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CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSIS GURGACZ - FAG

FÍSICA DINÂMICA E CINEMÁTICA


PROF. KARINA SANDERSON ADAME

AULA 02 - VETORES
1. Vetores e Escalares

Um vetor é uma grandeza que tem módulo, direção e sentido e que segue algumas regras de
combinação. Algumas das grandezas físicas que podem ser representadas como vetores são:
deslocamento, velocidade, aceleração, força e campo magnético.
Nem todas as grandezas físicas envolvem direção e sentido. Alguns exemplos, como
temperatura, pressão, energia, massa e tempo, não precisam que se especifique uma “direção” para
onde apontam, no sentido espacial. Estas grandezas são conhecidas como escalares e operamos
com elas usando as regras de álgebra elementar.
O mais simples de todos os vetores é o vetor deslocamento, sendo um deslocamento uma
mudança na posição. Por exemplo, se uma partícula muda de posição movendo-se de A para B,
dizemos que ela sofreu um deslocamento, que é representado por uma flecha apontando de A para
B. A B

2. Grandeza Vetorial

Algumas vezes necessitamos mais que um número e uma unidade para representar uma
grandeza física. Sendo assim, surgiu uma representação matemática que expressa outras
característica de uma grandeza... O VETOR.

2.1. O que é um vetor?

É um ente matemático representado por um segmento de reta orientado. E tem algumas


características básicas:
- Possuí módulo. (Que é o comprimento da reta)
- Tem uma direção.
- E um sentido. (Que é pra onde a “flecha” está apontando).

Sentido

Direção da
Módulo Reta Suporte

2.2. Representação de uma grandeza vetorial

As grandezas vetoriais são representadas da seguinte forma: a letra que representa a


grandeza, e uma a “flechinha” sobre a letra. Da seguinte forma:
 
V  d
F

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2.3. Comparação entre vetores

 Vetores Iguais

a r

b s

Mesmo Módulo
Mesma Direção
Mesmo Sentido

a=b
 
O vetor a é igual ao vetor b .

 Vetores Opostos

a r

b s

c
t
 
Sobre os vetores b e c podemos afirmar:
Tem o mesmo módulo, mesma direção, mas sentidos opostos.

a=b=-c
  
O vetor c é oposto aos vetores a e b .

3. Soma Vetorial: Método Gráfico

Através da soma vetorial encontramos o vetor resultante. O vetor resultante seria como se
todos os vetores envolvidos na soma fossem substituídos por um, e este tivesse o mesmo efeito.

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3.1. Adição vetorial

Uma partícula move-se de A para B e mais tarde de B para C. O efeito líquido destes dois
deslocamentos é o deslocamento de A para C.
B

C
A
S

Definimos o vetor AC como o vetor soma dos vetores AB e BC. Redesenhando os vetores e
escrevendo na forma vetorial, podemos representar a relação entre os três vetores como:


 b   
a s ab


s

3.2. Subtração vetorial


 
 a b
b
 
a s

b

b

a
   
 
s  a  b  a  b

   
Subtrair o vetor b do vetor a é o mesmo que adicionar o vetor  b ao vetor a .

3.3. Regra dos Polígonos

É utilizada na adição de qualquer quantidade de vetores.


Exemplo: 
b


a 
c

Para determinarmos à soma a + b + c devemos posicionar cada vetor junto ao outro de


forma que a extremidade de um vetor se coloca junto à origem do outro.

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E o vetor soma, ou também chamado vetor resultante, será o vetor que une a origem do
primeiro do primeiro com a extremidade do último, formando assim um polígono.


S

a

 
c
b
Exemplos:

1. Dados os vetores A, B e C, representados na figura em que cada quadrícula apresenta lado


correspondente a uma unidade de medida, qual será a resultante dos vetores em módulo?

   
S = A B C

S 1

    
2. Dados os vetores a , b , c , d e e a seguir representados, obtenha o módulo do vetor soma:
     
Rabcd e

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Note que:
   
b c b c 0
Então:
         
Rabcd e  R a d e
R 2  4   6 
2 2

R  16  36  52
R  7,21 unidades

3.4. Regra dos Paralelogramo

É utilizada para realizar a adição de apenas dois vetores.


