostas rítmicas
cerussita+anglesita sobre galena.
j esfalerita sem Fe: reflexões incolores a brancas.
esfalerita com teores crescentes de Fe:
ESFALERITA – ZnS2
reflexões amarelas, caramelas,
cor-de-mel, vermelhas ou marrom-escuras.
ND: cor cinza médio claro, tons azuis e marrons possíveis.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância. Reflet. 16%.
NC: isótropa se as reflexões não perturbarem. Pseudo-
anisotropia possível. Geralmente as reflexões
mascaram a anisotropia. Maclas frequentes.
Clivagem possível, zonação freqüente.
k não parece ser nenhum destes minerais 18
Passo Característica do Mineral Continuação

15 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), sem pleocroísmo nem
birreflectância e com reflexões internas em cores verdes.
a reflexões generalizadas em cores verde claras MALAQUITA – Cu2(CO3)(OH)2
ND: cor cinza-escura. Refletividade de 6-8%
Sem pleocroísmo. Birreflectância distinta.
Bom polimento. Nunca tem cristais grandes.
NC: Anisotropia fraca em cinza, difícil de observar.
Possui efervescência lenta em HCl diluído.
Sua cor verde pode ser observada com a lupa.
b reflexões generalizadas entre verde-claro e azul- CRISOCOLA – silicatos hidratados
turquesa. de cobre não-identificados
ND: Cor cinza-escura. Refletividade de 4% (!!)
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
Nunca mostra cristais, geralmente é maciça.
NC: Pode mostrar estruturas bandadas.
Com a lupa é possível perceber as cores
azuis claras da crisocola.
c reflexões generalizadas em tons verdes suaves ANTLERITA – Cu3(SO4)(OH)4
ND: Cor cinza clara. Refletividade <10%
Algumas reflexões verdes podem ser vistas a ND
NC: Anisotropia distinta, mascarada pelas reflexões.
Semelhante a malaquita e atacamita.
Quase indistinguível da brochantita.
Associada a outros minerais de cobre.

16 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), sem pleocroísmo nem
birreflectância e com reflexões internas em cores azuis.
a reflexões intensas em azul profundo AZURITA – Cu3(CO3)2(OH)2
ND: cor cinza escura. Refletividade de 8%.
Pleocroísmo tênue. Birreflectância muito fraca.
Cristais grandes como placas subédricas.
ND: anisotropia mascarada pelas reflexões.
Cristais apresentam extinção oblíqua.
Cor azul profunda pode ser vista com a lupa.
b reflexões generalizadas entre verde-claro e azul- CRISOCOLA – silicatos hidratados
turquesa. de cobre não-identificados
ND: Cor cinza-escura. Refletividade de 4% (!!)
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
Nunca mostra cristais, geralmente é maciça.
NC: Pode mostrar estruturas bandadas.
Com a lupa é possível perceber as cores
azuis claras da crisocola.
Passo Característica do Mineral Continuação

17 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), sem pleocroísmo nem
birreflectância e com reflexões internas em cores vermelhas.
a reflexões em cores vermelhas e rosa ERYTHRITA – Co3(AsO4)2.8H2O
ND: cor cinza escuro. Refletividade de 5%.
Sem birreflectância. Sem pleocroísmo.
Cristais monoclínicos em agregados radiais.
Sulcos possíveis (Mohs = 1,5 – 2,5)
NC: sem anisotropia. Associada a minerais
primários de Co (cobaltita, eskutterudita).
b reflexões freqüentes marrom vermelhas COLUMBITA - (Mg,Fe, Mn)(Ta,Nb)2O6
TANTALITA - (Mg,Fe)(Ta,Nb)2O6
Os dois minerais são extremamente parecidos.
ND: cor cinza-amarronzada. Reflet. de 14%.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: anisotropia fraca. Reflexões nos limites dos
grãos e nas fraturas. Material poroso tem
reflexões abundantes. Extinção reta!
Associa-se a cassiterita.
c esfalerita sem Fe: reflexões incolores a brancas.
esfalerita com Fe: reflexões amarelas, caramelas, ESFALERITA – ZnS2
cor-de-mel, vermelhas ou marrom-escuras.
ND: cor cinza médio claro, tons azuis e marrons possíveis.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância. Reflet. 16%.
NC: isótropa se as reflexões não perturbarem. Pseudo-
anisotropia possível. Geralmente as reflexões
mascaram a anisotropia. Maclas frequentes.
Clivagem possível, zonação freqüente.
d reflexões esparsas em vermelho-marrom CROMITA – FeCr2O4
ND: cor cinza branco com tons marrons.
Refletividade de 12%. Sem pleocroísmo.
Sem birreflectância. Dureza alta e polimento
bom. Sem clivagem, cataclase freqüente.
Idiomorfia e crostas de magnetita possíveis.
NC: isótropa. Se com Mg e Al, pode mostrar
reflexões internas em vermelho-marrom.
Passo Característica do Mineral Continuação

