Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIRETORIA DE ABASTECIMENTO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................2
2. DADOS DE PLANEJAMENTO – EFETIVO ALIMENTADO........................................2
3. A AQUISIÇÃO DOS GÊNEROS .........................................................................................2
a. Fator de Suprimento .......................................................................................................................2
b. Processo Licitatório.........................................................................................................................3
c. Escolha dos itens a serem adquiridos ............................................................................................4
d. Receber o que comprar...................................................................................................................4
e. Sanções Administrativas.................................................................................................................4
4. RECEBIMENTO DOS GÊNEROS......................................................................................4
a. Comissão de Recebimento ..............................................................................................................5
b. Entrada da viatura nas instalações da OM...................................................................................5
c. Recebimento dos artigos .................................................................................................................5
d. Contabilização no SIAFI ................................................................................................................6
5. A INSPEÇÃO NO SERVIÇO DE APROVISIONAMENTO ............................................6
a. Planejamento da necessidade de alimentos para o dia.................................................................7
b. Retirada dos gêneros do depósito ..................................................................................................7
c. Preparo do Cardápio ......................................................................................................................7
d. Acompanhamento do Consumo .....................................................................................................7
e. Inspeções Mensais ...........................................................................................................................7
6. ARMAZENAGEM.................................................................................................................7
a. Controle de Validade ......................................................................................................................7
b. Ficha-Estoque ..................................................................................................................................8
c. Condições de Armazenagem ..........................................................................................................8
d. Quebras ............................................................................................................................................8
7. LABORATÓRIO DE INSPEÇÃO DE ALIMENTOS E BROMATOLOGIA ................8
8. O CONTROLE DE QUALIDADE DOS ALIMENTOS ....................................................9
a. Amostra para Análise ...................................................................................................................10
b. Recebimento do QS .......................................................................................................................10
c. Recebimento do QR ......................................................................................................................11
9. BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DOS ALIMENTOS ......................................11
a. O Responsável Técnico .................................................................................................................11
b. A Saúde do Manipulador..............................................................................................................11
c. Água para o Consumo...................................................................................................................12
d. Controle Integrado de Pragas ......................................................................................................12
e. Estrutura e Edificação ..................................................................................................................13
f. Higiene do Manipulador...............................................................................................................13
g. Higiene Ambiental - de instalações, utensílios e equipamentos.................................................14
h. Higiene de Víveres.........................................................................................................................14
i. Manipulação ..................................................................................................................................15
j. Recebimento de Gêneros ..............................................................................................................15
k. Armazenamento de Gêneros ........................................................................................................16
l. Transporte de Gêneros .................................................................................................................16
m. Documentação e Registro .........................................................................................................17
FORMULÁRIO PARA O RECEBIMENTO DE GÊNEROS ................................................17
1. INTRODUÇÃO
O Sistema de Segurança Alimentar é um conjunto de processos que envolvem as
atividades referentes à alimentação do efetivo de uma Organização Militar ( OM ). Toda e
qualquer atividade que tenha relação com a alimentação da Tropa está envolta por esse sistema.
Sinteticamente, podemos dizer que fazem parte do Sistema de Segurança Alimentar
de uma OM as seguintes atividades:
a. Aquisição, recebimento, armazenagem, preparo e consumo dos gêneros
alimentícios.
b. As boas práticas de confecção do alimento.
c. A fiscalização em todas as fases.
d. A gestão eficiente dos recursos orçamentários destinados a esse fim.
Cada uma dessas atividades será abordada na presente Nota de Aula.
a. Como passo inicial, é preciso definir, como dado básico, o efetivo a ser
alimentado pela OM. De posse do efetivo, inicia-se o planejamento para que a alimentação
segura, de boa qualidade calórica e em quantidade suficiente chegue ao prato do militar
arranchado.
b. O efetivo considerado na presente Nota de Aula representa o número de militares
que faz jus ao serviço de alimentação por determinada OM. Em outras palavras, militares não
prontos para o serviço, baixados a um nosocômio, exercendo atividades regulares em outra OM,
não podem ser incluídos no universo do efetivo a ser alimentado.
c. Logo, entende-se que o efetivo a ser informado para efeito de planejamento, deve
ser aquele grupo de militares que estão em condições de serem alimentados por sua OM.
d. Como os cálculos do valor da etapa devida ao militar levam em consideração seu
Posto ou Graduação, a planilha informativa dos efetivos precisa ser elaborada discriminando
cada um dos seguintes grupos:
1) Oficiais, subtenentes e sargentos.
