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Roberto Tostes

Este documento é parte do compromisso da Campanha Catarse do Jogo


Sobrevivência na Amazônia.
Para os apoiadores “Mestre Aventureiro” - professores e profissionais da área
educacional foram prometidos dois materiais de apoio:
- Dicas Para Desenvolver Seu Boardgame;
- Caderno do Professor - pra uso em sala de aula.

VERSÃO EM PDF DESTE ARQUIVO -


Para conseguir uma versão do arquivo deste documento em PDF mande um email:
robertotostes@gmail.com

Conteúdo: Roberto Tostes


Projeto Gráfico: Roberto Tostes e Teresa Moraes
Ilustrações: Roberto Tostes
Edição e Finalização: Fevereiro de 2020

Todos os direitos reservados.


Este material pode ser copiado e distribuído, desde que citada a fonte.

Para informações sobre o Jogo Sobrevivência na Amazônia:


jogosobrevivencia.com
Facebook: /jogosobrevivencia
Instagram: @jogosobrevivencia
As melhores ferramentas para desenvolver
uma ideia de um jogo são as mais simples.
ÍNDICE
5 APRESENTAÇÃO

6 PARTE 1

Dicas para desenvolver um boardgame

14 PARTE 2

Montando seu protótipo

26 PARTE 3

Entrando no Jogo

36 PARTE 4

Seu produto no mercado

44 PARTE 5

Exemplo prático de desenvolvimento

52 PARTE 6

Informações úteis e referências
APRESENTAÇÃO

Começar é apenas parte do processo de criar algum tipo de Jogo (seja um


jogo de tabuleiro, boardgame, cardgame, RPG, jogo da memória, party
hame e qualquer outro tipo de material lúdico)
Seguir adiante com sua ideia sem desisitir é a parte mais complicada.
Quando entramos nesse desafio nos apaixonamos pela brincadeira de
ser o criador, dando forma a um universo que precisa de tema, história,
desafios, aventura, peças e regras que possam fazer a engrenagem girar.
E quem disse que pode dar certo?
Ninguém sabe, e só se descobre fazendo, testando, criando e recriando.
A dor de cabeça, esforço, contratempos e o suor no fim acabam valendo a
pena. Ou então, podemos simplesmente começar tudo de novo.
Passei alguns anos gastando minhas energias em um projeto desse tipo
com a ajuda de minha esposa, Teresa Moraes e meu filho, Lucas Tostes.
Foram alguns anos de bastante trabalho, aprendizado e descobertas.
Por isso decidi compartilhar nessas páginas um pouco do que aprendi
com quem tem vontade de topar este desafio.
Quer tentar? Então vire a página e siga em frente.

Roberto Tostes
PARTE 1

“Crie Jogos sobre ideias e coisas em que você


acredita. Comece a criar como um escritor,
olhando para a folha em branco. Esvazie sua
mente e comece.
Vital Lacerda
PARTE 1

Dicas para desenvolver um boardgame

Uma boa comparação ao desenvolvimento de um boardgame seria


uma corrida de maratona; pela questão da resistência, do esforço
envolvido e do longo percurso.
Depois de completar o ciclo de desenvolver e publicar o meu pri-
meiro jogo, Sobrevivência na Amazônia, passei a achar que uma
corrida com obstáculos seria algo mais próximo da realidade.
Neste percurso, enfrentando barreiras internas e externas, existem
algumas coisas essenciais que precisamos ter em mente para ven-
cer esse desafio:

• pensar bem no que fazer antes de começar;


• ter muita energia de reserva;
• saber se adaptar e aprender com os erros;
• ter persistência e nunca desistir.

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PARTE 1

Etapas de desenvolvimento de um boardgame:

Várias pessoas dizem ter uma ideia fantástica para desenvolver um


boardgame.
São poucos aqueles que persistem, continuam neste desafio de criar
algo do nada e conseguem concluir.
Finalizar o que você começou será sempre uma grande vitória.
Para quem está disposto a encarar este desafio vamos dividir esta
tarefa em três estágios:

1. CRIAR
A hora das ideias é de deixar a mente livre. Quanto mais opções
melhor, para poder filtrar e selecionar.

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PARTE 1

Neste momento é essencial pesquisar se já existem boardgames se-


melhantes (o que é bem comum) na temática ou na estrutura geral
do jogo (mecânica e elementos).
Escolhida a sua ideia, é importante responder a 3 questões:
• Qual é o estilo do jogo?
Se é leve, pesado, eurogame, família, etc. Qual o público-alvo?
• Como é a história/tema?
É preciso apresentar a situação em que se passa o jogo e o que
acontece com os personagens envolvidos (suas ações e objetivos);
• Como funciona o jogo?
Defina a estrutura geral de rodadas, pontuação e os elementos que
fazem parte do jogo.

Agora é hora de construir um primeiro protótipo e colocar na mesa.


Procure fazer isso da forma mais simples e apresente para outras
pessoas (amigos ou equipe de desenvolvimento).

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PARTE 1

Sua ideia vai começar a ser testada na prática e mostrar sua poten-
cialidade e defeitos.
Isso é parte do processo!

