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Guia Passo A Passo Minerais de Minério
Guia Passo A Passo Minerais de Minério
Identificação dos
Minerais de Minério mais comuns
ao Microscópio de Luz Refletida
pelo Método Passo-a-Passo.
A identificação de minerais de minério sob Luz Refletida nunca foi uma tarefa fácil,
oferecendo muitas armadilhas mesmo para pessoas com mais experiência. Em função disso, o
Guia se atém apenas às propriedades de fácil identificação, sem usar, por exemplo, sutis
diferenças de birreflectância como critério de identificação. Também não serão usados critérios a
partir de observação com imersão em óleo; portanto o Guia se aplica a observações ao ar.
Entender um minério não é uma tarefa fácil: reconhecer os minerais de minério presentes,
os minerais de ganga, as texturas individuais e coletivas. É impossível conseguir isso apenas com
a amostra macroscópica. A análise de um minério com uma lupa fornece apenas uma idéia
preliminar do material. Portanto, é ilusão achar que macroscopicamente seja possível analisar e
descrever um minério.
Seções polidas, por outro lado, são de confecção rápida, fácil e barata. O ideal,
naturalmente, é ter um laboratório à disposição com os equipamentos necessários. Mas é
absolutamente possível trabalhar sem máquinas, bastam alguns materiais de consumo mais
específicos.
Para a produção da seção (da amostra inicial) o ideal é trabalhar com uma serra
diamantada. Tenho usado serras com diâmetro de 20 cm, sem espaços abertos na serra
(superfície diamantada contínua). Essas serras são muito seguras e não machucam o operador.
Mas é possível quebrar a amostra com um martelo e escolher um fragmento de 2x3 cm que tenha
um lado (uma superfície) aproximadamente reto.
O desbaste pode ser realizado com uma máquina apropriada. Na ausência desta, pode ser
feito sobre uma cerâmica lisa, mas um vidro qualquer também cumpre a função. O mais difícil é
conseguir o abrasivo, de preferência carbeto de silício nas granulometrias 320 e 1000.
Adicionalmente podem ser adquiridas as granulometrias 180, 500 e 1500, para casos especiais.
Geralmente é suficiente trabalhar a amostra com 2 abrasivos diferentes. Depende dos minerais
presentes, mas como regra inicial é suficiente fazer o desbaste por 5 minutos com cada abrasivo.
Assim a superfície fica lisa, pronta para o polimento.
O polimento é a etapa que requer materiais especiais. Panos de polimento podem ser
adquiridos no Exterior caso o preço nacional seja exorbitante (geralmente é). Pessoalmente, tenho
adquirido com http://www.schmitz-metallographie.de/en/. Os panos vêm para fixação em uma
politriz, mas na ausência desse equipamento basta colar o pano em um vidro de 3 ou 4 mm de
espessura no tamanho correto (35 x 35 cm), que qualquer vidraçaria fornece a preços muito
acessíveis. Para uso no pano, é necessário um abrasivo muito fino. Tenho usado um abrasivo
com 0,3 micra, bem mais caro. Fazendo o polimento manualmente, geralmente é necessário
trabalhar por uns 5 minutos para conseguir um polimento razoável. Alguns minerais, como cromita
e hematita, exigem o triplo disso.
Com esses materiais de consumo à disposição e um pouco de prática, a seção polida fica
pronta em menos de meia hora. É muito mais rápido e fácil que uma lâmina delgada, cuja
confecção exige mais equipamentos e muito mais prática do operador.
“A análise criteriosa de uma única seção polida de boa qualidade pode decidir se o minério será
processado por simples concentração mecanica, por flotação após moagem, amalgamado,
lixiviado ou processado por inteiro.” (Paul Ramdohr, 1960, p. 249.)
1.1 Cor de reflexão: cor que o mineral apresenta a Nicóis Descruzados. Sempre é mais
fácil avaliar a cor se há um mineral de cor conhecida próximo do mineral em questão. A galena
apresenta o branco padrão da Microscopia de Reflexão.
1.2 Pleocroísmo: mudança da cor ao giro da platina a Nicóis Descruzados. A cada 90º do
giro da platina alternam-se a cor A com a cor B. Pode ser forte, moderado, fraco ou ausente. É
difícil, às vezes impossível, distinguir pleocroísmo de birreflectância (veja abaixo). Em função
disso, muitos autores não fazem distinção entre as duas propriedades.
1.3 Refletividade (ou Poder Refletor): quantidade de luz que o mineral reflete. É expresso
em porcentagem, mas a olho desarmado e sem muita prática basta classificar em alto, médio ou
baixo (comparar entre minerais e/ou com minerais conhecidos)
1.5 Zonações : zonas no mineral com propriedades contrastantes. Podem ser alterações
de cor, de refletividade, de birreflectância, presença ou não de inclusões, de porosidade ou outros.
