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Análise Experimental Do Comportamento
Análise Experimental Do Comportamento
DESCRIÇÃO
Os paradigmas teórico-práticos que definem a Análise Experimental do Comportamento como ciência de
base.
PROPÓSITO
Compreender os conceitos teóricos do behaviorismo e da aplicação desse conhecimento em termos
práticos facilitará o entendimento do papel do psicólogo na intervenção terapêutica de comportamentos
desadaptativos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
A Análise do Comportamento é, muitas vezes, confundida com suas subáreas. Ela é a grande área a
qual são relacionados os estudos práticos do comportamento e está dividida em três ramos (CARVALHO
NETO, 2002):
MÓDULO 1
Em um período em que o estruturalismo era considerado a grande escola experimental que possibilitou à
Psicologia um lugar no hall das ciências, alguns pensadores funcionalistas estadunidenses não
cessavam suas críticas ao método introspectivo de estudo da vida mental e dos processos conscientes.
Para a maioria dos estudantes de Psicologia e até mesmo psicólogas(os) profissionais, o nome Pavlov
provavelmente remete a cachorros e sininhos, embora seu trabalho tenha sido bem mais amplo que isso.
Suas contribuições à Psicologia estão mais para um “incidente de percurso” do que um interesse
subjacente em estudar o comportamento humano.
Autor: Mikhail Nesterov/ wikimedia Commons/Domínio Público
Ivan Pavlov
Inicialmente, Ivan Pavlov (1849 - 1936) preocupava-se em estudar o papel das enzimas digestivas no
processo de digestão de cachorros, trazendo grandes contribuições para a área. Com base nesses
estudos, Pavlov elaborou o conceito de reflexo, o qual se refere a uma reação instintiva do organismo a
um dado estímulo do ambiente. Tal conceito seria essencial para a Psicologia, anos mais tarde, e será
mais explorado a partir de agora.
Pavlov inseria tubos esterilizados nas glândulas salivares de cães, e, ao apresentar comida para os
animais, eles liberavam quantidades maiores de saliva, fornecendo o material de estudo que tanto
queria. No entanto, Pavlov percebeu que, após algum tempo trabalhando com um mesmo cachorro,
essas pequenas ampolas coletoras de saliva começavam a se encher a partir de estímulos que
antecediam a apresentação do alimento: quando os animais ouviam seus passos, quando iluminava o
laboratório ou mesmo quando se aproximava das gaiolas.
Fonte: Gilmanshin/Shutterstock.com.
Demonstração do experimento de Pavlov
Alguns termos são muito fundamentais para o estudo da Análise do Comportamento. Dentre eles, o
termo eliciar que significa “fazer sair; expulsar”. Esse termo é usado para caracterizar uma resposta
reflexa, por conta de sua natureza automática e intrincada ao estímulo. Ou seja, a grosso modo um
estímulo “extrai” do organismo uma resposta.
COMPORTAMENTOS REFLEXOS
Todos os animais, incluindo os seres humanos, nascem com um repertório de comportamentos básicos
derivados da história evolutiva de cada espécie. Tais comportamentos são muito importantes para ajudar
o organismo a se adaptar e a sobreviver ao ambiente em que o animal vive desde os primeiros
momentos de vida. Esses comportamentos sofrem modificações provocadas por alterações no ambiente
(MOREIRA; MEDEIROS, 2007).
Fonte: Shutterstock.com.
Se um cisco cair no olho de uma pessoa, ela automaticamente aumentará a frequência de piscadas dos
olhos e liberará mais lágrima para lubrificar e expulsar o corpo estranho.
Fonte: Shutterstock.com.
Fonte: Shutterstock.com.
Esses e inúmeros outros exemplos demonstram a quantidade enorme de reflexos que um ser humano
pode ter diante de condições específicas do ambiente. A essas “condições ambientais” damos o nome
de estímulo. O reflexo é a relação entre um estímulo ambiental e a resposta eliciada por ele no
organismo (MOREIRA; MEDEIROS, 2007).
COMENTÁRIO
Os reflexos estudados por Pavlov radicalizaram o estudo da Psicologia por se tratarem de objetos
observáveis, constantes e quantificáveis, encerrando, por certo tempo, às críticas ao método
estruturalista e atraindo a atenção dos funcionalistas estadunidenses para o estudo do comportamento.
CONDICIONAMENTO RESPONDENTE
Como vimos, os comportamentos reflexos são aqueles primordiais para a adaptação e sobrevivência dos
animais no ambiente. No entanto, estes não passam o resto da vida com o mesmo repertório
comportamental que possuíam ao nascer. Logo, novos comportamentos são desenvolvidos a partir dos
reflexos inatos. Esses novos comportamentos, ou melhor, reflexos aprendidos, são integrados ao
repertório do organismo por meio de condicionamento respondente.
