Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Farmácia
Anexos
1
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Normas de Biossegurança
2
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
15. Assegure-se de que a alça de platina ou agulha tenham sido adequadamente esterilizadas antes e
depois do seu uso. Flambe-as sempre na vertical e não na horizontal, primeiro na chama
redutora e depois na chama oxidante até o rubro. Isso evitará produção de aerossóis para o
ambiente;
16. Não cheire recipientes contendo culturas;
17. As pipetas, bastões lâminas, lamínulas e swabs contaminados deverão ser desprezados em
recipientes apropriados contendo hipoclorito, para posterior descontaminação, e nunca
largados sobre a bancada;
18. Nunca derrame culturas vivas no esgoto, esse material deverá ser submetido à esterilização antes
de ser descartado;
19. Identifique todo o material a ser utilizado com nome, data, turma, etc. Cada aluno será
responsável pelo material que receber;
20. Os microscópios devem ser manuseados com cuidado e após seu uso, limpar cuidadosamente a
objetiva de imersão com papel absorvente apropriado embebido em álcool a 70% ou
isopropílico;
Antes de deixar o laboratório, lave as mãos com sabão e em seguida com um antisséptico;
Certifique-se de que as torneiras de gás foram fechadas e de que os aparelhos elétricos estão
desligados.
3
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Devem ser utilizadas, de preferência, lâminas novas colocadas em recipientes com álcool até o
momento do uso. As lâminas devem ser identificadas a lápis com as iniciais do paciente, número de
protocolo e outras informações, dependendo do caso. O esfregaço não deve ser nem muito escasso
e nem muito espesso, o que poderia corar demais as estruturas dificultando o reconhecimento e
avaliação das estruturas presentes. Se a amostra for escassa, demarcar a área do esfregaço.
de 24 horas e espalhar na gota de salina distribuindo bem o material em uma área em torno
de 1-2cm no centro da lâmina. Esperar secar ao ar ou na estufa. Não haverá necessidade de
fixar em chama se algum dos reagentes (o cristal violeta ou a salina) já estiver com o fixador
(metanol) na formulação.
Em caso de apenas um swab ter sido usado na coleta, suspender o swab em salina estéril,
agitar, comprimir o swab contra a parede do tubo e a partir da suspensão obtida, preparar o
esfregaço colocando de 1 a 2 gotas em lâmina e semear nos meios de cultura apropriados a
partir da suspensão.
Deixar secar ao ar e fixar passando 3-4 rapidamente sobre a chama (o aquecimento excessivo
4
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
amostra fecal, selecionar, preferencialmente a porção que tiver muco e sangue para
confeccionar o esfregaço e para a semeadura.
4. Esfregaço de escarro
Selecionar a parte mais purulenta para realizar o esfregaço, separando da saliva e com auxílio
de uma alça bacteriológica estéril ou palito de madeira rolar o material para fazer um filme
delgado sobre a lâmina.
Para coloração de Zielh-Neelsen o esfregaço deverá tomar toda a lâmina.
Com uma alça bacteriológica estéril coletar uma gota da suspensão homogeneizada e colocar
sobre a lâmina. Esperar secar ao ar ou na estufa e fixar rapidamente sobre a chama 3-4 vezes
. Se a suspensão estiver pouco densa, colocar mais de uma gota.
Com uma alça bacteriológica de 10µl e estéril, coletar verticalmente uma gota de urina
homogeneizada não centrifugada e colocar sobre a lâmina previamente limpa e seca sem
espalhar. Esperar secar e fixar.
7. Urina de 1o jato
Fonte: OPLUSTIL, C. P. et al. Procedimentos básicos em Microbiologia Clínica. Editora Sarvier. 3ª Ed. São
Paulo/SP. 2010.
5
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Coloração de Gram
Introdução
A coloração de Gram é um método de coloração diferencial usado para demonstrar as
propriedades morfotintoriais e o arranjo das bactérias, tendo em vista sua afinidade pelos corantes
derivados da anilina.
Este método foi desenvolvido pelo bacteriologista Christiam Gram e tem grande importância
na taxonomia bacteriana, pois classifica as bactérias em dois grupos, o das Gram-positivas e Gram-
negativas, além de fornecer informações valiosas para o diagnóstico e tratamento das doenças
bacterianas.
Reagentes utilizados
Cristal Violeta ou Violeta de Metila (Corante primário).
