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Coagulação/ Floculação  Coadjuvantes: capazes de formar partículas mais densas e tornar os flocos mais

 A Lei número 6.938, de 1981 define poluição como a degradação da qualidade lastrados (argila, sílica ativa, polieletrólitos etc.)
ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente. Dispositivos hidráulicos para mistura rápida:
 Coagulação: desestabilização da dispersão coloidal por redução das forças de  Vertedor ou calha Parshall
repulsão entre as partículas por meio da adição de um agente coagulante.  Vertedores retangulares
 Floculação: agregação de partículas desestabilizadas para formação de flocos que se  Difusores ou malhas difusoras
sedimentam com uma velocidade mais rápida.  Injetores e dispositivos especiais
Aplicações: tratamento de água para abastecimento humano Tipos de tanques de mistura lenta:
 Tanques hidráulicos:
Fatores influenciam o processo de coagulação-floculação  Floculadores hidráulicos de fluxo horizontal
 Características químicas da água ou efluente;  Floculadores hidráulicos de fluxo vertical
 Espécie de Coagulante;  Floculador Alabama
 Quantidade/dosagem de Coagulante;  Tanques mecânicos
 pH da água ou efluente; Tanques mecânicos x hidráulicos
 Temperatura; A seleção do tipo de misturador a ser empregada é influenciada por uma série de
 Agitação fatores, dentre eles:
 Tempos de Mistura (rápida e lenta);  tamanho da instalação;
 Presença de núcleos densos (promovidos pelos coadjuvantes).  regularidade na vazão e no período de operação;
 segurança operacional;
Reagentes empregados na coagulação:  capacidade operativa e de manutenção local;
 Coagulantes: Os coagulantes podem ser classificados como coagulantes metálicos  características construtivas;
(sais de ferro ou alumínio), polieletrólitos ou auxiliares de coagulação. Capazes de  custo;
produzir hidróxidos gelatinosos insolúveis e englobar as impurezas.
 disponibilidade de energia.
 Alcalinizantes: capazes de conferir a alcalinidade necessária à coagulação (cal viva -
Mecanismo de floculação:
óxido de cálcio; hidróxido de cálcio; hidróxido de sódio – soda cáustica; carbonato
 Pericinética (Movimento Browniano): As partículas coloidais apresentam um
de sódio – barrilha).
movimento aleatório devido ao seu contínuo bombardeamento pelas moléculas de
água. A energia propulsora da floculação pericinética é a energia térmica do fluído.
 Ortocinética (Gradientes de Velocidade): As partículas são colocadas em contato
umas com as outras por meio do movimento do fluído (presença de gradientes de Unidade de floculação
velocidade).
 Sedimentação Diferencial: Partículas coloidais com velocidades distintas podem No tratamento convencional:
chocar-se umas com as outras em um elemento de volume.
 O Jar-test é um reator estático e nele é avaliado e determinado qual vai ser o agente  Gradientes de velocidade situados entre 80 s-1 e 20 s-1
coagulante usado, qual dosagem ótima desse agente, o tempo de mistura, a  Gradientes de velocidade escalonados e decrescentes de montante para
velocidade de mistura, o pH da água, dentre outros fatores.  jusante.
Dimensionamento  Número de câmaras: 3 a 5 câmaras de floculação em série.
 Tempo de detenção hidráulico situado entre 20 e 40 minutos.

Exemplo de dimensionamento: Dimensione as câmaras de mistura lenta para


vazão de projeto de 1m³/s para duas opções:
A diferença de velocidade entre duas partículas na água pode decorrer A) Floculadores hidráulicos de fluxo vertical
da introdução, nesta, de energia cinética, por um dispositivo mecânico. B) Floculadores mecânicos
 O valor do gradiente de velocidade (G) é dado por Camp e Stein: Considerar:
Número de Decantadores = 04
Largura do Decantador = 12,0 m
Profundidade da lâmina líquida = 4,5 m
Admitir que uma das dimensões do floculador é conhecida, sendo esta em função da
largura do decantador.
A) Floculadores HIDRÁULICOS:
Tempo de detenção hidráulico = 30 minutos
Sistema de floculação composto por três câmaras em série, com
gradientes de velocidade escalonados (70 s-1, 50 s-1 e 20 s-1)
Cálculo do volume V do floculador:
V = Q . T => 0,25 m3/s x 180 s = 450 m3
 Cálculo da área superficial A do floculador:
A = V / h => A = 450/4,5 = 100 m2
Cálculo da largura L do floculador, sendo B a largura do
decantador igual a 12 m:
L = A / B => 100/12 = 8,33 m

