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Camila Machado RA: 201152894

Resumo - Mineralogia Ótica


Para o trabalho prático ao microscópio de luz polarizada é suficiente a apresentação
resumida dos princípios básicos. Os fundamentos teóricos de óptica cristalina e de
cristalografia são incluídos somente onde são imprescindíveis para explicar fenômenos
ópticos e propriedades morfológicas dos cristais.
Ao analisar as propriedades ótica dos minerais com o microscópio petrógrafo, existe
algumas condições essências para tal apresentação. Ao utilizar o microscópio de luz
polarizada, é importante que as direções sejam comunicadas de forma inequívoca. As
principais direções de referência incluem os fios do retículo na ocular, as direções de
vibração da luz polarizada e os eixos do microscópio. Os quatro pontos cardeais (norte-
sul, leste-oeste) são utilizados para expressar e distinguir direções.
O plano de vibração do polarizador pode ser determinado por meio de biotita ou
turmalina. A biotita apresenta uma propriedade de absorver, em grande parte os raios
de luz, já a turmalina possibilita a determinação da direção de vibração do polarizador. O
grão com uma tonalidade mais escura significa que a absorção é mais elevada, a vibração
do analisador é perpendicular ao do polarizador.
A ótima configuração do microscópio requer, além do alinhamento do sistema de
iluminação, que todos os componentes ópticos (fonte de luz, coletor, condensador,
objetivas e oculares) e a platina giratória estejam alinhados a um eixo central comum,
coincidente com a direção dos raios de luz verticais no microscópio. Todos os
componentes são centrados ao eixo da platina giratória. Os procedimentos para
centragem são feitos em três etapas: objetivas, condensador e fonte de luz. Além disso,
é necessário ajustar as oculares.

Microscópio centralizado Microscópio descentralizado

Os retículos da ocular devem ser exatamente paralelos aos dos planos de vibração do
polarizador e do analisador. Observando-se a natrolita com nicóis cruzados, tem a
extinção completa da mesma, quando a agulha ou a aresta alongada reta do mineral está
paralela ao plano de vibração do polarizador ou do analisador e nessa posição, um dos
retículos da ocular deverá ser paralelo a uma agulha da natrolita.
A focalização de um objeto com objetivas pequeno não apresenta muitas dificuldades
pois a distância da frontal é grande, diferente da objetiva de grande aumento, ao
manusear sua lamina de aproximação deve-se tomar cuidado pois a distância frontal é
bastante pequena. É essencial que quando utilizada as objetivas de grande aumento que
as lâminas esteja voltado para cima, por causa da pequena distância de trabalho.
Para tal espessura, minerais e rochas como quartzo exibe uma cor de interferência cinza
a branco de primeira ordem. Quando estes minerais não estão presentes na lâmina
delgada, fica mais difícil estimar a espessura da lâmina. Neste caso, esta pode ser
determinada pelo movimento vertical da platina no microscópio. Para obter o foco da
imagem, os microscópios são equipados com comandos de ajuste grosso e ajuste fino.
O equipamento necessário para a confecção de uma lâmina delgada respectivamente são
o seguinte:

- serra para cortar mineral ou rocha


- politrizes petrográficas
- abravisos em pó de várias granulações como as de número 180, 500, 600, etc.
- lâminas de vidro 1mm x 25mm x 45 mm
- lâminas de vidro de tamanhos variáveis: 22mm x 40mm, 22mm x 35mm, 22mm x 22mm

- bálsamo do Canadá ou Caedax


- cimento termoplástico tipo Lakeside n° 70
- pinça metálica
- papel lenço
- xilol e álcool ou éter

- lâmina de barbear ou canivete


As etapas principais na confecção de uma lâmina delgada são as seguintes:
1 – cortar uma fatia da rocha ou mineral de espessura a menor possível.
2 – biselar as quatro arestas da fatia na politiz com pó abrasivo grosso.
3 – polir a face maior da fatia com pó abrasivo grosso até desaparecer a marca de terra.
4 = lavar a fatia e as mãos com água, depois polir a face maior com abrasivo de granulação
intermediária logo em seguida lavar novamente e polir com o abrasivo fino.

5 – lavar a amostra com sabão e água utilizando uma escova mole.


