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1 Transtorno Do Espectro Autista - TEA

Autismo vem do grego - autos - que significa “por si só”. A


psiquiatria define autismo como sendo os comportamentos
humanos que se centralizam em si mesmos, que se voltam ao
próprio ser. O termo “autismo” foi difundido pelo psiquiatra suíço,
Bleuler, em 1911, que define a limitação do ser humano com o
mundo externo.

Vocabula´ rio
No livro Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo de Léo Kanner (1943), o
psiquiatra escreve que o autista tem dificuldades de estabelecer relações, apresenta
atrasos e alterações na aquisição e uso da linguagem, obsessividades, tendências a
estereopatias - caracterizando assim, esse conjunto de sintomas com a esquizofrenia.
Orrú (2012, p. 20) descreve o autismo como:

O alheamento em que viviam era extremo, desde os primeiros anos de vida,


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como se não estivessem no mundo, sem responder a nenhum estímulo
externo, mantendo-se em um isolamento rígido e peculiar. Apresentavam,
porém, aparência agradável e inteligente, além de possuírem habilidades
especiais e uma memória excepcional (ORRÚ, 2012. p. 18).

Segundo Carneiro (2015, p. 73), “em 1956, o autismo ainda era definido como
um quadro de psicose, devido à exames laboratoriais e clínicos que não forneciam
dados consistentes à sua etiologia”.
Entretanto, foi a partir de Ritvo (1976), que se passa a considerar o autismo, não
uma psicose, mas como uma síndrome e sua relação com déficits cognitivos inerentes à
criança, ocorrida desde o nascimento, com suas singularidades comportamentais
(ORRÚ, 2012).
Hoje, a criança com Transtorno do Espectro Autista está inclusa em
“Transtornos Globais do Desenvolvimento ou TGD”. A criança autista é vista com
dificuldades de se comunicar e se relacionar com o outro, possui déficits de linguagem,
alterações de comportamento e movimentos repetitivos.
Segundo Carneiro (2015, p. 7397), “em 1981, a Dra. Lorna Wing, estabeleceu a
análise das três principais carências autísticas, a “Tríade de Wing”, as quais estão na
área da imaginação, socialização e comunicação”.
MACIEL e FILHO (2009), apontam que a Tríade de Wing se constitui em:
socialização, comunicação e comportamentos, focalizados e repetitivos:

 Socialização: a dificuldade de se comunicar através de gestos e expressões


faciais e corporais; dificuldade de fazer amizades, quase não expressa seus
sentimentos e não percebe os sentimentos alheios.
 Comunicação: dificuldade para falar, maior dificuldade ainda em manter uma
conversa, uso repetitivo de linguagem estereotipada como frases de
propagandas, filmes, novelas, programas de televisão, músicas. Não consegue
brincar de imitação, tipo papai, mamãe, professora.
 Comportamento: focalizado e repetitivo, preocupação constante em não
misturar alimentos no prato, não ingerir alimentos com determinadas texturas,
seguir rituais para as tarefas, ter “manias” ou focar em um único assunto de
interesse, agitar ou torcer as mãos, bater a mão uma na outra, olhar fixamente
para as mãos, manipular sempre o mesmo objeto, fixação em partes de um
objeto como a roda de um carrinho, ou hélice de ventilador.

Maciel e Filho (2009), esclarecem que grande parte das pessoas autistas tem
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Distúrbio de Integração Sensorial (DIS): seus sentidos podem ser hipo ou
hiperdesenvolvidos. Podem ser capazes de ouvir sons quase inaudíveis, como um
alfinete caindo ao chão ou a água correndo nos encanamentos, ou ter sensibilidade a
ruídos altos, como liquidificadores e furadeiras; sentir cheiros imperceptíveis para as
demais pessoas; podem não suportar luzes fluorescentes, por perceber a luz oscilando
como um estroboscópio devido à corrente alternada; toques e outros contatos lhes
podem ser desagradáveis, assim como texturas de tecidos e alimentos.

GRANDINI (1992), engenheira e autista, explica que uma criança autista cobre
seus ouvidos porque certos sons lhe doem. Afirma: “o barulho frequentemente faz meu
coração disparar”.
Toda pessoa com autismo é diferente de outra nas mesmas condições, assim
como toda pessoa é diferente de outra, portanto as práticas educacionais nem sempre
serão as mesmas para duas crianças com o mesmo transtorno.
As principais características de pessoas com TEA, segundo os autores Teixeira
(2013), Pastorello (2007), Perissinoto (2003) e Goldberg (2005):

 Interação social - incompreensão de piadas, ironias, não imitam, não brincam de


“faz de conta”, dificuldade de participar de grupos.
 Linguagem e Comunicação - Ecolalia.
 Inversão pronominal.
 Rigidez de significados.
 Linguagem idiossincrática.

