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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA


___VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO – SP.

NOME DO RECLAMANTE, qualificação completa, vem,


respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor uma

AÇÃO RECLAMATÓRIA TRABALHISTA

pelo rito ordinário, em face da reclamada

AGENCIA IDEAL COMUNICACAO LTDA, inscrita no


CNPJ/MF nº 07.479.559/0001-95, com endereço na Rua VIRGILIO DE CARVALHO PINTO
380, PINHEIROS, SÃO PAULO, CEP 05415-020, e conforme o artigo 651, §3ª, da CLT a
competência da Vara do Trabalho compete ao reclamante apresentar reclamação no foro
da celebração do contrato, assim, o presente foro é o competente para dirimir a lide ora
apresentada, pelos motivos de fato e direito a seguir articuladamente expostos.

1. DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

A presente demanda não foi submetida à Comissão de Conciliação


Prévia, em razão da mesma não ter sido constituída. Com efeito, foram criadas para a categoria
apenas algumas comissões de conciliação voluntária de caráter facultativo, conforme acordo
firmado entre o Sindicato dos Bancários e o reclamado. Releva que, mesmo na hipótese de que
tivesse sido constituída a Comissão de Conciliação Prévia prevista em lei, a jurisprudência
sintetizada na Súmula nº 2 do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2 ª Região, deu a
melhor interpretação ao dispositivo em tela e estabeleceu que o comparecimento perante a
Comissão não constitui condição da ação, ou pressuposto processual, face ao disposto no artigo
5º, inciso XXXV, da Constituição Federal.

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2. DA ADOÇÃO DO JUÍZO 100% DIGITAL

O reclamante imputou ao cadastramento da tramitação do feito sob a


modalidade do Juízo 100% digital, conforme as diretrizes fixadas na Resolução do CNJ n.
345/2.020.

Todavia, o Reclamante, requer o deferimento do Juízo Digital, desde


já requerendo que todas as intimações e publicações sejam realizadas única e exclusivamente
pelo Diário Eletrônico.

3. DA INAPLICABILIDADE DAS ALTERAÇÕES DA LEI 13.467/2017 NO


CONTRATO DE TRABALHO FIRMANDO SOB A ÉGIDE DO DECRETO LEI nº
5.452 de 1943 – VIOLAÇÃO DOS DIREITOS CONSTITUCIONAIS

Considerando que a Lei 13.467/2017 não trouxe normas específicas de


transição, há de se esclarecer que é pacífico entendimento de que as novas normas de direito
material somente se aplicam às relações jurídicas não consumadas na vigência da nova lei, de
modo a não ferir o artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal, que trata do direito adquirido, do
ato jurídico perfeito e da coisa julgada.

No caso em tela, importa observar que o contrato de trabalho foi


firmado sob a égide do Decreto Lei nº 5.452 de 1943, portanto, são inaplicáveis as alterações da
Consolidação das Leis de Trabalho por intermédio da Lei 13.467/2017 que possa causar
prejuízos ao obreiro sob pena de violação dos princípios constitucionais fundamentais.

Tal entendimento é corroborado também no artigo 468 da CLT que


determina: “nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente dessa
garantia”.

Destarte, requer que sejam resguardados todos os direitos adquiridos


no transcurso do contrato de trabalho do obreiro.

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4. DADOS FUNCIONAIS

Em 16/10/2020 o reclamante foi admitido aos serviços da


reclamada para exercer a função de agente publicitário. Em 16/11/2021 foi extinto o
contrato de trabalho, porém, não recebeu corretamente seus direitos.

5. REMUNERAÇÃO

A última remuneração mensal da reclamante foi no importe de R$


3.500,00 (três mil e quinhentos reais).