São relativamente comuns e, em alguns casos, diagnósticas.
1.8 Fraturas: são rachaduras no mineral que podem ter alguma importância diagnóstica,
mas geralmente são mais importantes devido à possibilidade de conterem minerais de alteração
do mineral fraturado. Esses minerais de alteração podem auxiliar na identificação do mineral
fraturado.
1.11 Forma e Hábito dos Cristais: há uma infinidade de formas, hábitos e texturas
possíveis. Consultar bibliografia.
1.14 Dureza: A dureza de um mineral pode ser avaliada pelo relevo que o mineral
apresenta em relação aos minerais vizinhos e pela quantidade de sulcos de polimento. Quanto
maior o relevo e quanto menos sulcos o mineral exibir, maior sua dureza.
2.1 Isotropia e Anisotropia: devem ser conferidas com a intensidade máxima de luz.
Minerais isótropos são pretos (extintos) ao giro de 360º da platina. Minerais anisótropos mostram
duas cores, que se alternam a cada 90º do giro da platina. Observar vários grãos do mesmo
mineral na seção para evitar erros. Sulcos de polimento podem simular anisotropia (na galena, por
exemplo).
2.2 Cor de Polarização: é a cor que o mineral apresenta a Nicóis Cruzados quando não
está na posição de extinção. A cor precisa ser igual nas 4 posições de 45º, caso contrário os
nicóis não estão a 90º um do outro.
2.4 Maclas: geralmente aparecem melhor descruzando os Nicóis em 2º. Podem ser de 3
tipos e normalmente aparecem como lamelas paralelas. Às vezes lembram clivagem. Alguns
minerais sempre têm maclas, como calcopirita e hausmannita
2.5 Reflexões Internas: são cores que surgem a Nicóis Cruzados. Para sua observação,
deve ser usada luminosidade máxima e, em alguns casos, aumento elevado. As reflexões internas
são mais diagnósticas que as cores de reflexão.
Minerais abrangidos pelo Guia:
3 O mineral pode estar embaçado. Embaçamento pode ser útil, pois não deixa de ser uma espécie
de ataque químico. Pode fornecer uma primeira idéia a respeito do mineral (elementos nativos ou
sulfetos embaçam mais rapidamente) e pode revelar características (como maclas) que
desaparecem com o repolimento.
a o mineral está embaçado, mostrando cores
coloridas e variadas.
Pode ser um elemento nativo (cobre,
prata, etc.) ou um sulfeto ou sulfossal
(bornita, calcopirita, etc.), pois óxidos e
hidróxidos embaçam muito menos.
Diriga-se ao Passo 4.
Submeta a seção polida a um Teste de Magnetismo. Pode ser com um imã ou aproximando uma
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bússola da seção (pelos lados, por cima e por baixo) ou usando um bastão com um super-imã na
ponta. Não encoste o imã na superfície polida para não arranhá-la. Cubra a seção com um papel
macio ao fazer esse teste.
a
não há minerais magnéticos na seção 7
b há minerais magnéticos na seção. Identifique-os com os dados abaixo:
ND: cor cinza rosado ou amarronzado, variável. MAGNETITA – Fe3O4
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
Reflet. 21%. Mineral pouco conspícuo.
NC: Isótropa, pode ser anisótropa. Sem reflexões.
Idiomorfia possível. Martitização freqüente.
Desmisturas e substituições complexas
ND: cor cinza-marrom a cinza-castanha. ILMENITA – FeTiO3
Refletividade de 19%. Sem pleocroísmo.
Birreflectância fraca (ver limites e maclas!).
NC: anisotropia forte em tons de cinza. Reflexões
muito raras em cores marrons escuras.
Maclas lamelares são comuns.
ND: cor em tons marrons e amarelos com rosa. PIRROTITA - FeS
Embaça muito rapidamente para marrom.
Pleocroísmo fraco a ausente. Não possui
birreflectância. Refletividade de 37-42%.
NC: anisotropia forte de amarelo-cinza a verde
suave, cinza a azulado. Sem reflexões.
Submeta a seção polida a um Teste com Luz Ultravioleta, tanto sob ondas longas como sob
7
ondas curtas. Alguns minerais de minério importantes e com fluorescência são tão parecidos com
silicatos que passam despercebidos com muita facilidade.
a um mineral da seção apresenta fluorescência 9
b não há nenhum mineral fluorescente na seção 8
ESFALERITA – ZnS2
ND: cor cinza médio claro, tons azuis e marrons possíveis.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância. Reflet. 16%.
amarelas a
NC: isótropa se as reflexões não perturbarem. Pseudo-
cor de mel
anisotropia possível. Geralmente as reflexões
mascaram a anisotropia. Maclas frequentes.