Ao lembrar do experimento clássico de Pavlov com seus cachorros, é possível discernir os eventos
inseridos para compreender a lógica do processo. Observe o esquema que apresenta todo esse
processo:
Fonte: Shutterstock.com.
ANTES DO CONDICIONAMENTO:
O pesquisador apresentou um estímulo neuro (campainha) para o cachorro, que não manifestou reações
observáveis.
DURANTE O CONDICIONAMENTO:
Em seguida, foi apresentado novamente o mesmo estímulo neutro, mas, agora, concomitantemente a
um estímulo incondicionado (comida), e observou-se a eliciação de resposta incondicionada (saliva) pelo
cachorro. Esse evento foi repetido algumas vezes.
Fonte: Shutterstock.com.
Fonte: Shutterstock.com.
APÓS O CONDICIONAMENTO:
A partir de determinado momento, a campainha, agora não mais estímulo neutro, mas sim estímulo
condicionado, passa a eliciar uma resposta condicionada, que é a salivação, independentemente da
presença da comida. Esse, portanto, é um condicionamento de 1ª ordem.
Os estudos sobre o condicionamento respondente foram muito importantes para compreender respostas
emocionais, como as fobias.
Vamos pensar em um exemplo plausível de ser observado no cotidiano: um motorista que não consegue
mais trabalhar em seu veículo desde que sofreu um sequestro. É possível compreender o que aconteceu
se a situação for fracionada: dirigir poderia ser considerado o estímulo neutro, uma vez que não
eliciava nenhuma resposta emocional negativa.
Imagine que essa pessoa soube de vários casos de violência contra motoristas na região onde costuma
trabalhar. Logo, dirigir passa a ser associado a um evento perigoso. Até que um dia, o motorista é
rendido por um homem armado, o que o faz eliciar uma resposta de medo muito intensa, com sinais
fisiológicos, cognitivos e comportamentais, como tremores, taquicardia, fraqueza nas pernas,
pensamento de que pode morrer a qualquer momento e choro.
Fonte: Shutterstock.com.
Pavlov também percebeu que seria possível fazer com que a resposta condicionada deixasse de ser
eliciada. Isso seria possível apresentando repetidamente o estímulo condicionado sem a presença do
estímulo incondicionado. Voltando ao experimento com o cachorro, seria apresentar a campainha e não
apresentar mais a comida. Assim, ao fenômeno de eliminação, parcial ou total, de uma resposta
condicionada damos o nome de extinção respondente.
NO AMBIENTE DE TRABALHO
Em um escritório, as pessoas que vivenciaram medo na presença de determinado chefe abusivo e
agressivo com as palavras começassem a sentir uma melhora gradual no bem-estar e consequente
diminuição das sensações negativas, ao adquirirem confiança em um possível novo chefe mais educado,
comedido e justo.
Imagine que este novo chefe, que todos respeitam e admiram, que, por um motivo qualquer, perde o
controle de suas emoções e acaba sendo mais agressivo que o normal. É possível que as pessoas no
ambiente se lembrem do passado recente com o antigo chefe e eliciem novamente uma resposta de
medo ou fiquem mais sobressaltadas que o normal.
Estes exemplos mostram que, mesmo extinguindo uma resposta condicionada, é possível que ela seja
recuperada espontaneamente.
O QUE É O COMPORTAMENTO RESPONDENTE?
Assista ao vídeo, que explica e apresenta exemplos de comportamentos reflexos aprendidos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Reprodução da espécie.
B) Desenvolvimento do organismo.
C) Desenvolvimento cerebral.
GABARITO
1. Apreendemos que o reflexo é a relação entre um estímulo ambiental e a resposta eliciada por
ele no organismo. Dentro desse contexto, qual é a importância dos comportamentos reflexos?
Todo animal nasce com uma série de comportamentos básicos herdados pela história da própria espécie
e que atuaram, e atuam, na capacidade de o organismo sobreviver e se adaptar em seu meio.
2. João sofreu um acidente de moto em que precisou ter uma de suas pernas amputadas. Só de
lembrar do evento, ele se emociona muito. Desde então, nunca mais conseguiu subir em uma
moto por conta do medo intenso que sente.
Antes de sofrer o acidente, a moto não eliciava nenhuma resposta de medo em João. Por isso, até esse
momento, ela pode ser considerada um estímulo neutro. Apenas depois do acidente (evento traumático),
ela pode ser considerada estímulo condicionado.