Exemplo:

a

b

Para determinar à soma a + b devemos posicionar a origem dos dois vetores no mesmo
ponto e traçar uma reta paralela a cada um passando pela extremidade do outro.
E o vetor soma, ou também chamado vetor resultante, será o vetor que une a origem dos
dois vetores com o cruzamento das duas retas paralelas a cada vetor, formando assim um
paralelogramo.

Reta Paralela ao vetor b e que passa


pela extremidade do vetor a.

a R
Reta Paralela ao vetor a e
que passa pela extremidade
α do vetor b.

b
E o módulo, ou seja, o valor desse vetor resultante será dado por:

2
R2= a2+ b + 2.a.b.cos α

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 Casos Particulares

Exemplo:

1. Na figura abaixo temos:

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Determine o vetor usando a regra do paralelogramo tal que:

- Para aplicarmos a regra do paralelogramo, desenhamos os dois vetores a partir da mesma origem
O.
- A seguir desenhamos o segmento MN paralelo a e o segmento NP paralelo ao vetor .
- A diagonal ON representa o vetor que é a soma de com .

Para obtermos o módulo de aplicamos a regra:

R 2  6   8  2.(6).(8).(0,5)
2 2

R  36  64  48  148
R  12,16 unidades

2. A figura abaixo mostra a direção percorrida por um carro, quantos km o carro percorreu?

R 2  3  4  2.(3).(4).(0,707)


2 2

R  9  16  16,97  41,97
R  6,48 km

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4. Vetores e seus componentes

Neste caso, falaremos dos eixos coordenados x, y e z. Porém, consideraremos apenas os


vetores que estejam no plano xy.


As quantidades ax e ay são chamadas de componentes do vetor a . Em geral, um vetor tem
três componentes, entretanto, para a figura acima, o componente ao longo do eixo z é nulo.

Determinando os componentes de a :

a x  a . cos  a y  a . sen

Dependendo do valor de  , os componentes de um vetor podem ser negativos, positivos ou


nulos. Os componentes de um vetor são escalares, necessitam de um número, unidade e sinal para
especificá-los.
As direções de um vetor podem ser definidas com base no sistema de
coordenadas escolhido, por exemplo. Usando-se o sistema cartesiano, as direções do espaço
seriam x e y e um vetor poderia ser escrito como V = (x, y). O sentido, por sua vez, diz respeito à
seta na ponta do vetor, que o indica, podendo ser tanto positivo como negativo.

 ay 
Temos também:
2
a  ax  ay
2
e   tan 1   na resolução de
 ax 
problemas, podem ser usadas as duas formas.

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5. Vetores unitários

O propósito é o de especificar uma direção. Os vetores unitários i, j e k definem as direções


de um sistema de eixos coordenados. Porém, consideraremos apenas os vetores unitários i e j.

a  i ax  j a y

b  i bx  j b y


 As quantidades iax e jay são chamadas componentes vetoriais do vetor a .
 As quantidades ax e ay são chamadas componentes escalares ou simplesmente
componentes.

Exemplo:
 
1. Determine o módulo do vetor a em unidade de medidas (u) sabendo que a  3i  4 j

 2 2
a  ax  a y

a  32  4 2

a  9  16  25

a  5 unidades

6. Operações vetoriais
        
Seja s a soma dos vetores a e b ( s = a + b ). Se dois vetores, tais como, s e a + b ,
forem iguais, eles devem ter o mesmo módulo, a mesma direção e o mesmo sentido, assim: dois
vetores são iguais se, e somente se, os seus componentes
 forem iguais.  
     
