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FORTALEZA
2019
GABRIEL MARQUES RODRIGUES
FORTALEZA
2019
GABRIEL MARQUES RODRIGUES
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________
Profa. Dra. Rosemeiry Melo Carvalho (Orientadora)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
_________________________________________
Prof. Prof. Dr. Rogério César Pereira de Araújo
Universidade Federal do Ceará (UFC)
_________________________________________
Prof. Prof. Dr. Kilmer Coelho Campos
Universidade Federal do Ceará (UFC)
Aos meus pais, Silvania e Thales.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, por serem os maiores exemplos de pessoa que eu poderia ter, pelo
incondicional apoio, suporte, orientação pessoal, paciência e pelo amor que sempre me deram.
Ao Programa de Educação Tutorial (PET), pelo apoio financeiro com a manutenção
da bolsa do programa.
A minha orientadora Profa. Dra. Rosemeiry Melo Carvalho, pela excelente
orientação, dedicação e paciência.
Ao tutor do PET Prof. Dr. Reynaldo Amorim Marinho, por todos os conselhos e
apoio dado durante minha jornada no curso de Engenharia de Pesca.
Aos professores participantes da banca examinadora Rogério César Pereira de
Araújo e Kilmer Coelho Campos pelo tempo, pelas valiosas colaborações e sugestões.
A todos os amigos integrantes do PET, pelo apoio e por tornar o tempo passado na
universidade muito mais agradável.
RESUMO
International trade is the marketing, import and export of goods and services between different
countries. The result of this exchange represents the trade balance, which may be deficient when
exports are smaller than imports, or presents surplus when exports exceed imports. The result
of the balance has an important effect on the Gross Domestic Product (GDP). In 2006, after five
consecutive years of surpluses, fisheries imports surpassed exports, and this deficit grew until
2018. Given the importance of the fishing sector for Brazilian agribusiness, this study has as
main objective to analyze the panorama of international trade of the sector. For this, initially,
the main sources of variation of the exported and imported values were identified. In addition,
the index of concentration of exports and imports by product and by country was calculated.
The results showed that between 2006 and 2018, imports grew and exports decreased,
generating deficits over the period analyzed. It was observed that the price effect and the
quantity effect acted with greater or lesser intensity depending on the period analyzed, both for
imports and exports. Concentration indices indicated that export and import tariffs are
concentrated on few products and on few countries of destinations and origins. These
concentrations demonstrate the susceptibility of the sector to the foreign policies of the main
countries involved and the dependence of exports around few products, of which we can cite
the Brazilian lobster.
Tabela 7 − Participação média dos principais produtos exportados pelo Brasil entre
2006 a 2018, em porcentagem ....................................................................... 25
Tabela 8 − Valor, quantidade e preço médio dos principais produtos exportados pelo
Brasil .............................................................................................................. 26
Tabela 10 − Participação média dos principais produtos importados pelo Brasil entre
2006 a 2018, em porcentagem........................................................................ 27
Tabela 11 − Valor, quantidade e preço médio dos principais produtos importados pelo
Brasil .............................................................................................................. 28
Tabela 17 − Valor, quantidade e preço médio do pescado importado pelo Brasil dos
principais países de origem ............................................................................ 33
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10
2 METODOLOGIA ............................................................................................. 12
2.1 Fonte de dados ................................................................................................... 12
2.2 Evolução do comércio internacional brasileiro pescado ................................ 12
2.3 Fonte de crescimento do valor das exportações e importações ..................... 12
2.4 Índice de concentração dos produtos exportados (ICPX) e importados
(ICPM) ................................................................................................................. 15
2.5 Índice de concentração do destino das exportações (ICD) e da origem das
importações (ICO) ............................................................................................. 16
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 16