18 Para incluir um mineral nesse grupo, de minerais cinza-ganga de baixa refletividade (<10%)
com birreflectância e/ou pleocroísmo é essencial a correta e minuciosa observação a Nicóis
Descruzados. Diferenciar birreflectância (mudança de refletividade) de pleocroísmo (mudança de
cor) às vezes é impossível. Por isso as duas propriedades são consideradas uma só em alguns
casos. Observe o mineral junto aos contatos intergranulares para avaliar birreflectância e/ou
pleocroísmo.
A Nicóis Cruzados, o mineral:
a não apresenta reflexões internas 19
b apresenta reflexões internas vermelhas esparsas 20
c apresenta reflexões internas verdes generalizadas 21
d apresenta reflexões internas claras e/ou brancas 22
e/ou leitosas e/ou incolores e/ou amareladas

19 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%) e com pleocroísmo e/ou
birreflectância, sem reflexões internas a NC.
a ND: cor cinza médio a escuro. GRAFITA (C) e MOLIBDENITA
Pleocroísmo fortíssimo e birreflectância - (MoS2)
alta. Forma lamelas retorcidas.
NC: anisotropia extrema, uma das cores é
amarelada. Muitos sulcos de polimento.
Grafita e molibdenita são muito semelhantes.
b ND: cor cinza médio. Reflet. de 10 a 31%. HOLLANDITA – Ba(Mn,Mn)8O16
Pleocroísmo e birreflectância fracas.
Cristais aciculares radiados ou em bandas.
NC: Anisotropia forte em cores cinzas com tons
marrons. Sem reflexões internas.
Minérios de Mn metamórficos de contato.
c ND: cor cinza médio a escuro. Reflet. 26-31%. TODOROKITA –
Pleocroísmo e birreflectância nítidas. (Na,Ca,K)2(Mn,Mn)6O12.3-4.5H2O
Cristais fibrosos em agregados porosos.
NC: Anisotropia forte: cinza-marrom a escuro e
para azul. Alteração de minerais primários
de Mn. Também nódulos polimetálicos.

20 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), com pleocroísmo e/ou
birreflectância e com reflexões internas esparsas em cores vermelhas.
a ND: cor cinza médio. Reflet. 10 – 16%. LEPIDOCROCITA - FeO(OH)
Pleocroísmo distinto. Birreflectância forte,
difíceis de ver quando os cristais são finos.
NC: anisotropia bem forte em tons cinza azulados.
Reflexões internas vermelhas esparsas.
Típica como alteração de minérios de ferro.
Passo Característica do Mineral Continuação

21 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), com pleocroísmo e/ou
birreflectância e com reflexões internas generalizadas em cores verdes.
a ND: cor cinza clara. Algumas reflexões ANTLERITA – Cu3(SO4)(OH)4
verdes podem ser vistas a ND.
NC: Anisotropia distinta, mascarada pelas
reflexões. Semelhante a malaquita e
atacamita. Quase idêntica à brochantita.
Minérios de Cu oxidados em regiões áridas.

22 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), com pleocroísmo e/ou
birreflectância e com reflexões internas generalizadas em cores claras, leitosas, brancas,
amareladas, esverdeadas, amarronzadas e multicoloridas.
a reflexões claras, leitosas e multicoloridas ANIDRITA – CaSO4
ND: cor cinza escura. Refletividade 4-7%.
Birreflectância forte. Sem pleocroísmo.
Hábito de cristais longos e finos, tabulares,
em agregados semiparalelos a radiais.
NC: anisotropia possível. Muitos sulcos.
Mineral de evaporitos e veios hidrotermais.
b reflexões claras, brancas, leitosas, freqüentemente CALCITA – CaCO3
duplas devido à dupla refração.
ND: cor cinza escura. Refletividade 4% (!!).
birreflectância muito forte. Sem pleocroísmo.
Clivagem visível, figuras de arranque possíveis.
Maclas são fáceis de observar e diagnósticas!
NC: sem anisotropia. Sulcos de polimento freqüentes.
Mineral muito comum, de muitos ambientes.

c reflexões leitosas a incolores DOLOMITA – Ca,Mg(CO3)2


ANKERITA – Ca(Fe,Mg,Mn)(CO3)2
ND: cor cinza escuro. Refletividade baixa.
Pleocroísmo muito forte. Sem birreflectância.
Muito semelhante à calcita, mas maclas são mais
raras, cristais euédricos mais freqüentes e reage
muito mais lentamente com HCl diluído.
NC: anisotropia forte mascarada pelas reflexões.
Dolomita e ankerita são quase indistinguíveis.
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Passo Característica do Mineral Continuação

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22 d reflexões brancas, amareladas a amarronzadas SIDERITA – FeCO3