Para os vetores da equação s = a + b , isto implica: s x = a x + b x e s y = a y + b y.
Eis a regra para somar vetores analiticamente:
1. Decomponha cada vetor em seus componentes;
2. Adicione os componentes para cada eixo coordenado, levando em conta o sinal;

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3. As somas assim obtidas são os componentes do vetor soma. Uma vez conhecidos os
2 2
componentes do vetor soma, podemos reconstruí-lo no espaço por meio de a  a x  a y
ay
e tan   .
ax

Exemplo:

1. Eis três vetores expressos por intermédio dos vetores unitários i e j:


a  4,2i  1,6 j
b  3,6i  2,9 j
c  3,7 j

Todos os três vetores estão no plano xy. Determinar o vetor r sendo a soma destes três vetores.

a  4,2i  1,6 j
b  3,6i  2,9 j
c  3,7 j

r  0,6 i  2,4 j

 2 2
a  ax  a y

a  0,6 2  (2,4) 2

a  0,36  5,76  6,12

a  2,47 unidades

7. Multiplicação por escalar

O produto escalar é a multiplicação entre dois vetores que tem como resultado uma
grandeza escalar. Ele associa a dois vetores um número real.
 
Tomemos os vetores u e v como exemplo. O produto escalar entre os dois vetores pode
  
ser interpretado como o produto da projeção de u em v e o módulo de v . Logo, o produto
 
escalar entre u e v é definido da seguinte maneira:

   
u  v  u v . cos 

Onde θ é o ângulo entre os dois vetores.

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No intervalo entre 0º e 90º o cosseno possui valor maior que zero. O resultado será positivo
se o ângulo for agudo.

Exemplo:
 
u  1, 4,  3 e v   1, 2, 0
 
u  v  1.(1)  4.(2)  (3).0
 
u  v  1  8  0  7

E no intervalo entre 90º e 180º o cosseno possui valor menor que zero. O resultado será
negativo se o ângulo for obtuso.

Exemplo:
 
u  7, 3, 5 e v   8, 4, 2
 
u  v  7.(8)  3.(4)  (5).2
 
u  v  56  12  10   34

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No caso de vetores perpendiculares, a projeção de um em outro possui valor nulo, pois


cosseno de 90° é igual a 0.

Exemplo:
 
u  4, 1, 6 e v   3, 0, 2
 
u  v  4.(3)  1.(0)  (6).2
 
u  v  12  0  12  0

Exemplos práticos de aplicação na engenharia.

1. Sabendo que a intensidade da força P é de 4000 N, determine a resultante das três forças
aplicadas em A.

As componentes são:

a x  a . cos  a y  a . sen
a x  4000 N . cos 0  4000 N a y  4000 N . sen0  0
ax  800 N . cos 60  400 N a y  800 N . sen60  692,82 N
a x  3000 N . cos150   2598,08 N a y  3000 N . sen150  1500 N
ax  1801,92 N a y  2192,82 N

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A resultante é:

2 2
a  ax  a y

a  (1801,92) 2  (2192,82) 2  2838,2 N

 ay   2192,82 
  tan 1     tan 1    50,590
 ax   1801,92 

2. As duas forças atuam sobre um parafuso A. Determine sua resultante.

As componentes são:

a x  a . cos  a y  a . sen
a x  40 N . cos 20  37,59 N a y  40 N .sen20  13,68 N
a x  60 N . cos 45  42,43 N a y  60 N . sen45  42,43 N
a x  80,02 N a y  56,11 N

A resultante é:

2 2
a  ax  a y

a  (80,02) 2  (56,11) 2  6403,2  3148,33  9551,53

a  97,73 N

 ay   56,11 
  tan 1     tan 1    35,04 0
 ax   80,02 

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3. As forças F1 e F2 atuam sobre a lança mostrada na figura abaixo. Determine sua resultante.

As componentes são:

a x  a . cos  a y  a . sen
a x  200 N . cos 60   100 N a y  200 N .sen60  173,21 N
a x  260 N . cos 22  241,07 N a y  260 N . sen22   97,40 N
a x  141,07 N a y  75,81 N

A resultante é:

2 2
a  ax  a y

a  (141,07) 2  (75,81) 2  19900,74  5747,16  25647,9

a  160,15 N

 ay   75,81 
  tan 1     tan 1    28,25 0
 ax   141,07 

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LISTA 02 - VETORES

1. Um automóvel percorre 6 km para o norte e, em seguida 8 km para o leste. Qual a intensidade


do vetor posição, em relação ao ponto de partida?
 