Clivagem possível, zonação freqüente.
outras cores e
outros minerais
com reflexões Passos 15, 16 e 17
internas
abundantes
Depois desta observação, diriga-se ao Passo 12
Passo Característica do Mineral Continuação
12 Avalie a cor que o mineral apresenta a Nicóis Descruzados. Para uma correta definição
dessa cor, é altamente aconselhável iniciar os trabalhos observando a Nicóis Descruzados os
seguintes minerais em seções recentemente repolidas: quartzo (cor cinza-ganga), pirita (cor
amarela-latão) e galena (cor branca). Essa ação denomina-se “calibragem do olho”.
Após “calibrar” seu olho, observe cuidadosamente o mineral em questão a Nicóis
Descruzados. Gire a platina e veja qual a cor que apresenta, se apresenta pleocroísmo (mudança
de cor) e/ou birreflectância (variação da refletividade). Essas propriedades podem se tornar
visíveis apenas nos limites intergranulares, especialmente nas junções tríplices. Freqüentemente
é impossível saber se a mudança na aparência é devido ao pleocroísmo ou à birreflectância.
A Nicóis Descruzados, com a luz na intensidade máxima, o mineral apresenta cor:
a cinza-ganga (veja definição abaixo)
13
com baixa refletividade (<10-15%) e
Mineral típico: quartzo
SEM birreflectância e/ou pleocroísmo
b cinza-ganga (veja definição abaixo)
18
com baixa refletividade (<10-15%) e
Mineral típico: calcita
COM birreflectância e/ou pleocroísmo
c cinza de claro a escuro,
com refletividade mais alta (>15%)
23
com ou sem birreflectância/pleocroísmo
com ou sem alguma tonalidade associada Mineral típico: esfalerita
(pode ser rosado, amarronzado, esverdeado, azulado, etc.)
d branca, 27
com refletividade relativamente alta (>25%) Mineral típico: galena
e amarelo de fraco a forte, 32
pode ser dourado. Mineral típico: pirita
f rosa, marrom, vermelho ou laranja, 33
pode ser rosado, castanho, avermelhado, etc. Mineral típico: bornita
g azul ou cinza-azul 38
em qualquer tonalidade. Mineral típico: covellita
CINZA-GANGA define uma cor entre o cinza e o marrom claro, com tonalidades variadas, mas
sem outras cores associadas. É a cor que apresentam a Nicóis Descruzados os minerais de
ganga mais comuns, como quartzo, feldspatos, mica e calcita.
Esses minerais de ganga têm baixa refletividade (parecem
bem escuros), o que se repete com os minerais de minério de cor
cinza-ganga, cujas refletividades se situam entre 4 e 17%,
geralmente abaixo de 10%. A ND, ao giro da platina, podem ou não
apresentar variação na refletividade (birreflectância) e/ou variação
da cor (pleocroísmo). Imagem ao lado: quartzo em seção basal.
“Ganga” é um termo derivado do alemão “Gangarten”, referindo-se aos minerais que não são
minérios e que acompanham os minerais de minério nos veios hidrotermais. Um veio hidrotermal
é denominado de “Gang”.
Passo Característica do Mineral Continuação
14 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), sem pleocroísmo nem
birreflectância e com reflexões internas generalizadas brancas, leitosas e/ou multicoloridas
a reflexões internas cinza-claras, incolores, leitosas,
QUARTZO – SiO2
amareladas, multicoloridas
ND: cor cinza-escuro. Sem birreflectância.
Sem pleocroísmo. Refletividade de 4,5%.
Idiomorfia possível. Polimento muito bom.
NC: sem anisotropia, sem sulcos.
Pode ter relevo alto (Mohs = 7).
Muito comum.
b reflexões generalizadas brancas a multicoloridas APATITA – Ca10(PO4)6(OH,F,Cl)2
ND: cor cinza escura. Sem pleocroísmo.
Sem birreflectância. Reflet. <10%
NC: anisotropia mascarada pelas reflexões.
Hábito típico de bastões curtos de pontas
arredondadas. É o fosfato mais comum.
c reflexões freqüentes, claras, leitosas, algumas BARITA – BaSO4
multicoloridas.
ND: cor escura. Sem birreflectância. Reflet. ~8%.
Sem pleocroísmo. Clivagem (001) bem visível,
com figuras de arranque. Hábito típico de
prisma terminando em ponta (“formão”)
NC: sem anisotropia. Freqüente em veios de
baixa e média temperatura.
continua na próxima página...
Passo Característica do Mineral Continuação
15 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), sem pleocroísmo nem
birreflectância e com reflexões internas em cores verdes.
a reflexões generalizadas em cores verde claras MALAQUITA – Cu2(CO3)(OH)2
ND: cor cinza-escura. Refletividade de 6-8%
Sem pleocroísmo. Birreflectância distinta.
Bom polimento. Nunca tem cristais grandes.
NC: Anisotropia fraca em cinza, difícil de observar.
Possui efervescência lenta em HCl diluído.