MÓDULO 2
Se uma pessoa encosta o braço em uma superfície muito quente, espera-se que ela responda quase
que automaticamente, retirando o braço de perto daquela superfície. Mas como explicar comportamentos
como tocar um instrumento musical, aprender a falar uma língua ou a jogar futebol? A teoria de
condicionamento operante, criada e amplamente estudada pelo escritor e psicólogo Burrhus Frederic
Skinner (1904-1990), busca entender esse amplo e complexo repertório comportamental.
CONTROLE DE ESTÍMULOS
Diferentemente do comportamento respondente, em que um estímulo (S) elicia uma resposta (R), no
paradigma operante, diz-se que um comportamento emitido espontaneamente (resposta) gera uma
consequência (estímulo) que influenciará no aumento ou na diminuição das chances de o
comportamento ocorrer novamente.
Por exemplo, um aluno levanta a mão para tirar uma dúvida, mas o professor não para a aula e não
permite que o aluno fale. Qual é a chance de esse aluno voltar a levantar a mão para tirar dúvidas?
Nesse caso, o comportamento de levantar a mão gerou uma consequência no ambiente, representada
pela desconsideração do professor. Assim, a consequência será reforçadora, caso aumente a
probabilidade de o comportamento ser emitido outras vezes, ou punitiva, se diminuir a probabilidade de
esse comportamento se repetir.
Fonte: Shutterstock.com.
Comportamento respondente
Comportamento operante
R→C
Não é difícil imaginar quantos comportamentos podem ser influenciados pelas consequências do
ambiente. São exemplos comuns do cotidiano casos como:
Fonte: Shutterstock.com.
Fonte: Shutterstock.com.
Um dos pontos mais importantes da teoria de Skinner foi a observação da capacidade de modificar
comportamentos a partir de suas consequências (MOREIRA; MEDEIROS, 2007).
REFORÇO
Reforço é toda consequência que aumenta a probabilidade de um dado comportamento ocorrer. Os
reforços operantes podem ser de dois tipos: positivo e negativo.
Reforço positivo
Reforço negativo
Reforço não é o mesmo que recompensa, porque engloba todo e qualquer estímulo que aumente a
frequência de um comportamento. Exemplos: um abraço, palavras de motivação, afeto ou assistir a um
programa de televisão após terminar de estudar.
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REFORÇADORES PRIMÁRIOS
REFORÇADORES SECUNDÁRIOS
São reforços aprendidos, que adquiriram importância ao longo da vida, e não têm valor intrínseco.
Exemplos: dinheiro, ouro, notas escolares, carro e roupas caras.
Um bebê que está aprendendo a falar balbucia sons que não têm um sentido claro logo de início. Porém,
à medida em que os adultos ao redor reforçam pequenos acertos da criança, as informações corretas
são aprendidas e, quando emitidas, são ainda mais reforçadas. Prova disso é a importância emocional
que é comumente dada ao primeiro “mama” e “papa”.
Andar de bicicleta, jogar jogos de carta, aprender a fazer novos amigos e qualquer tipo de
comportamento, segundo os behavioristas, pode ser aprendido dessa maneira. Outro aspecto importante
sobre a modelagem é a necessidade de aplicar o reforço imediatamente após os comportamentos
desejados e nunca reforçar comportamentos indesejados.
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Aplicação do estímulo reforçador
RESPOSTA
Isso não é uma verdade. Basta pensar na quantidade de aprendizagens que perdemos ao longo da vida.
Se um jovem aprende a tocar violão, mas passa anos sem praticar, é bem provável que não consiga ter
a mesma capacidade que demonstrava. Também pode ser que ele se esqueça de praticamente todas as
canções que havia praticado.
Quando se tira o reforço de um comportamento, a tendência é que ele reduza sua frequência de
repetição e, se isso se mantiver, deixe de ser emitido. A esse processo damos o nome de extinção
operante.
É bastante comum que pais de “primeira viagem” reforcem comportamentos inadequados do(a) filho(a)
com receio de estarem fazendo a criança sofrer ou porque não sabem como proceder em determinada
situação e, em seguida, precisem de ajuda para extinguir tais comportamentos, conforme o exemplo
abaixo:
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Quando a criança, em meio a outros adultos, sente-se entediada por não ter o que fazer em uma festa,
ela emite alguns comportamentos para tentar eliminar aquela sensação indesejada, como fazer manha,
pedir para ir embora, jogar algumas coisas no chão e, talvez, como última tentativa, chorar e gritar.
Sentindo-se muito incomodados e envergonhados, os pais dão um dispositivo eletrônico para que a
criança se distraia com algum jogo interativo e pare de chorar.