2) Cabos e soldados.
3) Alunos.
4) Número de leitos hospitalares, caso a OM seja um Hospital.
A metodologia em uso na Diretoria de Abastecimento ( D Abst ) utiliza as
informações sobre efetivo retiradas do Módulo E1.
a. Fator de Suprimento
O Fator de Suprimento ( FS ) é o valor expresso em quantidade e financeiramente,
que representa o que cada OM pode adquirir de cada artigo do Quantitativo de Subsistência
( QS ) durante um mês.
O total financeiro do FS representa o total de recursos orçamentários que a D Abst
destina àquela OM para a aquisição de gêneros do QS.
O FS é calculado multiplicando-se o efetivo da OM pela quantidade tabelar do
artigo, considerando a especificidade de cada artigo. Como a quantidade tabelar é a quantia
diária em gramas que um militar tem direito a consumir daquele artigo, alguns alimentos são
consumidos em todas as refeições (açúcar), outros no almoço e jantar (arroz), e alguns apenas no
café da manhã (café).
b. Processo Licitatório
Após conhecer as necessidades e dispor de crédito ou de previsão de
descentralização de crédito para aquisição de gêneros, a OM inicia o seu processo licitatório com
a REQUISIÇÃO.
No caso do Processo Licitatório para aquisição do QS, a Requisição é o
documento que informa as necessidades de gêneros do QS para cumprir a FINALIDADE DA
NOTA DE CRÉDITO ( NC ).
A Requisição deve conter, entre outras informações, o resultado de pesquisa de
preços no mercado, a fim de servir como parâmetro para a licitação.
Para que esses parâmetros sejam confiáveis, a OM deve realizar a pesquisa de
preços em, no mínimo, 6 ( seis ) empresas do ramo alimentício varejista, a saber:
- Duas empresas de pequeno porte ( mercadinhos ).
- Duas empresas de médio porte ( supermercados regionais ).
- Duas empresas de grande porte ( hipermercados de grande rede ).
Somente desta forma, a OM comporá uma pesquisa de preços que dará
sustentabilidade ao Pregoeiro durante a realização do Pregão.
Dessa pesquisa, obtem-se um preço mínimo, um médio e um máximo que servirão
de parâmetro para o Pregoeiro, para as seguintes avaliações:
1) O preço mínimo alcançado na pesquisa sugere ao Pregoeiro que ele deve ter
atenção quando o Pregão alcançar esse valor. Cotação muito abaixo do preço mínimo INDICA
possibilidade do fornecedor não honrar o compromisso de fornecer o gênero por aquele preço.
Sugere-se que o Pregoeiro encerre o Pregão quando a cotação daquele item se aproxime de cerca
de 10% abaixo do valor mínimo da pesquisa de preços.
2) O preço médio alcançado na pesquisa de preços é o limite máximo a ser
cotado pelo fornecedor. Valor acima desse preço NÃO DEVE ser homologado.
3) O preço máximo indica o maior valor a ser aceito no fechamento do Pregão.
Embora permitido, fechar um Pregão Eletrônico com valor cotado próximo ao preço máximo
cotado na pesquisa de preço sugere má gestão dos recursos, onde o Pregoeiro não explorou a
negociação com base na própria pesquisa de preços.
4) Embora se aceite que o valor cotado pelo fornecedor seja igual ao preço
médio pesquisado, o Pregoeiro deve ter a habilidade de buscar um preço na licitação que fique o
mais próximo do menor valor pesquisado, encorajando os licitantes a buscar esse preço
mínimo. Essa ação por parte do Pregoeiro deve ser tomada bem próximo ao horário previsto para
o término do Pregão, para não induzir os licitantes a congelarem seus preços em valores
sugeridos pelo Pregoeiro.
e. Sanções Administrativas
Muitas queixas existem das OM em relação a problemas com fornecedores. Trata-
se de um processo sensível que, acima de tudo, tem que estar bem balizado já na elaboração do
Edital Licitatório, constando claramente tudo o que se deseja nessa relação. Inclusive a previsão
de sanções administrativas.