6. ENQUADRAMENTO SINDICAL CORRETO – JORNALISTA

Desde o início o Reclamante teve a sua condição de jornalista


profissional, exercendo por todo o período de labor as atividades inerentes à função
jornalística, que se enquadram integralmente nos termos do § 1º do artigo 302, artigo 303 da
CLT e artigo 2º do Decreto 83.284/79, a saber:

CLT - Decreto Lei nº 5.452 de 01.05.1943 - Aprova a Consolidação das Leis


do Trabalho.
Art. 302 - Os dispositivos da presente Seção se aplicam aos que nas
empresas jornalísticas prestem serviços como jornalistas, revisores,
fotógrafos, ou na ilustração, com as exceções nela previstas.
§ 1º - Entende-se como jornalista o trabalhador intelectual cuja função se
estende desde a busca de informações até a redação de notícias e artigos e a
organização, orientação e direção desse trabalho.
Art. 303 - A duração normal do trabalho dos empregados compreendidos
nesta Seção não deverá exceder de 5 (cinco) horas, tanto de dia como à
noite.

Decreto nº 83.284 de 13.031979


Art 2º A profissão de Jornalista compreende, privativamente, o exercício
habitual e remunerado de qualquer das seguintes atividades:
I - redação, condensação, titulação, interpretação, correção ou coordenação
de matéria a ser divulgada, contenha ou não comentário;
II - comentário ou crônica, por meio de quaisquer veículos de comunicação;
III - entrevista, inquérito ou reportagem, escrita ou falada;

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IV - planejamento, organização, direção e eventual execução de serviços
técnicos de Jornalismo, como os de arquivo, ilustração ou distribuição
gráfica de matéria a ser divulgada;
V - planejamento, organização e administração técnica dos serviços de que
trata o item I;
VI - ensino de técnicas de Jornalismo;
VII - coleta de notícias ou informações e seu preparo para divulgação;
VIII - revisão de originais de matéria jornalística, com vistas à correção
redacional e à adequação da linguagem;
IX - organização e conservação de arquivo jornaIístico e pesquisa dos
respectivos dados para elaboração de notícias;

Na sequência apresenta parcial de relação e algumas das reportagens


veiculadas pela Reclamada com a autoria do Reclamante que comprovam o desempenho
habitual de atividades relativas ao profissional de jornalismo, criando, escrevendo matérias
jornalísticas, fazendo a pesquisa, buscando especialistas e entrevistando:

 https://www.amapadigital.net/cotidiano_amapa_view.php?id_noticia=128032
 https://paticionunes.blogspot.com/2021/10/synergy-brasil-discute-as-melhores.html
 https://paticionunes.blogspot.com/2021/11/avanco-da-vacinacao-ajuda-na-retomada.html
 https://www.ruralcentro.com.br/noticias/receita-liquida-do-agrogalaxy-cresce-37-2-no-primeiro-
semestre-de-2021-85953
 https://paticionunes.blogspot.com/2021/05/covid-19-uber-oferece-70-mil-viagens.html
 https://www.amapadigital.net/cotidiano_amapa_view.php?id_noticia=128711

O Reclamante frequentou o curso de Comunicação Social com


Habilitação em Jornalismo na Escola de Comunicações e Artes Universidade de São Paulo,
conforme documento anexo, tendo colado grau em 15/06/2016:

(IMAGEM ANEXA)

Ainda, o Reclamante possui registro profissional de Jornalista

(IMAGEM ANEXA)

Assim, diante de tais documentos, possível comprovar a capacitação


técnica do reclamante, para ser enquadrado corretamente como JORNALISTA, junto à
Reclamada.

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Pelo aqui exposto, requer o Reclamante, o reconhecimento da
atividade de JORNALISTA PROFISSIONAL com jornada de 5 (cinco) horas diárias durante
toda a contratualidade mantida na Reclamada, nos termos dos parágrafos 1º e 2º do artigo 302
da CLT, artigos 2º e 3º do Decreto 83.284/79, artigo 2º do Decreto nº 972/69 e inciso IX do
artigo 11 do Dec. 83.274/79 conforme itens 1 e 2 da parte expositiva com a aplicação da
legislação específica.