Dias depois, experienciando alguma emoção negativa, a criança chora e grita ainda mais forte que na
festa, o que incomoda mais ainda os pais, que, por sua vez, dão novamente o dispositivo eletrônico a
ela, fazendo com que pare com os gritos.
Fonte: Shutterstock.com.
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Nesse caso, se o reforço é conferido à entrega do dispositivo eletrônico para extinguir o comportamento
reforçado de “birra”, será necessário não entregar o que a criança quer. Não importa a intensidade do
escândalo, mas, para que esse comportamento cesse, isto é, seja extinto, é necessário parar de reforçá-
lo dando à criança jogos eletrônicos.
Existem meios mais eficientes de reforçar um organismo pelo chamado reforço parcial (NEVIN, 1992).
Esse reforço não ocorre continuamente, mas de forma intermitente e, embora o comportamento seja
aprendido mais lentamente, torna-se mais difícil de ser extinto.
Quando a primeira resposta é reforçada após um período determinado. Por exemplo, olhar o celular
diversas vezes, esperando pela mensagem de uma pessoa específica.
PUNIÇÃO
Fonte: Shutterstock.com.
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A punição negativa é quando se retira um estímulo reforçador do ambiente para que determinado
comportamento reduza sua frequência. Nesse caso, pode ser representado quando os pais de um
adolescente retiram sua mesada por ter se envolvido em brigas na escola.
ATENÇÃO
A punição pode ser uma ferramenta para a eliminação de algum comportamento, mas pode gerar efeitos
colaterais indesejados. Punições, principalmente as positivas, podem gerar reações emocionais
negativas que, quando muito empregadas, geram ansiedade, tensão emocional, estresse e humor
deprimido. O organismo punido não extinguirá o comportamento, mas o suprimirá, lembrando que, para
que a extinção ocorra, deve haver a retirada do estímulo reforçador daquele comportamento. Se o
comportamento está suprimido, não há garantias de que não será emitido novamente. Pelo contrário,
longe da fonte punidora, o organismo pode sentir maior segurança em emitir o comportamento
novamente.
A) Reforço positivo
B) Reforço negativo
C) Punição negativa
D) Extinção
E) Punição positiva
E) O gerente puniu todos os funcionários, incluindo o que apresentou a última ideia para o projeto.
GABARITO
1. Um motorista está dirigindo a 120 km/h em uma estrada em que a velocidade máxima permitida
é de 90 km/h. Assim, o motorista recebeu uma multa de R$250,00. Qual dos fenômenos
apontados representa o que aconteceu no evento relatado?
O gerente reforçou positivamente um comportamento inadequado quando elogiou uma conduta bastante
reprovável de plagiar outras ideias.
MÓDULO 3
Identificar o papel do analista de comportamento na avaliação de comportamentos
disfuncionais junto às propostas de medidas de intervenção
A partir desse momento, o intuito é discutir sobre a Análise Funcional do Comportamento, a qual se
refere ao modelo de aplicação prática da Análise do Comportamento.
A Análise Funcional é entendida como a maneira pela qual a Análise do Comportamento explica os
fenômenos comportamentais, utilizando métodos e estratégias de intervenção terapêuticas (NENO,
2003). Para Skinner (2003), a Análise Funcional se encarrega da identificação das variáveis externas
capazes de explicar os comportamentos que se quer analisar, prever ou modificar.
Fonte: Shutterstock.com.
A Análise Funcional do Comportamento se propõe a realizar uma visão prática das contingências do
indivíduo, ou seja, tem o papel de entender o(s) comportamento(s) inadequado(s) e prejudiciais à vida do
indivíduo, bem como intervir de maneira estruturada, a fim de modificá-los. Portanto, é o emprego dos
conceitos behavioristas na prática de uma terapia comportamental, unindo os conhecimentos teóricos do
behaviorismo radical e as avaliações empíricas da Análise Experimental do Comportamento (FONSECA;
PACHECO, 2010).
Antes de iniciar a descrição da Análise Funcional, vale lembrar que a teoria behaviorista é baseada no
modelo de causalidade evolucionista, a qual defende a ideia de que a interação entre organismo e
ambiente seleciona características comportamentais, assim como características morfológicas (DE-
FARIAS; FONSECA; NERY, 2017).
Segundo Skinner (2003), existem três níveis de seleção do comportamento por suas consequências:
filogenético, ontogenético e cultural.
NÍVEL FILOGENÉTICO
Diz respeito aos comportamentos selecionados ao longo da história da própria espécie e são muito
associados a reflexos inatos. O andar bípede dos homo sapiens é resultado de seleções morfológicas
que ocorreram ao longo de milhares de anos.