As sanções existem para serem aplicadas, caso uma ou ambas as partes não
cumpram o todo ou parcialmente o descrito no edital e seu contrato.
A prática de aplicação de sanções administrativas é um excelente instrumento de
aperfeiçoamento da qualidade do relacionamento entre o fornecedor e a UG. Implica em
conscientizar o fornecedor da importância de conhecer o que se está sendo contratado, sob pena
de, não cumprindo, ser sancionado perante a Administração Pública.
A omissão de aplicação de sanções, por sua vez, leva a frouxidão da
responsabilidade do fornecedor sobre o contratado, uma vez que o principal para ele sempre será
a obtenção da maior faixa de lucro possível.
a. Comissão de Recebimento
Conforme o Art 71 das NARSup, as OM que receberem material pelo processo de
distribuição na OM devem nomear uma Comissão de Recebimento e Exame para essa tarefa e
confeccionar o Termo de Recebimento e Exame do Material ( TREM ).
A nomeação dos integrantes das comissões de recebimento deve ser publicada em
Boletim Interno.
É interessante que a OM promova um rodízio entre os integrantes da Comissão
de Recebimento, de preferência semestralmente, possibilitando uma maior transparência no
processo e ampliação do número de militares capacitados para tal função.
Todo processo de recebimento, quer seja do OP ou das demais OM, deve possuir
um TREM do material, abordando, no mínimo, os seguintes pontos:
- Nome da empresa fornecedora ou OP.
- Nome da OM que transportou ou da transportadora.
- Número e data da expedição.
- Peso e cubagem.
- Se a quantidade recebida confere com a quantidade fornecida.
d. Contabilização no SIAFI
Após o recebimento da NF liquidada (com todas as assinaturas previstas) o Centro
de Operação de Suprimento (no caso do OP) ou o Setor Financeiro (no caso das OM) deverá
liquidar o empenho no mais curto prazo possível, para disponibilizar o saldo nas contas do
SIAFI. No caso das GF, tal atribuição recai sobre a Fiscalização Administrativa.
É de suma importância que o COS do OP monte um processo administrativo
contendo os seguintes documentos:
1) Capa.
2) Parte do edital da licitação que contenha as características dos artigos e prazos
de entrega.
3) Empenho.
4) Cópia do contrato.
5) Laudos, TREM e cópia das Notas Fiscais (mesmo que o artigo seja reprovado).
6) NL de apropriação no SIAFI, se o artigo for aprovado e recebido.
c. Preparo do Cardápio
Nesta etapa deve-se verificar o controle no processo de preparo. Durante a fase de
preparo, a equipe do aprovisionamento deverá pesar os resíduos produzidos (aparas de carnes,
resíduos de alimentos, pedras, artigos deteriorados) para se identificar qual o desperdício na
produção do alimento.
Ao identificar que a quantidade de resíduos foi elevada em relação a quantidade
sacada, a OM deverá levantar a causa dos problemas e corrigi-la ou informar ao escalão superior.
d. Acompanhamento do Consumo
Durante o consumo, é previsto que o Fiscal de Sobras e Resíduos verifique qual a
quantidade em peso dos resíduos nos pratos e, ao final de cada refeição, nas cubas de aço
inoxidável, tipo gastronorm (GN), onde ficam expostos os alimentos na linha de servir. Este
acompanhamento é fundamental para que o Fiscal Administrativo e o Chefe do Setor de
Aprovisionamento realizem uma gestão eficaz, corrigindo o desperdício e coibindo dados falsos
que possibilitem desvio de material.
e. Inspeções Mensais
Mensalmente, o OD e o Fiscal Administrativo deverão realizar, no mínimo, uma
inspeção agendada e uma inopinada no Serviço de Aprovisionamento, onde verificarão se
todas as documentações estão corretas (arranchamentos, vale diário, vale total, etc) e se o
patrimônio físico está conciliado com o SIMATEX e o SIAFI.