6 – eliminar o excesso de água com papel lenço e colocar a fatia sobre a placa
aquecedora, com a face polida voltada para baixo.
7 – marcar a lâmina de vidro com numeração correspondente, utilizando a ponta de
diamante, limpar perfeitamente com papel lenço e xilol, se necessário colocar numa placa
aquecedora
8 – quando a temperatura da lâmina estiver suficientemente alta, fundir sobre ela o
cimento termoplástico tipo Lakeside de modo que cubra quase toda a lâmina.
9 – colocar a fatia de rocha quente sobre lâmina com a face voltada para baixo, por meio
de pinça.
10 – retirar a lâmina da placa aquecedora e coloca-la sobre uma folha de papel na mesa
com a rocha ou mineral para baixo e pressionar a lâmina até o desaparecimento total das
bolhas de ar.
11 – após o desaparecimento desbastara rocha com pó de abrasivo grosso ou serrar com
cuidado utilizando a serra de diamante.
12 – lavar a lâmina e as mãos e a politriz quando é utilizada, novamente desbastar a
amostra com o pó intermediário.
13 – lavar as lâminas, as mãos e a politiz e finalizar a lâmina com o pó muito fino.
14 – lavar a lâmina, as mãos e politriz e finalizar a lâmina com uma placa de vidro
perfeitamente plana.

15 – seca a lâmina naturalmente e raspar o excesso do cimento termoplástico.


16 – lavar a lâmina com sabão e escova mole e após secar, colocar sobre uma outra placa
de aquecimento, cuja, a temperatura não exceda 60° a 70°.
17 – sobre a lâmina colocada em cima de uma placa aquecedora cuja a temperatura deve
estar a 150°C, gotejar o bálsamo de Canadá por meio de um bagueta.
18 – com o bálsamo cozido devidamente colocar a lâmina sobre algumas folhas de papel
lenço.
19 – retirar a lâmina da placa aquecedora com uma pinça.
20 – após o resfriamento raspar o excesso de bálsamo com uma lâmina de barbear ou
canivete.
21 – limpar a lâmina com papel lenço umedecido.
Um método de preparação de amostra não permanente é a montagem das mesmas em
óleo de imersão.
Neste método a amostra, rocha ou mineral, se encontra pulverizada num almofariz e
peneirada. A amostra pulverizada é selecionada entres os tamanhos correspondentes as
peneiras, logo após elas são lavadas com água destiladas. Para montagem dos grãos em
óleo é necessário: óleo de imersão, lâminas, estilete metálico fino, papel lenço, álcool e
haste de vidro.
Com o estilete metálico, aplica-se o óleo dos grãos da amostra em sua extremidade,
introduza uma quantidade adequada de grão nos óleo cobrindo com a lâmina, pressiona-
se rapidamente com outra lâmina, afim de eliminar todas as bolhas de ar. Os grãos de
minerais podem ser montados numa lâmina permanentemente.
A luz branca, ao atravessar a lâmina delgada, pode ter sua intensidade diferentemente
atenuada devido à absorção. Quando os comprimentos de onda absorvidos estão fora do
espectro do visível, a fase vidro e os minerais aparecem incolores. As cores são geradas
quando a absorção é seletiva, afetando determinadas partes do espectro de modo mais
intenso que as demais. A cor e a intensidade da cor constituem propriedades específicas
dos minerais.
Um mineral pode ter relevo muito baixo e também pode ser muito alto, o relevo dos
minerais pode ser alterações as fraturas, aparentemente a cor do mineral aumenta seu
relevo. A verificação do índice de refração de um mineral em relação ao do meio de
imersão, quando visto por microscópio petrográfico, é o método principal de iluminação
vertical e de iluminação obliqua.
Focalizando por objetiva da posição A para B, tem a impressão que a linha luminosa
produzida por aquela concentração de luz que se move para dentro do mineral. Quando
o contado entre o grão do mineral e outros meios, se transformam. Em lâminas delgadas
as clivagem se espremem como linhas finas e retilíneas, mas nem sempre continuas.
O hábitos dos minerais pode ser identificadas com descrição do habito dos minerais, pode
ser feita tomando os seus grãos individualmente ou de forma agregada. Já na presença
de faces cristalinas os minerais se encontram apedrais ou subedrais.
As formas dos grãos dos minerais no habito, pode ser acicular, capilar, filiforme,
prismático, lamelar, tabular equidimensional, etc. Os agregados cristalinos podem ser
fibrosos, foliáceos ou micáceos, radiados, granulares, esferulíticos.

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