Vocabula´ rio
Ecolalia - patologia apresentada quando um indivíduo repete
várias vezes a última palavra ou sílaba escutada.
Inversão pronominal - uso da terceira pessoa, no lugar da
primeira pessoa.
Rigidez de significados - dificuldade em associar diversos
significados a um único significante.
Linguagem idiossincrática- sons cujo significado só é claro
para aqueles que estão familiarizados com as experiências passadas
da criança.

 Comportamento - atos repetitivos e estereotipados; forte atração por movimentos

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circulares, fascinação por luzes, a cor de um objeto, texturas, cheiros e gostos;
necessidade de rotina.

Assim, Teixeira (2013) e Perissinoto (2003) direcionam ao diagnóstico de


autismo, que é clínico, e se baseia em duas fortes fontes de informação:

 A descrição dos pais sobre o comportamento da criança.


 Informações de um profissional.

No entanto, acerca de tantos estudos sobre essa patologia, a identificação hoje já


pode ser feita nos primeiros meses de vida do bebê. Teixeira (2013), afirma que com a
atenção dos pais, familiares e cuidadores é possível observar nos bebês, as seguintes
características de autismo:

 Mostram pouco interesse na voz humana;


 Não fazem contato visual;
 São indiferentes ao afeto;
 Não têm postura antecipatória (como colocando seus braços à frente para serem
levantados pelos pais);
 Mostram bom desempenho inicial com regressão subsequente;
 Não apresentam expressão facial.

Ainda conforme o autor, estudos também indicam fatores genéticos como causas
do autismo tais como insultos ao cérebro em desenvolvimento durante a gestação.
Abrangeriam assim, alterações estruturais cerebrais, fatores imunológicos, neurológicos,
bioquímicos, além de agentes congênitos como rubéola, encefalite e meningite.
A pessoa com TEA é considerada como pessoa deficiente é lhe é garantido o
direito ao Sistema Único de Saúde - SUS, e tem também seu direito assegurado à
educação num sistema inclusivo nas escolas de ensino regular.
Muitas são as ferramentas, metodologias e tecnologias oferecidas hoje para a
mediação de aprendizagem para a criança autista.

Saiba Mais
Rafael Moreira Cunha desenvolveu o primeiro software, no Brasil,
com o propósito de sua dissertação de mestrado pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro. Sua proposta é facilitar o
acesso de crianças com TEA na aquisição de vocabulário e na
linguagem. Seu programa foi denominado de “Aiello” e está
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disponível para download na internet desde julho de 2012.
Disponível em: http://www.jogoseducacionais.com/
O Aiello é um jogo lúdico que tem como protagonista um simpático esquilo, que
ajuda as crianças a ligar nomes a imagens de objetos, com o objetivo de ampliar seu
vocabulário. Ressaltando que o programa foi testado em três crianças e determinou um
resultado significante no vocabulário com cerca de 94% de novas palavras. Palavras
referentes a alimentos, higiene, roupas, animais, músicas, mobiliário, eletrônicos, meios
de transporte e outros.
Há um outro software, criado por um grupo de pesquisadores da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, chamado Sistema SCALA - Sistema de Comunicação
Alternativa para Letramento de pessoas com Autismo, o grupo é denominado
TEIAS (Tecnologia na Educação para Aprendizagem na Sociedade) e tem como
objetivo maior, investigar o tecer entre Educação, Tecnologia e Inclusão, com ênfase na
aplicação das TICs para a promoção de processos inclusivos. Vygotsky atenta para os
processos mentais superiores (pensamento, linguagem e comportamentos volitivos) se
originam dos processos sociais.
Segundo Moreira (2011, p. 108), “Não é por meio do desenvolvimento
cognitivo que o indivíduo se torna capaz de socializar, é por meio da socialização que se
dá o desenvolvimento dos processos mentais superiores”.
Galvão Filho (2004, p. 87), complementa ainda acerca da teoria da
aprendizagem de Vygotsky:

O ser humano conseguiu evoluir como espécie graças à possibilidade de ter


descoberto formas indiretas, mediadas, de significar o mundo ao seu redor,
podendo, portanto, por exemplo, criar representações mentais de objetos,
pessoas, situações, mesmo na ausência dos mesmos. Essa mediação pode ser
feita de duas formas: através do uso dos signos e do uso dos instrumentos.
Ambos auxiliam no desenvolvimento dos processos psicológicos superiores.