O resultado dessas inspeções deve ser publicado em BI e, caso seja identificada
alguma irregularidade, deverá ser aberto processo administrativo e informado tal fato a ICFEx de
vinculação.
6. ARMAZENAGEM
a. Controle de Validade
A inspeção nos armazéns visa identificar se o OP ou as demais OM possuem uma
gestão eficaz (controle ) nesse setor.
Os artigos dão entrada nos depósitos e devem ser armazenados em pilhas, dentro
de cada lote do material, facilitando assim o controle patrimonial e gerenciamento do estoque.
Caso haja limitação de espaço físico, há possibilidade de se grupar os lotes que
possuem os mesmos dados de preço e validade (Obs: NÃO PODERÁ HAVER ARTIGO
VENCIDO NO ESTOQUE!), exigindo um controle detalhado dos saques/distribuição realizados
evitando desajuste patrimonial.
b. Ficha-Estoque
Nas pilhas deverão estar fixada uma Ficha-Estoque, para verificar se os
saques/distribuição estão respeitando o sistema Primeiro que Vence, Primeiro que Sai (PVPS).
c. Condições de Armazenagem
Não poderá haver sacos furados, embalagens impróprias, produtos no chão e
outras irregularidades.
Além disso, os armazéns devem estar limpos, sem buracos nas paredes ou outras
formas de esconderijos (amontoado de caixas, produtos inservíveis, etc), com as janelas e
exaustores telados, portas com batentes, em suma, todas as entradas com medidas de bloqueio
para evitar a entrada ou abrigos de sinantrópicos (ratos, pombos, etc).
d. Quebras
São as perdas ocorridas nos estoques de suprimento. Podem ser classificadas em
quebras de armazenagem, de transporte, por deterioração e por outros motivos.
Quebras de Armazenagem são as decorrentes da desidratação do suprimento
armazenado e das operações de estocagem e de suprimento, inclusive pequenos acidentes de
manuseio, em conseqüência de embalagens furadas ou danificadas. A quebra será apurada no
final da distribuição de um lote, quando então, se houver, será a diferença entre a quantidade
total distribuída e a que constitui o lote.
Quebras de Transporte são aquelas passíveis de ocorrerem no transporte.
Somente serão admissíveis nos transportes orgânicos das OM de suprimento, realizados entre OP
e OM, autorizados pela D Abst, e se devidamente justificadas.
Quebras por Deterioração são as que ocorrem pela ação de fatores intrínsecos
(elevado teor de umidade, enzimas e componentes lábeis ou voláteis etc), os quais podem atuar
isolada ou associadamente sobre os suprimentos armazenados, ocasionando alterações em suas
especificações que os tornem impróprios para o consumo.
Quebras por Outros Motivos são as que podem ocorrer em virtude de acidentes
ou outras causas, como incêndios, chuvas, ventos, inundações ou extravios, que danifiquem
diretamente os suprimentos ou que os exponham à ação de outros agentes prejudiciais.
Caso ocorra quebra, deverá ser aberto processo administrativo para apurar
as causas e responsabilidades. Sempre que as condições permitirem, anexar o laudo do LIAB
que atestou o alimento impróprio para o consumo, devendo o resultado do processo ser
publicado em BI.
b. Recebimento do QS
No recebimento, o produto deve ser conferido e avaliado pelos mesmos critérios
qualitativos e quantitativos estabelecidos no CEAS e no EDITAL que permitem ratificar o perfil
do produto que foi escolhido. É a oportunidade de se avaliar o material entregue pelo fornecedor,
analisando-o qualitativa e quantitativamente, conforme critérios pré-definidos para cada produto.
Os artigos do quantitativo de subsistência são analisados nos LIAB e os resultados
das análises expressos no Laudo de Inspeção de Alimentos com base nos padrões de identidade e
qualidade para aquele artigo previsto em catálogo ( CEAS ). O PARECER TÉCNICO define a
qualidade do artigo analisado, buscando resumir o seu estado sanitário e a adequação às normas
e as exigências da legislação em vigor.
c. Recebimento do QR
Os artigos do quantitativo de rancho são entregues direto nas Organizações
Militares devendo ser observado alguns cuidados referentes ao local para a recepção, tais como
estar coberto, protegido e isolado da área de processamento, possuir balança para a conferência
dos volumes entregues com os constantes na Nota Fiscal e termômetro para o controle da
temperatura dos gêneros frigorificados.
