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COLORAÇÃO E MICROSCOPIA

Sem corantes - Salina

Material: Salina (soro fisiológico – 0,85% de cloreto de sódio), lâmina e


lamínula.
Indicação: observar a morfologia bacteriana e avaliar a existência de
motilidade; usada para pesquisa a fresco de Trichomonas em secreções,
fungos ou em outros materiais.
Técnica: gotejar salina no centro a lâmina de microscopia e nela suspender
uma colônia ou uma alçada do material a ser investigado; cobrir com a lamínula
e examinar o microscópio com objetiva de 40X ou 100X (caso esteja fixada e
corada, necessário usar óleo de imersão nessa objetiva).
Exemplo: Candida sp

Tinta da China

Material: Tinta da China (nanquim), lâmina e lamínula.


Indicação: principalmente para pesquisa de criptococose em líquor ou outros
materiais, permitindo destacar a capsula desse fundo em um fundo negro.
Técnica: Suspender o sedimento do liquor ou uma colônia do meio de cultura
em uma gota de tinta da China, formando um filme delgado entre lâmina e
lamínula.
Observar na objetiva de 10X e 40X.
Caso esteja muito espesso, pôde-se gotejar salina esterilizada na suspensão.
É muito comum confundir linfócitos com criptococos, sendo que a diferença
está no núcleo refringente e gemulação do fungo.
Exemplo: Cryptococcus neoformans.

Coloração de GRAM

 As Gram positivas (roxo ou azulado) possuem parede espessa de


peptideoglicano, enquanto as Gram negativas (rosa ou avermelhado)
possuem uma pequena camada de peptideogliciano e uma camada de
membrana externa, logo suas camadas complexas e quando são
submetidas a solventes nos quais o corante é solúvel são descoradas.
 As Gram positivas podem ser côcos agrupados, em cadeia, diplococos
ou isolados.

Objetivos de GRAM

 Característica da coloração, tamanho, formato e agrupamento de células


bacterianas.
 Para preparar o esfregaço é necessário identificar a lâmina de maneira
segura, fixar rapidamente na chama, quando o material é escasso é
necessário demarcar a área do esfregaço.
Preparo das lâminas

 Amostra biológica: o laboratório pode receber a lâmina pronta ou


preparar dentro do laboratório.
 Caldo: transferir uma ou duas gotas para uma lâmina limpa utilizando
alça, alça ou pipeta; espalhar suavemente o material a fim de obter um
esfregaço delgado.
 Meio sólido
 Usar uma gota de salina estéril em um lâmina limpa
 Transferir uma pequena porção de colônia com alça
bacteriológica.
 Misturar suavemente para obter um esfregaço levemente turvo é
homogêneo.
 OBS: nunca misturar o material vigorosamente.

Fixação

Todo esfregaço, antes de ser submetido a cloração, deve estar seco, sendo
fixado em calor brando (50ºC). Não é indicado superaquecimento.
A fixação insuficiente permite a saída do material durante o processo de
coloração.
Antes de iniciar a coloração a lâmina deve esfriar.

Leitura GRAM

 Usar a objetiva de 100X com óleo de imersão.


 Para observar pôde-se usar objetiva de 1000X (10X na ocular e 100X na
objetiva).
 Numérica para organismos (cruzes) e qualitativa para leucócitos,
hemácias e celular epiteliais (raros, poucos, moderados e numerosos).

Controle de qualidade de GRAM

 Cepas padrão ou amostra clínica (E coli ou S aureus).


 Testar cada lote de novos corantes e cada lote de esfregaço da rotina e
registrar.

VI LULU ALI FUMANDO


VI LULU ALI SAMBANDO

Significado

VI: Violeta 1 minuto -> lavar com água destilada


LULU: Lugol por 1 min para fixar a violeta -> lavar com água destilada
ALI: álcool de 30s a 1 min para a descoloração -> lavar com água
FUMANDO OU SAMBANDO: uso da fucsina ou da safranina por 1 min -> lavar
com água.

A água não é diluente por conta da osmolaridade.

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