Lugol - Iodo metálico e iodeto de potássio (Mordente).
Álcool absoluto, Álcool (Descorante)
Fucsina ou safranina (Corante secundário-cora as bactérias Gram negativas).
Após a adição do cristal violeta e do lugol (um mordente), forma-se um complexo CV-I, dentro
das células Gram-positivas e Gram-negativas. Este complexo é maior que a molécula de cristal violeta,
não podendo ser removido da camada espessa e intacta de peptideoglicano das Gram-positivas,
quando da adição do descorante. Estas células, portanto, permanecem coradas de azul-roxo (a cor do
CV-I). Entretanto, nas Gram-negativas, a lavagem com o descorante, desestrutura a camada externa de
lipídeos, aumentando a permeabilidade da parede, o que permite que o pelo álcool. Estas células
ficam incolores até serem coradas com a safranina ou fucsina, quando adquirem coloração rosa.
6
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Iodopararrosanilina (CV-I)
2. Fixar o esfregaço passando a lâmina rapidamente 3-4 vezes sobre a chama caso nenhum dos reagentes
apresente um fixador na formulação;
3. Colocar a lâmina sobre um suporte de coloração e cobrir a superfície com solução de Cristal Violeta.
6. Descorar com álcool absoluto, até que a cor violeta não seja mais arrastada.
8. Cobrir o esfregaço com o corante de contraste, fucsina ou safranina por 1 min. Lembrar que o
contraste proporcionado pela safranina é melhor que com a fucsina.
10. Secar cuidadosamente com papel de filtro e examinar o esfregaço corado ao microscópio com objetiva
de imersão.
7
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Prova da Catalase
Princípio
Esta prova pesquisa a presença da enzima catalase produzida por alguns micro-organismos. É usada no
laboratório principalmente para diferenciar o gênero Staphylococcus (positivo) dos Streptococcus
(negativos) ou auxiliar na caracterização de Neisserias e de espécies de bacilos Gram-positivos e
micobactérias.
O peróxido de hidrogênio se forma como um dos produtos finais do metabolismo oxidativo ou aeróbio
dos carboidratos. Se deixado acumular, é letal para as células bacterianas. A catalase transforma o
peróxido de hidrogênio em água e oxigênio, como demonstra a seguinte reação:
Catalase
H2O2 H2O + O2 (bolhas de O2)
Procedimento
8
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
- Se a bactéria tiver sido cultivada em agar sangue, ter o cuidado para não retirar partes do meio junto
com a colônia, pois pode resultar em uma reação falso positiva fraca, já que o sangue tem atividade
de catalase.
Reagente: Peróxido de hidrogênio a 3% mantido sob refrigeração.
A produção de bolhas indica reação positiva.
Prova da Coagulase
Princípio
A prova pesquisa a produção da coagulase, enzima produzida por Staphylococcus aureus que tem a
capacidade de coagular o plasma humano ou de coelho.
No laboratório, a prova da coagulase é utilizada para diferenciar S. aureus (coagulase-positivo) de
outros estafilococos (coagulase negativos) e micrococos.
A coagulase está presente nos Staphylococcus em duas formas: livre e conjugada.
A coagulase conjugada ou ligada, também chamada de fator “clumping” ou aglutinante é uma
substância associada à parede da célula, que reagindo com o plasma, causa a aglutinação do mesmo. A
prova é realiza em lâmina d detecta esse fator aglutinante.
A coagulase livre é produzida e liberada da célula. Ela reage com um fator plasmático, formando um
complexo que atua no fibrinogênio formando a fibrina. É detectada quando a prova é realizada em
tubo.
Mais de 95% das cepas de S. aureus produzem fator clumping que é detectado quando se faz a prova
em lâmina. Com exceção de S.lugdunensis que é fator clumping positivo e coagulase em tubo negativo,
todos os organismos fator “clumping” positivos e que também produzem coagulase livre são
identificados presuntivamente como S. aureus. S. intermedius, e S.hycus que são fator clumping
negativos podem apresentar coagulase livre (raramente), mas estas espécies são de baixa incidência
na clínica. Isolados que não produzem fator clumping devem ser testados quanto à habilidade de
produzir a coagulase livre (detectada quando se faz a prova em tubo), já que, nem todos os S. aureus
são positivos para fator clumping.
Reagente: Difco: Bacto plasma coagulase; BBL: Plasma coagulase de carneiro.