O encarregado pelo recebimento deve ser militar treinado e capaz de avaliar se as
características de cada produto como cor, sabor, cheiro, aparência e textura estão adequadas,
verificar as condições da rotulagem ( clara e completa ), da embalagem ( integridade e limpeza ),
as condições do entregador ( uniformizado e limpo ) e as do veículo utilizado para o transporte.
Deve manter um cadastro atualizado de fornecedores e dos registros para cada recebimento de
modo a auxiliar na seleção e avaliação dos serviços ( ANEXO - FORMULÁRIO PARA O
RECEBIMENTO ).
a. O Responsável Técnico
Compete ao Cmt/Ch/Dir de cada Organização Militar designar o Responsável
Técnico, militar da área de saúde ou profissional capacitado em Boas Práticas para serviços de
alimentação que trabalhe efetivamente no local, conheça e acompanhe o processo de produção,
devendo possuir conhecimentos sobre os seguintes assuntos: contaminantes alimentares; doenças
veiculadas por alimentos; manipulação higiênica dos alimentos e boas práticas.
O Responsável Técnico deve ter conhecimento suficiente sobre as boas práticas
de manipulação de alimentos para poder avaliar e intervir nos possíveis riscos de contaminação e
assegurar uma vigilância e controle eficaz no seu processamento.
e. Estrutura e Edificação
A edificação e as instalações devem ser projetadas de forma a possibilitar um
fluxo ordenado e sem cruzamento em todas as etapas da preparação dos alimentos e a facilitar as
operações de manutenção, limpeza, e quando for o caso desinfecção. O acesso às instalações
deve ser controlado e independente.
Sempre que possível deverão ser atendidas as seguintes especificações de
edificação para a área de manipulação de alimentos, rancho e aprovisionamento:
1) A localização em área livre de focos de insalubridade, ausência de lixo, objetos
em desuso, animais, insetos e roedores.
2) O fluxo de produção / preparo de alimentos deve ser preferencialmente linear,
sem cruzamentos de atividades entre os vários gêneros de alimentos, evitando a contaminação
cruzada.
3) O piso deve ser de material liso, resistente, impermeável, lavável, de cores
claras e em bom estado de conservação, antiderrapante, resistente ao ataque de substâncias
corrosivas e que seja de fácil higienização ( lavagem e desinfecção ).
4) As paredes devem ter acabamento liso, impermeável, lavável, de cores claras,
isento de fungos e em bom estado de conservação, se azulejada deve respeitar a altura mínima de
2 metros e ter ângulo arredondado no contato com o piso e teto.
5) Os forros e tetos devem possuir acabamento liso, impermeável, lavável, de
cores claras e em bom estado de conservação, isento de goteiras, vazamentos, umidade, trincas,
rachaduras, bolor e descascamento.
6) As portas e janelas devem ter superfície lisa, de cores claras, de fácil limpeza,
ajustadas aos batentes, de material não absorvente, com fechamento automático e protetor no
rodapé e, as entradas principais e os acessos às câmaras, devem ter mecanismos de proteção
contra insetos e roedores.
7) O ambiente deve ter iluminação uniforme, sem ofuscamentos, sem contrastes
excessivos, sombras e cantos escuros, as lâmpadas e luminárias devem estar limpas protegidas
contra explosão e quedas acidentais e em bom estado de conservação.
8) A ventilação deve garantir o conforto térmico, a renovação do ar e que o
ambiente fique livre de fungos, gases, fumaça, gordura e condensação de vapores. Não devem
ser utilizados ventiladores nem aparelhos de ar condicionado nas áreas de manipulação.
9) As instalações sanitárias devem estar em bom estado de conservação.
f. Higiene do Manipulador
O Manipulador de Alimentos é qualquer pessoa do serviço de alimentação que
entra em contato direto ou indireto com o alimento. Os manipuladores devem ter asseio pessoal,
apresentando-se com uniformes compatíveis à atividade, conservados e limpos. Os uniformes
devem ser trocados, no mínimo, diariamente e usados exclusivamente nas dependências
internas do ambiente de trabalho.