Sua cor verde pode ser observada com a lupa.
b reflexões generalizadas entre verde-claro e azul- CRISOCOLA – silicatos hidratados
turquesa. de cobre não-identificados
ND: Cor cinza-escura. Refletividade de 4% (!!)
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
Nunca mostra cristais, geralmente é maciça.
NC: Pode mostrar estruturas bandadas.
Com a lupa é possível perceber as cores
azuis claras da crisocola.
c reflexões generalizadas em tons verdes suaves ANTLERITA – Cu3(SO4)(OH)4
ND: Cor cinza clara. Refletividade <10%
Algumas reflexões verdes podem ser vistas a ND
NC: Anisotropia distinta, mascarada pelas reflexões.
Semelhante a malaquita e atacamita.
Quase indistinguível da brochantita.
Associada a outros minerais de cobre.
16 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), sem pleocroísmo nem
birreflectância e com reflexões internas em cores azuis.
a reflexões intensas em azul profundo AZURITA – Cu3(CO3)2(OH)2
ND: cor cinza escura. Refletividade de 8%.
Pleocroísmo tênue. Birreflectância muito fraca.
Cristais grandes como placas subédricas.
ND: anisotropia mascarada pelas reflexões.
Cristais apresentam extinção oblíqua.
Cor azul profunda pode ser vista com a lupa.
b reflexões generalizadas entre verde-claro e azul- CRISOCOLA – silicatos hidratados
turquesa. de cobre não-identificados
ND: Cor cinza-escura. Refletividade de 4% (!!)
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
Nunca mostra cristais, geralmente é maciça.
NC: Pode mostrar estruturas bandadas.
Com a lupa é possível perceber as cores
azuis claras da crisocola.
Passo Característica do Mineral Continuação
17 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), sem pleocroísmo nem
birreflectância e com reflexões internas em cores vermelhas.
a reflexões em cores vermelhas e rosa ERYTHRITA – Co3(AsO4)2.8H2O
ND: cor cinza escuro. Refletividade de 5%.
Sem birreflectância. Sem pleocroísmo.
Cristais monoclínicos em agregados radiais.
Sulcos possíveis (Mohs = 1,5 – 2,5)
NC: sem anisotropia. Associada a minerais
primários de Co (cobaltita, eskutterudita).
b reflexões freqüentes marrom vermelhas COLUMBITA - (Mg,Fe, Mn)(Ta,Nb)2O6
TANTALITA - (Mg,Fe)(Ta,Nb)2O6
Os dois minerais são extremamente parecidos.
ND: cor cinza-amarronzada. Reflet. de 14%.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: anisotropia fraca. Reflexões nos limites dos
grãos e nas fraturas. Material poroso tem
reflexões abundantes. Extinção reta!
Associa-se a cassiterita.
c esfalerita sem Fe: reflexões incolores a brancas.
esfalerita com Fe: reflexões amarelas, caramelas, ESFALERITA – ZnS2
cor-de-mel, vermelhas ou marrom-escuras.
ND: cor cinza médio claro, tons azuis e marrons possíveis.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância. Reflet. 16%.
NC: isótropa se as reflexões não perturbarem. Pseudo-
anisotropia possível. Geralmente as reflexões
mascaram a anisotropia. Maclas frequentes.
Clivagem possível, zonação freqüente.
d reflexões esparsas em vermelho-marrom CROMITA – FeCr2O4
ND: cor cinza branco com tons marrons.
Refletividade de 12%. Sem pleocroísmo.
Sem birreflectância. Dureza alta e polimento
bom. Sem clivagem, cataclase freqüente.
Idiomorfia e crostas de magnetita possíveis.
NC: isótropa. Se com Mg e Al, pode mostrar
reflexões internas em vermelho-marrom.
Passo Característica do Mineral Continuação
18 Para incluir um mineral nesse grupo, de minerais cinza-ganga de baixa refletividade (<10%)
com birreflectância e/ou pleocroísmo é essencial a correta e minuciosa observação a Nicóis
Descruzados. Diferenciar birreflectância (mudança de refletividade) de pleocroísmo (mudança de
cor) às vezes é impossível. Por isso as duas propriedades são consideradas uma só em alguns
casos. Observe o mineral junto aos contatos intergranulares para avaliar birreflectância e/ou
pleocroísmo.
A Nicóis Cruzados, o mineral:
a não apresenta reflexões internas 19
b apresenta reflexões internas vermelhas esparsas 20
c apresenta reflexões internas verdes generalizadas 21
d apresenta reflexões internas claras e/ou brancas 22
e/ou leitosas e/ou incolores e/ou amareladas
19 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%) e com pleocroísmo e/ou
birreflectância, sem reflexões internas a NC.
a ND: cor cinza médio a escuro. GRAFITA (C) e MOLIBDENITA
Pleocroísmo fortíssimo e birreflectância - (MoS2)
alta. Forma lamelas retorcidas.