Carneiro (2015, p. 73), esclarece que para o trabalho de mediação da


aprendizagem, com as crianças com transtorno do espectro autista é necessário um
programa muito bem elaborado, conduzido por diversos profissionais, como em uma
equipe multidisciplinar. São indicados especialistas em várias áreas como:

 Educação;
 Medicina;
 Terapia ocupacional;
 Psicologia;
 Fonoaudiologia;
 Psicopedagogia;
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 Áreas de apoio como musicoterapia;
 Informática;
 Natação;
 Esportes.

Veja agora como essas áreas de apoio podem ajudar as crianças com TEA:

 Música:
 Pode possibilitar a participação das pessoas autistas através de
improvisações com instrumentos.
 Oportunidade de autoexpressão.
 Aprendizagem de regras sociais.
 Assumir responsabilidades com as outras pessoas do grupo.

 Natação:
A natação é uma das atividades físicas que desenvolve um trabalho corporal
completo. Sendo assim, oferece possibilidades de estímulos e desenvolvimento
necessários à pessoa autista. Através de músicas, brinquedos e demais objetos utilizados
em aula, claro que cada um no tempo e exercício certo, fica mais fácil para conseguir
sua atenção e executar um trabalho excelente com ele, visto que, uma das dificuldades
do autista é a organização espaço temporal.
O apoio da TA e TIC, são fundamentais hoje para o educador que deseja
realmente enriquecer seus conhecimentos na sua vida profissional.

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SUGESTÃO DE LEITURA

Mundo Singular, entenda o Autismo, de Ana Beatriz Barbosa


Silva e Mayra Reveles. As autoras abordam a cada capítulo,
os elementos que influenciam a vida de quem vive com o
transtorno e daqueles que o cercam. O relacionamento com
familiares, o ambiente escolar, o diagnóstico, o tratamento, a
afetividade, a vida profissional, as questões legais e as
perspectivas futuras são esmiuçados num
texto escrito com sensibilidade.

O Que Me Faz Pular, de Naoki Higashida. Delicado, poético e


profundamente íntimo, este livro traz uma nova luz para
entendermos a mente autista. O autor explica o
comportamento muitas vezes desconcertante das pessoas
com essa condição e nos oferece suas percepções de tempo,
vida, beleza e natureza,
apresentadas em um relato inesquecível.

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Aula 3 - O Espectro de Manifestações Autistas

3.1 Conceitos Iniciais Sobre Autismo

Muitas vezes na ânsia de conseguir uma comunicação com a criança autista, os


pais se antecipam com respostas, mostram uma figura que eles “pensam” ser a
necessidade da criança naquele momento, e nasce assim a frustração de ambos, pois a
comunicação não ocorreu, ou ocorreu de uma forma equivocada. A comunicação não se
restringe à palavras. Ela é muito mais complexa do que apenas a emissão de sons
coerentes. (MACHADO, 2009)
Cabe ao educador e demais profissionais, realizar a mediação da criança com o
mundo, pois através de seu trabalho, proporcionará à criança autista, o ingressar no
cotidiano das pessoas e de si mesmo. Através de muitos recursos, o professor e
possivelmente a equipe multidisciplinar, alcançará a oportunidade de deixar que a
criança se sinta no controle da situação, lhe dando oportunidade de escolhas.
Serão apontados alguns recursos utilizados na comunicação da criança autista,
segundo o banco de ideias de Manzini e Deliberato (2004):

 Pastas, fichários e pranchas;


 Objetos concretos;
 Miniaturas;
 Símbolos gráficos;
 Figuras temáticas;
 Fotos;
 Figuras de atividade sequencial;
 Expressões faciais.

Lembrando sempre que cada criança autista é um universo diferente, os recursos


utilizados para uma criança talvez não sirva para a outra, todos os materiais e meios
utilizados para a comunicação alternativa, devem ser personalizados para cada criança
de acordo com a sua necessidade.