Cálculo do espaçamento E entre chicanas:


E=L/n
 Cálculo de velocidades v nos trechos retos e v’ em
curvas 180 graus:
v = Q / B . E v’ = 2 v / 3

B) Floculadores MECÂNICOS:
Tempo de detenção hidráulico = 30 minutos

Cálculo de extensão Et dos canais: Sistema de floculação composto por três câmaras em série, com

Et = T / v gradientes de velocidade escalonados (70 s-1, 50 s-1 e 20 s-1)


Profundidade da lâmina líquida = 4,5 m
 Cálculo do raio hidráulico R:
Número de Decantadores = 04
R = (L . E) / 2 ( L + E)
Largura do Decantador = 12,0 m
É admitido que uma das dimensões do floculador é conhecida, sendo
esta função da largura do decantador.

O sistema de floculação mecânico será composto por 03 (três)


reatores em série e três em paralelo, o que irá proporcionar um
total de 09 (nove) câmaras de floculação.

Vertentes da coagulação-floculação: estética, sanitária e econômica.


 A escolha correta do agente coagulante é de fundamental
importância no tratamento de águas e águas residuárias.
 O ensaio usando o Jar-test é um ponto de partida do trabalho, pois
deve ser realizado para verificar a dosagem ótima do coagulante, faixa
de pH requerida, alcalinidade e turbidez.
 O gradiente de velocidade e tempo de agitação, tanto da coagulação
como da floculação, também influenciam a etapa global de
coagulação-floculação.
 Para melhores eficiências do processo, deve haver uma otimização do
gradiente de velocidade e do tempo de operação.
 Existem diversos estudos para usos de coagulantes naturais e
biodegradáveis.
Em recentes projetos de ETAS de médio e grande porte, os métodos
mecanizados estão sendo preferidos em relação aos hidráulicos.
 A maior perda de carga e a dificuldade de mudança do gradiente de
velocidade são limitações ao uso da mistura hidráulica.
 O consumo de energia, não uniformidade de agitação no interior do tanque
e necessidade de manutenção dos equipamentos são fatores limitantes dos
misturadores mecânicos.
 Os misturadores mecânicos apresentam maiores simplicidade construtiva e  Adsorção: é uma operação de transferência de massa de compostos orgânicos
flexibilidade de operação, inclusive para variações na qualidade da água bruta. e inorgânicos (adsorvato) de um fluido (líquido ou gasoso) para uma superfície
 Para grandes capacidades de tratamento de água, os misturadores sólida (adsorvente), ficando nela retida.
hidráulicos mostram custos mais elevados que os mecânicos  Condição para a ocorrência da adsorção: Interação soluto/adsorvente >>>
 Há necessidade de considerações de custos de manutenção para os interação soluto/solvente
misturadores mecânicos, bem como perdas de energia por atrito.

ADSORÇÃO
 Em recentes projetos de ETAS de médio e grande porte, os métodos
mecanizados estão sendo preferidos em relação aos hidráulicos.
 A maior perda de carga e a dificuldade de mudança do gradiente de velocidade
são limitações ao uso da mistura hidráulica.
 O consumo de energia, não uniformidade de agitação no interior do tanque e
necessidade de manutenção dos equipamentos são fatores limitantes dos
misturadores mecânicos.
 Os misturadores mecânicos apresentam maiores simplicidade construtiva e
flexibilidade de operação, inclusive para variações na qualidade da água bruta.
 Para grandes capacidades de tratamento de água, os misturadores hidráulicos
mostram custos mais elevados que os mecânicos
 Há necessidade de considerações de custos de manutenção para os
misturadores mecânicos, bem como perdas de energia por atrito.
 Sorção: refere-se a quatro fenômenos de transporte (difusão, absorção,
adsorção e partição) responsáveis pela retenção de substâncias dissolvidas em
uma fase (líquida ou gasosa) em uma segunda fase (sólida ou líquida)
adequada.
 A absorção e a adsorção ocorrem em diferentes regiões, no interior e na
superfície da segunda fase, respectivamente.
Estudo de equilíbrio: balanço de massa e isotermas
Estudo termodinâmico: realizado para determinação dos parâmetros de
entalpia (ΔH°), entropia (ΔS°) e energia livre de Gibbs (ΔG°) padrão, além
de indicar se o processo é espontâneo, exotérmico ou endotérmico.
Estudo cinético: realizado para determinar o tempo de equilíbrio e da
velocidade da adsorção, além de permitir a identificação da etapa limitante
no processo.
Estudo dinâmico: aplicação da curva de ruptura (ou breakthrough).
(desenvolvida para adsorção com gases e adaptada para líquidos)
Considerações importantes:
 Todas as moléculas são adsorvidas em sítios definidos na superfície do
adsorvente;
 Cada sítio pode ser ocupado por uma única molécula;
 A energia de adsorção é igual em todos os sítios;
 Quando as moléculas adsorvidas ocupam sítios vizinhos, estas não
interagem entre si.