ND: cor cinza escura. Refletividade < 10%.
Sem pleocroísmo. Birreflectância distinta.
Clivagem visível, figuras de arranque possíveis.
NC: anisotropia muito forte. Reflexões geralmente
duplas devido à duplas refração desse carbonato.
Maclas freqüentes; mais raras que na calcita.
e reflexões claras a leitosas generalizadas MAGNESITA – MgCO3
ND: cor cinza clara. Refletividade baixa (<10%)
Birreflectância nítida em cinza. Sem pleocroísmo.
Clivagem visível, figuras de arranque freqüentes.
NC: anisotropia mascarada pelas reflexões.
Mineral de rochas metamórficas magnesianas e
rochas metassomáticas (escarnitos).
f reflexões brancas e, principalmente, amarelas. ENXOFRE - S
ND: cor cinza branco escuro. Refletividade de 12%.
Pleocroísmo nítido nos contatos intergranulares.
Sem birreflectância. Muitos sulcos de polimento.
NC: anisotropia pode ser reconhecida descruzando os
nicóis em 5-10º. Reflexões duplas devido à dupla
refração, uma observação mais complicada.
g reflexões brancas, verde-claras a amareladas SMITHSONITA – ZnCO3
ND: cor cinza, com refletividade média-baixa.
Pleocroísmo forte, visível mesmo em grãos
muito pequenos. Figuras de arranque raras.
NC: anisotropia forte, mascarada pelas reflexões.
Sem maclas. Estruturas rítmicas são comuns.
Associa-se a esfalerita e hemimorfita.
h reflexões intensas, leitosas a amarronzadas. CERUSSITA – PbCO3
ND: cor cinza puro, médio a escuro.
Pleocroísmo forte. Birreflectância pronunciada.
Refletividade um pouco maior que ganga (10-12%)
NC: anisotropia forte em tons de cinza, muito mas-
carada pelas reflexões. Reflexões muitas
vezes possuem bordas largas e coloridas.
i reflexões fortes brancas, amarelas e amarelo-marrons CASSITERITA – SnO2
ND: cor cinza médio. Reflet. 10-12%.
Birreflectância varia de fraca a forte.
Pleocroísmo muito fraco. Relevo alto.
NC: forte anisotropia em tons de cinza, visível apesar
das reflexões. Maclas e zonação freqüentes.
Passo Característica do Mineral Continuação

23 Os minerais neste grupo apresentam cores em cinza, do cinza claro ao cinza escuro. Essas
cores são mais claras que aquelas dos dois grupos anteriores (Passos 11 e 16), mas não chegam
a ser brancas. O cinza pode ter uma tonalidade associada (tom rosa, marrom, verde, azul, etc.).
Além disso, suas refletividades são nitidamente mais altas (>~15%).
Avalie o mineral em questão e escolha a opção que parece mais apropriada:
a A ND o mineral possui pleocroísmo muito forte. 24
b A ND o mineral mostra pleocroísmo e/ou
birreflectância fracas a ausentes, que passam
despercebidas com facilidade.
A NC o mineral é isótropo ou com anisotropia 25
fraca. Não apresenta ou apresenta raras reflexões
internas, geralmente em cores vermelhas a
avermelhadas
c A ND o mineral mostra pleocroísmo e/ou
birreflectância fracas a ausentes, que passam
despercebidas com facilidade. 26
A NC o mineral apresenta anisotropia nítida a
forte, com ou sem reflexões internas.

24 Minerais a ND com cores cinzas, refletividade mais elevadas (>15%) e com pleocroísmo muito
forte. A NC, anisotropia muito forte.
a ND: cor cinza médio a escuro. Muitos sulcos. GRAFITA (C) e MOLIBDENITA
Pleocroísmo fortíssimo e birreflectância - (MoS2)
alta. Reflet. 7-21(C) e 20-44 (MoS2).
NC: anisotropia extrema, uma das cores é
amarelada. Lamelas com extinção ondulante.
Grafita e molibdenita são muito semelhantes.
b ND: cor branco-cinza a cinza médio. OUROPIGMENTO – As2S3
Refletividade de 19-26%. Sem birreflectância.
Pleocroísmo muito forte. Muitos sulcos.
NC: anisotropia forte em cores cinzas, mascarada
pelas fortes reflexões internas claras, brancas,
amarelo-limão e laranjas. Clivagem visível.

25 Minerais a ND com cores cinzas, refletividade mais elevadas (>15%) e isótropos. Não apresentam
ou apresentam apenas algumas reflexões internas, geralmente em cores vermelho-marrons.
a ND: cor cinza-branco, às vezes com um tom ALABANDITA - MnS
esverdeado. Refletividade de 22%.
Sem pleocroísmo e sem birreflectância.
NC: isótropa, completamente escura. Reflexões
raras só podem ser observadas em óleo.
Maclas são comuns. Grãos anédricos.
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Passo Característica do Mineral Continuação

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25 b ND: cor cinza branco c/ tons marrons. Reflet. 12%. CROMITA – FeCr2O4
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
Dureza alta. Cataclase freqüente.
Idiomorfia e crostas de magnetita possíveis.
NC: isótropa. Se com Mg e Al, pode mostrar
reflexões internas em vermelho-marrom.

c Os dois minerais são praticamente indistinguíveis. TENNANTITA – Cu12As4S13


ND: cor cinza médio com um tom esverdeado a TETRAEDRITA – Cu12SbS13
marrom-oliva. Reflet. 31-33%.
Sem birreflectância. Sem pleocroísmo.
NC: isótropa, completamente escura. Raras e
reflexões vermelho-marrons em fraturas.

d Os dois minerais são praticamente indistinguíveis. COLUMBITA (Mg,Fe,Mn)(Nb,Ta)2O6