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3.2 O Autismo

O autismo é um distúrbio do desenvolvimento humano que vem sendo estudado


pela ciência há quase seis décadas, mas sobre o qual ainda permanecem dentro do
próprio âmbito da ciência, divergências e grandes questões por responder. É um
Transtorno Global do Desenvolvimento com influência genética, que descreve crianças
que apresentam dificuldades na interação social e na comunicação.
Segundo Mello (2007), ultimamente não só vem aumentando o número de
diagnósticos, como também esses vêm sendo concluídos em idades cada vez mais
precoces, dando a entender que, por trás da beleza que uma criança com autismo pode
ter, e do fato de o autismo ser um problema de tantas faces, as suas questões
fundamentais vêm sendo cada vez reconhecidas com mais facilidade por um número
maior de pessoas. Provavelmente é por isto que o autismo passou mundialmente de um
fenômeno aparentemente raro, para um muito mais comum do que se pensava.
É bem interessante a afirmação da autora, sobre a relação entre aumento do
número de diagnósticos de autismo e a maior facilidade de reconhecimento do mesmo
por um maior número de pessoas. Pode-se dizer então, que havia mais desconhecimento
do transtorno do que raridade de casos.
O autismo se diferencia de outros transtornos pela aparência da criança, por sua
aptidão, as vezes precoce, para algumas coisas e grande dificuldade para outras. Há
relatos de mães que afirmam que seus filhos desde muito pequenos, já eram
extremamente inteligentes para fazer algo, porém não se comunicavam, não davam
sequência em outras e não expressavam emoções.
Mello (2007), destaca que estudos recentes afirmam que o autismo seria 4 vezes
mais frequente em pessoas do sexo masculino, e a prevalência do autismo é de 1 em
cada 150 casos, ou seja, de cada 150 crianças nascidas no mundo, uma teria autismo.

As causas do autismo são polêmicas. Já afirmaram, alguns estudiosos, que


poderia ser a rejeição materna, suposição que já foi desprezada há tempos,
ainda se fala em causa genética, mas como as causas não são totalmente
conhecidas, o que pode ser recomendado em termos de prevenção do autismo
são os cuidados gerais a todas as gestantes,

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especialmente cuidados com ingestão de produtos químicos, tais como remédios,
álcool ou fumo (MELLO, 2007, p. 17).

O autismo pode se manifestar nos primeiros meses de vida da criança, ou como


afirmam alguns pais, há uma regressão na criança, que até então tinha um
comportamento dito “normal”.
Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem muita dificuldade em
se comunicar, não olham diretamente nos olhos, não aceitam afagos, e algumas vezes
podem se machucar com mordidas e puxões de cabelo.
Segundo Mello (2007), a definição de autismo adotada pela Associação de
Amigos dos Autistas (AMA), para efeito de intervenção, é que o autismo é um distúrbio
do comportamento que consiste em uma tríade de dificuldades: dificuldade de
comunicação, na socialização e no uso da imaginação.
É comum que crianças com autismo repitam frases ouvidas anteriormente e até
mesmo algum tempo depois, são os fenômenos da ecolalia imediata (quando a criança
repete uma frase assim que acabou de ouvi-la) e ecolalia tardia (quando a criança repete
uma frase que foi dita há dias).
Existem vários sistemas diagnósticos utilizados para a classificação do autismo.
Os mais comuns são a Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial
de Saúde, ou CID-10, em sua décima versão, e o Manual de Diagnóstico e Estatística de
Doenças Mentais da Academia Americana de Psiquiatria, ou DSM-V.

Importante
 Não há idade determinada para o aparecimento dos sintomas, os
sintomas tornam-se evidentes gradativamente.
 Os sintomas variam bastante.
 Muitas crianças podem não apresentar todos os sintomas até hoje
identificados.
 Parecem estar no “mundo deles”.
 Tem atraso no desenvolvimento da linguagem.
 Não brinca de faz de conta.
 Repete movimentos, como girar a roda de um carrinho
constantemente.

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Fonte: http://www.ama-ba.org.br/

A autora cita Hans Asperger, que em 1944, descreveu a Síndrome de


Asperger, e acreditava que com um programa educacional apropriado, as crianças
conseguiriam se adaptar.
Alguns sintomas da Síndrome de Asperger são parecidos com os sintomas do
autismo: dificuldade na linguagem, dificuldade no uso do olhar, e para expressar
emoções. Porém, na Síndrome de Asperger, as crianças apresentam memorização de
grande sequência, ouvido musical absoluto, entre outras características.
O professor e os demais profissionais, devem observar o aluno com alguns
sintomas ligados a esses transtornos, mas não deve “diagnosticar”, apenas observar,
conversar com os pais e obter informações. Quando a criança já é diagnosticada com
autismo ou Síndrome de Asperger, cabe ao ambiente pedagógico conversar com os
outros alunos da sala, explicitando o direito a igualdade e ao respeito, solicitando
colaboração de todos.
Em se tratando do professor, Mello (2007) indica uma lista de orientações bem
definidas para que este profissional possa utilizá-la para o acompanhamento do aluno,
como:

1. Sentar o mais próximo possível do professor.


2. Ser requisitado como ajudante do professor algumas vezes.
3. Usar agendas e calendários, listas de tarefas e listas de verificação.
4. Ser ajudado para poder trabalhar e concentrar-se por períodos cada vez
mais longos.
5. Ser estimulado a trabalhar em grupo e a aprender a esperar a vez.
6. Aprender a pedir ajuda.
7. Tenha apoio durante o recreio onde, por exemplo, poderá dedicar-se a seus
assuntos de interesse, pois, caso contrário, poderá vagar, dedicar-se a algum
assunto inusitado ou ser alvo de brincadeiras dos colegas.
8. Seja elogiado sempre que for bem-sucedido ou apresentar dedicação.

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Assim, a inclusão deve manter a criança participativa e acolhida entre as demais,
com ajuda do professor.

3.3 Tipos de Intervenção

O método TEACCH (Tratamento em Educação para Autista e Crianças com


Deficiências Relacionadas à Comunicação), segundo Araújo (2015, s/p) é “um dos
métodos de ensino mais utilizados no Brasil para atender o autista [...] desenvolvido no
início de 1970 pelo Dr. Eric Schopler e colaboradores, na Universidade da Carolina do
Norte, tornando-se conhecido no mundo inteiro”.
Utiliza-se uma avaliação chamada PEP-R (Perfil Psicoeducacional Revisado)
para avaliar a criança, levando em conta os seus pontos fortes e suas maiores
dificuldades, tornando possível um programa individualizado. Esse método visa a
independência da criança. O TEACCH se baseia na organização do ambiente físico
através de rotinas - organizadas em quadros, painéis ou agendas - e sistemas de
trabalho, de forma a adaptar o ambiente para tornar mais fácil para a criança
compreendê-lo, assim como compreender o que se espera dela.

Saiba Mais
Para saber mais sobre o método TEACCH, indico a leitura do
trabalho de Araújo (2015), A Contribuição Do Método Teacch
Para o Atendimento Psicopedagógico, que consiste em um
estudo de caso realizado no Centro de atendimento
Psicopedagógico da Universidade Federal da Paraíba, objetivando
verificar como atividades estruturadas, baseadas no Método,
TEACCH funcionam e se manifestam.
Disponível em:
http://rei.biblioteca.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/1303/1
/ENA27092016

O Picture Exchange Communication System (PECS) “é um sistema de


comunicação que ressalta a relação interpessoal, em que ocorre um ato comunicativo
entre o indivíduo com dificuldades de fala e um adulto, por meio de

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trocas de figuras”. Apresenta bons resultados, mostrando à criança que através da
comunicação ela consegue um bom desenvolvimento (MELLO, 2007).

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Para saber mais sobre o Picture Exchange Communication System
(PECS) vale a pena conferir o artigo Revisão de Estudos Sobre
o Picture Exchange Communication System (PECS) Para o
Ensino de Linguagem a Indivíduos com Autismo e Outras
Dificuldades de Fala.
Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rbee/v19n4/v19n4a11.pdf

A Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis;


abreviando: ABA) é um plano de observação da criança com transtorno. De acordo com
o manual de treinamento da ABA, traduzido em 2005 por Margarida Hofmann
Windholz e colaboradores, é um termo advindo do campo científico do Behaviorismo,
que observa, analisa e explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano
e a aprendizagem.

A ABA é uma abordagem analítico-comportamental que foi aplicada pela


primeira vez com autistas por Lovaas (1987), psicólogo e pesquisador do
comportamento humano. Consiste em um estudo científico que explica
comportamentos e planeja modificações, visando aumentar, diminuir, criar,
eliminar ou melhorar comportamentos. [...] profissionais utilizam técnicas
para o desenvolvimento da comunicação, das habilidades sociais, de
brincadeira, acadêmicas e de auto-cuidados. São utilizados reforçadores após
a emissão de comportamentos ou respostas adequadas, além de considerarem
os antecedentes das respostas emitidas pelo indivíduo, para que a função do
comportamento seja observada e estudada. (FIGUEIREDO, 2014, p. 48-49).

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Importante ressaltar que, segundo Tramujas (2010), o currículo a ser
efetivamente seguido, depende de cada criança em particular, mas geralmente é amplo;
cobrindo as habilidades acadêmicas, de linguagem, sociais, de cuidados pessoais,
motoras e de brincar. O intenso envolvimento da família no programa é uma grande
contribuição para o seu sucesso.