Pegue um caderno e use para marcar suas anotações:


• tempo de jogo e fluência das rodadas;
• número de jogadores;
• o que funcionou;
• o que falhou;
• observações gerais.

Esse relato das experiências de cada teste vai orientar você na evo-
lução do protótipo inicial.
Se sua ideia testada apresentou um potencial conforme a sua ava-
liação e também a de outras pessoas, é hora de evoluir no projeto.

2. APRIMORAR

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PARTE 1

Seu protótipo inicial além de passar por mais baterias de testes, de-
verá ser aperfeiçoado e desenvolvido com mais detalhes em alguns
aspectos:
• as partes internas (dinâmica, regras, número de jogadores e
tempo de jogo);
• as partes externas (design, leitura e atratividade visual).

Obs.: Neste momento será provavelmente necessário trabalhar com


um designer e um ilustrador (dependendo da complexidade do jogo).

3. PRODUZIR

Detalhes importantes de um protótipo

Material:
definir o conjunto geral de itens e tipo (papel, plástico ou madeira)
como cartas, peças, tabuleiro, meeples e outros componentes do
jogo.

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PARTE 1

• Conjunto:
fechar o formato, tipo e tamanho da caixa com todos os itens que
compõem a embalagem, ou seja, preparar a primeira versão de
apresentação do protótipo, já mais próxima do produto final.
Obs: Esta etapa pode provocar ajustes nos itens anteriores pois a ques-
tão custo/preço final é essencial na hora de colocar um boardgame no
mercado.

Observações Finais

Transformar um protótipo em produto pode levar meses ou anos


pois envolve muitos requisitos para estar pronto para a venda.
A importância da participação em eventos e playtests é justamente
mostrar sua cara e fazer o jogo evoluir, sabendo captar nas avalia-
ções o que funciona e o que ainda pode ser melhorado.
Da mesma forma que as regras e dinâmica podem ser aperfeiçoa-
das, o design e as ilustrações devem caminhar em conjunto na bus-
ca da melhor solução, considerando também custo/benefício.
É importante para quem quer ser um game designer conhecer muito
bem o universo dos boardgames. Isso vai ajudar você a ter ideias mais
criativas e elaboradas, podendo julgar melhor a qualidade dos seus pro-
jetos. Procure trabalhar com outras pessoas pois a criação e desenvolvi-
mento de boardgames costuma envolver várias etapas e processos.

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PARTE 1

Seja persistente e acredite no seu projeto! Só depende de você!

Lista de Tarefas - PARTE 1:

• Experimente o máximo de jogos que puder;


• Analise a fundo os que você mais curte, a estrutura, mecânica e so-
luções de design e ilustração;
• Pesquise jogos antigos, novos, simples e complexos;
• Converse com amigos e conhecidos sobre os os jogos que eles
mais curtem;
• Participe de grupos de boardgame e jogue com várias pessoas;
• Aproveite eventos e encontros para trocar ideias com desenvolvedo-
res e profissionais do mercado.

• Conheça alguns tipos de mecânica :


https://www.ludopedia.com.br/mecanicas
https://boardgamegeek.com/browse/boardgamemechanic

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PARTE 2

“As ideias parecem perfeitas na nossa mente.


Ao fazer o primeiro playtest é que você vai ver
se ela realmente está funcionando na prática.”
Reiner Knizia
PARTE 2

Montando seu protótipo:

Se você chegou a esta parte é porque está realmente interessado em se-


guir adiante com sua ideia de boardgame ou jogo de tabuleiro.
Então vamos falar do processo de desenvolvimento com mais detalhes.

Até onde vai sua criação?


Por melhor e mais fantástica a sua concepção original, nem sem-
pre dá para prever qual vai ser o resultado final.
Em todas áreas de criação (arte, arquitetura, engenharia, design e
outras) tudo parte de um projeto e passa por um elaborado pro-
cesso de transformação.

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PARTE 2

Existem questões criativas, questões tecnológicos e aspectos de marke-


ting que podem alterar e modelar o que vai ser o seu produto final.
Estar aberto para estas mudanças, adaptações e recriações é impor-
tante pois deixa espaço o melhor resultado.

Primeiros Passos
Nas fases iniciais seu projeto é ainda algo indefinido e frágil.
Por isso tente acreditar com força na sua ideia pra conseguir en-
frentar o que virá pela frente.
Sim, serão cansativos meses de trabalho, tentativas e muitos erros.
Você certamente vai ter de fazer e refazer várias coisas.
É comum que os deenvolvedores alternem estados de euforia e de-
pressão. Animação e desânimo. Alegria e tristeza. Faz parte desta
empreitada. O mais importante é não desisitir.

Sua Caixa de Ferramentas


Para montar seus protótipos existem alguns recursos artesanais que você
pode fazer em sua própria casa.

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PARTE 2

Você vai te de cortar, colar, montar, adaptar e usar alguns truques de


montagem, usando vários tipos de recursos e ferramentas:

• Cola Pritt em bastão (melhor que a cola comum);


• Tesoura ou Faca olfa (com lâminas descartáveis);
• Fita crepe, durex e outras ;
• Réguas e esquadros;
• Lápis, canetas hidrocor e marcadores;
• Vários tipos de papel;
• Alguns tipos de tintas (spray, acrílica e outras}

Outros itens que você pode usar:


(lembrando que reaproveitar é prático e ecológico)
• Materiais e peças de jogos antigos podem ser reaproveitados e/ou
adaptados;
• Tampinhas, botões, moedas e outros itens que sirvam como pe-
ças;
• Caixas e pedaços de embalagens também podem ser úteis;

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PARTE 2

Sua oficina de montagem


O ideal é que você tenha uma mesa grande para trabalhar ou até
o canto de uma estante. Não precisa ser um trabalho profissional,
mas tente fazer o melhor possível dentro dos recursos que tiver.
As primeiras versões nem precisam ser coloridas eu em papéisi
especiais. O importante é que dê para visualizar e testar aquilo a
que se propõe o jogo, para poder ter as primeiras impressões.

Exemplos práticos:

• CARDGAME (jogo de cartas):


Use como base um baralho usado ou barato. Existe um protetor plástico
transparente de cartas chamado sleeve e disponível nas lojas de boardga-
mes em várias medidas. Com ele você pode montar suas cartas colocan-
do na frente e no verso da carta e dentro do plástico protetor um papel
impresso ou desenhado com sua ideia de carta. O plástico protege o ma-
nuseio e permite você testar as cartas do seu jogo.

• TABULEIRO (em variados formatos)


Imprima o tabuleiro em papel comum, use então uma base mais rígida
como papel kraft, cartolina ou outro material duro como base para colar
o seu desenho.

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PARTE 2
• CAIXAS
Tente achar ou adaptar uma caixa com formato compatível. Elas podem
servir pra você guardar e transportar as peças e material do seu protótipo.

Como escolher o material certo na montagem:


Seus primeiros protótipos podem ser totalmente feitos a mão. É o que
acontece com a maioria dos projetos.
De qualquer forma, durante o desenvolvimento do jogo é bom você ir es-
tudando o assunto e pensando na escolha dos materiais mais adequados
conforme o estilo e proposta do seu jogo.

Vamos ver alguns tipos de materiais e suas características:

Papel
É o material mais usado por ser versátil, com a melhor impressão e
que permite vários tipos de acabamento (cortes especiais, dobradu-
ra e colagem).
Plástico
Resistente e barato. Muito usado para jogos mais simples e produ-
zidos em grande quantidade.

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PARTE 2
Madeira
Muito usado em formas básicas (cubos, círculos e outros) com aplicação
de cor e recorte de figuras em MDF (madeira reciclada). É um material
atrativo e ecológico.
Tecido
Indicado para acessórios como saquinhos, que com impressão em silk
screen dão um toque personalizado a itens do jogo.
Metal
Para dar um toque artesanal e de luxo. As peças em metal podem imitar
bronze, prata e ouro mas tem um custo maior de produção.
Impressão em 3D
Este é o material mais inovador. Permite reprodução e fidelidade nos deta-
lhes mas só é viável pra projetos maiores ou produção em escala.

Testando e Aprimorando
O ideal é que a cada versão, o seu protótipo vá sendo aprimorado
em muitos detalhes:
• nas regras e no balanceamento geral (se existem fatores que po-
dem desequilibrar o jogo de forma geral. Exemplo: cartas ou perso-
nagens que podem favorecer um ou mais jogadores)

20
PARTE 2

• em questões de número de jogadores e tempo de jogo (rodadas)


• na dinâmica e mecânica do jogo;
• nas regras de contagem de pontos e premiações.

Enquanto o visual geral do jogo ainda está próximo do básico você


pode usar
• imagens já existentes (de forma ilustrativa);
• clipartes e ilustrações vetoriais grátis (internet);

Se tudo estiver indo bem e sua ideia dor se aprimorando, você deve
começar a pensar em questões relacionadas às imagens e ao design
das cartas (informações e legibilidade).
É a hora do jogo começar a ganhar uma cara, ou seja uma identi-
dade própria.

Organizando design e ilustrações


Existem muitos profissionais competentes no mercado. Hoje é pos-
sível acessar portfólios nacionais e internacionais e acertar detalhes
por via remota, sem a necessidade de reuniões presenciais.

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PARTE 2

O que é importante fazer:


• Ter uma estimativa inicial de custos e definir quanto você vai
poder investir em cada item do seu projeto;
• Pesquisar o mercado e avaliar o trabalho de profissionais que
estejam dentro do estilo que você procura;
• Definir os elementos essenciais do jogo (imagens e design),
apresentar o conceito geral e fazer orçamentos com vários profis-
sionais;
• O ideal é que tudo fique bem definido por escrito. O recomen-
dando é um contrato com, custo, prazos e responsabilidade das
partes definidas.

Planejar e Fazer
Durante essa etapa, serão várias decisões a tomar e opções a esco-
lher.
Por isso aqui vão algumas sugestões para você obter os melhores
resultados:
• Trabalhe com prazos;

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PARTE 2

Um cronograma geral de tudo que precisa ser feito e resolvido


pode te ajudar bastante;
• Divida as tarefas;
Tente montar uma equipe e delegar as responsabilidades; Traba-
lho em grupo traz troca de ideias e soluções melhores;
• Seja criativo e adaptável;
busque sempre a originalidade e soluções que possam trazer um
elemento diferencial a seu projeto;

• Avalie tudo periodicamente;


Converse e troque ideias de vez em quando para ver o que está
correndo bem e o que pode ser melhorado;

Um protótipo até a forma final pode passar por várias versões


diferentes.

Saiba evoluir em todos os aspectos, fazendo da última versão algo


bem próximo de um produto final.
Isso poderá facilitar a sua produção e lançamento no mercado
ou na apresentação para editoras ou possíveis financiadores.

23
PARTE 2

PARTE 2 - Lista de Tarefas:

1. Montando protótipos em casa - exemplos

Projetos PNP – o que são:

São jogos com arquivos disponíveis para você imprimir e montar em casa;

Pela facilidade, estes projetos são uma ótima referência para quem está co-
meçando a montar protótipos.

Muios jogos em sua fase de desenvolviemto, diponibilizam este material para


realizar testes e colher feedbacks e opiniões.

- Escolha e monte alguns, pra ver na prática como foram preparados as peças
e materiais do jogo,

- Teste os itens do seu jogo em diversos tipos de material para ver qual deles
se adapta melhor.

24
PARTE 2

. . Organizando seu trabalho:

Pesquise versões de cronogramas e fluxos de trabalho (planilha, qua-


dro, papel ou digital) e escolha algum que ache mais adequado.

Adapte do seu jeito, tente estabelecer prazos e tarefas para ter um


quadro geral do seu projeto

3. Confira alguns dos fornecedores disponíveis:

- Acessórios e peças: ludeka.com.br

- Impressão de protótipos e peças:

(SP) ludenslab.com

(RJ) www.gamemakercom.br

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PARTE 3

“Eu tenho muita convicção de que um bom bo-


ardgame é aquele que sabe contar uma boa his-
tória. Ao jogar você é trasnportado para aque-
le universo, se envolve e se emociona durante o
tempo da partida.”
Ignacy Trzewiczek
PARTE 3

Entrando no Jogo

Toda criação elaborada tem uma parte de processo de destruição.


Saber construir e desconstruir vai fazer sua ideia evoluir ao máximo.
Nem sempre só talento e criatividade resolvem.
Tem que se levar em conta também a parte racional e lógica de per-
ceber como está a realidade do mercado e as possibilidades do que
você criou e desenvolveu.

Percebendo a realidade
Quanto mais próximo do produto final maior deve ser sua exigên-
cia e autocrítica.
27
PARTE 3

É bom neste momento saber ver os pontos fracos e emendas soltas,


procurando ser você mesmo o maior crítico.
Aqueles que conseguem passar por este processo de forma persis-
tente e objetiva terão mais chances nesta etapa final.
Se isso fosse uma situação de jogo, seria uma verdadeira guerra,
uma batalha de vida e morte.
E para fazer o seu projeto sobreviver quatro aspectos são muitos
importantes:
1) Reconhecer o terreno (mercado) e as oportunidades (ações a serem
feitas no momento certo);
2) Conhecer e avaliar os adversários e concorrentes (comparando
suas forças e fraquezas);
3) Definir em detalhes qual é o seu produto (conceito, público, custo);
4) Montar uma estratégia a curto e longo prazo (saber planejar o que
vai fazer);

Num mercado de jogos com valores médios que podem variar mui-
to (entrer jogos baratos a outros bem caros), é muito importante
definir de que forma você vai conseguir vender.
Boardgame é produto! Um investimento de risco. Publicar um jogo é
uma coisa, fazer sucesso, obter reconhecimento e conseguir um espaço
no mercado, é outra.

28
PARTE 3

Encarando o mercado
Os caminhos possíveis de publicação e produção do seu protótipo
atualmente são os seguintes:

2) Publicação por editora.


É o ideal pois você vai poder validar seu projeto com profissio-
nais experientes e uma estrutura comercial organizada que vai dar
aquele toque final no seu protótipo. Isto pode significar em alguns
casos, alterações e adaptações na forma final.
A editora cuida de tudo, desde o lançamento até a divulgação, dis-
tribuição e venda. O processo costuma ser feito através de contratos
com uma porcentagem para os criadores (game designers).
Obs: As chances para os novos projetos ou desenvolvedores iniciantes
são mais difíceis. Nem sempre as oportunidades surgem pois o risco
de investimento é maior.

29
PARTE 3

2) Concurso ou Premiações
Esta pode ser uma boa forma de dar visibilidade ao seu protótipo.
O fato de ganhar um prêmio ou ter destaque no meio vai facilitar as
possibilidades de você conseguir investimentos, parcerias ou seguir
em frente com seu projeto.
Obs.: Todos os meses são lançados novos jogos e novos projetos.
Portanto prepare-se bem para enfrentar fortes concorrentes.

3) Financiamento coletivo (crowdfunding)


É a melhor forma para publicar sem ter os recursos iniciais dispo-
níveis. Em uma campanha de arrecadação coletiva você vai mobi-
lizar pessoas para comprarem seu jogo antes da produção.
Estipula-se um valor de arrecadação e uma cota mínima de pessoas.
São criados vários tipos de apoios e um prazo para atingir a meta.
Pelo risco envolvido é preciso um grande esforço de comunicação,

30
PARTE 3

antes e durante a campanha, para obter sucesso.


Alcançar a meta e ainda superá-la com outros itens extras pode dar
um grande impulso e visibilidade ao seu jogo antes mesmo dele ser
produzido.
Obs.: Será imprescindível ter planejamento, organização e mobili-
zação de apoiadores para que os objetivos e metas sejam atingidos.

4) Produção Independente
O desenvolvedor tem a vantagem de controlar tudo mas também
será preciso muito mais trabalho e recursos próprios. Isso envolve
itens adicionais além da produção do jogo em si, que já é um pro-
cesso complexo.
Terá que lidar com canais de venda, distribuição, atendimento, cuidar
de entregas, envios pelo correio e outras questões administrativas.
Os ganhos aqui são mais difíceis e só poderão vir com trabalho con-
tínuo e muita articulação.
Obs.: Essa opção vale para quem acredita muito na própria ideia. É
preciso bastante dedicação, tempo e recursos para bancar essa longa
batalha.

31
PARTE 3

Hora do show

Se você considera o protótipo pronto e avançado, qual a melhor


forma de apresentá-lo?
O ideal é trabalhar em duas formas de abordagem:
• Quantitativa
quanto mas gente ver, testar e dar sua opinião, melhor.
Isso é possível em eventos e encontros com grande quantidade de
pessoas.
• Qualitativa
mostrar o jogo para públicos selecionados, profissionais da área,
desenvolvedores e mídia do segmento.
Neste caso serão menos pessoas a contatar mas com uma opinião
mais crítica e de maior valor.

32
PARTE 3
Abrindo o jogo
A melhor forma de apresentar um jogo é ir direto ao ponto e de
forma objetiva.
Seguem 3 pontos importantes em qualquer tipo de apresentação:

Conte uma história


Você pode ter pouco tempo para atrair atenção, por isso tente
transformar a ideia do seu jogo em algo interessante e atrativo. As
pessoas devem entender o desafio e querer mergulhar na proposta.
Mostre o jogo
Se o seu protótipo está bem desenvolvido e as peças e material já
são parte da narrativa. Teste o potencial da sua criação deixando as
pessoas verem os itens e material de perto.
Abra espaço
Incentive perguntas e opiniões. É a melhor forma de trazê-las para
o universo de sua criação.
Saiba ouvir e observar, avaliando as reações e impressões.
Anote possíveis alterações e mudanças que ainda podem melhorar
o jogo e sua forma de apresentação.

33
PARTE 3

Parte 3 - Lista de Tarefas:

Devido à diversidade de produtos, novos recursos de produção e con-


corrência, o publico está cada vez mas exigente com os protótipos.
Mas muitos gostam de ver projetos novos!
Faça suas apresentações, saiba avaliar o que pode melhorar e tam-
bém observe apresentações de outros desenvolvedores ou editoras.

1. APRESENTANDO

Algumas pessoas tem mais facilidade e desenvoltura para demons-


trar um jogo. Mas você pode treinar e melhorar sua habilidade nesse
aspecto.
Seguem algumas dicas para apresentar um boardgame ou jogo de
tabuleiro:

Eventos — Neste casos o tempo pode ser limitado. Portanto, mesmo


que seu jogo dure 60 minutos, descubra uma forma de mostrá-lo em
15 minutos .
Apresentações de negócios — Essas apresentações de negócios (pitch)
para investidores podem ter e 1 a 5 minutos. Portanto treine apre-
sentar o seu jogo em 1, 3 e 5 minutos. Neste caso cabe mais uma vi-
são comercial, de venda e de potencial do produto.
Obs.: Nos dois casos seria bom ensaiar várias vezes os pontos princi-
pais a falar, fazendo simulações com amigos e conhecidos.

34
PARTE 3

Vídeos — este tipo de comunicação é rápida e atinge um número


maior de pessoas em menos tempo (instagram, youtube, facebook e
outros)
• Rápidos — Unboxing (abrindo a embalagem), apresentação re-
sumida ou depoimentos rápidos;
• Longos — Playtestes de partidas, animações com o material do
jogo, relatos da evolução do protótipo e depoimentos mais longos.

2. AVALIANDO

Crie um formulário de avaliação do jogo.


Procure fazer poucas perguntas, considerando que as pessoas tem
pouco tempo para responder.
Agora é a melhor hora de conversar e ouvir opiniões!

Pelas respostas, diálogos e observações você poderá recolher infor-


mações importantes que poderão aprimorar seu prototipo.

35
PARTE 4

“Todo designer de jogos tem dezenas de


ideias, que podem ser desenvolvidas de vá-
rias formas, tanto visual quanto graficamen-
te. A capacidade de escolher uma e conseguir
torná-la ainda melhor é algo que requer de-
dicação, paciência e humildade.”
Jamey Stegmaier
PARTE 4

Seu produto no mercado

Mais importante do que desenvolver jogos é conseguir terminá-los.


Após passar por todas etapas de criação, desenvolvimento, testes,
críticas e ajustes finais, é uma vitória dizer que seu jogo está pron-
to.

Mas fazer do seu jogo um produto não é fácil. A dinâmica do mer-


cado envolve muitos fatores e uma grande concorrência.
O segmento de boardgames está em expansão no mundo inteiro,
com um número crescente de lançamentos de novos títulos (4000
só em 2018!), além de muitas novas editoras e desenvolvedores. É
uma disputa bem acirrada!

37
PARTE 4

Com tanta competição com produtos nacionais e internacionais,


não existem fórmulas para prever o sucesso ou fracasso de um lan-
çamento.
Por isso é bom saber que existem alguns recursos que podem di-
recionar melhor o que uma editora ou um produtor independente
pode fazer para seu jogo obter mais chances de venda.

O diferencial de um jogo
O grande argumento para consumidores, lojistas mídia é sempre
direcionado a uma pergunta:
O que ele apresenta de diferente ou inovador para chamar a aten-
ção?
Por isso além das características como conceito, design, ilustrações
e mecânica, é importante conhecer o que no marketing se chama
de posicionamento no mercado.

38
PARTE 4
Você já se colocou no lugar de um potencial consumidor e pensou
no que ele costuma levar em conta na hora de escolher e comprar
um jogo?
Como produtor você vê seu jogo de uma forma. Mas a visão de
quem compra é outra, como uma decisão de consumo.
A exigência dos compradores está grande, desde a qualidade da
embalagem, nível de ilustrações, originalidade do design, da temá-
tica e conteúdo, e até das mecânicas envolvidas em um jogo, sem
falar da questão custo x benefício.
Saber onde você se posiciona no mercado pode ajudar a alcançar
o máximo potencial de venda.
É a melhor forma de saber qual o diferencial do seu produto em re-
lação a concorrência e o que vai ajudar para ele ser encontrado pelo
seu público-alvo potencial.

Esse entendimento geral do que está disponível em um determinado


momento, concorrentes próximos ou ameaças, vão permitir que se
planeje um lançamento da forma certa e no momento adequado de
um jogo como produto.
39
PARTE 4

Como divulgar?
A comunicação atualmente acontece em vários níveis. O que antes
limitava-se a anúncios ou espaços de prateleira se estendeu agora
em múltiplos canais.
As redes sociais são o mais importante campo de batalha por essa
luta pela atenção.
É interessante iniciar uma divulgação de seu protótipo desde a fase de
desenvolvimento.
Assim você consegue engajar simpatizantes e trocar ideias com as
pessoas interessadas, criando um canal e poncializando a divulgação.
Cada um dos canias citados tem suas características e particulari-
dades na forma de usar. Comece a usar e teste na prática o poder e
e alcance cada um:
1. Facebook
É a rede social com maior número de usuários cadastrados. Per-
mite você criar a página básica de um jogo sem custo. É um canal
onde você postar as notícias, o desenvolvimento do se jogo e ir ca-
dastrando interessados através das curtidas de página.

40
PARTE 4

Fique atento a outros lançamentos e aos grupos ligados a boardgames


que são um bom espaço para divulgar seus projetos.
2. Instagram
Apesar de ser focada em imagens e vídeos rápidos, é atualmente a
rede com maior visibilidade e interação.
Indicada para ações em tempo real ou captura de momentos signi-
ficativos. Ideal postar fotos de detalhes do jogo e pessoas jogando, de
eventos e informações rápidas.
Obs.: Tanto no Facebook como no Instagram, os Stories (ima-
gens e animações) tem sido um canal de comunicação instantâ-
nea com grande audiência e interatividade. Eles permitem uma
combinação atrativa de textos e imagens.

3. YouTube
As assinaturas consolidaram muitos canais específicos como mídia
de grande potencial. É um canal que atinge nichos específicos de
público e ideal muito usado para mostrar detalhes do jogo , expli-
car as regras e mostrar os itens gerais (Playtest).
É bom investir na qualidade dos vídeos e dar atenção especial nos
comentários, respondendo às dúvidas e questões levantadas.
4. Twitter
É um canal rápido, mais usado pela mídia especializada do setor

41
PARTE 4
(formadores de opinião, editoras, canais e sites de boardgames).
Pode reforçar ações de outras redes sociais, reforçando a comunicação
e aumentando o alcance.
5. Sites e blogs
Podem ajudar na divulgação de conteúdos relacionados ao jogo,
sejam reviews, curiosidades e informações de referência.
Dá para colocar um conteúdo mais variado e completo, com textos,
fotos, vídeos e links para outras informações de interesse.

Como Potencializar sua Divulgação


A ação na internet é feita através de vários canais diferentes nas re-
des sociais. Mas tudo está sempre relacionado a pessoas, opiniões,
comentários e interatividade.
Esteja certo de que este é um trabalho demorado, feito a curto, médio
e longo prazo. Dedique parte de seu tempo a planejar, executar e tes-
tar diferente estratégias de comunicação. Ganhar e conquistar espaço
é uma guera cheia de pequenas batalhas. Construir sus rede de influ-
ência e parcerias vai ajudar muito no resultado final.

42
PARTE 4

Parte 4 - Lista de Tarefas:

Este projeto consumiu muito de seu tempo, ideais e esforço pode se transfor-
mar em algo real. Portanto, agora tenha muita atenção nos detalhes:

• Dedique um tempo para se organizar e aprimorar sua comunicação:;


• Liste os contatos importantes e canais de divulgação do seu segmento, bus-
cando os que forem mais importantes e significativos.
• Prepare seu material de material de apresentação (resumos, fotos, vídeos,
apresentações e outros itens de comunicação);
• Faça um planejamento a médio e curto prazo. Aproveite datas e eventos
para direcionar suas ações.
• Procure também formas alternativas de divulgação. Às vezes algo diferente
pode chamar mais atenção do que aquilo que todos fazem de forma geral.
• Não existe mídia ou canal melhor. Use todas em conjunto ou em ação com-
binada para que uma possa reforçar a outra. Parcerias e apoios também são
formas de ampliar o alcance de suas ações.

Defina uma estratégia inicial e coloque em prática. Siga avaliando resul-


tados e atualizando continuamente, adaptando-se ao que funcionar me-
lhor para os seus objetivos e metas.

43
PARTE 5
Exemplo prático de desenvolvimento:
Sobrevivência na Amazônia

Após apresentar as 4 etapas básicas de desenvolvimento, distri-


buição e vendas, achei importante colocar como fechamento um
exemplo prático de evolução de uma ideia.
O Jogo Sobrevivência na Amazônia tem vários anos de desenvol-
vimento. Desde o prêmio de melhor protótipo no Diversão Offli-
ne 2017 até a Campnha de financiamento vitoriosa na Catarse
em 2018 e a entrega final aos apoiadores, foram várias versões.
Cada uma delas trouxe ajustes de mecânica, regras, material e
design até chegar ao produto final.
Confira a evolução de cada um dos itens que faz parte deste jogo
de tabuleiro | boardgame.

DIVERSÃO OFFLINE 2017


PARTE 5

1. Tabuleiro

Diversas e variadas versões foram tentadas até chegar na forma final. Após definir o design, algumas
modificações foram feitas: - Tamanho menor (com duas dobras) e com opção para 4 jogadores. As va-
riantes do clima passaram para dentro do tabuleiro e no verso, um mapa alternativo foi acrescentado,
com uma alternativa com mais rodadas e maior dificuldade.

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PARTE 5

2. Caixa do Jogo

A caixa final valorizou mais as ilustrações, com imagens da Amazônia e do ambiente do jogo, ficando
mais atrativa. O formato mais compacto permitiu ganho nos custos de produção e melhor facilidade
de armazenamento e exposição para venda.

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PARTE 5

3. Material
Pela temática ecológica do jogo,
optou por materiais alternativos:
MDF (bonecos exploradores e
para o selo de contagem) e sacos
de pano (para guardar o mate-
rial).

4. Fichas de Contagem

Como elemento essencial do jogo, na evolução do design buscou-se a melhor usabilidade, dentro do
menor formato por questões de espaço e custos de produção. Manteve-se o foco maior na informação
visual com ícones e cores, e na base foi colocado um índice de referência de apoio, com os valores dos
pontos de cada item na contagem geral.

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PARTE 5

5. Cartas (verso)

Após vários caminhos e formas, a opção foi por um design mais gráfico e funcional,
com valorização das cores e dos ícones e grafismos, destacando o sol como principal
símbolo de identidade visual.

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PARTE 5

6. Cartas (frente)

As cartas são os principais elementos do jogo. O design valorizou formas orgânicas,


com cores padrão por categoria (rio, floresta, mágicas) e ícones equilibrados visual-
mente pra melhor leitura e compreensão. Optou-se por um formato maior de carta
(Tarot) para valorizar o conjunto de design e ilustrações,

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PARTE 5

6. Cartas (frente)

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PARTE 5

6. Conjunto final

O conjunto final buscou harmonia entre os elementos, valorizando o uso de papel e material alter-
nativo (pano e peças em MDF) procurando ressaltar o aspecto ecológico do jogo.

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PARTE 6
Informações úteis e referências:
Esta parte estará sempre sendo atualizada

Principais Sites de Boardgames:

Internacional:
Boardgamegeek.com
Brazilian Designer Games:
https://boardgamegeek.com/geeklist/252803/item/6719465#item6719465

Nacional:
Ludopedia.com.br

Grupos de Facebook sobre Board Games:

Boardgame:
https://www.facebook.com/groups/boardgames.brasil/
Divulgação de serviços e produtos:
https://www.facebook.com/groups/boardgames.brasil/perma-
link/2484448538264010/
Desenvolvedores de Boardgames:
https://www.facebook.com/groups/desenvolvedoresboardgames/about/
Desenvolvedores Jogos Educativos:
https://www.facebook.com/groups/1947132672230218/
Business to Board (Sobre a Indústria de Boardgames)
https://www.facebook.com/pg/Business2Board/
Eurogames:
https://www.facebook.com/groups/849235361818579/about/

Regionais:
São Paulo - https://www.facebook.com/groups/boardgamessp/
Rio de Janeiro - https://www.facebook.com/groups/boardgamesrj/

52
Eventos de Board Game:

Diversão Offine
Geekcarioca.com.br

Luderias - Onde Jogar

Lista Organizada pela Ludopedia - por estado:


https://www.ludopedia.com.br/lista/14986/onde-jogar
Roteiro do Tabuleiro Carioca:
https://issuu.com/eaitemjogobg/docs/__roteiro_das_pe__as_jan2017

Serviços e Bureau de impressões de protótipos e materiais:


Rio de Janeiro - Game Maker
São Paulo - Ludens Lab
São Paulo - Ludeka.com.br (peças e acessórios)

Canais de Board Game :


https://www.ludopedia.com.br/topico/36703/premio-ludopedia-2019-selecao-midia-audiovisual

Blogueiros de Boardgame:
- Eaitemjogo.com.br
- Jogandomais.com.br
- Meepledivino.blog.br
- Medium.com/deathmatch
- Ovelhinhodorpg.wordpress.com
- Pinheirobg.com

Principais Prêmios de Jogos Tabuleiro:

Internacionais:
- Board Game Geek
https://boardgamegeek.com/wiki/page/Gaming_Industry_Awards&redirectedfrom=Awards#

Brasileiros
- Prêmio Ludopedia
- Prêmio Cubo de Outo - Cultura Geek

53
Glossário para jogos de Tabuleiro:
Guia Para Iniciantes com as Expressões e Termos Mais Utilizados nos Board Games
https://www.inboardgame.com.br/glossario-para-jogos-de-tabuleiro/

Lista de Jogos | Boardgames

WIKIPEDIA – Lista de Jogos


Boardgames list
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_board_games
Lista de Jogos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_jogos

Textos de Referência:

Brandon the Game Dev


Start to Finish: Publish and Sell Your First Board Game
https://brandonthegamedev.com/start-to-finish-publish-and-sell-your-first-board-game/

6 Must-Know Game Design Tips


https://geekandsundry.com/6-must-know-game-design-tips-from-the-creative-director-of-fluxx/

How to Publish a Game


https://facadegames.com/blogs/news/how-to-publish-a-board-game

Graphic design: prototyping priorities


http://www.leagueofgamemakers.com/graphic-design-prototyping-priorities/
How & Why You Should Build a Board Game (5 steps)

Going from idea to prototype


https://www.boardgamedesignlab.com/prototypes/

Are your prototypes good enough?


http://www.leagueofgamemakers.com/are-your-prototypes-good-enough/

Boardgams Designers na Internet:

Antoine Bauza
https://twitter.com/Toinito
http://www.antoinebauza.fr/

54
Daniel Solis
http://danielsolisblog.blogspot.com/
https://twitter.com/DanielSolis
https://www.youtube.com/user/DanielSolis81/videos

Elizabeth Hargrave
https://www.elizhargrave.com/
https://twitter.com/elizhargrave

Eric Lang
https://twitter.com/eric_lang
http://www.ericmlang.com/

Ignacy Trzewiczek
https://twitter.com/trzewik

Reiner Knizia
https://twitter.com/ReinerKnizia
https://www.knizia.de/

Vital Lacerda
http://www.vitallacerda.com/

Uwe Rosemberg
https://en.wikipedia.org/wiki/Uwe_Rosenberg

Livros:

Boardgames that tell stories: the funniest guide to game design


Ignacy Trzewiczek

Building Blocks of Tabletop Game Design: An Encyclopedia of Mechanisms


Geoffrey Engelstein & Isaac Shalev

The Boardgame Designer’s Guide


Joe Slack

Level design, jogabilidade e narrativa pra games


David de Oliveira Lemes

55
Board Game Design Advice: From the Best in the World
Gabe Barret

Game Tek: The Math and Science of Gaming


Geoff Engelstein

How to Create Your First Boardgame


Aaron Frias

Kobold Guide to Board Game Design


Richard Garfield

The Game Inventor’s Guidebook: How to invent and sell boardgames, card games, role-
-playing games
Brian Tinsman

COMENTÁRIOS FINAIS:

Todo o conteúdo deste documento será atualizado periodicamente com novas informações. Co-
mentários e sugestões são bem-vindos.
O conteúdo pode ser citado, desde que fazendo referência da fonte.

Este documento faz parte do material de apoio do Jogo Sobrevivência - Campanha Catarse.
Para mais informações acesse: jogosobrevivencia.com

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Roberto Tostes
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