Os manipuladores devem lavar cuidadosamente as mãos ao chegar ao trabalho,
antes e após manipular alimentos, após qualquer interrupção do serviço, após tocar materiais
contaminados, após usar os sanitários e sempre que se fizer necessário. Não devem fumar, falar
desnecessariamente, cantar, assobiar, espirrar, cuspir, tossir, comer, ou praticar outros atos que
possam contaminar o alimento, durante o desempenho das atividades.
Devem, ainda, usar cabelos presos e protegidos por toucas, manter as unhas
curtas e sem esmalte ou base e durante a manipulação devem ser retirados os objetos de adorno
pessoal ou maquiagem.
Os manipuladores devem ser capacitados periodicamente em higiene pessoal, em
manipulação higiênica dos alimentos e em doenças transmitidas por alimentos.
h. Higiene de Víveres
Na higienização dos hortifrutigranjeiros, a pré-lavagem deve ser feita em água
potável e em local apropriado, e a desinfecção por imersão em solução clorada, ( hipoclorito de
Na a 2,0 – 2,5% , hipoclorito de Na a 1% e cloro orgânico, todos na concentração de 100 a 250
ppm ) por 15 a 30 minutos. O enxágüe deve ser sempre com água potável.
As frutas não manipuladas, as frutas cujas cascas não são consumidas e os ovos
inteiros não necessitam de desinfecção.
Os ovos devem ser estocados em local arejado, limpo e fresco e longe de fontes de
calor, e aqueles com a casca racha devem ser descartados. Não devem ser oferecidos ovos crus
ou alimentos preparados onde os ovos permaneçam crus ( cremes, molhos, maionese, etc ). Os
ovos devem ser cozidos por no mínimo 7 minutos após fervura e os ovos fritos devem apresentar
as gemas duras.
i. Manipulação
Durante a preparação dos alimentos é possível a ocorrência de contaminação de
alimentos cozidos a partir de alimentos crus, assim como a troca de microorganismos entre
superfícies e alimentos. Isso é chamado de CONTAMINAÇÃO CRUZADA.
Devem ser adotadas as seguintes medidas a fim de minimizar o risco de
contaminação cruzada para:
1) O dessalgue seguro, as trocas de água devem ocorrer no máximo a 21º C ou a
cada 4 horas, em água sob refrigeração até 10ºC, e através de fervura.
2) A cocção, os alimentos devem atingir no mínimo 74º C no seu centro
geométrico ou combinações de tempo e temperatura como 65º C por 15 minutos ou 70º C por 2
minutos, no reaquecimento, os alimentos que já sofreram cocção inicial atingir novamente a
temperatura de segurança no centro geométrico.
3) O descongelamento seguro, devem ocorrer em geladeira a 4ºC; em água com
temperatura inferior a 21ºC por 4 horas; em forno microondas ou de convecção; e se a
temperatura ambiente, em local seco sem contaminação ambiental, vento, pó, excesso de
pessoas, utensílios e outros.
Os alimentos descongelados devem ser mantidos sob refrigeração se não forem
imediatamente utilizados, não devendo ser recongelados. Os alimentos que necessitem serem
transferidos de suas embalagens originais devem ser acondicionados de forma que se mantenham
protegidos, acondicionados em contentores descartáveis ou outro adequado para guarda de
alimentos, devidamente higienizados.
Na distribuição dos alimentos prontos para consumo imediato devem ser
adotadas as seguintes condutas a fim de evitar contaminações:
1) Os pratos quentes podem ficar na distribuição ou espera (balcão térmico) a
65°C ou mais por no máximo 12 horas ou a 60°C por no máximo 6 horas ou abaixo desta
temperatura por 3 horas.
2) Os pratos frios devem ser distribuídos no máximo a 10ºC por até 4 horas,
quando a temperatura estiver entre 10°C e 21°C, só poderão permanecer na distribuição por 2
horas.
Sobra é o alimento excedente que não foi distribuído e que foi conservado
adequadamente, incluindo a sobra do balcão térmico ou refrigerado, quando se tratar de alimento
pronto para o consumo.