NC: anisotropia extrema, uma das cores é
amarelada. Muitos sulcos de polimento.
Grafita e molibdenita são muito semelhantes.
b ND: cor cinza médio. Reflet. de 10 a 31%. HOLLANDITA – Ba(Mn,Mn)8O16
Pleocroísmo e birreflectância fracas.
Cristais aciculares radiados ou em bandas.
NC: Anisotropia forte em cores cinzas com tons
marrons. Sem reflexões internas.
Minérios de Mn metamórficos de contato.
c ND: cor cinza médio a escuro. Reflet. 26-31%. TODOROKITA –
Pleocroísmo e birreflectância nítidas. (Na,Ca,K)2(Mn,Mn)6O12.3-4.5H2O
Cristais fibrosos em agregados porosos.
NC: Anisotropia forte: cinza-marrom a escuro e
para azul. Alteração de minerais primários
de Mn. Também nódulos polimetálicos.
20 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), com pleocroísmo e/ou
birreflectância e com reflexões internas esparsas em cores vermelhas.
a ND: cor cinza médio. Reflet. 10 – 16%. LEPIDOCROCITA - FeO(OH)
Pleocroísmo distinto. Birreflectância forte,
difíceis de ver quando os cristais são finos.
NC: anisotropia bem forte em tons cinza azulados.
Reflexões internas vermelhas esparsas.
Típica como alteração de minérios de ferro.
Passo Característica do Mineral Continuação
21 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), com pleocroísmo e/ou
birreflectância e com reflexões internas generalizadas em cores verdes.
a ND: cor cinza clara. Algumas reflexões ANTLERITA – Cu3(SO4)(OH)4
verdes podem ser vistas a ND.
NC: Anisotropia distinta, mascarada pelas
reflexões. Semelhante a malaquita e
atacamita. Quase idêntica à brochantita.
Minérios de Cu oxidados em regiões áridas.
22 Minerais a ND com cor cinza-ganga, baixa refletividade (<10%), com pleocroísmo e/ou
birreflectância e com reflexões internas generalizadas em cores claras, leitosas, brancas,
amareladas, esverdeadas, amarronzadas e multicoloridas.
a reflexões claras, leitosas e multicoloridas ANIDRITA – CaSO4
ND: cor cinza escura. Refletividade 4-7%.
Birreflectância forte. Sem pleocroísmo.
Hábito de cristais longos e finos, tabulares,
em agregados semiparalelos a radiais.
NC: anisotropia possível. Muitos sulcos.
Mineral de evaporitos e veios hidrotermais.
b reflexões claras, brancas, leitosas, freqüentemente CALCITA – CaCO3
duplas devido à dupla refração.
ND: cor cinza escura. Refletividade 4% (!!).
birreflectância muito forte. Sem pleocroísmo.
Clivagem visível, figuras de arranque possíveis.
Maclas são fáceis de observar e diagnósticas!
NC: sem anisotropia. Sulcos de polimento freqüentes.
Mineral muito comum, de muitos ambientes.
23 Os minerais neste grupo apresentam cores em cinza, do cinza claro ao cinza escuro. Essas
cores são mais claras que aquelas dos dois grupos anteriores (Passos 11 e 16), mas não chegam
a ser brancas. O cinza pode ter uma tonalidade associada (tom rosa, marrom, verde, azul, etc.).
Além disso, suas refletividades são nitidamente mais altas (>~15%).
Avalie o mineral em questão e escolha a opção que parece mais apropriada:
a A ND o mineral possui pleocroísmo muito forte. 24
b A ND o mineral mostra pleocroísmo e/ou
birreflectância fracas a ausentes, que passam
despercebidas com facilidade.
A NC o mineral é isótropo ou com anisotropia 25
fraca. Não apresenta ou apresenta raras reflexões
internas, geralmente em cores vermelhas a
avermelhadas
c A ND o mineral mostra pleocroísmo e/ou
birreflectância fracas a ausentes, que passam
despercebidas com facilidade. 26
A NC o mineral apresenta anisotropia nítida a
forte, com ou sem reflexões internas.
24 Minerais a ND com cores cinzas, refletividade mais elevadas (>15%) e com pleocroísmo muito
forte. A NC, anisotropia muito forte.
a ND: cor cinza médio a escuro. Muitos sulcos. GRAFITA (C) e MOLIBDENITA
Pleocroísmo fortíssimo e birreflectância - (MoS2)
alta. Reflet. 7-21(C) e 20-44 (MoS2).
NC: anisotropia extrema, uma das cores é
amarelada. Lamelas com extinção ondulante.
Grafita e molibdenita são muito semelhantes.
b ND: cor branco-cinza a cinza médio. OUROPIGMENTO – As2S3
Refletividade de 19-26%. Sem birreflectância.
Pleocroísmo muito forte. Muitos sulcos.
NC: anisotropia forte em cores cinzas, mascarada
pelas fortes reflexões internas claras, brancas,
amarelo-limão e laranjas. Clivagem visível.
25 Minerais a ND com cores cinzas, refletividade mais elevadas (>15%) e isótropos. Não apresentam
ou apresentam apenas algumas reflexões internas, geralmente em cores vermelho-marrons.
a ND: cor cinza-branco, às vezes com um tom ALABANDITA - MnS
esverdeado. Refletividade de 22%.
Sem pleocroísmo e sem birreflectância.
NC: isótropa, completamente escura. Reflexões
raras só podem ser observadas em óleo.
Maclas são comuns. Grãos anédricos.
continua na próxima página...
Passo Característica do Mineral Continuação
25 b ND: cor cinza branco c/ tons marrons. Reflet. 12%. CROMITA – FeCr2O4
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
Dureza alta. Cataclase freqüente.
Idiomorfia e crostas de magnetita possíveis.
NC: isótropa. Se com Mg e Al, pode mostrar
reflexões internas em vermelho-marrom.
26 A ND o mineral não possui ou possui pleocroísmo e/ou birreflectância muito fracas, que passam
despercebidas com facilidade. A NC, anisotropia nítida a forte, com ou sem reflexões internas.
a ND: cor cinza a cinza-esverdeada. Reflet. 30%. ACANTHITA – Ag2S
Sem birrefletância. Sem pleocroísmo.
Muitos sulcos de polimento (Mohs: 2-2,5)
NC: anisotropia fraca, difícil de ver. Não mostra
reflexões. Corrosão ao ar muito rápida.
Maclas comuns. Mirmequitos possíveis.
b ND: cor branco-cinza com tom marrom BRAUNITA – Mn6O8SiO4
Refletividade de 19%. Sem pleocroísmo.
Birreflectância suave, difícil de ver.
NC: anisotropia muito fraca em tons cinza-azuis.
Reflexões raras, em marrom profundo.
Grãos com tendência idiomórfica.
c ND: cor de cinza médio. Reflet. de 25%. CRIPTOMELANO – K(Mn,Mn)8O16
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: anisotropia em cinza-marrom, claro a escuro.
Reflexões marrons só em grãos pequenos.
Texturas coloformes/maciças comuns.
Indistinguível de outros minerais de Mn.
d ND: cor cinza médio claro. Reflet. 16%. ESFALERITA – ZnS
Sem pleocroísmo nem birreflectância.
Não parece sulfeto.
NC: isotropia mascarada pelas abundantes refle-
xões incolores, brancas, amarelas, caramelas,
cor-de-mel, vermelhas ou marrom-escuras.
Clivagem, zonação e maclas frequentes.
e ND: cor cinza médio com um tom de ESTANNITA – Cu2(Fe,Zn)SnS4
verde-oliva. Refletividade de 29%. Sem
birreflectância. Pleocroísmo muito fraco.
NC: anisotropia distinta entre verde-ardósia e
violeta. Estruturas abundantes e complexas.
Desmisturas diversas podem estar presentes.
f ND: cor cinza com um tom azul, mas varia muito. GOETHITA – FeO(OH)
Reflet. de 13%. Sem birreflectância.
Pleocroísmo fraco. Cristais aciculares em
bandas paralelas, lembra calcedônia.
NC: anisotropia forte, mas grande quantidade de
reflexões amarelo-claras a vermelho-marrons.
continua na próxima página...
Passo Característica do Mineral Continuação
27 Os minerais neste grupo apresentam cores brancas, com ou sem suaves tonalidades
cremes, cinzentas, azuladas ou amareladas. Suas refletividades são elevadas e se situam entre
30 e 82% (brilham bastante). A Nicóis Descruzados, quase todos não apresentam pleocroísmo
e/ou birreflectância ou os tem apenas distintos, que pode ser difícil de perceber.
28 Minerais que, a ND, são brancos e não apresentam pleocroísmo nem birreflectância. A NC, são
isótropos (se houver a possibilidade de serem anisótropos, vá ao Passo 29).
a ND: cor branca-creme. Refletividade de 54%. ESKUTTERUDITA – (Co,Ni)As3
Sem birreflectância. Sem pleocroísmo.
NC: isótropa e sem reflexões internas.
Texturas de Fortaleza são comuns (zig-zag)
Pseudo-clivagem muito evidente.
Zonação pode ocorrer.
b ND: cor branca. Refletividade de 42%. GALENA - PbS
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: isótropa e sem reflexões internas. Como é
muito macia (Mohs = 2,5), há muitos sulcos
que simulam anisotropia. Relevo baixo.
Figuras de arranque triangulares possíveis.
c ND: cor branca, algo creme a cinza. Reflet. 45%. GERSDORFFITA - NiAsS
Sem birreflectância. Sem pleocroísmo.
NC: isótropa e sem reflexões internas. Mohs: 5,5.
Clivagem {100} em 3 direções perfeita. Forma
cubos, linhas longas e retas e figuras de
arranque triangulares. Zonação é comum.
continua na próxima página...
Passo Característica do Mineral Continuação
29 Minerais que, a ND, são brancos e apresentam pleocroísmo e/ou birreflectância de fraca a
distinta. A NC, são anisótropos em graus variáveis.
Minerais listados em anisotropia de intensidade crescente:
a ND: cor branca a branco-azulada (esverdeada). CINÁBRIO - HgS
Refletividade 28%. Pleocroísmo distinto.
Birreflectância visível. Muitos sulcos.
NC: anisotropia muito forte em cores cinza
esverdeadas, mascarada pelas fortíssimas
reflexões em vários tons de vermelho.
b ND: cor cinza-azul ou branca azul. Reflet. 30%. CALCOCITA – Cu2S
Sem birreflectância. Pleocroísmo muito fraco.
Muitos sulcos, substituições são freqüentes.
NC: não é isótropa, mas sua anisotropia
é muito fraca, quase imperceptível.
Sem reflexões. Associa-se a minerais de Cu.
c ND: cor branco pura. Refletividade de 29%. HEMATITA – Fe2O3
Sem pleocroísmo. Birreflectância distinta.
NC: anisotropia nítida em tons amarronzados.
Reflexões raras a ausentes, em
vermelho-sangue profundo. Maclas possíveis.
Martitização: magnetita passa a hematita.
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30 Minerais que, a ND, mostram cor branca e pleocroísmo forte. A NC, possuem anisotropia forte.
a ND: cor branca. Refletividade de 30-45% ESTIBNITA – Sb2S3
Pleocroísmo forte de branco (cinza) a
cinza-oliva. Birreflectância distinta.
NC: anisotropia forte entre cinza, marrom e azul.
Sem reflexões internas. Extinção paralela
Hábito prismático. Maclas freqüentes.
b ND: cor cinza médio a escuro. GRAFITA (C) e MOLIBDENITA
Pleocroísmo fortíssimo e birreflectância - (MoS2)
alta. Forma lamelas retorcidas.
NC: anisotropia extrema, uma das cores é
amarelada. Muitos sulcos de polimento.
Grafita e molibdenita são muito semelhantes.
32 Minerais que, a ND, são amarelos ou possuem cores amareladas a creme. Geralmente não
possuem pleocroísmo e birreflectância ou os tem fracos a distintos, o que pode ser difícil de
observar. A NC podem ser isótropos ou anisótropos, às vezes a distinção é difícil.
Minerais listados em intensidade decrescente de amarelo:
a ND: cor amarelo ouro. Se com Ag, tende a branco. OURO NATIVO – Au(Ag, Cu)
Se com Cu, tende a vermelho. Reflet. 72%.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: isótropo. Nunca fica bem escuro, pode ter
uma estranha cor esverdeada. Muitos sulcos!
Sem reflexões internas. Maclas possíveis.
b ND: cor amarelo forte, pode estar esverdeada. CALCOPIRITA – CuFeS2
Reflet. 39%. Muitos sulcos.
Sem pleocroísmo. Sem birreflectância.
NC: anisotropia fraca de marrom a azulado.
Sem reflexões internas. Sempre apresenta
maclas lamelares azuis grosseiras/irregulares.
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33 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, marrons, rosadas ou alaranjadas. A NC,
geralmente não tem reflexões internas ou as tem muito raras. Avalie o mineral em questão:
a a ND o mineral apresenta
pleocroísmo e/ou birreflectância notável a forte
34
b a ND o mineral não apresenta pleocroísmo nem
birreflectância e a NC é isótropo 35
c a ND o mineral não tem pleocroísmo nem
birreflectância e, a NC, possui anisotropia fraca a 36
ausente
d a ND o mineral não apresenta pleocroísmo nem
birreflectância e, a NC, possui anisotropia forte 37
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34 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, amareladas, rosadas ou alaranjadas, com
pleocroísmo e/ou birreflectância intensa e, a NC, anisotropia forte.
a ND: cor vermelho-do-cobre pálido (rosa intenso), BREITHAUPTITA - NiSb
com um tom violeta muito diagnóstico.
Refletividade de 47-54%. Pleocroísmo notável
Birreflectância de vermelho-rosa a violeta.
NC: anisotropia notável, de cores intensas: oliva,
marrom, esverdeado, verde, amarelado, etc.
b ND: cor branca com forte tom amarelo-rosa, NIQUELINA - NiAs
parece um laranja claro. Refletividade 60%.
Pleocroísmo forte de laranja a rosado, com
tons marrom-rosa. Birreflectância distinta.
NC: anisotropia muito forte em marrom a azul,
verde a cinza. Extinção reta. Cataclase.
c ND: cor amarelo-marrom ou cinza claro amarelo. TENORITA - CuO
Reflet. 19-29%. Pleocroísmo distinto em tons
cinzentos ou marrons. Birreflectância forte.
NC: anisotropia forte entre branco e azulado.
Reflexões internas finas e vermelhas.
Extinção oblíqua e muitos sulcos de polimento
35 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, amareladas, rosadas ou alaranjadas, sem
pleocroísmo e/ou birreflectância e, a NC, são isótropos e não tem reflexões internas.
a ND: cor rosa-cheio brilhante. Embaçamento muito COBRE NATIVO - Cu
rápido, em questão 15 a 30 minutos.
Reflet. 92%. Sem pleocroísmo/birreflectância.
Sempre tem muitos sulcos de polimento!
NC: isótropo, mas os sulcos sempre geram
anisotropia anômala. Sem reflexões.
b ND: cinza rosado ou amarronzado, é variável. MAGNETITA – Fe3O4
Reflet. 21%. Sem pleocroísmo/birreflectância.
Idiomorfia é possível (octaedros, quadrados).
NC: isótropa e sem reflexões internas. Às vezes é
nitidamente anisótropa. Martitização é comum.
Desmisturas são muito complexas.
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36 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, amareladas, rosadas ou alaranjadas, com
pleocroísmo e/ou birreflectância fraca a ausente e, a NC, anisotropia fraca a ausente.
a ND: cor marrom-rosa claro (semelhante à pirrotita) BORNITA – Cu5FeS4
Reflet. 25%. Pleocroísmo muito fraco. Sem
birreflectância. Embaça em 30 minutos para
uma cor violeta muito característica.
NC: anisotropia variável em cores escuras e
esverdeadas. Sem reflexões internas.
b ND: cor rosa-claro, branco-rosado até rosa. Rosa COBALTITA - CoAsS
é mais nítido em seção sem repolimento.
Sem birreflectância; pleocorísmo muito fraco.
NC: anisotropia fraca de esverdeado a azulado.
Sem reflexões. Maclas são muito comuns.
Formas pseudo-cúbicas são comuns.
37 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, amareladas, rosadas ou alaranjadas, com
pleocroísmo e/ou birreflectância fraca a ausente e, a NC, anisotropia forte.
a ND: cor cinza-rosada a marrom claro rosado. ENARGITA – Cu3AsS4
Reflet. 26%. Birreflectância leve.
Pleocroísmo fraco violeta a cinza-azulado.
NC: anisotropia forte e colorida, de cinza-verde a
laranja-castanho ou azul escuro a marrom.
Ext. reta. Raras reflexões vermelho-profundo.
b ND: cor marrom-rosa pálido, amarelado. Reflet. LUZONITA – Cu3AsS4
de 29%. Birreflectância e pleocroísmo fracos.
Graças às maclas o plecroísmo fica evidente.
NC: anisotropia forte entre amarelo esverdeado e
púrpuro. Extinção oblíqua pelos planos de
macla. Não possui reflexões internas.
c ND: cor em tons marrons e amarelos com rosa. PIRROTITA - FeS
Embaça muito rapidamente para marrom.
Pleocroísmo fraco a ausente. Não possui
birreflectância. Refletividade de 37-42%.
NC: anisotropia forte de amarelo-cinza a verde
suave, cinza a azulado. Sem reflexões.
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40 Minerais azuis ou azulados a ND, com pleocroísmo e/ou birreflectância muito fracos a ausentes
a ND: cor cinza-azul ou branca azul. Reflet. 30%. CALCOCITA – Cu2S
Sem birreflectância. Pleocroísmo muito fraco.
Muitos sulcos, substituições são freqüentes.
NC: anisotropia muito fraca; deve ser observada
descruzando os nicóis em 2 graus. Sem
reflexões. Associa a outros minerais de Cu.
b ND: cor azulada. Sem birreflectância e sem pleo- DIJENITA – Cu9S5
croísmo. Reflet. de 20%. Muitos sulcos azuis!
Embaça com facilidade para marrom.
NC: isótropa e sem reflexões internas. Maclas
lamelares possíveis. Associa-se a outros
minerais de Cu e a pirita.
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40 Minerais azuis ou azulados a ND, com pleocroísmo e/ou birreflectância muito fracos a ausentes
c ND: cor cinza azulado. Refletividade 28%. DJURLEITA – Cu31S16
Sem pleocroísmo e sem birreflectância.
Muitos sulcos (Mohs = 2,5-3).
NC: anisotropia fraca, nem sempre visível.
Sem reflexões internas. Facilmente confun-
dida com calcocita, usar outras técnicas!
d ND: cor cinza azulado. Leve birreflectância. CORINDON – Al2O3
Sem pleocroísmo. Refletividade 20-24%.
Relevo alto! (Mohs = 9). Maclas comuns.
NC: anisotropia distinta em tons de cinza.
Reflexões azuis claras a escuras.
Grande tendência a idiomorfia.