Procedimento
Prova em lâmina (coagulase conjugada-fator clumping)
- Colocar uma gota de salina estéril sobre uma lâmina de vidro previamente limpa;
- Emulsionar suavemente com movimentos circulares 3-4
colônias isoladas do organismo em estudo na salina
utilizando uma alça estéril;
- Colocar uma gota do plasma reconstituído junto à gota
da suspensão bacteriana e misturar bem;
- Inclinar a lâmina para um e outro lado, observando a
formação imediata de um precipitado granuloso ou de
grumos brancos;
A prova é positiva quando há formação de grumos e Coagulase em lâmina (Coagulase ligada). Reação
negativa quando não observa-se apenas a suspensão leitosa positiva.
inicial.
9
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
OBS: Durante a leitura inclinar o tubo delicadamente e não agitar, pois a agitação pode desmanchar os coágulos parcialmente formados;
Inóculos muito leves são causas frequentes de falso negativo. O inóculo deve ser “leitoso” e bem homogeneizado para não sobrarem grumos
que podem ser confundidos com prova positiva. Não utilizar colônias crescidas em meios com inibidores (agar manitol).
A prova da coagulase identifica presuntivamente S.aureus. Recomenda-se que as duas provas sejam
realizadas para diminuir o caráter presuntivo aumentando a probabilidade do isolado realmente ser
S.aureus. Ver a.tabela abaixo:
Resultado da Prova da coagulase Livre e Ligada para algumas espécies de Staphylococcus
10
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Prova da Oxidase
Procedimento
Não deve ser usada alça de níquel-cromo porque os produtos de oxidação formados na superfície ao
serem esterilizados na chama, podem produzir reações falso- positivas.
Características pesquisadas
Pesquisa a fermentação de glicose, lactose (no KIA) e sacarose (no TSI), a produção de H2S e a
produção de gás (CO2).
Princípio bioquímico
Esses meios permitem o crescimento da maioria das bactérias. Contém nutrientes, peptídeos,
aminoácidos, um indicador de pH, que é o vermelho de fenol, que vai indicar a produção de ácido
decorrente da fermentação dos carboidratos, além de tiossulfato e citrato férrico para a produção de
H2S e sua detecção. O vermelho de fenol é vermelho em pH alcalino e amarelo em pH ácido. A
11
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Os tubos são inoculados com auxílio de uma agulha bacteriológica estéril que toca na colônia em
estudo e a transfere para o TSI atravessando a base até cerca de 3-5mm do fundo do tubo. Após a
saída da profundidade do agar, são feitas estrias na superfície inclinada com movimento de zigue-
zague.
Princípio bioquímico
Considerando apenas a fermentação dos carboidratos podemos observar as seguintes reações no
TSI/KIA:
a) Bacilos não fermentadores: São incapazes de produzir ácidos a partir da fermentação da glicose,
lactose ou sacarose: O meio fica de um vermelho mais forte devido à descarboxilação oxidativa de
peptídeos e aminoácidos (realizada por enzimas e pelo oxigênio na superfície inclinada) que forma
aminas que alcalinizam o meio e faze mudar a cor do indicador de pH para vermelho. Ex.
Pseudomonas aeruginosa;
Nas primeiras 12 horas de reação, há uma acidificação inicial da profundidade (base) e da superfície
inclinada do meio (ápice) por bactérias que fermentam a glicose, tornando o meio totalmente ácido
(amarelo); Ao se formarem as aminas alcalinas a partir da descarboxilação oxidativa a superfície
inclinada retorna ao pH alcalino (vermelho). O meio fica, então, com a base amarela e o ápice
vermelho. Ex. Shigella flexinerii;
Como essas bactérias fermentam todos os carboidratos, ocorre a produção de ácido suficiente para
mudar permanentemente a cor da base e do ápice para amarelo mesmo ocorrendo as
descarboxilações no ápice. Ex. E.coli.
Além da fermentação dos carboidratos, a prova pesquisa ainda a produção de H2S que é detectada
pela formação de um precipitado negro. Salmonella spp. e Proteus spp., Edwardsiella tarda e
Citrobacter freundii produzem H2S; A produção de gás é evidenciada pela produção de bolhas e
pelo levantamento ou rachadura do meio. Esta característica nem sempre pode ser observada. A
figura e o quadro abaixo mostram as reações do TSI/KIA para as principais bactérias.