3.4 Inclusão

Muito se fala em inclusão hoje em dia, no entanto, ainda são grandes as


dificuldades por que passam as crianças especiais.
Segundo Magalhães et al. (2013), a busca por uma educação igualitária é tema
recorrente no atual contexto educacional, principalmente quando se refere à inclusão de
crianças com deficiência em escolas de ensino regular. Apesar da ampla discussão em
torno dessa temática, ainda há uma série de limitações quanto à prática da inclusão e o
papel do professor, para que o mesmo esteja preparado para lidar com as dificuldades
provindas do ensino voltado para a criança com deficiência.
A autora ainda afirma que a inclusão de crianças com autismo em sala de aula
regular, prevista em lei, assegura ao aluno o direito do acesso ao ensino, ficando à
escolha dos pais matricularem ou não os filhos em escolas regulares. Para que a
instituição de ensino promova inicialmente o desenvolvimento e, posteriormente, a
aprendizagem, é necessário que ela disponha de uma prática pedagógica coletiva na
qual seja esclarecida a importância do envolvimento familiar com a escola, além de
mudanças de caráter estrutural e metodológico, privilegiando um currículo que se
adeque também às necessidades da criança com autismo.
A inclusão não é somente aceitar o aluno na escola, mas deve haver a
predisposição do professor em manter essa criança participativa e acolhida entre as
demais. A socialização da criança autista vai depender muito do professor e de toda
equipe pedagógica, para adaptá-la ao ambiente escolar.

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Magalhães et al (2013), ressalta que se a inclusão se caracteriza como uma
situação mal manejada, as crianças autistas podem acabar exploradas e ridicularizadas
por outras crianças, e que, no entanto, elas querem ser parte do mundo social e ter
amigos, mas não sabem como fazer para se aproximar.
O professor e a equipe pedagógica são responsáveis pela inclusão, socialização e
aprendizado da criança autista, para isso, todos devem ser bem formados nos parâmetros
atuais de convivência e respeito a todos, focando na harmonia e no respeito às
diferenças.
Antes de se falar em Transtorno do Espectro Autista - TEA, há uma terminologia
denominada Transtornos Globais de Desenvolvimento - TGD, que indicam algumas
características relacionadas ao autismo, como, dificuldades de se socializar, atraso de
linguagem e comunicação e também comportamentos agressivos.
Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é o termo adotado pela Associação
Americana de Psiquiatria, sendo veiculado na quinta edição do Manual de
Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais - DSM-5, com publicação no Brasil a
partir do ano de 2013. Essa nova terminologia integra os diversos tipos de Autismo,
bem como o Transtorno de Asperger.
Conforme o DSM-V, o TEA caracteriza-se por déficits persistentes na
comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, incluindo déficits na
reciprocidade social, em comportamentos não verbais de comunicação usados para
interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender
relacionamentos. Além dos déficits na comunicação social, o diagnóstico do transtorno
do espectro autista requer a presença de padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades.
Em nota, o Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais
- DSM-5, orienta para que indivíduos com um diagnóstico do DSM-IV bem
estabelecido de Transtorno Autista, Transtorno de Asperger ou Transtorno Global do
Desenvolvimento sem outra especificação, devem receber o diagnóstico de Transtorno
do Espectro Autista.

3.5 Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD)

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Segundo Cirino (2015), o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente
reconhece os alunos com TGD, como sujeitos de pleno direito, postula sua “condição
peculiar” de “pessoas em desenvolvimento”. Portanto, é indiscutível a necessidade de
formação dos profissionais que atuarão com estas crianças. Para entender um pouco
mais sobre o TGD, Santos (2014), afirma que:

Os alunos da área dos Transtornos Globais do Desenvolvimento apresentam


um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor,
comprometimento nas relações sociais, na comunicação, repertório de
interesses e atividades restrito, movimento estereotipado e repetitivo.
(SANTOS, 2014, s/p)

Estão inclusos na TGD o Autismo, Síndrome de Asperger, Síndrome de a Rett, e


Psicose Infantil.
Sonza et al (2013), cita que são consideradas pessoas com TGD, aquelas que
apresentam “alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação,
um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo". Incluem-se
nesse grupo: Autismo, Síndrome do Espectro Autista (RETT) e Psicose Infantil.

