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Moderna
Aos 18 anos, quando cursava o magistério, o futuro educador teve de deixar os estudos
para lutar na Primeira Guerra Mundial. No campo de batalha sofreu uma lesão pulmonar
por inalação de gases tóxicos, o que tornou sua saúde frágil para o resto da vida. Esta
difícil vivência também o tornou um pacifista.
Como tinha dificuldade para falar por longos períodos devido ao seu problema pulmonar,
Freinet comprou um tipógrafo para imprimir textos para os seus alunos e ajudar seu
trabalho em sala de aula de aula.
Desta inovação surgiu uma de suas práticas mais utilizadas até hoje, os jornais de classe.
Em grupos, os alunos criavam seus projetos, da discussão da pauta, passando pela
redação e a edição, e depois apresentavam o resultado ao resto do colegas e ao
professor.
Junto a outros professores de sua cidade, o professor criou uma cooperativa de trabalho
que deu origem ao movimento da Escola Moderna em seu país, em 1924. No ano
seguinte, conheceu a artista plástica Élise, que se tornaria sua ajudante e sua esposa em
1926. O casal teve uma filha, Madéleine.
Com métodos de ensino distantes do que pregava o governo francês, Freinet era olhado
com desconfiança pela comunidade escolar. A troca de correspondências com outras
escolas como intercâmbio de experiências era vista com reservas, o que gerou sua
demissão da escola onde lecionou por tantos anos.
Em 1935, ele e Élise abriram sua própria escola, que inspirou a criação da Liga da
Educação Francesa. A entidade passou a utilizar a proposta pedagógica de Freinet,
influenciando a reforma do ensino francês.
Cinco anos depois, Freinet foi preso e enviado para o campo de concentração de Var, em
território francês, onde sua saúde se degradou ainda mais. Enquanto estava detido,
ensinava seus companheiros, enquanto fora dali, sua esposa batalhava por sua liberdade.
Ao sair do campo, o pedagogo incorporou-se ao movimento da Resistência Francesa, que
lutava contra a ocupação dos nazistas na França. Esta experiência lhe deu ânimo para
sua próxima iniciativa: a criação do ICEM, uma cooperativa de professores, da qual
fizeram parte mais de 20 mil pessoas, cidade de Vence, onde viveria até seus últimos dias
Uma das grandes batalhas de Freinet era pela redução de alunos por sala de aula, o que
ele via como prejudicial ao ensino das crianças. Depois de lutar por anos por esta causa e
lançar uma campanha nacional por ela, em 1956 tornou-se lei que cada classe
comportasse no máximo 25 alunos.
Os 4 Pilares da Educação.
Com clareza de princípios, a proposta de ensino da disciplina foi pautada pelos quatro
pilares com os quais Freinet (1975) organizou sua pedagogia: livre expressão,
autonomia, cooperação e trabalho.
A aprendizagem pelo trabalho
Freinet considera três pontos como sendo de grande relevância para o processo
pedagógico: a comunicação, a divisão do trabalho escolar e o desenvolvimento da
aprendizagem.
Para Freinet, a educação deveria ser mais conectada com a vida real. Sua proposta de
ensino teve como base pesquisas a respeito da forma com que a criança pensa e de
como constrói seu conhecimento, além da observação de como e quando intervir na
aprendizagem do aluno.
A aprendizagem por meio da experiência seria mais eficaz, acreditava Fernet, pois se um
projeto criado pelo estudante não desse certo, ele poderia repeti-lo até que funcionasse,
com a facilitação do professor, que deveria organizar o trabalho de seus alunos, sem
repressão ou uso exagerado de autoridade. A relação professor-aluno, portanto, era um
dos pontos fundamentais do processo do aprender.
Como desde a escola não concordava com os métodos pedagógicos que o educaram, o
pedagogo buscou formas inovadoras que gerassem outro tipo de aprendizagem, tais
como revistas, jornais, troca de cartas e documentos. Não era um adepto das cartilhas,
que não levavam em conta a realidade individual de cada aluno, não estimulando-a a ler.
Defensor da liberdade, Freinet tinha nela uma possibilidade do homem passar por
dificuldades. Por isso, ele criou técnicas pedagógicas que pudessem envolver todas as
crianças na aprendizagem, independente de sua origem, condição social ou financeira. À
frente de seu tempo, o francês acreditava que a escola e o conteúdo ensinado ali deveria
estar relacionado às condições de vida dos estudantes.
Artigos relacionados:
Obras:
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=238&evento
=9
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=32
0
https://blog.institutosingularidades.edu.br/inspiracoes-na-educacao-conheca-celestin-frein
et/
https://pedagogiaaopedaletra.com/pedagogia-freinet/
Nome:Helma
RM: 123679