12
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Reações do TSI/KIA
Reações do KIA/TSI incluindo as reações de fermentação, produção de H2S e gás para os principais
gêneros da família Enterobacteriaceae
Leitura Interpretação Identificação
Ápice Alcalino (vermelho)/Base Ausência de fermentação de carboidratos. Bactérias não fermentadoras
Alcalina (vermelha) como Pseudomonas
spp.;,Acinetobacter spp.;
Burkholderia spp.
Ápice alcalino(vermelho)/ Fermentação da glicose Shigella, Salmonella
Base ácida (amarela) Não fermentação da lactose ou sacarose. Providencia, Morganella, Serratia
Ausência de H2S Yersinia
Ápice alcalino (vermelho)/ Glicose fermentada Salmonella,Citrobacter
BaseÁcida (amarela/negra) Não utilização da lactose e sacarose Edwardsiella, Proteus
Presença de H2S
Äpice ácido (amarelo) Fermentação da glicose sem gás Escherichia coli
/Base ácida (amarela) Fermentação da lactose e/ou sacarose Serratia
Ausência de H2S
Ápice ácido (amarelo)/ Fermentação da glicose com gás Citrobacter
Base ácida(amarela/negra) Fermentação da lactose e/ou sacarose Proteus
Produção de H2S
Ápice Ácido (amarelo)/ Fermentação da glicose com gás Escherichia, Klebsiella
Base ácida (amarela) Fermentação da lactose e/ou sacarose. Enteroacter, Providencia
Ausência de H2S Serratia
13
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Características pesquisadas:
Produção de Sulfeto de hidrogênio, Indol e Motilidade.
Princípio Bioquímico
Indol
©Ângela Veras
Motilidade
As bactérias movem-se por meio de seus flagelos que estão presentes mais
Móvel Imóvel frequentemente nos bacilos Gram-negativos. Os cocos raramente os contêm.
A bactéria que se movimenta a partir da linha inicial de inoculação deixa o
meio turvo e o local da picada difuso, evidenciando a presença de flagelos e
consequentemente, de motilidade. A bactéria que cresce apenas no local da
inoculação, deixa o meio límpido com a linha de inoculação nítida,
evidenciando a ausência de flagelos. Os meios para prova de motilidade são
semissólidos. Shigella e Klebsiella são tipicamente imóveis. Pseudomonas
aeruginosa sendo uma bactéria aeróbia, cresce formando uma película sobre
©Ângela Veras a superfície do agar.
14
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
O meio é inoculado por meio de uma picada central com uma agulha bacteriológica estéril contendo a
bactéria em estudo.
Característica pesquisada:
Pesquisa se a bactéria utiliza o citrato como única fonte de carbono no seu metabolismo.
Princípio
Positiva Negativa
É utilizado o meio Citrato de Simmons que contém citrato de sódio,
fosfato de amônia e azul de bromotimol como indicador de pH.
O meio deve ser isento de qualquer outra fonte de carbono. Bactérias que
utilizam o citrato utilizam também o fosfato de amônia resultando na
formação de hidróxido de amônia que alcaliniza o meio e vira a cor do
indicar de pH para azul. Diferencia bactérias citrato positivas como
Klebsiella spp., Enterobacter spp., Citrobacter spp., Serratia spp.,
Salmonella spp., Providencia spp., de bactérias que não conseguem usar o
citrato como a Escherichia coli. O desenvolvimento de cor azul ou
crescimento de colônias ao longo da estria de inoculação significa prova
positiva.
©Ângela Veras
O meio é inoculado com o auxílio de uma agulha bacteriológica estéril
fazendo-se uma única estria na superfície do agar. O inóculo deve ser escasso para evitar que bactérias
“velhas” do inóculo morram e sirvam de fonte de carbono para as outras, resultando em prova falso-
positiva;
- Incubar a 36 ± 1 ºC por 24-48 horas em estufa.
Prova da Urease
Característica pesquisada
Pesquisa a produção da enzima urease por algumas bactérias, auxiliando no processo de identificação.
Princípio bioquímico
- Com o auxílio de uma agulha, tocar na colônia em estudo e inocular na superfície inclinada do meio
por meio de uma estria em zigue-zague;
- Incubar a 36 ± 1 ºC por 24-48 horas em estufa.
Característica pesquisada:
Pesquisa a produção da enzima fenilalanina desaminase.