3.1 Evolução do comércio internacional brasileiro de pescado ........................... 16
3.1.1 Evolução das exportações .................................................................................. 17
3.1.2 Evolução das importações .................................................................................. 18
3.1.3 Evolução da Balança Comercial ....................................................................... 20
3.2 Fontes de variação do valor das exportações e importações ......................... 21
3.2.1 Fontes de variação do valor das exportações .................................................... 21
3.2.2 Fontes de variação do valor das importações ................................................... 22
3.3 Índices de concentração dos produtos exportados (ICPX) e importados
(ICPM) ................................................................................................................. 23
3.3.1 Índice de concentração dos produtos exportados (ICPX) ................................. 23
3.3.2 Índice de concentração dos produtos importados (ICPM) ................................ 26
3.4 Índice de concentração do destino das exportações (ICD) e da origem das
importações (ICO) ............................................................................................. 29
3.4.1 Índice de concentração por destino (ICD) ........................................................ 29
3.4.2 Índice de concentração por origem (ICO) ........................................................ 31
4 CONCLUSÃO ................................................................................................... 33
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 35
10
1 INTRODUÇÃO
mais negativo até chegar no ano de 2018 a um déficit de US$1.014,00 milhões. Uma série de
fatores corroboraram para a intensificação dessa tendência negativa no setor: a pressão da
demanda interna devido ao aumento no poder de compra do consumidor; a valorização do real,
que tornou o mercado interno mais atrativo; e, as políticas protecionistas de alguns dos
principais compradores do pescado brasileiro.
Considerando a importância da balança comercial sobre o Produto Interno Bruto
(PIB) de uma economia, esse estudo tem como objetivo analisar o comércio internacional de
pescado. Especificamente pretende-se: decompor os valores das exportações e importações em
efeito quantidade e efeito preço; estimar índices de concentração dos produtos exportados e
importados; e, estimar os índices de concentração dos países de destinos e de origem dos
produtos comercializados.
Além dessa seção introdutória, o estudo está dividido da seguinte forma: a seção 2
apresenta a origem dos dados, a metodologia utilizada para decompor os valores
comercializados em efeito-quantidade e efeito-preço e os índices de concentração de produtos,
de origem e de destino dos produtos. A seguir, na seção 3, foram apresentados os principais
resultados e a discussão. Na seção 4 foram apresentadas as conclusões do estudo.
12
2 METODOLOGIA
1
https://www.infomoney.com.br/mercados/cambio/noticia/4311283/polemica-esta-volta-afinal-por-que-nao-
devemos-corrigir-dolar
13
estudo o valor total das mercadorias será decomposto em duas fontes de variação, denominadas
efeito quantidade e efeito preço.
Primeiramente, foi calculado as variações nos valores das exportações e
importações entre o período inicial (𝑉i) e o período final (𝑉f). O valor das exportações e
importações no tempo t pode ser calculado por:
Os valores dos produtos no período inicial i e no período final f são obtidos por:
Onde:
Vnt é o valor total das exportações ou importações brasileiras de pescado no período t ;
Qnt é a quantidade total de pescado exportado ou importado pelo brasil no período t.
Pnt é o preço unitário médio das exportações ou importações brasileiras de pescado no período
t;
Para decompor o valor dos produtos em efeito quantidade (EQ) e efeito preço (EP),
inicialmente foi calculado o valor no período final f, considerando-se apenas a variação na
quantidade e mantendo constante o preço:
Q
Vnf = Σ(Qnf × Pni) (4)
QP
Vnf = Σ(Qnf × Pnf) (5)
As diferenças nos valores entre os períodos inicial e final podem ser representadas
por:
Ou
14
𝑄 QP Q
Vnf − Vni = (𝑉𝑛𝑓 – Vni) + (Vnf – Vnf ) (7)
Q
Vnf − Vni (8)
QP Q
Vnf − Vnf (9)
Q QP Q
(Vnf−Vni) (Vnf − Vni ) (Vnf − Vni )
= + (10)
(Vnf−Vni) (Vnf − Vni ) (Vnf − Vni )
Q QP Q
(Vnf − Vni ) (Vnf − Vnf )
1= + (11)
(Vnf − Vni ) (Vnf − Vni )
t vn
r = (√v f − 1) × 100 (12)
ni
Finalmente, multiplica-se ambos os lados da equação (13) por (14) e assim obtemos
os efeitos quantidade (EQ) e preço (EP) em taxas percentuais:
Q QP Q
(Vnf − Vni ) (Vnf − Vnf )
r= r+ r (13)
(Vnf − Vni ) (Vnf − Vni )
2
𝑋𝑛
𝐼𝐶𝑃𝑋 = √∑𝑗 (𝑋𝑗𝑛) (14)
2
𝑀𝑛
𝐼𝐶𝑃𝑀 = √∑𝑗 (𝑀𝑗𝑛 ) (15)
Onde:
𝑋𝑗𝑛 = representa o valor das exportações brasileiras do j-ésimo produto do setor de pescado no
n-ésimo período.
𝑋 𝑛 = representa o valor total das exportações brasileiras de pescado no n-ésimo período.
16
𝑀𝑗𝑛 = representa o valor das importações brasileiras do j-ésimo produto do setor de pescado no
n-ésimo período.
𝑀𝑛 = representa o valor total das importações brasileiras de pescado no n-ésimo período.
2.5 Índice de concentração do destino das exportações (ICD) e da origem das importações
(ICO)
𝑋𝑛 2
𝐼𝐶𝐷 = √∑𝑧 (𝑋𝑧𝑛) (16)
𝑀𝑛 2
𝐼𝐶𝑂 = √∑𝑧 (𝑀𝑧𝑛) (17)
Onde:
𝑋𝑧𝑛 = representa o valor das exportações brasileiras de pescado para z -ésimo país no -ésimo
período;
𝑋 𝑛 = representa o valor total das exportações brasileiras de pescado no n-ésimo período.
𝑀𝑧𝑛 = representa o valor das importações brasileiras de pescado do z -ésimo país no -ésimo
período;
𝑀𝑛 = representa o valor total das importações brasileiras de pescado no n-ésimo período.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para melhorar a visualização e análises das conjuntas das variações anuais do valor,
quantidade e preço os dados foram convertidos em índices, cujo ano base é 2006 (Gráfico 1).
130,00
Índice (Ano 2006=100)
110,00
90,00
70,00
50,00
30,00
2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018
anos
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados do sistema Comex Stat (2019)
300,00
Índice (ano 2006=100)
250,00
200,00
150,00
100,00
2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018
anos
Fonte: elaborado pelo autor com base nos dados do sistema Comex Stat (2019)
20
Os valores da balança comercial, estimada pela diferença entre o valor das exportações
e das importações, mostram um saldo negativo durante todo o período analisado, indicando que
o Brasil comprou mais pescado do que vendeu (Tabela 3).
1800,00
1600,00
1400,00
Fonte: elaborado pelo autor com base nos dados do sistema Comex Stat (2019)
As taxas de variação anuais para o primeiro subperíodo, 2006 a 2008, mostram que,
apesar do crescimento anual médio 6,1% no preço dos produtos exportados, valor das
exportações apresentaram uma queda de -12,1% ao ano, explicada pela redução da quantidade
exportada a uma taxa anual de -18,2%, (Tabela 4).
Para o período seguinte, 2009 a 2015, a variação da taxa de crescimento foi positiva,
2,9%. O efeito quantidade teve pequena participação 0,5% e o efeito preço foi responsável pela
maior parte da variação com 2,4%.
O último período apresentou dinâmica anual parecida com o período anterior. A
taxa média de crescimento anual de 3,5% foi justificada quase que inteiramente pelo efeito
preço, que cresceu uma taxa anual média de 3,6% e o efeito quantidade foi nulo.
22
Como observado nos capítulos anteriores, o valor das importações cresceu para o
período total de estudo 2006 a 2018, com crescimento de todas as taxas em todos os
subperíodos, como pode se observar na Tabela 5.
Para o primeiro subperíodo 2006 a 2008, a taxa média anual de crescimento das
importações de 15,5% foi explicada por um aumento do efeito preço de 9,2% e um efeito
quantidade de 6,3%.
Entre os anos de 2009 e 2015 o efeito quantidade foi superior ao efeito preço, com
valores de 3,8% e 3,2%, respectivamente.
No período final o efeito preço foi responsável por uma variação de 4,4% na taxa
média de crescimento anual de 4,8%, ficando o efeito quantidade responsável por 0,4%.
O valor médio calculado para o ICP dos produtos exportados foi de 43,5%,
mostrando que o Brasil concentra em poucos produtos as exportações de pescado. Ao se analisar
a Tabela 6, pode-se perceber que apesar do valor alto do índice há uma tendência de redução e
consequente diversificação da pauta ao longo do período estudado, 2006 a 2018.
0,55
0,45
0,4
0,35
0,3
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Anos
ICP (exportações)
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados do sistema Comex Stat (2019)
outros peixes, exceto fígados, ovas e sêmen (030289); fígados, ovas e sêmen, de peixes,
congelados.
Tabela 7 – Participação média dos principais produtos exportados pelo Brasil entre 2006 a 2018,
em porcentagem.
Market Share (%)
SH06 Produtos
2006 a 2018 2006 a 2012 2013 a 2018
Para o índice de concentração dos produtos importados a média foi menor que a
média dos produtos exportados, porém, ainda pode ser considerada alta 38,8%. De forma
diferente da pauta das exportações, como se observa na Tabela 9 é quase uma estagnação do
índice quando se compara o valor no ano inicial 2006 com o ano final 2018, indicando inclusive
uma leve concentração da pauta durante o período. Vale salientar a tendência a diversificação
até o ano de 2012, que pode ser colocado como ponto de inversão de tendência, já que a partir
desse há a tendência de concentração da pauta até o último ano do período estudado, como pode
se observar no Gráfico 5.
0,37
0,35
0,33
0,31
0,29
0,27
0,25
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Anos
ICP (Importações)
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados do sistema Comex Stat (2019)
Tabela 10 – Participação média dos principais produtos importados pelo Brasil entre 2006 a
2018, em porcentagem.
Market Share (%)
SH06 Produtos
2006 a 2018 2006 a 2011 2012 a 2018
030214 Salmão-do-atlântico e salmão-do-danúbio, -
17,59 32,66
fresco ou refrigerado
030559 Outros peixes secos, mesmo salgados, 10,33 17,53
4,17
mas não defumados
10,30 22,30
030429 Outros filés congelados de peixes -
Bacalhaus secos, mesmo salgados, mas 9,76 15,91
030551 4,50
não defumados
28
7,39
Salmões-do-pacífico, do-atlântico e do-
030212 16,01 -
danúbio, frescos ou refrigerados
3,57
030474 Filés de merluzas e abroteas, congelados - 6,64
Outros peixes salgados e em salmoura, 3,22 5,04
030569 -
não secos nem defumados
3,20
Filé de merluza-do-alasca (Theragra 5,94
030475 -
chalcogramma), congelados
Filé de salmão-do-pacífico, do-danúbio, 5,15
030481 2,77 -
do-atlântico, congelados
Filés de bagres (Pangasius spp., Silurus
030462 5,10
spp., Clarias spp., Ictalurus spp.), 2,75 -
congelado
030489 Filés de outros peixes, congelados 2,12 - 3,95
3,81
030353 Sardinhas, congeladas 2,05 -
Bacalhaus salgados e em salmoura, não 3,71
030562 2,04 -
secos nem defumados
Esqualos, congelados, exceto fígado,
030375 ovas, sêmen, ou filés e outras carnes da 1,97 4,28 -
posição 0304
Sardinhas, sardinelas e espadilhas,
030371 congeladas, exceto fígado, ovas, sêmen, 1,88 4,08 -
ou filés e outras carnes da posição 0304
Market Share acumulado (%) 79,06 80,11 80,67
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados do sistema Comex Stat (2019)
Tabela 11 – Valor, quantidade e preço médio dos principais produtos importados pelo
Brasil.
Valor FOB Quantidade Preço Médio
Período
(US$ milhões) (1.000 toneladas) (US$/kg)
2006 - 2011 3.664,10 1.081,302 3,39
2012 - 2018 7.032,99 1.972,44 3,57
2006 - 2018 10.697,08 3.053,74 3,50
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados do sistema Comex Stat (2019)
29
3.4 Índice de concentração do destino das exportações (ICD) e da origem das importações
(ICO)
Pelo Gráfico 6 foram identificadas variações bruscas do índice que indicam que a
comercialização do pescado exportado pelo Brasil está muito susceptível a variações da
demanda de alguns dos principais compradores.
0,58
0,56
0,54
Índice (2006 = 100)
0,52
0,5
0,48
0,46
0,44
0,42
0,4
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Anos
ICD
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados do sistema Comex Stat (2019)
Tabela 14 – Valor, quantidade e preço médio do pescado brasileiro exportado para os principais
destinos.
Valor FOB Quantidade
Período Preço Médio (US$/kg)
(US$ milhões) (1.000 toneladas)
2006 - 2012 1.378,71 209,62 6,58
2013 - 2018 1.097,75 139,87 7,85
2006 - 2018 2.476,45 349,49 7,09
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados do sistema Comex Stat (2019)
2014 0,4613
2015 0,4931
2016 0,5236
2017 0,4925
2018 0,5015
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados do sistema Comex Stat (2019)
0,50
Índice (2006 = 100)
0,45
0,40
0,35
0,30
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Anos
ICO
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados do sistema Comex Stat (2019)
Tabela 17 – Valor, quantidade e preço médio do pescado importado pelo Brasil dos principais
países de origem.
Valor FOB Quantidade
Período Preço Médio (US$/kg)
(US$ milhões) (1.000 toneladas)
2006 - 2011 3.478,57 896,31 3,88
2012 - 2018 7.228,95 1.756,88 4,11
2006 - 2018 10.707,52 2.653,19 4,04
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados do sistema Comex Stat (2019)
4 CONCLUSÃO
quanto ao efeito preço, ambos contribuíram de forma positiva para a elevação do valor das
importações em todos os subperíodos analisados.
No cálculo dos índices de concentração verificou-se e a concentração da pauta de
exportação, da pauta de importação, concentração dos valores exportados em poucos países de
destino, assim como a concentração dos valores importados em poucos países de origem. Tal
concentração demonstra a fragilidade brasileira quanto ao comércio de pescados, pois variações
de demanda e de oferta de países específicos causadas por instabilidades afetam de forma
significativa o cenário brasileiro para o setor.
Ao se realizar a pesquisa notou-se deficiências da literatura específica, sendo o
comércio internacional de pescados brasileiros muito pouco estudado, apresentando urgência
de produção científica de qualidade, visto o déficit apresentado pelo setor pesqueiro.
35
REFERÊNCIAS
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CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E
SOCIOLOGIA RURAL - SOBER, 43., Ribeirão Preto-SP, 2005. Anais... Brasília-DF:
SOBER, v. 1. p. 1-12, 2005.
BARONE, Rafael Simões Coelho et al. Fish and fishery products trade in Brazil, 2005 to
2015: A review of available data and trends. Sci. agric. (Piracicaba, Braz.), Piracicaba, v.
74, n. 5, p. 417-424, Outubro de 2017. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
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COELHO JUNIOR, Luiz Moreira; REZENDE, José Luiz Pereira de; OLIVEIRA, Antônio
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PEDROSO, L., LAGES, A., SILVA, R.. As estruturas canavieira e citrícola em Alagoas,
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de tradução o arquivo da citação ABNT), 24, Dez. 2015. Disponível em:
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POSSIDONIO, Heidy Ellis Alves; REIS, Jhulyen Fernandes; LACERDA, Roberto R.;
Maggioni, Patricia Krotz. Fatores que levam o Brasil a importar ao invés de produzir. In:
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SIDONIO, L.; CAVALCANTI, I.; CAPANEMA, L.; MORCH, R.; MAGALHÃES, G.;
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