2. Duas forças, F1 e F2 , têm módulos iguais a 10N cada uma. Calcule o módulo da resultante
 
quando o ângulo  entre F1 e F2 for igual a:
a) 00 b) 1800 c) 900 d) 600 e) 1200

3. Dois corpos A e B se deslocam segundo trajetória perpendicular, com velocidades constantes,


conforme está ilustrado na figura adiante.

As velocidades dos corpos medidas por um observador fixo têm intensidades iguais a: VA = 5
(m/s) e VB = 12 (m/s). Quanto mede a velocidade do corpo A em relação ao corpo B?

4. Quando dizemos que a velocidade de uma bola é de 20 m/s, horizontal e para a direita, estamos
definindo a velocidade como uma grandeza:
a) escalar
b) algébrica
c) linear
d) vetorial
e) n.d.a.

5. Uma partícula está sob ação das forças coplanares conforme o esquema abaixo. A resultante
delas é uma força, de intensidade, em N, igual a:

6. João parte da sua casa indo do sul para o norte, percorrendo 40 km. A seguir muda seu rumo e
passa a seguir a direção leste-oeste, fazendo 30 km. N
a) Represente vetorialmente esses dois deslocamentos;
b) Calcule qual a distância que João está da sua casa. O L

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7. Qual a diferença entre direção e sentido?

8. As figuras a seguir representam duas forças aplicadas a um ponto material. Determine a


intensidade da resultante em cada caso.

a)  b)
A =8m
 
 A = 10 m B =3m
B =5m


c) d) D=4m

R

A =6m  
B =6m A =8m

 
B =8m C=4m

e)

 s
A =3 m
60 0


B =4 m
9. Achar o módulo dos vetores que cada um dos pares de componentes representa:
a) ax = 3 cm ; ay = -4 cm.
b) ax = -5 m ; ay = -12 m.
c) ax = -2 km ; ay = 3 km.

10. Dados os vetores, A = 2i + 3j + 4k e B = i - 2j + 3k:


a) Achar o módulo do vetor A + B;
b) Achar o módulo do vetor A – B.

11. Quais são os componentes ax e ay de um vetor a localizado no plano xy, se a sua direção faz
um ângulo de 250 com o eixo x e o seu módulo é igual a 7,3 m?

12. Um vetor deslocamento r no plano xy tem um comprimento igual a 15 m e sua direção é
mostrada na figura abaixo. Determine os componentes x e y deste vetor.
y

r
300
x

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13. Uma pessoa deseja atingir um ponto que dista 3,4 km de sua posição atual e na direção a 350 a
nordeste. Quanto ele se deslocou para leste e para norte para chegar ao seu destino?
N 3,4

3
O L

S 
14. Uma partícula está sujeita a duas forças F1 e F2

Considere sen 370 = 0,60; e cos 370 = 0,80;


sen 530 = 0,80; e cos 530 = 0,60;
F1 = 10 N e F2 = 15 N.
Determine as componentes da força resultante nas direções Ox e Oy .
   
15. A seguir, representam-se quatro vetores a , b , c e d :


   d
a b c

         
a) a = c b) a = b = c = d c) b = - c d) c = - a

RESPOSTAS:

1. 10 km
2. a) 20N; b) 0N; c) 14,14N; d) 17,32N; e) 10N
3. 13 m/s
4. d
5. 50 N
6. 50 km
8. a) 13 m; b) 7 m; c) 10 m; d) 2 m; e) 6,08 m
9. a) 5 cm; b) 13 m; c) 3,61 km
10. A+B = 3i – j + 7k A – B = i + 5j + k
11. ax = 6,62 m; ay = 3,09 m
12. rx = 13 m; ry = 7,5 m
13. rx = 2,79 m; ry = 1,95 m
14. a) F1x = 8 N; F1y = 6 N; F2x = -9 N; F2y = 12 N
15. d

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