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REFLEXÃO: ABORDAGENS EDUCACIONAIS

Durante muito tempo, e educação e a integração dos surdos na sociedade foi motivo
sofrimento por parte dos mesmos. Na Grécia antiga, onde a fala era considerada a expressão
do pensamento, é possível perceber a rejeição dos surdos e suas formas de comunicação.
Posteriormente, a pessoa surda foi considerada passível de treinamento através da oralização,
a língua de sinais sendo novamente negligenciada.
A partir desse panorama, as abordagens educacionais presentes na educação dos
surdos através dos séculos são: oralismo, comunicação total e bilinguismo. O oralismo foi
muito utilizado no final da Idade Média, pois através das decisões do Congresso de Milão,
passou a ser a única forma aceitável de educação da pessoa surda, depois do banimento das
línguas de sinais. Os surdos tinham que se comunicar apenas oralmente, tendo que aprender a
fazer leitura labial e vocalização, em um processo doloroso de falsa integração.
A comunicação total parte do pressuposto de que o surdo deve utilizar tudo o que
estiver ao seu alcance para se comunicar, seja através de gestos, de oralização, de desenhos
etc. A língua de sinais passou a ser muito utilizada com essa abordagem educacional.
Finalmente, o bilinguismo propõe que a língua de sinais seja considerada a primeira
língua do surdo e ele posteriormente aprende a língua de seu país na forma escrita. O ideal,
nessa proposta, é que todas as pessoas envolvidas na educação também sejam bilíngues, e,
portanto, capaz de se comunicar com os surdos em sua própria língua.
Ainda estamos longe de alcançar o ideal para o bilinguismo, mas essa proposta deve
ser incentivada por meio da formação de profissionais da educação que sejam capazes de
ensinar os mais diversos públicos.

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