ND: cor cinza-amarronzado. Sem birreflectância. TANTALITA - (Mg,Fe)(Ta,Nb)2O6
Pleocroísmo ausente ou fraco. Reflet. 14-17%.
NC: anisotropia fraca a muito fraca. Freqüentes
reflexões internas marrom-vermelhas.
Extinção reta (diagnóstico!).

e ND: cor cinza médio. Plecroísmo e birreflectância WOLFRAMITA – (Fe,Mn)WO4


fracas, quase imperceptíveis. Reflet. 15-16%. (Hübnerita e Ferberita)
Hábito tabular/lamelar típico.
NC: anisotropia nítida, pode passar despercebida.
Reflexões mais raras, vermelhas a marrons.
Extinção oblíqua (diagnóstico!)

f ND: cor cinza rosado ou amarronzado, variável. MAGNETITA – Fe3O4


Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
Reflet. 21%. Mineral pouco conspícuo.
NC: Isótropa, pode ser anisótropa. Sem reflexões.
Idiomorfia possível. Martitização freqüente.
Desmisturas e substituições complexas.
Passo Característica do Mineral Continuação

26 A ND o mineral não possui ou possui pleocroísmo e/ou birreflectância muito fracas, que passam
despercebidas com facilidade. A NC, anisotropia nítida a forte, com ou sem reflexões internas.
a ND: cor cinza a cinza-esverdeada. Reflet. 30%. ACANTHITA – Ag2S
Sem birrefletância. Sem pleocroísmo.
Muitos sulcos de polimento (Mohs: 2-2,5)
NC: anisotropia fraca, difícil de ver. Não mostra
reflexões. Corrosão ao ar muito rápida.
Maclas comuns. Mirmequitos possíveis.
b ND: cor branco-cinza com tom marrom BRAUNITA – Mn6O8SiO4
Refletividade de 19%. Sem pleocroísmo.
Birreflectância suave, difícil de ver.
NC: anisotropia muito fraca em tons cinza-azuis.
Reflexões raras, em marrom profundo.
Grãos com tendência idiomórfica.
c ND: cor de cinza médio. Reflet. de 25%. CRIPTOMELANO – K(Mn,Mn)8O16
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: anisotropia em cinza-marrom, claro a escuro.
Reflexões marrons só em grãos pequenos.
Texturas coloformes/maciças comuns.
Indistinguível de outros minerais de Mn.
d ND: cor cinza médio claro. Reflet. 16%. ESFALERITA – ZnS
Sem pleocroísmo nem birreflectância.
Não parece sulfeto.
NC: isotropia mascarada pelas abundantes refle-
xões incolores, brancas, amarelas, caramelas,
cor-de-mel, vermelhas ou marrom-escuras.
Clivagem, zonação e maclas frequentes.
e ND: cor cinza médio com um tom de ESTANNITA – Cu2(Fe,Zn)SnS4
verde-oliva. Refletividade de 29%. Sem
birreflectância. Pleocroísmo muito fraco.
NC: anisotropia distinta entre verde-ardósia e
violeta. Estruturas abundantes e complexas.
Desmisturas diversas podem estar presentes.
f ND: cor cinza com um tom azul, mas varia muito. GOETHITA – FeO(OH)
Reflet. de 13%. Sem birreflectância.
Pleocroísmo fraco. Cristais aciculares em
bandas paralelas, lembra calcedônia.
NC: anisotropia forte, mas grande quantidade de
reflexões amarelo-claras a vermelho-marrons.
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Passo Característica do Mineral Continuação

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26 g ND: cor cinza médio. Reflet. 15-20%. HAUSMANNITA – Mn3O4


Sem pleocroísmo. Birreflectância fraca.
NC: anisotropia nítida a forte em cinza-esverdeado
Reflexões esparsas em vermelho-sangue a
marrom avermelhado ou laranja. Maclas
lamelares são comuns e diagnósticas!
h ND: cor cinza-marrom a cinza-castanha. ILMENITA – FeTiO3
Refletividade de 19%. Sem pleocroísmo.
Birreflectância fraca (ver limites e maclas!).
NC: anisotropia forte em tons de cinza. Reflexões
muito raras em cores marrons escuras.
Maclas lamelares são comuns.
i ND: cor cinza médio com um tom marrom. MANGANITA – MnO(OH)
Reflet. 16-21%. Pleocroísmo distinto de
azulado a amarronzado. Birreflec. distinta.
NC: anisotropia distinta entre cinza-azul e cinza-
amarelo, nas seções basais em violeta.
Reflexões esparsas em vermelho-sangue.
j ND: cor cinza-branco a cinza-marrom, com um REALGAR – As4S4
discreto tom violeta. Reflet. 19%.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: forte anisotropia, mascarada pelas reflexões
internas abundantes em amarelo-vermelho a
laranja-vermelho. Muitos sulcos (Mohs: 1,5-2).
k ND: cor cinza-médio com um tom azul. RUTILO – TiO2
Refletividade de 19-23%. Pleocroísmo fraco.
Sem birreflectância. Pode mostrar relevo.
NC: anisotropia nítida, mascarada pelas reflexões
incolores, amarelo claras, vermelho marrom
escuro a cinza. Cristais prismáticos. Maclas!
l Os dois minerais são praticamente indistinguíveis. COLUMBITA (Mg,Fe,Mn)(Nb,Ta)2O6
ND: cor cinza-amarronzado. Reflet. 14-17%. TANTALITA - (Mg,Fe)(Ta,Nb)2O6
Sem birreflectância. Pleocroísmo muito fraco.
NC: anisotropia fraca a muito fraca.
Freqüentes reflexões internas marrom-
vermelhas. Extinção reta (diagnóstico!).
m ND: cor cinza médio. Refletividade de 15-16%. WOLFRAMITA – (Fe,Mn)WO4
Plecroísmo e birreflectância fracas, quase
imperceptíveis.
NC: anisotropia nítida, pode passar despercebida.
Reflexões mais raras, vermelhas a marrons.
Extinção oblíqua (diagnóstico!)
Passo Característica do Mineral Continuação

