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Vinhedos virtuais

 O Estado de S. Paulo

 Suzana Barelli

Vinícolas têm uma paisagem linda, com cores que mudam a cada estação (as folhas
das videiras em tons vermelhos no outono é um clássico), e salas de barrica que são,
além de muito bonitas, um chamado para uma taça de vinho. Se a quarentena impede a
visita presencial a elas, uma ideia pode ser conhecê-las pela tela do computador.
A questão é que a grande maioria dessas empresas não é focada (ainda) nesses tours
visuais. É preciso garimpar para encontrar essas imagens e, muitas vezes, se deliciar
com vídeos um pouco mais antigos, de dois ou três anos atrás, mas nem por isso menos
informativos. E esquecer que, muitas vezes, o vídeo tem também uma pegada de
marketing e não apenas de informação.
Para quem gosta de tour 360 graus, agora é a chance de conhecer a Cité du Vin,
museu em Bordeaux, França, que reúne todas as informações sobre brancos e tintos. De
arquitetura futurista, o prédio na beira do Rio Garonne pode ser visitado no bit.ly/cite-
duvin. No Chile, gostei do tour da Viña Errazuriz (bit.ly/errazuri), importante vinícola
no vale do Aconcágua, com imagens de vinhedos e da vinícola. Na Argentina, a
Bodegas Salentein (bit.ly/bodesale) traz um tour completo, no qual dá até para assistir
ao vídeo quando o roteiro virtual passa pelo cinema da vinícola, ou para admirar seus
quadros, no museu local. No Brasil, a Salton propõe seu tour virtual (bit.ly/salton360),
mas faltam imagens importantes, como dos vinhedos e da parte de vinificação.
Das regiões vinícolas, gostei do passeio virtual pelos vinhedos da Alsácia
(bit.ly/vinhoalsacia). Para quem lê em francês ou em inglês, há mais informações
disponíveis, de vinhedos, tipos de solo, etc. Mas só passear pelas imagens dos vinhedos
que cercam os vilarejos locais é um ótimo passeio virtual. É incrível como as vinhas
parecem estar em todos os lugares da paisagem.
Tem também o tour da vinícola portuguesa Aveleda pelos seus jardins históricos e
grandiosos, disponível pelo Instagram @aveledaportugal.
Se o inglês não for um problema, a norte-americana Robert Mondavi está com uma
série de pequenos vídeos, que permite não apenas conhecer a vinícola, mas acompanhar
o dia a dia dos enólogos em plena quarentena (robertmondaviwinery.com). Em um
recente, a diretora de enologia Nova Cadamatre MW mostra o início da brotação da
cabernet sauvignon e comenta: “É confortável saber que o ciclo natural das vinhas
continua nestes tempos”.
Na vinícola Roda, há vídeos curtos em espanhol (roda.es/videos), apresentados pelo
diretor Agustín Santolaya, sobre os vinhedos e a degustação de alguns vinhos – em um
deles, Santolaya explica sobre uma vinha da variedade tempranillo, e é bem didático. Na
Louis Latour, há aulas sobre a vinícola, com mapas, para quem quer aprender sobre as
peculiaridades da Borgonha, uma das mais interessantes regiões francesas quando o
assunto é vinho (bit.ly/verlatour, em inglês e francês).
Na verdade, há vídeos para todos os gostos. Na Argentina, há bons exemplos de
vídeos curtos, feitos pela RNV (Registro Nacional do Vinho do país), com vinícolas
como a Finca Sophenia (bit.ly/sophenia) e a Luigi Bosca (bit. ly/verluigi). Em Portugal,
a Quinta da Malhadinha mescla sua história com os serviços de enoturismo que oferece.
Gostei do vídeo da Quinta de la Rosa (alentejana.com.br/quinta-de-la-rosa), que
narra a história desta vinha na região do Douro. E do quase poético de Château Croix de
Labrie, em SaintEmilion (bit.ly/chateaucroix). Aposto que outros vídeos e tours virtuais
virão. Sites mais interativos devem ser uma consequência desta quarentena.
Umexemploéa alentejana Herdade do Esporão, que está fazendo fotos em 360 graus de
seus vinhedos e da vinícola. A visita virtual, em esporao.com, está prometida até o fim
de maio.
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