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Isso aconteceu, entre outros motivos, pelo estreitamento da pélvis – característica que impedia que as
mulheres levassem a gestação pelo tempo necessário para o adequado amadurecimento cerebral do
feto (algo em torno de 21 meses). Como os bebês prematuros, nascidos em 9 meses, eram muito frágeis
e incapazes de sobreviver no ambiente, os comportamentos relacionados aos cuidados materno e
paterno se tornaram evolutivamente mais vantajosos (TONI et al ., 2004).
NÍVEL ONTOGENÉTICO
Este nível se refere aos comportamentos armazenados ao longo da vida do indivíduo. Nesse nível, tanto
podem ser comportamentos oriundos da via respondente quanto operante. Nesse último caso, as
alterações provocadas por tal comportamento no ambiente aumentam ou diminuem as chances de esse
comportamento se repetir em situações semelhantes. Como já mencionado anteriormente, os sons
emitidos pelo bebê ao balbuciar seus primeiros fonemas, quando reforçados pelos adultos, deverão
formar seu repertório de comportamento verbal.
NÍVEL CULTURAL
Por fim, o nível cultural trata da seleção de práticas culturais ao longo da história da cultura de uma
sociedade. Os comportamentos reforçados são aqueles considerados benéficos para a cultura daquela
sociedade (DE-FARIAS; FONSECA; NERY, 2017). Nesse quesito, existem os mais variáveis exemplos,
tanto positivos quanto negativos. Há culturas cujo comportamento pró-social é muito reforçado, e, por
isso, o conceito de respeito ao grupo é muito importante. Em contrapartida, há o racismo,
comportamento destrutivo, mas reforçado por muitos grupos de pessoas dentro de uma sociedade.
Assim, a teoria behaviorista leva a crer que um único comportamento pode ser influenciado por diversas
variáveis: genéticas, sócio-históricas e culturais.
Para que a intervenção seja devidamente eficaz, é necessário descobrir a função do comportamento
para o organismo analisado. Nesse momento, o conceito de contingência é fundamental para a Análise
Funcional.
ANÁLISE DE CONTINGÊNCIAS
Segundo o Vocabulário da Análise do Comportamento , organizado por Teixeira Júnior e Souza (2006),
contingência é definida como: “os componentes das relações comportamentais que apresentam relação
de dependência entre si”. Em resumo, é a relação entre variáveis que mostram como um comportamento
foi desenvolvido e se perpetua no repertório do organismo. Portanto, embora o termo mais conhecido e
utilizado nos meios profissionais da Análise Funcional, não é um equívoco chamarmos este estudo de
análise de contingências.
Um comportamento por si só não tem relevância para o analista do comportamento. Por isso, é
importante analisar as contingências. Um mesmo comportamento emitido por uma pessoa em
contingências distintas pode representar significados completamente diferentes. Isso é melhor ilustrado
no caso relatado a seguir:
Imagine uma personagem que será identificada pela letra S e que apresenta o comportamento de “fazer
tudo muito bem feito”. Quando pequena, sua mãe lhe batia e brigava muito sempre que S deixava algo
desarrumado pela casa ou em seu quarto. Cansada dos eventos aversivos proporcionados pela mãe, S
sempre se adiantava e arrumava tudo antes de a mãe chegar do trabalho. Quanto mais bem arrumada,
limpa e cheirosa estava a casa, quanto mais bem feitos estavam seus deveres de casa, menor era a
chance de a mãe se irritar. Às vezes, ela até se mostrava carinhosa.
Portanto, S teve o comportamento de “fazer tudo muito bem feito” reforçado negativamente, pois tirava
um estímulo aversivo do ambiente, e positivamente em razão variável, pois a mãe a elogiava com
alguma frequência, mesmo que incerta.
Fonte: Shutterstock.com.
Anos mais tarde, sua mãe se conscientizou de que seu comportamento com S era inadequado e passou
a ser muito grata pela ajuda que a jovem prestava em casa, sempre agradecendo à filha. S acabou por
se esforçar e se dedicar ainda mais com a limpeza da casa porque o reforço dado pela mãe foi muito
valorizado por ela.
Isso mostra que um mesmo comportamento pode apresentar funções distintas para o organismo,
dependendo das contingências.
Para conceber a relação entre as variáveis e como elas mantêm o comportamento, é adotada uma
ferramenta chamada de tríplice contingência. Essa relação pode ser expressa pela seguinte fórmula
(MOREIRA; MEDEIROS, 2007):
SD: R – SC
Onde:
Em termos de trabalho clínico, existem dois modelos de análises funcionais: análises funcionais
moleculares e análises funcionais molares (DE-FARIAS; FONSECA; NERY, 2017).
ANÁLISES FUNCIONAIS MOLECULARES
Este tipo de análise tem por objetivo analisar contingências pontuais, importantes para entender
comportamentos específicos em situações determinadas. É um ponto de partida para fazer análises mais
amplas em seguida. É nesse momento que se emprega a ferramenta da tríplice contingência
(antecedente, resposta e consequências).
Segundo De-Farias, Fonseca e Nery (2017), são cinco os passos para a elaboração de uma análise
molecular:
É importante ficar atento às respostas que são, de fato, relevantes para a observação terapêutica,
uma vez que o paciente tem a tendência a expandir seu discurso e trazer inúmeros relatos de
situações que não teriam valor para a avaliação terapêutica e, consequentemente, para a
intervenção.
Deve-se evitar colher respostas negativas, escolhendo aquelas que o cliente, de fato, faz, e não as
que ele deixa de fazer. É mais útil de intervir em “a criança se levantou e saiu de perto do pai” do
que “a criança não obedece”.
É necessário deixar claro quando a resposta for de via respondente, ou seja, quando estiver
atrelada a um estímulo específico, porque respostas operantes estão relacionadas às
consequências.
Veja, a seguir, um breve estudo de caso que ilustra os conceitos abordados. Este é um exemplo prático
para demonstrar brevemente como pode ser feita uma formulação de evento específico (molecular). O
objetivo é realizar quantas análises moleculares forem necessárias para compreender o quadro.
UM ESTUDO DE CASO
Um indivíduo identificado pela letra J chegou à terapia por se sentir muito triste, solitário e com medo do
futuro. Disse que morava em uma cidade pequena e veio morar no Rio de Janeiro para poder trabalhar e
estudar. Na faculdade, não consegue fazer amigos com facilidade, mas percebe que as pessoas o
procuram para fazer trabalhos em grupo, já que é um aluno muito dedicado e perfeccionista. E ele
aceitava, na esperança de conseguir fazer algum contato com seus colegas de turma.
Sempre que tomava coragem para chamar uma menina para sair, J recebia um não ou era ridicularizado.
Em relação aos homens, tentou participar de alguns eventos esportivos, mas foi ignorado.
Fonte: Shutterstock.com.
Ser
Punição + Tristeza.
ridicularizado.
Dificuldade para
Tentar
interagir
estabelecer
socialmente e Receber
vínculos Extinção Insegurança.
conflitos resposta “não”.
sociais.
interpessoais.
1
IDENTIFICAR PADRÕES COMPORTAMENTAIS.
Consequências
Contextos Consequências
Comportamentos Histórico de que
atuais que fortalecem
característicos aquisição enfraquecem o
mantenedores o padrão
padrão
Ambiente Bom
Faz e refaz Pais Sobrecarga e
acadêmico desempenho e
trabalhos exigentes somatizações
competitivo boas notas
Só tinha
Nunca acha que atenção dos Ambiente de Reconhecimento
Pouco tempo
estão bons o pais quando trabalho muito social e
para lazer
suficiente havia bom competitivo profissional
desempenho
Altas
Comparações
Assume diversos expectativas Oportunidade de Poucas
constantes
compromissos ao familiares sobre crescimento no relações de
com outras
mesmo tempo seu trabalho intimidade
pessoas
desempenho
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SEGUNDO SKINNER (2003), OS ORGANISMOS SÃO INFLUENCIADOS POR
TRÊS NÍVEIS DE SELEÇÃO DE COMPORTAMENTOS: ONTOGENÉTICO,
FILOGENÉTICO E CULTURAL. COM BASE NESSA AFIRMAÇÃO, ASSINALE A
ALTERNATIVA CORRETA:
D) Os comportamentos culturais são desenvolvidos com base nas influências sociais, desde que não
recebam influência dos comportamentos filogenéticos.
C) Não há utilidade prática nesta análise, uma vez que é empregada para estudos experimentais.
D) As análises do contexto.
GABARITO
1. Segundo Skinner (2003), os organismos são influenciados por três níveis de seleção de
comportamentos: ontogenético, filogenético e cultural. Com base nessa afirmação, assinale a
alternativa correta:
A herança ontogenética permite que os animais nasçam com comportamentos básicos e necessários
para o organismo sobreviver ao meio.
É preciso conhecer as relações entre situação, resposta e consequência para melhor analisar o padrão
comportamental.
MÓDULO 4
SUBDIVISÕES NO ESTUDO DO
COMPORTAMENTO
O estudo do comportamento segue uma série de subdivisões com especialidades próprias, tais como:
Behaviorismo radical – que serve de base teórica para os estudos sobre o comportamento.
É muito difícil pensar nessas áreas completamente independentes, uma vez que se complementam. Não
seria possível, sem as bases teóricas do behaviorismo radical, promover pesquisas sobre o
comportamento ou mesmo validar processos aplicados para intervenção. Na visão de Tourinho (1999),
todas essas subáreas fazem parte de um grande conjunto organizado, que é a Análise do
Comportamento.
Assim, dificilmente, poderemos falar em contribuições e atualização de uma das áreas sem mencionar
as outras, ao menos nas áreas experimental e aplicada. Como exemplos, as pesquisas em Análise
Experimental do Comportamento possibilitaram o desenvolvimento de técnicas de intervenção
terapêuticas com grande aceitação pelos profissionais e com ótimos resultados.
Fonte: Shutterstock.com.
De forma resumida, a Análise do Comportamento aplicada à prática psicoterápica pode ser encontrada
com os seguintes nomes, só para citar alguns:
Estudos mostram que a intervenção precoce em crianças no espectro autista traz benefícios
consideráveis a partir dos treinos em ABA (DAWSON; BURNER, 2011; FOXX, 2008). Resumidamente, o
tratamento deve focar na modelagem de comportamentos que estão prejudicados na criança, assim
como na extinção de comportamentos inadequados presentes em excesso, como, por exemplo, a
agressividade.
Fonte: Shutterstock.com.
O ABA pode auxiliar na redução da agressividade
Fonte: Shutterstock.com.
O ABA utiliza esquemas de reforço
Os esquemas de reforço são quaisquer fatores que tragam alguma satisfação, alegria ou algum
reconhecimento e devem ser aplicados imediatamente após o comportamento ser emitido. Quando os
reforços são aplicados sucessivamente após algumas repetições, o comportamento é condicionado.
Fonte: Shutterstock.com.
Linehan (2014) percebeu que a proposta de trabalho terapêutico das terapias cognitivas era muito
pautada no manejo dos sintomas de transtornos, ou seja, demandava um compromisso por mudança.
Esse trabalho focado em mudança era interpretado por pacientes com traços mais rígidos de
personalidade como uma invalidação de suas questões emocionais.
Assim, a Terapia Comportamental Dialética é uma abordagem que tem por objetivo trabalhar não
somente a mudança, mas também a aceitação de algumas características intrínsecas do paciente,
estabelecendo metas comportamentais específicas (ABREU, P. R.; ABREU, J. H. S. S., 2016). São elas:
MINDFULNESS
Para entendermos melhor esta abordagem, usaremos o exemplo de um paciente com o nome hipotético
de Luís, que chega ao consultório com o intuito de trabalhar sintomas de ansiedade que o incomodam
muito.
Luís diz que, desde pequeno, seus pais inibiam suas manifestações emocionais com muita frequência,
repreendiam seu jeito extrovertido de se comunicar com as pessoas e evitavam deixá-lo brincar com
colegas durante a semana. No presente, esse paciente sofre com a dificuldade para interagir com outras
pessoas e experimenta medo em desagradá-las.
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O FAP baseia-se na relação terapêutica
O terapeuta precisa ficar atento e observar comportamentos modelados nesse passado trazido pelo
paciente e que podem se manifestar na relação terapêutica, questionando se:
Assim, quando os comportamentos-problema que costumam ocorrer no dia a dia do paciente são
observados na consulta – os chamados Comportamentos Clinicamente Relevantes (CCR) – o
terapeuta deve intervir diretamente neles.
Embora, no quadro depressivo, a pessoa possa querer mudar as emoções e os pensamentos negativos
que experiencia, normalmente, não há disposição para ações que possibilitem essa mudança.
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A AC auxilia o paciente na luta contra quadros depressivos
Assim, a Ativação Comportamental tem a proposta de auxiliar o paciente a agir perante a vida, reduzindo
as esquivas e aumentando a possibilidade de consequências reforçadoras para essas ações. O
resultado é uma melhora na disposição, no humor e na capacidade de resolução de problemas
cotidianos.
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A AC auxilia o paciente na luta contra quadros depressivos
A maneira como a Ativação Comportamental é empregada precisa de uma boa relação terapêutica e
conhecimento sobre o paciente. Isso permite que o terapeuta possa propor ao paciente a adoção de
atividades que levariam à resolução dos problemas e, com isso, à promoção do aumento das
possibilidades do contato com contingências de reforçamento positivo (SAFFI; ABREU; LOTUFO NETO,
2011). Cabe ao terapeuta analisar quais contingências de vida do paciente favorecem a manutenção de
comportamentos desadaptativos.
Uma tarefa muito utilizada nesta abordagem é a do “curtograma”, a qual consiste em pedir ao paciente
que descreva quais atividades ele:
Isso dará ao terapeuta uma noção ampla do que está inadequadamente em excesso e o que de
prazeroso e reforçador está faltando. Por exemplo, uma pessoa ama futebol, mas, há meses, não vai a
uma partida ou sequer assiste aos jogos pela televisão, pois passa horas do dia resolvendo questões do
trabalho, mesmo já estando em casa. O terapeuta pode propor ao paciente, respeitando suas
necessidades e limitações, pelo menos uma vez por semana, encontrar-se com outras pessoas para
assistir aos jogos ou jogar futebol.
COMENTÁRIO
Há alguns anos, a produção científica em Análise Experimental do Comportamento vem sofrendo relativo
déficit. A crítica direcionada à grande parte dos pesquisadores é a falta de investigações científicas que
apontem para a aplicação direta dos resultados obtidos, já que, por ser uma ciência de base, não
necessariamente, as pesquisas trazem resultados práticos e com impacto social (CRITCHFIELD, 2011).
De fato, o objetivo de qualquer ciência básica não é necessariamente trazer resultados práticos, mas
explorar e ampliar o conhecimento sobre o tema. Talvez, seja válido abordar mais problemas práticos
sem perder a essência do que é fazer pesquisa básica.
QUAL A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO HOJE?
Neste vídeo, falamos um pouco mais sobre a prática da Análise do Comportamento e sua aplicabilidade.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO É VISTA POR ALGUMAS
PESSOAS COMO UM ESTUDO PARA DESCOBRIR MANEIRAS DE CONTROLAR
NÃO SÓ O COMPORTAMENTO, MAS TAMBÉM A VIDA DO INDIVÍDUO. COM BASE
NESSA AFIRMAÇÃO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
A) A Análise Experimental do Comportamento é uma ciência de base, cujo intuito não é produzir nenhum
conhecimento prático.
C) Tal como uma ciência de base, a Análise Experimental do Comportamento preocupa-se em explorar e
avançar o conhecimento e, quando possível, propor uma atividade prática que possa ser construtiva.
2. A PSICOTERAPIA ANALÍTICO-FUNCIONAL:
D) Avalia as contingências que influenciam o padrão de comportamento atual e quais fatores na história
de vida possivelmente mantêm os comportamentos disfuncionais.
E) Trabalha com o discurso livre, deixando o paciente falar o que lhe vem à consciência.
GABARITO
1. A Análise Experimental do Comportamento é vista por algumas pessoas como um estudo para
descobrir maneiras de controlar não só o comportamento, mas também a vida do indivíduo. Com
base nessa afirmação, assinale a alternativa correta:
2. A Psicoterapia Analítico-Funcional:
É preciso conhecer as relações entre situação, resposta e consequência para melhor analisar o padrão
comportamental.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, abordamos as definições e características da Análise do Comportamento em sua forma
mais ampla, passando por todas as subáreas: Análise Experimental do Comportamento, Behaviorismo
Radical e Análise Aplicada do Comportamento, na vertente da Análise Funcional.
Foi possível compreender o papel dos comportamentos reflexos para a sobrevivência e a adaptação ao
meio, e o quanto esses comportamentos podem influenciar na criação de respostas emocionais.
Também foram expostos os principais conceitos de comportamentos operantes e como eles são
incorporados no repertório do indivíduo. Por serem comportamentos mais complexos, são aqueles
normalmente mais importantes de analisar.
Expomos, também, como é feita a análise de contingências para que seja possível compreender os
comportamentos que se formam e afetam o indivíduo no presente. Além disso, foi possível entender
como e quais comportamentos fazem parte da história de vida da pessoa. Por fim, pudemos identificar a
importância da análise do comportamento tanto para as pesquisas científicas quanto para as
intervenções clínicas.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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ou cognitivo? In : Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 18, n. 1, p. 45-58, 2016.
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Experimental Analysis of Behavior, v. 57, n. 3, p. 301-316, 1992. Consultado em meio eletrônico em: 5
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SAFFI, F.; ABREU, P. R.; LOTUFO NETO, F. Terapia cognitivo-comportamental dos transtornos
afetivos. In : RANGÉ, B. (col.). Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a pesquisa.
Porto Alegre: Artmed, 2011.
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CONTEUDISTA
Vitor Hugo Loureiro Bruno Costa
CURRÍCULO LATTES