27 Os minerais neste grupo apresentam cores brancas, com ou sem suaves tonalidades
cremes, cinzentas, azuladas ou amareladas. Suas refletividades são elevadas e se situam entre
30 e 82% (brilham bastante). A Nicóis Descruzados, quase todos não apresentam pleocroísmo
e/ou birreflectância ou os tem apenas distintos, que pode ser difícil de perceber.

Avalie o mineral em questão e escolha a opção que parece mais apropriada:

a A ND o mineral não apresenta nem pleocroísmo nem birreflectância.


A NC o mineral é isótropo.
(Cuidado com os minerais macios ou mal polidos, pois 28
apresentam muitos sulcos de polimento ou outros defeitos que podem
simular anisotropia no mineral)
b A ND o mineral apresenta pleocroísmo e/ou birreflectância muito
fracas a distintas.
A NC o mineral apresenta anisotropia de nítida a muito forte 29
(Ao giro da platina alternam-se duas cores bem diferentes)
c A ND o mineral apresenta pleocroísmo e/ou birreflectância fortes.
A NC o mineral apresenta anisotropia de nítida a muito forte
30

28 Minerais que, a ND, são brancos e não apresentam pleocroísmo nem birreflectância. A NC, são
isótropos (se houver a possibilidade de serem anisótropos, vá ao Passo 29).
a ND: cor branca-creme. Refletividade de 54%. ESKUTTERUDITA – (Co,Ni)As3
Sem birreflectância. Sem pleocroísmo.
NC: isótropa e sem reflexões internas.
Texturas de Fortaleza são comuns (zig-zag)
Pseudo-clivagem muito evidente.
Zonação pode ocorrer.
b ND: cor branca. Refletividade de 42%. GALENA - PbS
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: isótropa e sem reflexões internas. Como é
muito macia (Mohs = 2,5), há muitos sulcos
que simulam anisotropia. Relevo baixo.
Figuras de arranque triangulares possíveis.
c ND: cor branca, algo creme a cinza. Reflet. 45%. GERSDORFFITA - NiAsS
Sem birreflectância. Sem pleocroísmo.
NC: isótropa e sem reflexões internas. Mohs: 5,5.
Clivagem {100} em 3 direções perfeita. Forma
cubos, linhas longas e retas e figuras de
arranque triangulares. Zonação é comum.
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Passo Característica do Mineral Continuação

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28 d ND: cor branca, às vezes com tons PLATINA NATIVA - Pt


creme ou azulados. Refletividade 65%.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: isótropa e sem reflexões internas.
Inclusões e zonação muito comuns.
Desmisturas de Os e Ir muito comuns.
e ND: cor branco-prata, um pouco creme. PRATA NATIVA - Ag
Reflet. 82% (cega os olhos). Sem pleocroísmo
Sem birreflectância. Muitos sulcos.
NC: Isótropa, sulcos simulam anisotropia. Não tem
reflexões internas. Maclas comuns. Zonação
e associação com acanthita (Ag2S) comuns.
f ND: cor cinza-azul ou branca azul. Reflet. 30%. CALCOCITA – Cu2S
Sem birreflectância. Pleocroísmo muito fraco.
Muitos sulcos, substituições são freqüentes.
NC: Anisotropia muito fraca, quase imperceptível.
Sem reflexões. Associa-se a outros
minerais de Cu, como bornita. Mirmequitos!
g Minerais brancos a ND que possuem anisotropia 29
de fraca a nítida, mas que podem simular isotropia

29 Minerais que, a ND, são brancos e apresentam pleocroísmo e/ou birreflectância de fraca a
distinta. A NC, são anisótropos em graus variáveis.
Minerais listados em anisotropia de intensidade crescente:
a ND: cor branca a branco-azulada (esverdeada). CINÁBRIO - HgS
Refletividade 28%. Pleocroísmo distinto.
Birreflectância visível. Muitos sulcos.
NC: anisotropia muito forte em cores cinza
esverdeadas, mascarada pelas fortíssimas
reflexões em vários tons de vermelho.
b ND: cor cinza-azul ou branca azul. Reflet. 30%. CALCOCITA – Cu2S
Sem birreflectância. Pleocroísmo muito fraco.
Muitos sulcos, substituições são freqüentes.
NC: não é isótropa, mas sua anisotropia
é muito fraca, quase imperceptível.
Sem reflexões. Associa-se a minerais de Cu.
c ND: cor branco pura. Refletividade de 29%. HEMATITA – Fe2O3
Sem pleocroísmo. Birreflectância distinta.
NC: anisotropia nítida em tons amarronzados.
Reflexões raras a ausentes, em
vermelho-sangue profundo. Maclas possíveis.
Martitização: magnetita passa a hematita.
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Passo Característica do Mineral Continuação

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29 d ND: cor branca, algo cinza a verde. BOURNONITA – CuPbSbS3
Reflet. 35%. Pleocroísmo muito fraco.
Sem birreflectância. Associa-se a galena.
NC: anisotropia fraca entre azul-esverdeado e
violeta (olhar nos limites dos grãos!)
Reflexões raras. Maclas diagnósticas!
e ND: cor branca com uma tonalidade BISMUTO NATIVO - Bi
avermelhado-creme. Refletividade de 66%.
Sem birreflectância. Pleocroísmo muito fraco.
NC: anisotropia distinta: amarelado e cinza-azul.
Sem reflexões internas. Muitos sulcos.
Embaça rapidamente para amarelo-rosado.
f ND: cor branca com tons amarelos. POLIANITA (PIROLUSITA) –
Sem pleocroísmo. Birreflectância distinta de MnO2
amarelo a cinza suave até azul suave.
Reflet. ~50%, lembra a arsenopirita.
NC: anisotropia muito nítida de branco-rosa a
marrom rosa. Não possui reflexões internas.
g ND: cor branca a cinza médio. Reflet. 38%. JAMESONITA – Pb4FeSb6S14
Pleocroísmo distinto entre branco e cinza
médio com um tom esverdeado.
Birreflectância mínima. Hábito acicular típico.
NC: Anisotropia forte em tons cinza-esverdeados.
Sem reflexões internas. Maclas comuns.
h ND: cor cinza-rosada a marrom claro rosado. ENARGITA – Cu3AsS4
Reflet. 26%. Birreflectância leve.
Pleocroísmo fraco violeta a cinza-azulado.
NC: anisotropia forte e colorida, de cinza-verde a
laranja-castanho ou azul escuro a marrom.
Ext. reta. Raras reflexões vermelho-profundo.
i ND: cor branco creme, Refletividade 18-30%. PIROLUSITA – MnO2
Birreflectância nítida, às vezes não visível.
Não possui pleocroísmo.
NC: anisotropia forte de creme a cinza-azul
(olhar nos limites dos grãos!)
Sem reflexões. Pode ter rachaduras.
j ND: cor branca, um pouco creme. Reflet. 51%. ARSENOPIRITA - FeAsS
Pleocroísmo fraco de branco azulado a
amarelo avermelhado. Sem birreflectância.
Idiomorfia (losangos, etc.) é comum!
NC: anisotropia forte de azul escuro a marrom.
Sem reflexões internas. Maclas comuns.
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29 k ND: cor branco-azulada e creme. Reflet. 54%. MARCASSITA – FeS2


Birreflectância distinta. Pleocroísmo distinto
entre branco azulado e creme a marrom-rosa.
Clivagem nítida.
NC: anisotropia muito forte entre cores marrons,
azuis e turquesas. Sem reflexões internas.
l Não é nenhum desses e a cor a Nicóis
Descruzados é branco-creme 32

30 Minerais que, a ND, mostram cor branca e pleocroísmo forte. A NC, possuem anisotropia forte.
a ND: cor branca. Refletividade de 30-45% ESTIBNITA – Sb2S3
Pleocroísmo forte de branco (cinza) a
cinza-oliva. Birreflectância distinta.
NC: anisotropia forte entre cinza, marrom e azul.
Sem reflexões internas. Extinção paralela
Hábito prismático. Maclas freqüentes.
b ND: cor cinza médio a escuro. GRAFITA (C) e MOLIBDENITA
Pleocroísmo fortíssimo e birreflectância - (MoS2)
alta. Forma lamelas retorcidas.
NC: anisotropia extrema, uma das cores é
amarelada. Muitos sulcos de polimento.
Grafita e molibdenita são muito semelhantes.

32 Minerais que, a ND, são amarelos ou possuem cores amareladas a creme. Geralmente não
possuem pleocroísmo e birreflectância ou os tem fracos a distintos, o que pode ser difícil de
observar. A NC podem ser isótropos ou anisótropos, às vezes a distinção é difícil.
Minerais listados em intensidade decrescente de amarelo:
a ND: cor amarelo ouro. Se com Ag, tende a branco. OURO NATIVO – Au(Ag, Cu)
Se com Cu, tende a vermelho. Reflet. 72%.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: isótropo. Nunca fica bem escuro, pode ter
uma estranha cor esverdeada. Muitos sulcos!
Sem reflexões internas. Maclas possíveis.
b ND: cor amarelo forte, pode estar esverdeada. CALCOPIRITA – CuFeS2
Reflet. 39%. Muitos sulcos.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: anisotropia fraca de marrom a azulado.
Sem reflexões internas. Sempre apresenta
maclas lamelares azuis grosseiras/irregulares.
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32 c ND: cor amarelo pálido a vivo. Reflet. 55%. MILLERITA - NiS
Pleocroísmo e birreflectância fracos.
Hábito acicular a capilar muito típico.
NC: anisotropia forte de amarelado a azulado.
Não tem reflexões internas. Clivagem,
maclas e zonação possíveis.
d ND: cor branca-amarela a branca-creme. PIRITA – FeS2
Reflet. 55%. Polimento muito imperfeito.
Sem pleocroísmo e sem birrefletância.
NC: isótropa, pode ser anisótropa. Relevo alto.
Sem reflexões internas. Idiomorfia possível.
Zonação, cataclase e substituições comuns.
e ND: cor creme. Reflet. de 38-42%. CUBANITA – CuFe2S3
Sem plecroísmo. Birreflectância muito leve.
Tem sulcos. Pode ter crostas de isocubanita.
NC: anisotropia muto distinta entre azul claro e
azul escuro. Sem reflexões internas.
Ocorre como lamelas na calcopirita.
f ND: cor creme a creme-amarelada. PENTLANDITA – (Fe,Ni)9S8
Reflet. 51%. Sem pleocroísmo/birreflectância.
Forma cordas e bandas em pirrotita.
NC: isótropa e sem reflexões internas, mas nunca
fica completamente escura. Forma exsoluções
na forma de “chamas” na pirrotita.
g ND: cor creme-amarelo. Reflet. ~30%. PIROLUSITA – MnO2
Sem pleocroísmo. Birreflectância fraca.
Fissuras de retração sempre presentes.
NC: anisotropia forte entre cinza-creme e cinza-
azul a nicóis exatamente cruzados.
Ocorre junto com polianita (cristais grandes).
h Não é nenhum desses e a cor a Nicóis
Descruzados é branco-creme 29

33 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, marrons, rosadas ou alaranjadas. A NC,
geralmente não tem reflexões internas ou as tem muito raras. Avalie o mineral em questão:
a a ND o mineral apresenta
pleocroísmo e/ou birreflectância notável a forte
34
b a ND o mineral não apresenta pleocroísmo nem
birreflectância e a NC é isótropo 35
c a ND o mineral não tem pleocroísmo nem
birreflectância e, a NC, possui anisotropia fraca a 36
ausente
d a ND o mineral não apresenta pleocroísmo nem
birreflectância e, a NC, possui anisotropia forte 37
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34 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, amareladas, rosadas ou alaranjadas, com
pleocroísmo e/ou birreflectância intensa e, a NC, anisotropia forte.
a ND: cor vermelho-do-cobre pálido (rosa intenso), BREITHAUPTITA - NiSb
com um tom violeta muito diagnóstico.
Refletividade de 47-54%. Pleocroísmo notável
Birreflectância de vermelho-rosa a violeta.
NC: anisotropia notável, de cores intensas: oliva,
marrom, esverdeado, verde, amarelado, etc.
b ND: cor branca com forte tom amarelo-rosa, NIQUELINA - NiAs
parece um laranja claro. Refletividade 60%.
Pleocroísmo forte de laranja a rosado, com
tons marrom-rosa. Birreflectância distinta.
NC: anisotropia muito forte em marrom a azul,
verde a cinza. Extinção reta. Cataclase.
c ND: cor amarelo-marrom ou cinza claro amarelo. TENORITA - CuO
Reflet. 19-29%. Pleocroísmo distinto em tons
cinzentos ou marrons. Birreflectância forte.
NC: anisotropia forte entre branco e azulado.
Reflexões internas finas e vermelhas.
Extinção oblíqua e muitos sulcos de polimento

35 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, amareladas, rosadas ou alaranjadas, sem
pleocroísmo e/ou birreflectância e, a NC, são isótropos e não tem reflexões internas.
a ND: cor rosa-cheio brilhante. Embaçamento muito COBRE NATIVO - Cu
rápido, em questão 15 a 30 minutos.
Reflet. 92%. Sem pleocroísmo/birreflectância.
Sempre tem muitos sulcos de polimento!
NC: isótropo, mas os sulcos sempre geram
anisotropia anômala. Sem reflexões.
b ND: cinza rosado ou amarronzado, é variável. MAGNETITA – Fe3O4
Reflet. 21%. Sem pleocroísmo/birreflectância.
Idiomorfia é possível (octaedros, quadrados).
NC: isótropa e sem reflexões internas. Às vezes é
nitidamente anisótropa. Martitização é comum.
Desmisturas são muito complexas.
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36 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, amareladas, rosadas ou alaranjadas, com
pleocroísmo e/ou birreflectância fraca a ausente e, a NC, anisotropia fraca a ausente.
a ND: cor marrom-rosa claro (semelhante à pirrotita) BORNITA – Cu5FeS4
Reflet. 25%. Pleocroísmo muito fraco. Sem
birreflectância. Embaça em 30 minutos para
uma cor violeta muito característica.
NC: anisotropia variável em cores escuras e
esverdeadas. Sem reflexões internas.
b ND: cor rosa-claro, branco-rosado até rosa. Rosa COBALTITA - CoAsS
é mais nítido em seção sem repolimento.
Sem birreflectância; pleocorísmo muito fraco.
NC: anisotropia fraca de esverdeado a azulado.
Sem reflexões. Maclas são muito comuns.
Formas pseudo-cúbicas são comuns.

37 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, amareladas, rosadas ou alaranjadas, com
pleocroísmo e/ou birreflectância fraca a ausente e, a NC, anisotropia forte.
a ND: cor cinza-rosada a marrom claro rosado. ENARGITA – Cu3AsS4
Reflet. 26%. Birreflectância leve.
Pleocroísmo fraco violeta a cinza-azulado.
NC: anisotropia forte e colorida, de cinza-verde a
laranja-castanho ou azul escuro a marrom.
Ext. reta. Raras reflexões vermelho-profundo.
b ND: cor marrom-rosa pálido, amarelado. Reflet. LUZONITA – Cu3AsS4
de 29%. Birreflectância e pleocroísmo fracos.
Graças às maclas o plecroísmo fica evidente.
NC: anisotropia forte entre amarelo esverdeado e
púrpuro. Extinção oblíqua pelos planos de
macla. Não possui reflexões internas.
c ND: cor em tons marrons e amarelos com rosa. PIRROTITA - FeS
Embaça muito rapidamente para marrom.
Pleocroísmo fraco a ausente. Não possui
birreflectância. Refletividade de 37-42%.
NC: anisotropia forte de amarelo-cinza a verde
suave, cinza a azulado. Sem reflexões.
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38 Minerais que, a ND, apresentam cores azuis, azuladas ou cinza-azuis.


a O mineral, a ND, apresenta
pleocroísmo e/ou birreflectância forte
39
b O mineral, a ND,
não apresenta pleocroísmo e/ou birreflectância 40
ou os tem muito fracos, quase imperceptíveis
c O mineral, a NC, apresenta
abundantes reflexões internas vermelhas
41

39 Minerais azuis ou azulados a ND e com pleocroísmo e/ou birreflectância fortes


a ND: cor azul intensa a violeta suave. Pleocroísmo COVELLITA - CuS
forte e birreflectância forte. Reflet. 3- 19%.
NC: anisotropia extremamente forte em cores
laranjas intensas, também marrom do cobre.
Sem reflexões internas. Formas lamelares
típicas, substituições são muito comuns.
b Pirargirita e proustita são quase indistinguíveis. PIRARGIRITA – Ag3SbS3
ND: cor em tons azuis claros a branco-cinza. PROUSTITA – Ag3AsS3
Pleocroísmo e birreflectância fortes.
Reflet. de 26-31%. Embaça em 10 minutos.
NC: anisotropia forte, mascarada pelas fortes e
numerosas reflexões internas vermelhas.

40 Minerais azuis ou azulados a ND, com pleocroísmo e/ou birreflectância muito fracos a ausentes
a ND: cor cinza-azul ou branca azul. Reflet. 30%. CALCOCITA – Cu2S
Sem birreflectância. Pleocroísmo muito fraco.
Muitos sulcos, substituições são freqüentes.
NC: anisotropia muito fraca; deve ser observada
descruzando os nicóis em 2 graus. Sem
reflexões. Associa a outros minerais de Cu.
b ND: cor azulada. Sem birreflectância e sem pleo- DIJENITA – Cu9S5
croísmo. Reflet. de 20%. Muitos sulcos azuis!
Embaça com facilidade para marrom.
NC: isótropa e sem reflexões internas. Maclas
lamelares possíveis. Associa-se a outros
minerais de Cu e a pirita.
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40 Minerais azuis ou azulados a ND, com pleocroísmo e/ou birreflectância muito fracos a ausentes
c ND: cor cinza azulado. Refletividade 28%. DJURLEITA – Cu31S16
Sem pleocroísmo e sem birreflectância.
Muitos sulcos (Mohs = 2,5-3).
NC: anisotropia fraca, nem sempre visível.
Sem reflexões internas. Facilmente confun-
dida com calcocita, usar outras técnicas!
d ND: cor cinza azulado. Leve birreflectância. CORINDON – Al2O3
Sem pleocroísmo. Refletividade 20-24%.
Relevo alto! (Mohs = 9). Maclas comuns.
NC: anisotropia distinta em tons de cinza.
Reflexões azuis claras a escuras.
Grande tendência a idiomorfia.

41 Minerais azuis ou azulados a ND, com abundantes reflexões internas vermelhas.


a ND: cor cinza azulada. Não tem birreflectância. CUPRITA – Cu2O
Pleocroísmo muito fraco. Reflet. 25%.
NC: anisotropia anômala distinta em cores esver-
deadas, azuladas, violetas (Nic. + 2º).
Abundantes reflexões vermelho-sangue.
Inclusões lamelares de cobre nativo comuns.
b Pirargirita e proustita são quase indistinguíveis. PIRARGIRITA – Ag3SbS3
ND: cor em tons azuis claros a branco-cinza. PROUSTITA – Ag3AsS3
Pleocroísmo e birreflectância fortes.
Reflet. de 26-31%. Embaça em 10 minutos.
NC: anisotropia forte, mascarada pelas fortes e
numerosas reflexões internas vermelhas.

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