 Isoterma de adsorção: trata-se da relação de equilíbrio entre a quantidade


do material adsorvido e a concentração (ou pressão) na fase em questão a
uma temperatura constante.
 As isotermas de adsorção são normalmente desenvolvidas para avaliar a
capacidade do carvão ativado para a adsorção de uma molécula
específica. São utilizadas para:
 modelagem do fenômeno de adsorção,
 projeto de equipamento industrial,
 determinação das condições de operação na unidade.

Isotermas de adsorção - Freundlich:


Isotermas de adsorção - Langmuir:
 A isoterma de Freundlich é empírica e muito utilizada porque sólida e líquida. O tempo de contato depende da cinética da
descreve com precisão os dados de ensaios de adsorção em sua adsorção. Este modo de operação é simples e apresenta baixo custo.
maioria em sistemas aquosos,  Modo contínuo: consiste numa coluna na qual o material
 Além de descrever o equilíbrio em superfícies heterogêneas, não adsorvente é colocado de modo a ficar fixo, para que quando se faça
assume a adsorção em monocamada. passar a solução líquida que contenha a substância ou substâncias
que se pretendem remover, com escoamento ascendente ou
descendente, o material adsorvente não se mova.
Quando o material adsorvente estiver saturado, a coluna para de
operar e ele é retirado ou é regenerado ou utilizado em novos ciclos
de adsorção. Duas ou mais colunas podem ser utilizadas para que
ocorra um processo de adsorção mais eficiente.

Modos de operação dos sistemas em fase líquida


 Modo descontínuo ou batelada: o material adsorvente é colocado
em
contato com o líquido que contêm a(s) substância(s) que se
pretendem remover, submetido à agitação para que ocorra uma
melhor homogeneização e transferência de massa entre as fases
TROCA IÔNICA
Troca iônica: consiste em uma reação química entre íons
dissolvidos de uma fase líquida com íons agregados de uma fase
sólida. Certos íons em solução são preferencialmente adsorvidos
pelo sólido trocador e, como a eletroneutralidade deve ser mantida,
o sólido trocador libera outros íons para a solução.
Entende-se íons da fase líquida como o(s) contaminante(s) que se
deseja remover e a fase sólida como a resina trocadora.

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Pergunta: além do tipo de resina, a seletividade da resina trocadora
e da sua capacidade de troca, quais os principais mecanismos
influenciam na cinética/velocidade da reação de troca iônica?
SECAGEM

Secagem: operação unitária destinada à remoção de um líquido


agregado a um sólido para uma fase gasosa insaturada

Finalidades:
 Reduzir a umidade;
 Reduzir o custo do transporte do produto ou resíduo;
 Facilitar o manuseio e a disposição do produto ou resíduo;
 Fornecer propriedades definidas ao produto ou resíduo.
Pergunta-se: quais os principais fatores que influenciam uma
operação de secagem?
Principais fatores:
 Umidade do sólido,
 Umidade final requerida,
 Características diversas do sólido,
 Umidade relativa do ar de secagem,
 Temperatura do ar de secagem,
 Velocidade do ar de secagem,
 Velocidade da secagem,
 Tempo de secagem,
 Método de secagem.
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