3.5.1 Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD) - Sindrome de Rett

A Síndrome de Rett é definida pela Associação Brasileira de Síndrome de Rett,


como uma “desordem do desenvolvimento neurológico relativamente rara”. A
prevalência dessa síndrome é no sexo feminino, e começa a ficar evidente entre 6 meses
e 18 meses de idade. Segundo Souza (2013), a partir da idade de quatro anos manifesta-
se uma ataxia (falta de coordenação) do tronco e uma apraxia (dificuldade em executar
movimentos espontâneos), seguidas frequentemente por movimentos coreoatetósicos
(movimentos involuntários incontroláveis). O transtorno leva quase sempre a um
retardo mental grave.

Segundo a ABRETE (Associação Brasileira de Síndrome de Rett), a cada 5 horas, nasce


uma menina com Síndrome de Rett no mundo.

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A síndrome de Rett é uma das causas mais frequentes de deficiência múltipla
severa no sexo feminino. Pelo conjunto de suas características, trata-se de
quadro que deve interessar todos os profissionais da área da saúde [...]
(SCHWARTZMAN, 2003, p. 110)

Para orientar um pouco mais sobre esta Síndrome, visualize com atenção o
quadro clínico dos estágios evolutivos da Síndrome de Rett abaixo:

Fonte: Elaborado pelo autor

A Tecnologia Assistiva vem em auxílio aos alunos que não apresentam oralidade
para expressar suas ideias ou vontades.

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Para compreender um pouco mais do histórico desta Síndrome
de Rett, vale a pena conferir o trabalho apresentado no I
Seminário Internacional de Inclusão Escolar: práticas em diálogo
na UERJ, intitulado de
SíndromeDe Rett:Múltiplos OlhareseDiversas
Possibilidades.
Disponível em:
http://www.cap.uerj.br/site/images/stories/noticias/47-
oliveira_et_al.pdf

3.6 Psicose Infantil

É um retardo mental com características autísticas (CID 10, 2009), que causa um
transtorno de personalidade e incapacidade de socialização. Veja algumas características
(Bezerra, 2004; Tecnep, 2008):

 Dificuldade de se afastar da mãe;


 Problemas na compreensão do que vê, de gestos e da linguagem;
 Repete imediatamente palavras e/ou frases ouvidas, a criança se refere a ela
mesma utilizando-se da terceira pessoa do singular ou do seu nome próprio;
 Alterações marcantes na produção da fala, com peculiaridades quanto à altura,
ritmo e modulação;
 Relacionamento com as pessoas prejudicado;
 Confusão de identidade pessoal;
 Resistência a mudanças;
 Ansiedade excessiva;
 Perturbação da linguagem e da fala;
 Hiperatividade ou hipoatividade.

Também apresentam desordem neurológica, que interferem no aprendizado,


como (CORREIA; MARTINS, 2010):

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 Dislexia - dificuldade na área da leitura, gerando a troca de linhas, palavras,
letras, sílabas e fonemas. Isso traz como consequência, uma leitura mais lenta;
 Disgrafia - dificuldade motora na execução da escrita. Os traços variam entre
pouco precisos (muito leves) ou demasiadamente fortes. Apresenta letras mal
traçadas e ilegíveis e desorganização na produção de um texto;
 Discalculia - problema neurológico que traz dificuldades ao indivíduo para
realizar operações matemáticas, cálculos, classificar números ou colocá-los em
sequência. Há dificuldades para reconhecer números e sinais matemáticos, como
também a não compreensão de enunciados de problemas e de exercícios com
sequência lógica.
 Dislalia – deficiência relacionada a fala, apresentando dificuldade na emissão
da fala e na pronúncia das palavras, com trocas de sons, letras e fonemas.
 Disortografia – deficiência na linguagem, com desmotivação para escrever,
separação indevida das palavras e dificuldade na pontuação e acentuação.

3.7 A Atuação do Psicopedagogo no TGD

Observem a afirmação de Edith Rubinstein:

O psicopedagogo é visto como um detetive que busca pistas, procurando


selecioná-las, pois algumas podem ser falsas, outras irrelevantes, mas a sua
meta é fundamentalmente investigar todo o processo de aprendizagem
levando em consideração a totalidade dos fatores nele envolvidos, para,
valendo-se desta investigação, entender a constituição da dificuldade de
aprendizagem. (2009, p. 128).