7. DO HORÁRIO DE TRABALHO – APLICAÇÃO DE JORNADA


REDUZIDA DE 5 (CINCO) HORAS E DO PAGAMENTO DAS HORAS
EXTRAS

Diante do exposto nos tópicos anteriores, restou claro que o


Reclamante exercia função de jornalista (art. 302, §1 e 303 da CLT e Decreto-Lei 972/69,
regulado pelo Decreto 83.284/79), devendo, ser reconhecida a condição de JORNALISTA
PROFISSIONAL do Reclamante por toda a contratualidade e considerada a legislação
específica destinada aos jornalistas profissionais, inclusive no tocante à jornada de 5 (cinco)
horas diárias.

Assim, consequentemente, durante todo o contrato de emprego, o


reclamante cumpriu permanentemente regime extraordinário, de segunda a sexta-feira das
09h00min às 18h30min, com 01 hora de intervalo para refeição e descanso.

Desta forma, no que tange às horas extras, a reclamante enquadrava-se


no caput do art. 303 da CLT, e faz jus à jornada especial de 05 horas. Apesar da sua jornada
sempre ultrapassar o limite legal e contratual, conforme já descrito, não percebeu as horas
extras, como de direito.

Nesse sentido, o disposto na OJ 407 da SDI-I do TST, segundo a qual:


“O jornalista que exerce funções típicas de sua profissão, independentemente do ramo da
atividade do empregador, tem direito à jornada reduzida prevista no artigo 303 da CLT”. E, na
mesma linha, citamos as decisões análogas à presente demanda:

“HORAS EXTRAS. ENQUADRAMENTO. JORNALISTA. Empregado


contratado para exercício da função de jornalista e exercendo de fato tal
atividade, enquadra-se nas definições previstas nos artigos 302, §§ 1º e 2º e

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303, da CLT, fazendo jus à jornada especial de trabalho. O fato de a
empresa reclamada não possuir atividade fim jornalismo não obsta a
aplicação da legislação específica atinente à respectiva função, constante
disposição de § 2º do art.3º do Decreto -Lei nº. 83.284/79. (TRT-4-
ROT:00203069120185040205, RELATOR: ROGER BALLEJO
VILLARINHO, 1ª Turma, d.j.:24/02/2021,d.p.25/02/2021)”

“SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. JORNALISTAS CONTRATADOS POR


EMPRESA NÃO JORNALÍSTICA. JORNADA REDUZIDA. Aplica-se a
jornada reduzida estabelecida no art. 303 da CLT para os empregados
admitidos como jornalistas que exercem atividades próprias de jornalismo,
mesmo que a empregadora seja empresa não jornalística. Aplicação da OJ
407 da SDI-1 do TST. Sentença mantida no aspecto. (TRT da 4ª Região, 1ª
Turma, 0020258-64.2016.5.04.0024 ROT, em 23/11/2017, Desembargadora
Lais Helena Jaeger Nicotti)”

“PORTAL TERRA. INTERNET. ENQUADRAMENTO DO EMPREGADO


COMO JORNALISTA. Caso em que a prova oral confirma que o reclamante,
jornalista formado e contratado como "Editor", exercia atividades típicas da
sua profissão, nos termos do artigo 302, § 1º, da CLT. (TRT da 4ª Região, 1ª
Turma, 0020058-33.2015.5.04.0011 AP, em 25/08/2016, Desembargador
Fabiano Holz Beserra)”

Ademais, a relatora, ministra Kátia Magalhães Arruda, explicou que,


de acordo com a Súmula 85 do TST, a prestação de horas extras habituais descaracteriza de
forma global o regime de compensação semanal de jornada, “Não se trata de mera
irregularidade formal no atendimento das exigências legais para compensação de jornada, mas
de descumprimento material dos acordos de compensação de jornada”:

Agravo De Instrumento. Recurso De Revista. Lei Nº 13.467/2017.


Transcendência. Horas Extras Regime De Compensação Semanal De
Jornada. Supressão Do Trabalho Regime De Compensação Semanal De
Jornada. Invalidade. Prestação Habitual De Horas Extras E Trabalho Em
Dias Destinado À Compensação. Forma De Cálculo Das Horas Extras.
(Proc. RR 520-88.2016.5.09.0594 ÓRGÃO JUDICIANTE: 6ª Turma
RELATORA Kátia Magalhães Arruda ).

Assim, nos termos do entendimento consubstanciado na Súmula 85,


IV, do C. TST, o banco de horas instituído pela Reclamada, vez que descaracterizado, deve

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ser declarado nulo, não sendo considerados os acordos de compensação e banco de horas,
ainda mais considerando a não observância da Reclamada dos requisitos cotejados pela lei
e o excessivo número de horas extras diárias realizadas pela Reclamante.

Para efeito de cálculo das horas extraordinárias, estas deverão ser


pagas a partir da 5ª hora diária, observando-se o divisor 150, nos termos do artigo 305 da CLT,
com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora normal para as primeiras duas
horas e de 60% (sessenta por cento) para as demais horas prestadas, nos termos da Cláusula
Décima Terceira da CCT anexa.

Nos termos da Súmula 264 do C. TST, as horas extras deverão ser


calculadas com base na remuneração total do Reclamante. Além disso, a Reclamada deixou de
pagar os salários decorrentes das integrações das horas extras nos repousos semanais
remunerados (RSR’s), bem como as integrações dessas verbas à remuneração, notadamente, nas
férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3, gratificações natalinas vencidas e
proporcionais, FGTS e demais verbas rescisórias, em conformidade com a jurisprudência dos
Tribunais Trabalhistas, e a Súmula nº 172 do E. TST e artigo 7º, “a”, da Lei nº 605/49.

Considerando que as horas extras eram prestadas durante toda a


semana, o Reclamante faz jus ao valor correspondente ao repouso semanal remunerado,
inclusive, sábados e feriados.

8. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS

O reclamante não recebeu a participação proporcional nos lucros


ou resultados de 2020/2021, devendo o reclamado demonstrar que existe programa relativo à
PLR, sob pena de pagar a multa prevista na Cláusula Décima Sétima das CCTs anexas.

É incontroverso que o reclamante colaborou para a elevação dos


lucros da empresa, bem como para o seu crescimento. Desta feita, deve ser considerado o pleito
do pedido do pagamento da PLR, no período em destaque.

Neste sentido é, inclusive, o entendimento sedimentado na


Orientação Jurisprudencial nº 390 da SBDI-I do C. TST, de seguinte teor:

Orientação Jurisprudencial nº 390. Participação nos lucros e resultados.


Rescisão contratual anterior à data da distribuição dos lucros.
Pagamento proporcional aos meses trabalhados. Princípio da isonomia.

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Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo
ou norma regulamentar que condiciona a percepção da parcela
participação nos lucros e resultados ao fato de estar o contrato de
trabalho em vigor na data prevista para a distribuição dos lucros. Assim,
inclusive na rescisão contratual antecipada, é devido o pagamento da
parcela e forma proporcional aos meses trabalhados, pois o ex-
empregado concorreu para os resultados positivos da empresa.

Portanto, a reclamada deverá acostar o programa de PLR para


apurar o valor devido e ser condenada a pagar o respectivo benefício ao reclamante, com os
devidos acréscimos legais, sob pena de pagar a multa prevista nas CCTs.

9. EQUIPARAÇÃO SALARIAL

No período de 10/2020 a 04/2021, trabalhou com o reclamante a


paradigma Michelle Araújo, exercendo as mesmas atividades, ou seja, redações de notícias,
notas, material, entrevistas, enviar matérias para a mídia, contato com a imprensa, assessoria
de imprensa, entre outros.

Apesar da nomenclatura de cargos existentes na reclamada,


executavam trabalho de igual valor, com todos os requisitos contidos no artigo 461 da CLT.
Ocorreu que, a paradigma percebia salário superior em torno de R$600,00 (seiscentos reais)
que o percebido pelo reclamante.

Por conseguinte, o reclamante faz jus à equiparação com a paradigma


especificado, bem como às diferenças salariais respectivas, que deverão integrar a remuneração
para todos os efeitos legais, consoante pacífica jurisprudência, notadamente nas férias vencidas
e proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional, gratificações natalinas vencidas e
proporcionais, horas extras, saldo de salário, DSR’s, FGTS mais 40%, aviso prévio e
gratificações contratuais. O reclamado deverá ainda ser condenado a anotar a CTPS do
reclamante quanto ao salário devidamente equiparado.

10. HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS

A reclamada não pagou ao reclamante as referidas verbas nas épocas


próprias.

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Via de consequência, em sendo devidas ao reclamante as verbas
discorridas nesta exordial, nos termos do artigo 791-A DA Lei 13.467/2017, corroborado com o
entendimento do artigo 85 do CPC/2015, a parte perdedora no processo o deverá arcar com os
honorários do advogado da parte vencedora, entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor da condenação.

Desta feita, requer a condenação da Reclamada ao pagamento de


honorários advocatícios, em razão da mera sucumbência, à luz do artigo 791-A DA Lei
13.467/2017, bem como artigo 85, § 2º, do CPC/2015.

Conforme o v. acórdão da ADI nº 5766 do E. STF, o §4° do artigo 791


—A da CLT foi declarado inconstitucional, ou seja, não se aplica a condição suspensiva de
exigibilidade do pagamento de honorários sucumbenciais ao beneficiário da justiça gratuita.

Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou parcialmente procedente o pedido


formulado na ação direta, para declarar inconstitucionais os arts. 790-B,
caput e § 4º, e 791-A, § 4º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
vencidos, em parte, os Ministros Roberto Barroso (Relator), Luiz Fux
(Presidente), Nunes Marques e Gilmar Mendes. Por maioria, julgou
improcedente a ação no tocante ao art. 844, § 2º, da CLT, declarando-o
constitucional, vencidos os Ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e
Rosa Weber. Redigirá o acórdão o Ministro Alexandre de Moraes. Plenário,
20.10.2021 (Sessão realizada por videoconferência - Resolução
672/2020/STF). (grifo nosso)

Ademais, importante destacar a seguinte passagem no voto do Min.


Roberto Barroso:

“(...) É importante consignar que a mera existência de créditos judiciais,


obtidos em processos trabalhistas, ou de outra natureza, não é suficiente
para afastar a situação de pobreza em que se encontrava a parte autora, no
momento em que foram reconhecidas as condições para o exercício do seu
direito fundamental à gratuidade da Justiça. […] (ADI 5766/DF, Rel. Min.
Roberto Barroso. Voto Vogal Min. Edson Fachin, p. 11.

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Sendo assim, tendo em vista que foi reconhecida a
inconstitucionalidade do art. 791-A, § 4o da CLT, introduzido pela Lei 13.467 de 2017 (ADI
5766), se faz necessária não apenas suspender, mas sim, excluir a exigibilidade do
Reclamante no pagamento de eventuais honorários advocatícios sucumbenciais.

11. DA JUSTIÇA GRATUITA

Encontra-se o reclamante impossibilitado de arcar com as custas e


despesas processuais, sem prejuízo de seu sustento e de seus dependentes, requerendo a
concessão dos benefícios da justiça gratuita.

Primordialmente, sobreleva notar-se que a Lei nº 13.467/2017 fere o


princípio constitucional da isonomia. Isso porque o legislador ordinário pretendeu instituir
tratamento mais gravoso, restritivo e prejudicial ao demandante na Justiça do Trabalho do que o
dispensado ao litigante na Justiça Comum, submetido às regras do CPC. Esse tratamento mais
gravoso não é constitucionalmente permitido, tendo em vista o princípio da isonomia (art. 5º,
caput, da Constituição), eis que ignora as exigências relativas ao tratamento judicial dos créditos
trabalhistas, inclusive em termos de acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da Constituição).

No que tange aos princípios que gerem a Justiça do Trabalho,


encontra-se por pressuposto a facilitação do acesso à justiça, o que inclui a noção de “jus
postulandi” e de assistência judiciária gratuita, ou seja, a gratuidade, inclusive, é um princípio
do processo do trabalho, como se sabe, e deve abranger todas as despesas do processo.

Neste certame, o devido processo legal e o direito à ampla defesa, na


Justiça do Trabalho, têm contornos historicamente bem definidos, tendo como norte o princípio
do amplo acesso à Justiça do Trabalho, pelo qual busca-se facilitar ao trabalhador a defesa
judicial de seus direitos.

Outrossim, trata-se de meio inerente à ampla defesa (art. 5º, LV, da


Constituição) no âmbito da Justiça Especializada, de modo que o critério da gratuidade de
justiça se justifica diante da natureza alimentar dos créditos trabalhistas e encontra respaldo,
ainda, nos princípios do valor social do trabalho (art. 1º, IV, da Constituição) e da função social
da propriedade (art. 5º, XXIII, da Constituição).

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Vale ressaltar que corrobora com o referido entendimento os
termos dos enunciados aprovados na 2ª Jornada de Direito Material e Processual do
Trabalho, em sua Comissão 7, Enunciado 3.

Não obstante a tais princípios, o artigo 790, § 3º da CLT dispõe que:

CLT - Art. 790 - § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes


dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou
de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e
instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40%
(quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.

Neste sentido, verifica-se que a lei se refere àqueles que perceberem


salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime
Geral de Previdência Social, no presente caso, em cenário atualizado, o reclamante encontra-
se desempregado, desprovido de qualquer recebimento, sendo, portanto, inferior aos
limites impostos.

Nessa esteira, além da juntada da CTPS do reclamante que faz prova


inequívoca de que está desempregado, vale destacar o entendimento cristalizado pelo C. TST na
Súmula 463 expressamente diz que basta a juntada de declaração de hipossuficiência dos autos
para que os benefícios de gratuidade de justiça sejam concedidos, vejamos:

“Súmula nº 463 do TST

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.


COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da
SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017,
DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado
em 12, 13 e 14.07.2017

I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita


à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada
pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com
poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015);“

Ainda, vale destacar que o STF, na ADIn 5766, declarou


inconstitucionais os arts. 790-B, caput e § 4º, e 791-A, § 4º, ambos da CLT, vejamos:

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“Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou parcialmente procedente o
pedido formulado na ação direta, para declarar inconstitucionais os arts.
790-B, caput e § 4º, e 791-A, § 4º, da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), vencidos, em parte, os Ministros Roberto Barroso (Relator), Luiz Fux
(Presidente), Nunes Marques e Gilmar Mendes. Por maioria, julgou
improcedente a ação no tocante ao art. 844, § 2º, da CLT, declarando-o
constitucional, vencidos os Ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e
Rosa Weber. Redigirá o acórdão o Ministro Alexandre de Moraes. Plenário,
20.10.2021 (Sessão realizada por videoconferência - Resolução
672/2020/STF).”

Portanto, uma vez deferido o pedido de justiça de justiça gratuita, o


reclamante deve ficar isento dos honorários periciais e honorários advocatícios sucumbenciais.

Assim, requer o reclamante os benefícios da Justiça Gratuita, haja


vista, este não possuir condições financeiras de demandar sem prejuízo do próprio sustento e da
sua respectiva família. Observa-se que a isenção de custas atende aos ditames da Lei 7.117/83,
no art. 1º e da Lei 1.060/50, uma vez que informa seu estado de pobreza através da declaração
acostada aos autos.

DOS PEDIDOS

Isto posto é a presente para reclamar o pagamento das


seguintes verbas e direitos:

a) A adoção do juízo 100% digital, em cumprimento aos princípios da celeridade e


economia processual, desde já requerendo que todas as intimações e publicações sejam
realizadas única e exclusivamente pelo Diário Eletrônico, consoante item “2” retro;

b) Inaplicabilidade da lei 13.467/2017 no contrato de trabalho firmado na presente


demanda sob a égide do decreto lei nº 5.452 de 1943, conforme item “3” retro;

c) o reconhecimento da atividade de JORNALISTA PROFISSIONAL com jornada de


5 (cinco) horas diárias durante toda a contratualidade mantida na Reclamada, nos termos dos
parágrafos 1º e 2º do artigo 302 da CLT, artigos 2º e 3º do Decreto 83.284/79, artigo 2º do
Decreto nº 972/69 e inciso IX do artigo 11 do Dec. 83.274/79 conforme itens 1 e 2 da parte
expositiva com a aplicação da legislação específica, consoante item “6” retro;

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d) Horas extras, inclusive as diferenças de horas extras e minutos residuais (Súmula nº 366
do E. TST), a serem pagas a partir da jornada legal de 5 horas diárias, nos termos do art. 303,
“caput”, da CLT, observando o divisor 150 nos termos dos artigos 305 da CLT e 7º, inciso XIII,
da Constituição Federal, com os acréscimos previstos nas convenções coletivas de trabalho,
calculadas com base na remuneração total do reclamante, consoante Súmula 264 do C. TST, nos
termos do item “7” retro...........................................................................................................R$
38.808,00

e) Integrações das horas extras nos RSR’s, nos termos da convenção coletiva de trabalho e
acordos judiciais, consoante ao item “8”
retro............................................................................................................R$ 7.940,88

f) Integrações da verba pleiteada na alínea “d” – “e”, em epígrafe, nas gratificações


natalinas, férias acrescidas de 1/3, aviso prévio e eventuais direitos legais e oriundos do
contrato de trabalho, em conformidade com as SÚMULAS DO E. TST, consoante o item
“7”, conforme discriminado abaixo:

I. 13o salário (2020) 02/12 R$ 115,50


II. Férias indenizadas (2021) 12/12 R$ 2.661,94
III. Abono de férias indenizadas (2021) 12/12 R$ 887,31
IV. 13o salário (2021) 11/12 R$ 2.540,99
V. Férias proporcionais (2021) 02/12 R$ 350,22
VI. Abono de férias proporcionais (2021) 02/12 R$ 116,74

VII. Aviso Prévio (2021) 33 dias R$ 2.931,92

g) Pagamento das integrações das horas extras e consectários legais, postulada supra, no
FGTS do § 1º, do art. 18 da Lei n.º
8.036/90............................................................................................R$ 4.508,28

h) a reclamada deverá acostar o programa de PLR para apurar o valor devido e ser condenada a
pagar o respectivo benefício ao reclamante, com os devidos acréscimos legais, sob pena de
pagar a multa prevista nas CCTs, consoante o item “8” retro, sendo a multa referente ao de
2020 de R$ 776,22 e de 2021 de R$ 862,38, totalizando R$ 1.638,60

i) Equiparação salarial com as repercussões à remuneração para todos os efeitos legais, sem
limitações, consoante as SÚMULAS DO E. TST, com a paradigma Michelle Araújo, bem

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como as consequentes diferenças salariais e seus reflexos, especialmente, no saldo de salário,
nos RSR’s, férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3, gratificações natalinas
vencidas e proporcionais, FGTS , aviso prévio, horas extras e diferenças da PLR, bem como
anotação na CTPS do salário devidamente equiparado, consoante o item “9“
retro.......................................................................................R$ 8.400,00

j) Integrações da verba pleiteada na alínea “i” em epígrafe, nas gratificações natalinas, férias
acrescidas de 1/3, aviso prévio e eventuais direitos legais e oriundos do contrato de trabalho,
em conformidade com as SÚMULAS DO E. TST, consoante o item “9”, conforme
discriminado abaixo:

I. 13o. salário (2020) 02/12 R$ 100,00


II. Férias indenizadas (2021) 12/12 R$ 600,00
III. Abono de férias indenizadas (2021) 12/12 R$ 200,00
IV. 13o. salário (2021) 11/12 R$ 550,00
V. Férias proporcionais (2021) 02/12 R$ 100,00
VI. Abono de férias proporcionais (2021) 02/12 R$ 33,33
VII. Aviso Prévio 33 dias R$ 660,00

k) Pagamento das integrações da equiparação salarial e consectários legais, postulada


supra, do FGTS, do § 1º, do art. 18 da Lei n.º
8.036/90................................................................................................R$ 851,46

l) A condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios em razão da mera


sucumbência, entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por
cento) sobre o valor da condenação, à luz do artigo 791-A DA Lei 13.467/2017, bem
como artigo 85, § 2º, do CPC/2015, conforme item “10” retro

m) A concessão do benefício da justiça gratuita, certo de que o Reclamante preenche os


requisitos da lei nº 1060/50, e artigo 790, § 3º, da CLT, consoante faz prova a declaração
em anexo (Doc. anexo – Declaração de Hipossuficiência), consoante o item “11” retro.

DEMAIS REQUERIMENTOS

a) Requer a notificação da Reclamada de todos os termos do presente para, ao final, julgada


procedente ação, ser condenada ao pagamento do principal, acrescido de juros, correção
monetária (que deverão ser calculados a partir do índice de correção monetária advindo da

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cumulação do IPCA-E – CORREÇÃO PELO INDICE IPCA-E, REFERÊNCIA
PROCESSO/TST: ARGINC – 479-60.2011.5.04.0231) e demais cominações de direito;

b) Requer ainda o depoimento pessoal do Representante Legal da Reclamada, sob pena de


confissão, nos termos do Enunciado nº 74, do Colendo TST;

c) Requer a aplicação da sumula 368, II do Colendo TST;

d) Requer que não sejam autorizados descontos do crédito do reclamante referente ao


Imposto de Renda e Contribuições Previdenciárias, ao passo que foi de responsabilidade o
reclamado a inadimplência das verbas devidas. Não obstante, ainda que Vossa Excelência
entenda que os descontas sejam ônus do reclamante, não há que se cogitar na incidência de
descontos fiscais sobre juros de mora. Esta possui natureza indenizatória, nos termos do art. 46,
§1º, da Lei nº 8.541/92 e da O.J. – SDI – 1, nº 400 do C. TST. Ainda, requer que sejam
observadas a progressividade das alíquotas e as épocas próprias para o cálculo nos termos dos
artigos 145, § 1º, 150 inciso II e artigo 153, § 2º, inciso I, todos da Constituição Federal, da Lei
12.350/10 e da Instrução Normativa RFB nº 1500, de 29 de outubro de 2014, e posteriores. E
quanto aos descontos previdenciários, requer que a quota parte do reclamante seja limitada ao
teto máximo de contribuição, segundo determina o artigo 68, § 4º, do Decreto nº 2173 de
05/03/97, bem como Orientação Normativa nº 02 de 15/08/94 do Sr. Secretário da Previdência
Social e ainda, Portaria 3964 de 05/06/97 - DOU de 06/06/97.

DOS REQUERIMENTOS FINAIS

a) Requer ainda, por todos os meios de provas em Direito admitidos, a fim de se provar o
alegado, especialmente, depoimentos pessoais, principalmente da Reclamada, pena da aplicação
do Enunciado 74 do C. TST., testemunhais, realização de pericias que se fizerem necessárias,
juntada de novos documentos, bem como os documentos comuns às partes e de posse exclusiva
da Reclamada e tudo o mais que necessário se fizer, a fim de se provar o alegado.

b) Requer seja a empresa reclamada, CITADA para que, querendo, CONTESTE a


presente reclamatória, sob pena de REVELIA E CONFISSÃO, para que ao final seja esta
julgada PROCEDENTE, condenando a Reclamada ao pagamento do principal acrescido de
juros e correção monetária e demais cominações legais de praxe, principalmente, custas
processuais, honorários advocatícios e periciais, e outras verbas que do processo emergirem.

Que todas as publicações, intimações, notificações e citações sejam

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realizadas em nome do advogado Dr. ADV, OAB/SP XXXX, sob pena de nulidade.

Dá-se à presente causa, o valor de R$ 73.995,22 (setenta e três mil,


novecentos e noventa e cinco reais, vinte e dois centavos) para os efeitos de alçada.

Ad cautelam, Exa., os valores ora atribuídos aos pedidos da inicial


visam, tão somente, adequar o valor atribuído à causa, em estrito atendimento ao artigo
840 da CLT, sem prejuízo do que vier a ser apurado em regular execução de sentença,
tudo acrescido de juros e correção monetária, na exata forma da inicial.

Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, 24 de abril de 2023.

ADV

OAB/SP XXXX

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