Positiva Negativa
Princípio bioquímico
Característica pesquisada
Princípio bioquímico
16
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Princípio bioquímico
Estas provas devem ser utilizadas quando houver isolamento de Streptococcus β-hemolíticos. A prova
da bacitracina identifica presuntivamente Streptococcus beta hemolítico do grupo A (S.pyogenes), já
que 99% destes são sensíveis à bacitracina (disco com 0,04 U). Entretanto, como 1% desses
Streptococcus mostram-se resistentes, e 5% dos Streptococcus do grupo B e 10% dos do grupo C e
G são também sensíveis, esta prova é considerada apenas de caráter presuntivo para S.pyogenes.
Para melhorar o carácter presuntivo da prova da bacitracina para o S.pyogenes, pode ser usado o
disco de sulfametoxazol-trimetoprim (SUT/SXT), já que:
Os Streptococcus dos grupos A e B são, geralmente, resistentes e os grupos C e G são, geralmente,
sensíveis a esse antimicrobiano.
Esta prova também pode ser usada para orientar a prova sorológica na confirmação do grupo de
Lancefield.
- Semear meia placa de agar sangue Mueller-Hinton com o Streptococcus β-hemolítico da mesma forma
que para o antibiograma. Repetir o procedimento na outra metade do meio;
- Em um dos lados aplicar com uma pinça estéril um disco de bacitracina e no outro, um de SXT na
superfície semeada do agar pressionando-os suavemente para garantir o contato dos discos com o
meio;
- Incubar em estufa à 35º C ±1 18-24 horas SEM atm de 5-7% de CO2.
©Ângela Veras
atividade da enzima pyrrolidonil arilamidase produzida por S. pyogenes e Enterococcus spp., mas não
pelos demais Streptococcus β-hemolíticos.
Prova da Optoquina
Princípio bioquímico
©Ângela Veras
Princípio bioquímico
por 2 horas;
- Examinar a lise bacteriana por meio da redução da turvação no tubo teste após 1 a 2 horas de
incubação, comparando o tubo teste com o tubo controle.
- Limpidez ou turvação menor no tubo teste, quando comparado com o controle, o teste é positivo
para Streptococcus pneumoniae;
- Se a turvação persistir em ambos os tubos, o teste é negativo e identifica Streptococcus do grupo
viridans.
©Ângela Veras
Princípio bioquímico
Positiva Negativa
Enterococcus spp. crescem produzindo coloração amarela no meio
devido à fermentação do carboidrato, produção de ácido e viragem do
indicador de pH púrpura de bromocresol. Streptococcus bovis
(Streptpcoccus do grupo D) não cresce e o meio permanece violeta. A
prova da PYR substitui a prova da bile esculina e a do NaCl a 6,5% na
identificação dos Enterococcus spp.
19
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Princípio
Essa prova é usada para diferenciar cepas de Staphylococcus saprophyticcus, ©Ângela Veras
importante causa de infecção das vias urinárias, das demais cepas de
Staphylococcus coagulase negativa (SCN) de importância clínica.
Prova de CAMP
Princípio
É uma prova utilizada para identificação de Streptococcus β-
Streptococcus agalactiae
hemolítico do grupo B (SβGB). S.aureus
CAMP é um acrônimo dos autores do teste (Christie,
Atkinson, Munch, Peterson). A prova é baseada na capacidade
única que têm os SβGB de produzir o fator CAMP.
O fator CAMP reage com a área hemolisada pelo S.aureus Seta
intensificando sua atividade hemolítica, formando uma seta;
O mesmo não acontece com o S.pyogenes, por que ele não
apresenta o fator CAMP.
©Ângela Veras
- Em uma placa de agar sangue de carneiro fazer uma estria central com uma cepa de Staphylococcus
aureus β-hemolítico (P.ex. ATCC 25923);
- Perpendicularmente, fazendo um ângulo reto, aplicar uma estria com o Streptococcus suspeito
evitando que as estrias se toquem;
- O Streptococcus pyogenes pode ser usado como controle negativo da prova.
20
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
A Presença de uma seta no encontro entre a hemólise do Streptococcus teste e a do S.aureus significa CAMP
positivo e identifica S.agalactiae.
Prova do Satelitismo
Princípio
Haemophilus influenzae requer os fatores X (hemina) e V (NAD) para seu crescimento. Diferente de
uutras espécies de Haemophilus que requerem um ou outro fator. As espécies que requerem NAD
somente crescem em agar sangue se forem hemolíticas e puderem liberar o NAD das hemácias.
Entretanto, crescem bem em agar sangue em volta das colônias de S.aureus β-hemolítico, os quais, são
capazes de liberar o NAD e com a hemólise, liberam também a Hemina. O NAD se difunde no meio em
volta do crescimento do S.aureus e estimula o crescimento de Haemophilus na zona adjacente. Esse
comportamento é conhecido como satelitismo e identifica Haemophilus influenzae.
- Semear por estrias adjacentes a cepa a ser avaliada por toda a superfície do agar sangue;
- Realizar uma ou duas estrias (formando uma cruz) com a cepa de S.aureus (ATCC 25923);
- Incubar a 35 ± 1 ºC por 24 a 48 horas em atm de 5-75 de CO2;
Colônias satélites de H.influenzae
Estria de S.aureus
- Examinar a presença de colônias satélites
pequenas e transparentes ao redor da estria de
S.aureus. As colônias são menores do que as
que crescem no agar chocolate por que o agar
sangue contem inibidores para o crescimento
de H.influenzae.
- H.ducrey não requer do fator V (NAD) e não
cresce em agar sangue, nem mesmo em volta
da estria ou colônias de S.aureus.
- Haemophilus haemolyticus e H.
parahaemolyticus podem crescer sem S. aureus
e não demonstram o fenômeno do satelitismo
ainda que requeiram o fator V, por que ambos
são hemolíticos e podem liberar NAD no meio. ©Ângela Veras
21
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Cocos Gram-positivos
Catalase negativa
Bile esculina
Bacitracina 0,04U
Optoquina R Optoquina S
(≤ 14) (≥ 14) ou R (-) (+)
Bile solubilidade - Bile solubilidade +
(R) (S)*
CAMP Streptococcus grupo D
Ou Enterococcus spp.
Bile esculina S.pneumoniae
Bile esculina - Bile esculina + CAMP - CAMP + (-) (+)
Obs. Pode ser acrescentado o disco de Sulfametoxazol-trimetoprim (SXT) para reduzir o caráter presuntivo da prova da bacitracina
e orientar a prova sorológica.
- Bacitracina: 99% dos β-hemolíticos do grupo A, 5% dos do grupo B e 10% dos Streptococcus dos grupos C e G são sensíveis;
- SXT: Os Streptococcus dos grupos A e B geralmente são resistentes e os dos grupos C e G são geralmente sensíveis.
22
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Cocos Gram-positivos
Positiva
Positiva
Sensibilidade Resistente
à Staphylococcus
Resistência novobiocina saprophyticus
à
furazolidona
Sensível
Resistente
SCN
Micrococcus
23
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Bacilos Gram-
Negativos
24
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
DGN no Gram
Catalase (+) e Oxidase (+)
Se liquor:Sorologia
Sorologia com Antissoros
com Antissoros Provas bioquímicas:
A, B, C,
A, Y
B e/ou
e C W135 Açúcares/CTA
25
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Cocobacilos GN com/sem
Pleomorfismo no Gram
Crescimento de colônias
Pequenas e transparentes em torno da
hemólise de S.aureus
H.influenzae H.influenzae
26
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
EHEC - Pouco ou
a maioria - - - - + -
nenhum
Shigella spp. - - - - - V - -*
Shigella sonnei - - - - - - - -*
Salmonella spp. - + - - + - + +
Salmonella typhi* - +w - - + - - -
Pouco ou
nenhum
Edwardsiella tarda - + - - + + - +
Citrobacter freundii - V - - + - + +
C. diversus V - - - + + + +
Enterobacter aerogenes + - - - + - + +
Serratia marcescens - - - - + - + V
Proteus mirabilis - + + + + - V +
P.vulgaris - + + + + + V V
Providencia rettgeri - - + + + + + V
P.stuartii - - + + + + + -
Morganella morganii - - + + + + - V
Yersinia enterocolitica - - + - - V - -
Y.pseudotuberculosis - - + - - - - -
Lac=Lactose; Fenil.=Fenilalanina desaminase;
+ = 90% ou mais de amostras positiva.
- = 90% ou mais de amostras negativas
V = Varável.
*W = Reação fraca.
Obs. 1. A maioria das cepas de .S.sonnei é fermentadora tardia de lactose.
2. Alguns sorotipos de S.flexineri e S. boydii produzem gás de glicose;
3. A maioria das cepas de S.sonnei não produz indol (outras do gênero podem produzir);
4. Atenção especial às colônias que produzem pouco ou nenhum H S. Pode tratar-se de S.typhi. Algumas sorovariantes de Salmonella não descarboxilam a Lisina (S.
2
paratyphi A e algumas cepas de S. typhimurium);
27
Microbiologia Clínica – R592 Profa. Ângela Veras Unifor - 2021.1
Farmácia
Grupos de Problematização
28
FARMÁCIA
Avaliação
29
AVALIAÇÃO
Seguindo os requisitos da UNIFOR (CF. Resolução R18 de 01/07/2005), um mínimo de
8,0 (oito) na média aritmética das Notas Parciais constituirá critério para a aprovação. De
igual forma, será exigida a frequência mínima regulamentar de 75% (setenta e cinco por
cento) requerida nas atividades dos demais cursos de graduação.
O aluno que tiver obtido média aritmética das duas Notas Parciais inferior a 8,0 (oito
vírgula zero) e igual ou superior a 4,0 (quatro vírgula zero), e obtido o mínimo de 75%
(setenta e cinco por cento) de frequência às atividades acadêmicas deverá se submeter à
Avaliação Final (AF), realizada no final do semestre, com conteúdo cumulativo.
A nota da Prova Final não poderá ser inferior a 4,0 (quatro vírgula zero). Ficará
aprovado no módulo o aluno que obtiver Média Global igual ou superior a 5,0 (cinco vírgula
zero), calculada entre a média das duas Notas Parciais e a Nota Final.
Assim, será considerado aprovado para fins de promoção no módulo Diagnóstico
Laboratorial Clínico I, o estudante que apresentar evidências de alcance dos objetivos de
aprendizagem (nota final e frequência). As notas parciais têm valor máximo de 10 pontos.
30
Exemplo de TOSCE
FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ TO S C E
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (TEAM OBJECTIVE STRUCTURED CLINICAL
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE EXAMINATION)
C URSO DE F ARMÁCIA EXAME CLÍNICO OBJETIVO ESTRUTURADO POR
ESTAÇÕES
ESTAÇÃO 02 Urinocultura
TÍTULO
Prova Prática de Diagnóstico Laboratorial Clínico II (DLC II)
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos
Material
Amostras biológica: Urina de jato médio.
Bateria para coloração de Gram;
Provas bioquímicas para identificação de cada possível isolado;
Meios de cultura apropriados para cada amostra biológica dispostos na bancada;
Bico de Bunsen;
Fósforo;
Lâminas ponta fosca (para o Gram) e sem ponta fosca (p/provas);
Solução salina estéril em tubo p/ TSA, coagulase livre, Bile solubilidade;
Tubos tipo hemólise (coagulase livre, Bile solubilidade);
Cenário
Laboratório de Bacteriologia e proposta para cada amostra
Recursos Humanos
Técnico e monitor
31
FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ OSCE
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (OBJECTIVE STRUCTURED CLINICAL EXAMINATION)
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE EXAME CLÍNICO OBJETIVO ESTRUTURADO POR ESTAÇÕES
C URSO DE F ARMÁCIA
ESTAÇÃO 02 Urinocultura
TÍTULO
Prova Prática de Diagnóstico Laboratorial Clínico II (DLC II)
Semeou corretamente?
Incubou corretamente?
32
FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ TO S C E
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (TEAM OBJECTIVE STRUCTURED CLINICAL
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE EXAMINATION)
C URSO DE F ARMÁCIA EXAME CLÍNICO OBJETIVO ESTRUTURADO EM
GRUPO
ESTAÇÃO 02 Urinocultura
TÍTULO
Prova Prática de Diagnóstico Laboratorial Clínico II (DLC II)
Objetivo:
1) Você está recebendo uma amostra de urina colhida hoje e enviada ao laboratório sob refrigeração
para realização de uma cultura. A amostra é de uma paciente de 35 anos com sintomas de
cistite.
2)
3) Atividade: Realize todas as etapas dos procedimentos necessários à elucidação do agente
causador dessa cistite e responda as questões que seguem. As etapas devem ser divididas entre
os componentes da equipe que depois devem entrar em um consenso com relação às respostas:
4)
1) Parte escrita:
33
Visão dos participantes sobre o TOSCE
34