Seu trabalho é de muita observação, e assim ele cria situações para que possa
observar o comportamento da criança e cuidar para que ele possa desenvolver
uma aprendizagem mais significativa (TRAMUJAS, 2010).
Talvez esse profissional não tenha percebido ainda a riqueza dessa profissão,
que além de ajudar no quesito aprendizagem, possui uma função bem especial que,
segundo Bossa, (1994, p. 66) é “a de socializar os conhecimentos

19
disponíveis, promover o desenvolvimento cognitivo e a construção de regras de
conduta, dentro de um projeto social mais amplo”. Dessa forma, esse indivíduo pode se
tornar inserido de maneira mais organizada em um mundo totalmente novo pra ele. O
psicopedagogo irá descobrir as potencialidades das crianças, treinando o seu lado
comportamental através do lúdico e da reabilitação cognitiva.
Bossa (2006), afirma que é necessário seguir esses quatro passos básicos para o
tratamento:
1) Estimular o desenvolvimento social e comunicativo;
2) Aprimorar o aprendizado e a capacidade de solucionar problemas;
3) Diminuir comportamentos que interferem com o aprendizado e com o
acesso às oportunidades de experiências do cotidiano;
4) Ajudar as famílias.

Lembrando da necessidade de se manter baixo o número de alunos na sala de


aula, manter a rotina e a arrumação dos materiais, trabalhar com materiais concretos e
de apelo visual, manter o tom de voz baixo, e buscar trabalhar as habilidades do aluno
autista que desponta na arte, no computador e as vezes até na música.
Frequentar a escola é um direito do autista garantido pela legislação 12.764,
de 27 de dezembro de 2012, visto que, pode ajudar no desenvolvimento além de tentar
favorecer a aprendizagem da criança. Esta legislação também garante o incentivo à
capacitação dos profissionais para atuar com os autistas, já que para estar numa sala
de aula com crianças com esse transtorno, o profissional deve estar preparado para
não só saber agir, como também ensinar.
Para Schwartzman (1994), quanto mais significativos para a criança forem os
seus professores, maiores serão as chances dela promover novas aprendizagens, ou seja,
independentemente da programação estabelecida, ela só ganhará dimensão educativa
quando ocorrer uma interação entre o aluno autista e o professor.
Os autores apontam ainda outro fato relevante na educação do autista, é que o
professor promova interações das crianças autistas com outras crianças do ensino
regular. Os autores citados acreditam que o aluno autista ganha através dos modelos
oferecidos pelas crianças do ensino regular, e pela

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quantidade de estimulação que este ambiente escolar propicia. Trabalhar com fichas,
desenhos, músicas, jogos, sempre é muito bom para o desenvolvimento da criança com
autismo, um ambiente com cartazes e figuras estimulam um aprendizado significativo.
Um bom profissional deve estar preparado para lidar com crianças, jovens e
adultos. Enfim, lidar com a emoção, a razão, o preconceito e todos os outros
sentimentos que envolvem a interação humana. A educação deve garantir a estimulação
essencial do cidadão desde a infância até o nível superior, formando cidadãos
conscientes e participativos.
Não basta a aceitação de alunos especiais nas escolas, mesmo porque isso já é
garantido pela lei, mas sim oferecer um conjunto de serviços no qual a criança especial
se encontre num processo de desenvolvimento da suas capacidades e habilidades.
Conteúdos teóricos e práticos devem ser compatíveis com as necessidades de todos os
alunos com ou sem necessidade especial. Segundo Mantoan (2008):

Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças, é estar com, é interagir


com o outro, é a nossa capacidade de reconhecer o outro. E ainda, a educação
inclusiva é uma educação que acolhe todas as pessoas, sem exceção, isto quer
dizer que a inclusão é um direito de todos os que são discriminados seja pela
deficiência, pela cor, ou pela classe social. Uma vez que a inclusão não
admite qualquer tipo de discriminação, para ser inclusiva, a escola deve ter
um bom projeto que valorize a cultura, a história e as experiências anteriores
da turma, com atividades selecionadas e planejadas para que todos aprendam
de acordo com as suas condições e isso vale para estudantes com ou sem
deficiência. (MANTOAN, 2006, s/p)

Alcântara (2013), afirma que o trabalho com crianças autistas impõe aos
profissionais, desafios como a tolerância com respeito ao tempo que caracteriza o
mundo dessas crianças, mas só quando há uma interação entre família, escola, professor
e aluno é que se pode obter resultados satisfatórios, pois todo autista, assim como todo
indivíduo, é único, e sabe-se que o tratamento não esgota o problema.
A convivência com essas crianças só traz benefícios para os professores, uma
vez que estarão a cada dia aprendendo que todos têm direito ao seu lugar no mundo,
ninguém está no lugar errado nem tomando o espaço de outro. Assegurar o direito e a
integridade da criança com necessidades especiais na escola é mediar o saber com a
sensibilidade.

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