No reaproveitamento das sobras quentes: reaquecimento até 74º C, e manutenção
a 65º C ou mais para serem servidas em 12 horas, no máximo; e para as sobras frias, refrigeração
de modo que a temperatura interna atinja 4º C em 4 horas, podendo ser utilizadas em 24 horas,
no máximo. Alimentos prontos que foram servidos não devem ser reaproveitados.
j. Recebimento de Gêneros
Os gêneros deverão ser recebidos em área protegida de chuva, sol e poeira.
Durante o recebimento deverão ser observados os seguintes aspectos:
1) A data de validade e fabricação de cada produto.
2) As condições das embalagens, que devem estar limpas, íntegras e seguir as
particularidades de cada alimento.
k. Armazenamento de Gêneros
No armazenamento os alimentos devem ser dispostos de forma organizada, e
separados por grupos observando o empilhamento máximo recomendado pelo fabricante para
cada produto. No congelamento, os alimentos são armazenados à temperatura de 0ºC (zero) ou
menos, na refrigeração, os alimentos são armazenados em temperatura de 0ºC a 10ºC, e no
estoque a seco os alimentos são armazenados à temperatura ambiente, segundo especificações no
próprio produto e recomendações dos fabricantes constantes na rotulagem.
l. Transporte de Gêneros
Os alimentos devem ser transportados em veículos que atendam as Boas Praticas e
em condições que garantam sua integridade e qualidade impedindo a contaminação de
deterioração dos produtos: o transporte deverá ser feito em compartimento que o separe de
substâncias que possam contaminá-lo; as operações de carga e descarga não devem danificar o
produto; os veículos deverão ser fechados quando do transporte de alimentos crus ou prontos e as
temperaturas deverão ser adequadas para cada tipo de alimento.
Os alimentos perecíveis crus ou prontos para o consumo devem ser transportados
em veículo fechado, em caixas isotérmicas, dependendo da natureza sob: refrigeração ao redor
de 4º C, com tolerância até 7º C; resfriamento ao redor de 6º C, não ultrapassando 10º C ou
conforme especificação do fabricante expressa na rotulagem; congelamento com tolerância de
até -12º C.
A tolerância mínima para a temperatura de aquecimento é de 60° C.
m. Documentação e Registro
Todo serviço de alimentação deve dispor de MANUAL DE BOAS PRÁTICAS e
de PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS (POP).
O Manual de Boas Práticas é o documento que descreve as operações realizadas
pelo estabelecimento, incluindo, no mínimo:
1) Os requisitos higiênico-sanitários das edificações.
2) A manutenção e higienização das instalações.
3) Equipamentos e utensílios.
4) O controle da água de abastecimento.
5) O controle integrado de vetores e pragas urbanas.
6) A capacitação profissional.
7) O controle da higiene e saúde dos manipuladores.
8) O manejo dos resíduos.
9) O controle e a garantia da qualidade do alimento preparado.
O Manual é um documento gerencial, é o compromisso da direção geral, do
Comando, com a implementação das Boas Práticas em sua Organização Militar.
Os Procedimentos Operacionais Padronizados devem conter as instruções
seqüenciais das operações e a freqüência de execução, especificando o nome, o cargo e ou a
função dos responsáveis pela atividade. Devem ser aprovados, datados e assinados pelo
responsável técnico do serviço de alimentação. O POP é um documento supervisional, de
registro e monitoramento dos procedimentos empregados em Boas Práticas.
Todo serviço de alimentação deve buscar implementar os POP para as seguintes
operações:
1) Higienização das instalações, equipamentos e móveis.
2) Controle Integrado de Pragas.
3) Higienização do Reservatório de Água.
4) Higiene e Saúde dos Manipuladores.
CONTROLE DE FORNECEDORES
EMPRESA: DATA: NF:
PEDIDO: PROGRAMADO EMERGENCIAL HORÁRIO:
ITEM CÓDIGO DESCRIÇÃO DO QUANTIDADE TEMPERATURA °C
PRODUTO KG
1
2
TIPO DE PRODUTO
( ) Congelado ( ) Refrigerado ( )Resfriado ( )Defumado ( )Salgado ( )Outros
AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE